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Remuneração no Contrato de Trabalho

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1 
REMUNERAÇÃO 
 
Caros alunos, estamos na reta 
final da nossa disciplina. Depois de 
termos estudado a formação da 
relação de emprego, seu 
desenvolvimento e sua extinção, 
vamos estudar nesta aula um dos 
principais aspectos do contrato de 
trabalho, que trata da remuneração, 
ou seja, a contraprestação que o empregado tem direito em razão do trabalho 
prestado. Mas antes de iniciar, vamos analisar os objetivos e verificar as seções 
que serão desenvolvidas ao longo desta aula. 
Bons estudos! 
 
Objetivos de aprendizagem 
Ao término desta aula, o aluno será capaz de: 
- identificar os principais aspectos da remuneração e as parcelas 
que a compõe; 
- identificar os fatos geradores do pagamento dos diversos 
adicionais; 
- compreender as formas de pagamento do salário em utilidades; 
- identificar as formas como o salário pode ser pago; e 
- compreender as regras de proteção do salário. 
 
Seções de estudo 
Seção 1 – Aspectos gerais da remuneração 
Seção 2 – Adicionais e salário-utilidade 
Seção 3 – Formas e regras de proteção do salário 
 
SEÇÃO 1 – Aspectos gerais da remuneração 
 
Distinção entre salário e remuneração 
Uma das principais características da relação de 
emprego está relacionada com a sua onerosidade. A própria 
CLT, ao tratar dos sujeitos da relação de emprego, define o 
http://www.italiamiga.com.br 
 
 
 
2 
empregado como sendo toda pessoa física que prestar serviços de natureza não 
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
A palavra “salário” deriva do latim salarium, que teve sua origem na 
palavra salis, que significa sal. O sal era a moeda oferecida pelos romanos para 
pagar seus domésticos e soldados da legiões romanas (CASSAR, 2010, p. 758). 
Cabe alertar para o fato de que os termos remuneração e salário são 
utilizados de modo ambíguo, sendo confundidos frequentemente. 
A CLT, em seu artigo 457, chama de salário o pagamento efetuado 
diretamente pelo empregador ao empregado, como contraprestação de serviço. 
Paralelamente, a palavra remuneração pode abranger não só os salários, mas 
também as gorjetas, que são pagas por terceiros. 
 
 
 
É comum, todavia, que se chame de remuneração o somatório dos 
valores recebidos pelo empregado e pagos tanto pelo empregador como por 
terceiros. 
 
 
 
 
 
 
Questão relevante e muito oportuna. É bom nós esclarecermos essa 
questão já no início da aula. No âmbito do contrato individual de trabalho, a 
definição de salário tem uma finalidade prática para designar, dentre os vários 
tipos de pagamentos efetuados aos empregados, os que se enquadram como 
salário. A finalidade é prática em razão dos reflexos do salário, porque todo 
pagamento que tiver essa natureza é sobrecarregado com encargos devidos à 
Previdência Social e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, bem como 
Existe	 alguma	 relevância	 prática	 em	
saber	 se	 determinada	 verba	 tem	 ou	
não	natureza	salarial?	
SUM-354	GORJETAS.	NATUREZA	JURÍDICA.	REPERCUSSÕES		
As	 gorjetas,	 cobradas	 pelo	 empregador	 na	 nota	 de	 serviço	 ou	
oferecidas	 espontaneamente	 pelos	 clientes,	 integram	 a	
remuneração	 do	 empregado,	 não	 servindo	 de	 base	 de	 cálculo	
para	as	parcelas	de	aviso-prévio,	adicional	noturno,	horas	extras	e	
repouso	semanal	remunerado.	
 
 
 
3 
serve de base para o cálculo de outras obrigações devidas pelo empregador ao 
trabalhador. 
 
A	 remuneração	do	 trabalho	 toma	nomes	distintos	 em	 função	
dos	 usos	 e	 costumes	 dos	 diferentes	 segmentos	 profissionais.	
Assim	é	que	os	funcionários	do	serviço	público	têm	a	tradição	
de	 denominarem	 a	 sua	 remuneração	 de	 trabalho	 como	
vencimentos.	 Os	 militares,	 em	 geral,	 recebem	 saldo,	
nomenclatura	de	longa	prática.	Os	profissionais	 liberais,	como	
advogados,	 médicos,	 engenheiros,	 usam	 o	 termo	 honorários.	
Para	a	maioria	dos	trabalhadores	é	salário.	
 
 
Caracteres do salário 
O salário possui caracteres próprios que permitem a sua identificação 
em relação a outras formas de contraprestação, para os efeitos legais. 
O primeiro que merece destaque é o caráter alimentar. O salário 
destina-se ao sustento do empregado e de sua família. É para esse fim que o 
empregado celebra o contrato de trabalho com o empregador, geralmente não 
tendo outra forma de garantir sustento. 
O segundo diz respeito está relacionado a obrigatoriedade de pagar 
o salário, independentemente da situação econômica ou financeira da empresa. 
O salário do empregado é devido, mesmo que a empresa não possa pagá-lo. 
Essa característica caminha em continuação à anterior, da alimentação, pois o 
empregado não possui outra forma de garantir o seu sustento a não ser pelo 
salário. As eventuais dificuldades da empresa, ou mesmo o seu insucesso, não 
são transferíveis ao empregado. Mesmo quando a empresa possa pagar o 
salário, mas não haja trabalho a ser executado, com os empregados ficando 
inativos, ainda assim o salário é devido, pois o nível de atividade da empresa é 
de responsabilidade do empregador. 
A terceira característica é a irredutibilidade, ou seja, o salário não 
pode ser reduzido, pois afetaria a capacidade de subsistência do empregado. É 
necessário revisar esse conceito para que não haja a interpretação errônea de 
que o salário não pode ser alterado. O salário pode ser aumentado, mas nunca 
reduzido. Existem, contudo, situações excepcionais em que o salário pode ser 
reduzido. Em situações de crises econômicas ou dificuldades extremas de cena 
 
 
 
4 
empresa, mediante uma negociação coletiva, que exige a participação 
obrigatória do sindicato, poderão os empregados concordar com uma redução 
salarial temporária, para evitar demissões e permitir que a empresa possa 
recuperar-se financeiramente. Resolvida a crise, finda-se a vigência da redução 
e os salários voltam ao seu valor original. 
Outra característica marcante do salário é a periodicidade. O salário 
deve ser pago em intervalos determinados e curtos, tendo em conta o seu 
caráter alimentar. 
 
Composição do salário 
Além do salário básico, algumas verbas pagas pelo empregador 
integram o salário, já outras podem integrá-lo ou não, dependendo das 
circunstâncias; e outras ainda, definitivamente nãos e constituem componentes 
do salário, embora possam parecer. 
Parcelas de natureza salarial 
De acordo com §1° do artigo 457 da CLT, integram o salário a 
importância fixa estipulada, as gratificações legais e de função e as comissões 
pagas pelo empregador. 
É importante esclarecer que as diferentes parcelas salariais não podem 
ser pagas sob a forma de uma única rubrica, sendo vedado englobá-las num 
certo valor total. É o que a doutrina chama de salário complessivo. 
 
 
Comissões 
Comissão é salário condicionado ao resultado do trabalho realizado 
pelo empregado, podendo ser ou não, a única forma de salário, além do que a 
taxa comissional é irredutível. Note-se que o empregado que recebe por 
comissão tem uma variação salarial decorrente do resultado do seu trabalho. 
Assim, o que é fixo é o percentual da comissão, que não pode ser reduzido, 
salvo negociação coletiva. 
SUM-91	SALÁRIO	COMPLESSIVO	
Nula	é	a	cláusula	contratual	que	fixa	determinada	importância	ou	
percentagem	para	atender	englobadamente	vários	direitos	legais	
ou	contratuais	do	trabalhador.	
 
 
5 
 
 
Gratificações 
A gratificação ajustada na origem, é liberalidade do empregador, a 
título de agradecimento ou de reconhecimento pelo trabalho exercido. No 
entanto, se tal gratificação foi ajustada expressa ou tacitamente, integra o 
salário, e o seu pagamento habitual transforma o que era liberalidade em 
obrigação. 
Trata-se de contraprestação paga pelo serviço prestado em certas 
condições, ou em ocasiões especiais, diferenciadas, como a gratificação de 
função, a gratificação de tempo de serviço etc. 
Assim, se a gratificação foi ajustada, de forma expressa ou tácita, 
apresenta natureza salarial. Desse modo,mesmo não havendo ajuste expresso 
quanto à gratificação, a jurisprudência firmou entendimento de que, se o 
pagamento é habitual, trata-se de gratificação ajustada (tacitamente) e, por isso, 
com natureza salarial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abono 
Abono é a quantia recebida pelo empregado e concedida pelo 
empregador a título de adiantamento em dinheiro, de um benefício futuro. 
OJ-SDI1-181	COMISSÕES.	CORREÇÃO	MONETÁRIA.	CÁLCULO.		
O	 valor	 das	 comissões	 deve	 ser	 corrigido	monetariamente	 para	
em	seguida	obter-se	a	média	para	efeito	de	cálculo	de	férias,	13º	
salário	e	verbas	rescisórias.	
SUM-152	GRATIFICAÇÃO.	AJUSTE	TÁCITO	
O	 fato	 de	 constar	 do	 recibo	 de	 pagamento	 de	 gratificação	 o	
caráter	 de	 liberalidade	 não	 basta,	 por	 si	 só,	 para	 excluir	 a	
existência	de	ajuste	tácito.	
SUM-202	 GRATIFICAÇÃO	 POR	 TEMPO	 DE	 SERVIÇO.	
COMPENSAÇÃO	
Existindo,	 ao	 mesmo	 tempo,	 gratificação	 por	 tempo	 de	 serviço	
outorgada	pelo	empregador	e	outra	da	mesma	natureza	prevista	
em	acordo	coletivo,	convenção	coletiva	ou	sentença	normativa,	o	
empregado	tem	direito	a	receber,	exclusivamente,	a	que	lhe	seja	
mais	benéfica.	
SUM-203	 GRATIFICAÇÃO	 POR	 TEMPO	 DE	 SERVIÇO.	 NATUREZA	
SALARIAL	
A	gratificação	por	 tempo	de	 serviço	 integra	o	 salário	para	 todos	
os	efeitos	legais.	
 
 
6 
Também tem o significado de prêmio e gratificação: sua natureza salarial é 
incontroversa. 
No entanto, é possível norma específica prevendo abono sem natureza 
salarial, como é o caso do abono de férias, previsto no artigo 144 da CLT. 
Prêmios 
Trata-se de contraprestação por se verificar a prestação de serviços 
com o preenchimento de certas condições específicas, previamente fixadas, 
como alcançar determinada meta, ou não se verificar faltas e atrasos 
injustificados (prêmio assiduidade) etc. 
Os prêmios não integram a remuneração do empregado, ainda que 
habituais, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de 
incidência de encargo trabalhista e previdenciário (art. 457, §2º, CLT). 
 
Quebra de caixa 
A parcela em questão é chamada também de “gratificação de caixa”, 
sendo comumente paga àqueles que exercem funções de caixa, normalmente 
com bancários. Trata-se de valor pago pela empresa em decorrência do 
exercício dessa função, tendo em vista a possibilidade de que o caixa operado 
apresente diferença, a ser ressarcida pelo empregado. A parcela, logo, seria 
uma contraprestação de natureza salarial decorrente da peculiaridade (risco) da 
atividade exercida. 
Contudo, se a parcela for paga somente quando ocorrer a diferença de 
caixa, como forma de indenizar o empregado, exatamente pelo valor do 
desconto salarial respectivo, passa a apresentar natureza indenizatória ou de 
ressarcimento. 
 
Parcelas sem natureza salarial 
O § 2º do artigo 457 especifica algumas parcelas sem natureza 
salarial, estipulando que não se incluem nos salários as ajudas de custo, diárias 
para viagem e auxílio-alimentação. Vejamos, com mais detalhes, os contornos 
das referidas verbas, assim como outras sem natureza salarial. 
SUM-247	QUEBRA	DE	CAIXA.	NATUREZA	JURÍDICA	
A	 parcela	 paga	 aos	 bancários	 sob	 a	 denominação	 "quebra	 de	
caixa"	possui	natureza	salarial,	 integrando	o	salário	do	prestador	
de	serviços,	para	todos	os	efeitos	legais.	
 
 
7 
Diárias 
Diária para viagem é quantia paga pelo empregador para custear as 
despesas de viagem e manutenção do empregado, ocasionadas em razão de seu 
contrato de trabalho. Em princípio, não é salário, mas sim, indenização. Será 
salário quando o valor das diárias se desviar de seu caráter ressarcitório e se 
aproximar de pagamento disfarçado de salário. 
 
 
 
 
 
 
 
Ajudas de custo 
Ajuda de custo é uma indenização limitada a cinquenta por cento da 
remuneração mensal, ou seja, é a quantia recebida pelo empregado para fazer 
frente às despesas necessárias para a execução dos serviços e que, portanto, não 
revertem em seu proveito. 
Exemplo de ajuda de custo é aquela prevista no artigo 470 da CLT, 
estabelecendo que as despesas da transferência do empregado correm por conta 
do empregador. 
Participação nos lucros 
A participação nos lucros ou resultados tem previsão no artigo 7º, 
inciso XI da Constituição Federal, não possuindo, em tese, natureza salarial, 
quando paga de acordo com a Lei nº 10.101/2000. Segundo o artigo 3º da 
referida lei, a participação nos lucros não substitui ou complementa a 
remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui base de incidência 
de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o principio da 
habitualidade. 
SUM-101	DIÁRIAS	DE	VIAGEM.	SALÁRIO		
Integram	 o	 salário,	 pelo	 seu	 valor	 total	 e	 para	 efeitos	
indenizatórios,	 as	 diárias	 de	 viagem	 que	 excedam	 a	 50%	
(cinquenta	 por	 cento)	 do	 salário	 do	 empregado,	 enquanto	
perdurarem	as	viagens.	
SUM-318	 DIÁRIAS.	 BASE	 DE	 CÁLCULO	 PARA	 SUA	 INTEGRAÇÃO	
NO	SALÁRIO		
Tratando-se	 de	 empregado	 mensalista,	 a	 integração	 das	 diárias	
no	 salário	 deve	 ser	 feita	 tomando-se	 por	 base	 o	 salário	mensal	
por	ele	percebido	e	não	o	valor	do	dia	de	salário,	somente	sendo	
devida	a	referida	 integração	quando	o	valor	das	diárias,	no	mês,	
for	superior	à	metade	do	salário	mensal.	
 
 
8 
Contudo, se a mencionada parcela for paga de forma fraudulenta, para 
encobrir o pagamento de verdadeiro salário, como tal deverá ser tratado, tendo 
em vista o princípio da primazia da realidade, por força do artigo 9º da CLT. 
 
SEÇÃO 2 - Adicionais e salário-utilidade 
Adicionais 
Adicionais são acréscimos salariais decorrentes do preenchimento de 
condição estipulada por lei ou outra norma, que justifique o seu pagamento. 
Quanto aos adicionais legais, o entendimento atualmente pacífico, na doutrina 
e na jurisprudência, é no sentido da sua natureza salarial ou remuneratória. 
Possuir natureza salarial, no entanto, não significa confundir-se com o 
próprio salário em sentido estrito; o reconhecimento de serem verbas de 
natureza salarial, em oposição à natureza indenizatória, é aspecto de relevância 
para fins de incidência do FGTS, de contribuições sociais e reflexos em outras 
verbas, como já apontado anteriormente. 
Adicional de horas extras 
 Quando o empregador solicita ao empregado que trabalhe além de 
seu horário normal de trabalho, a fim de completar uma tarefa ou para atender 
necessidades da empresa, há um desgaste físico maior do empregado, que deve 
ser compensado. Já vimos na aula anterior as hipóteses em que é possível a 
realização de horas extraordinárias. 
É devido ao empregado que prestar serviços extraordinariamente, ou 
seja, cujo trabalho extrapolar a duração normal. O valor do adicional é de, no 
mínimo, 50% sobre o salário, nos termos do artigo 7°, inciso XVI da 
Constituição Federal. Caso o trabalho extraordinário seja prestado 
habitualmente por mais de um ano, a supressão de tal trabalho acarreta ao 
empregado o direito de receber do empregador uma indenização a ser calculada 
nos termos da Súmula nº 291 do TST, já estudada. 
 
 
Qual	 é	 a	 base	 de	 cálculo	 para	 o	 pagamento	 das	 horas	
extras?	
 
 
9 
 
 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Analisando a jurisprudência do TST, podemos perceber que o valor 
das horas extras deve ser calculado sobre a globalidade salarial recebida pelo 
empregado. 
 
 
 
 
 
 
 
Não. Somente podem fazer hora extra aqueles empregados que estão 
sujeitos a controle de horário. Nesse sentido, o artigo 62 da CLT estabelece que 
os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de 
horário de trabalho, bem como os gerentes, assim considerados os exercentes 
de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste 
artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial estão excluídos do 
capítulo da CLT que trata da duração do trabalho. 
Acrescente-se que o empregado que labora em regime de teletrabalho 
também não estásujeito a controle de jornada de trabalho (art. 62, III, CLT). 
Dessa forma, o empregado que não está sujeito a controle de horário e 
os gerentes, mesmo trabalhando além do horário não terão direito ao 
pagamento de horas extras. 
SUM-264	HORA	SUPLEMENTAR.	CÁLCULO	
A	 remuneração	 do	 serviço	 suplementar	 é	 composta	 do	 valor	 da	
hora	 normal,	 integrado	 por	 parcelas	 de	 natureza	 salarial	 e	
acrescido	 do	 adicional	 previsto	 em	 lei,	 contrato,	 acordo,	
convenção	coletiva	ou	sentença	normativa.	
SUM-132	ADICIONAL	DE	PERICULOSIDADE.	INTEGRAÇÃO		
I	 -	 O	 adicional	 de	 periculosidade,	 pago	 em	 caráter	 permanente,	
integra	o	cálculo	de	indenização	e	de	horas	extras.	
OJ-SDI1-47	HORA	EXTRA.	ADICIONAL	DE	 INSALUBRIDADE.	BASE	
DE	CÁLCULO	
A	base	de	cálculo	da	hora	extra	é	o	resultado	da	soma	do	salário	
contratual	mais	o	adicional	de	insalubridade.	
OJ-SDI1-97	 HORAS	 EXTRAS.	 ADICIONAL	 NOTURNO.	 BASE	 DE	
CÁLCULO.	
O	 adicional	 noturno	 integra	 a	 base	 de	 cálculo	 das	 horas	 extras	
prestadas	no	período	noturno.	
	
Professor,	todo	e	qualquer	empregado	
tem	direito	a	receber	o	adicional	de	
horas	extras?	
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adicional noturno 
É o acréscimo de uma porcentagem sobre o valor normal do salário do 
empregado, a título de compensação pelo esforço de trabalhar em horário 
normalmente reservado para o repouso. É devido ao empregado que trabalhar 
no período considerado noturno pela lei. 
Aos urbanos, o período noturno se dá entre 22 horas de um dia até as 5 
horas do dia seguinte e o adicional é de 20% sobre o salário contratual; a hora 
noturna para efeito de cálculo não tem 60 minutos, mas 52 minutos e 30 
segundos (hora noturna reduzida). 
Aos rurais, por primeiro, precisa-se distinguir aquele que trabalha na 
agricultura daquele que trabalha na pecuária. O primeiro tem o período noturno 
entre 21 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte; para o segundo, o período 
noturno ocorre entre 20 horas de um dia até 4 horas do dia seguinte, sendo 
devido o adicional é de 25% sobre o salário contratual, sendo que a hora 
noturna não é reduzida. 
 
 
 
 
Atenção, a Súmula 60 estabelece que o adicional noturno, pago com 
habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos, ou seja, 
 
ATENÇÃO!	
Segundo	 o	 parágrafo	 único	 do	 artigo	 62,	 o	 regime	 previsto	
neste	 capítulo	 será	 aplicável	 aos	 empregados	 mencionados	
no	 inciso	 II	 deste	 artigo,	 quando	 o	 salário	 do	 cargo	 de	
confiança,	 compreendendo	 a	 gratificação	 de	 função,	 se	
houver,	 for	 inferior	 ao	 valor	 do	 respectivo	 salário	 efetivo	
acrescido	de	40%	(quarenta	por	cento).	
Isso	 significa	 que	 o	 salário	 do	 cargo	 de	 confiança	 deve	 ser	
maior	 que	 o	 salário	 anteriormente	 recebido,	 porém	 a	
gratificação	de	função	é	facultativa.	
Essa	exceção	é	
importante.	
Proibido	
esquecer!!!!	
SUM-60	 ADICIONAL	 NOTURNO.	 INTEGRAÇÃO	 NO	 SALÁRIO	 E	
PRORROGAÇÃO	EM	HORÁRIO	DIURNO	
I	-	O	adicional	noturno,	pago	com	habitualidade,	integra	o	salário	
do	empregado	para	todos	os	efeitos.	
II	 -	 Cumprida	 integralmente	 a	 jornada	 no	 período	 noturno	 e	
prorrogada	 esta,	 devido	 é	 também	 o	 adicional	 quanto	 às	 horas	
prorrogadas.	Exegese	do	art.	73,	§	5º,	da	CLT.		
 
 
11 
enquanto estiver sendo pago, integrará a base de cálculo para o pagamento das 
demais verbas. Isso não significa que o adicional noturno pago com 
habitualidade incorpore ao salário, não podendo mais ser excluído. Até porque, 
nada impede o empregador alterar o turno de trabalho do empregado, conforme 
estabelece a Súmula 265 do TST. 
 
 
Trata-se de previsão fundada no chamado jus variandi, de titularidade 
do empregador, por lhe ser assegurado gerir a empresa e, com isso, estabelecer 
certas alterações que podem alcançar algumas condições de trabalho, 
pertinentes aos contrato de emprego. Além disso, a alteração é benéfica ao 
trabalhador e a sua saúde, o que leva à melhoria de sua condição. 
 
Adicional de insalubridade 
Existem atividades que envolvem condições prejudiciais à saúde do 
trabalhador, manifestando-se com a sua exposição prolongada a elas. Nessas 
situações, há danos lentos que se acumulam com o tempo, afetando sua 
capacidade de trabalho. O adicional para o trabalho em condições insalubres 
deve ser pago também com caráter compensatório, cujo valor sofre variação de 
acordo com o tipo de insalubridade. O Ministério do Trabalho e Emprego é 
responsável pela identificação e classificação das atividades insalubres, 
estabelecendo seu grau de intensidade, que atualmente estão indicadas na NR 
15, da Portaria 3.214/78. 
A CLT, no artigo 189, dispõe sobre a matéria, complementada pela 
regulamentação do referido Ministério. Os níveis de insalubridade são 
classificados em mínimo, médio e máximo. De acordo com a CLT, o valor do 
adicional é calculado sobre o salário mínimo, nas porcentagens de 10% para o 
nível mínimo, 20% para o médio e 40% para o máximo. Contudo, o Supremo 
Tribunal Federal, por intermédio da Súmula Vinculante nº 4 proibiu a 
utilização do salário mínimo como indexador de base de cálculo de vantagem 
de servidor público ou empregado. 
SUM-265	 ADICIONAL	 NOTURNO.	 ALTERAÇÃO	 DE	 TURNO	 DE	
TRABALHO.	POSSIBILIDADE	DE	SUPRESSÃO		
A	transferência	para	o	período	diurno	de	trabalho	implica	a	perda	
do	direito	ao	adicional	noturno.	
 
 
12 
Como consequência, o TST reeditou a Súmula 228, estabelecendo que 
a partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 4 
do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado 
sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento 
coletivo. 
No entanto, +na RCL nº 6275, ajuizada logo em seguida no STF, foi 
sustentado que o TST, ao alterar a sua jurisprudência, teria violado a Súmula 
Vinculante nº 4, que não fixou o salário básico como base de cálculo do 
adicional de insalubridade nem declarou inconstitucional o artigo 192 da CLT, 
que prevê o cálculo do adicional sobre o salário mínimo da região. 
Na decisão, o ministro Lewandowski explicou que, no julgamento que 
deu origem à Súmula Vinculante nº 4, o STF entendeu que, até que seja 
superada a inconstitucionalidade do artigo 192 da CLT por meio de lei ou de 
convenção coletiva, a parcela deve continuar a ser calculada com base no 
salário mínimo. Por essa razão, concluiu que a decisão do Plenário do TST que 
deu nova redação à Súmula 228 contrariou o entendimento firmado pelo 
Supremo a respeito da aplicação do enunciado da SV 4. Com esse fundamento, 
julgou procedente a reclamação para cassar a Súmula 228 do TST “apenas e 
tão somente na parte em que estipulou o salário básico do trabalhador como 
base de cálculo do adicional de insalubridade devido”. 
 
Adicional de periculosidade 
São considerados trabalhos perigosos: a) aqueles que envolvem risco 
de vida, quando o empregado trabalha em contato permanente com 
inflamáveis, explosivos e no sistema elétrico de potência; b) trabalhadores 
sujeitos às radiações ionizantes ou substâncias radioativas, inclusive 
radioterapia e radiografia; c) exposição permanente do trabalhador a roubos ou 
outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança 
pessoal ou patrimonial; d) atividade de trabalhador em motocicleta. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O adicional de periculosidade, que é devido no montante de 30%, 
quanto à base de cálculo, incide sobre o salário sem os acréscimos resultantes 
de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa, conforme o 
artigo 193, § 1º da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não necessariamente, conforme podemos inferir das Súmulas 364 e 
361 do TST. 
 
 
SUM-39	PERICULOSIDADE		
Os	 empregados	 que	 operam	 em	 bomba	 de	 gasolina	 têm	
direito	ao	adicional	de	periculosidade.	
OJ-SDI1-324	 ADICIONAL	 DE	 PERICULOSIDADE.	 SISTEMA	
ELÉTRICO	DE	POTÊNCIA.É	 assegurado	 o	 adicional	 de	 periculosidade	 apenas	 aos	
empregados	que	trabalham	em	sistema	elétrico	de	potência	
em	condições	de	risco,	ou	que	o	façam	com	equipamentos	e	
instalações	 elétricas	 similares,	 que	 ofereçam	 risco	
equivalente,	ainda	que	em	unidade	consumidora	de	energia	
elétrica.	
OJ-SDI1-345	 ADICIONAL	 DE	 PERICULOSIDADE.	 RADIAÇÃO	
IONIZANTE	OU	SUBSTÂNCIA	RADIOATIVA.	DEVIDO.		
A	 exposição	 do	 empregado	 à	 radiação	 ionizante	 ou	 à	
substância	 radioativa	 enseja	 a	 percepção	 do	 adicional	 de	
periculosidade,	(...).	
SUM-132	ADICIONAL	DE	PERICULOSIDADE.	INTEGRAÇÃO		
I	 -	 O	 adicional	 de	 periculosidade,	 pago	 em	 caráter	 permanente,	
integra	o	cálculo	de	indenização	e	de	horas	extras.	
II	-	Durante	as	horas	de	sobreaviso,	o	empregado	não	se	encontra	
em	condições	de	risco,	razão	pela	qual	é	incabível	a	integração	do	
adicional	de	periculosidade	sobre	as	mencionadas	horas.	
SUM-191	ADICIONAL.	PERICULOSIDADE.	INCIDÊNCIA	
O	adicional	de	periculosidade	incide	apenas	sobre	o	salário	básico	
e	não	 sobre	este	acrescido	de	outros	adicionais.	 Em	 relação	aos	
eletricitários,	o	cálculo	do	adicional	de	periculosidade	deverá	ser	
efetuado	sobre	a	totalidade	das	parcelas	de	natureza	salarial.	
 
 
A	exposição	ao	risco	deve	ser	permanente?	
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Independentemente da exigência de pagamento dos adicionais, a 
legislação ainda impõe que o empregador proporcione equipamentos de 
segurança e proteção ao trabalhador a fim de minimizar os riscos existentes, 
assunto que é tratado sob a disciplina da Segurança e Medicina do Trabalho, do 
que se ocupa todo o Capítulo V da CLT. 
 
ATENÇÃO:	 Na	 hipótese	 de	 o	 empregado	 trabalhar	 em	
condições	insalubres	e	perigosas,	terá	direito	a	apenas	um	dos	
adicionais,	cabendo-lhe	optar	por	um	deles,	nos	termos	do	§	2°	
do	artigo	193	da	CLT.	
 
 
Adicional de transferência 
Quando estudamos as possibilidade de alteração do contrato de 
trabalho, vimos que o empregador pode necessitar que determinado empregado 
preste trabalho em local diferente daquele para o qual foi contratado. Trata-se 
de uma permanência provisória. Os artigos 469 e 470 da CLT dispõem sobre o 
tema. Enquanto durar a transferência, deve ser pago o adicional de 25% sobre o 
salário, cujo pagamento cessará com o retorno ao local original. 
SUM-361	 ADICIONAL	 DE	 PERICULOSIDADE.	 ELETRICITÁRIOS.	
EXPOSIÇÃO	INTERMITENTE	
O	 trabalho	 exercido	 em	 condições	 perigosas,	 embora	 de	 forma	
intermitente,	 dá	 direito	 ao	 empregado	 a	 receber	 o	 adicional	 de	
periculosidade	 de	 forma	 integral,	 porque	 a	 Lei	 nº	 7.369,	 de	
20.09.1985,	 não	 estabeleceu	 nenhuma	 proporcionalidade	 em	
relação	ao	seu	pagamento.	
SUM-364	 ADICIONAL	 DE	 PERICULOSIDADE.	 EXPOSIÇÃO	
EVENTUAL,	PERMANENTE	E	INTERMITENTE		
I	 -	 Tem	 direito	 ao	 adicional	 de	 periculosidade	 o	 empregado	
exposto	 permanentemente	 ou	 que,	 de	 forma	 intermitente,	
sujeita-se	 a	 condições	 de	 risco.	 Indevido,	 apenas,	 quando	 o	
contato	 dá-se	 de	 forma	 eventual,	 assim	 considerado	 o	 fortuito,	
ou	 o	 que,	 sendo	 habitual,	 dá-se	 por	 tempo	 extremamente	
reduzido.	
II	 -	 Não	 é	 válida	 a	 cláusula	 de	 acordo	 ou	 convenção	 coletiva	 de	
trabalho	 fixando	 o	 adicional	 de	 periculosidade	 em	 percentual	
inferior	 ao	 estabelecido	 em	 lei	 e	 proporcional	 ao	 tempo	 de	
exposição	 ao	 risco,	 pois	 tal	 parcela	 constitui	medida	 de	 higiene,	
saúde	 e	 segurança	 do	 trabalho,	 garantida	 por	 norma	 de	 ordem	
pública	(arts.	7º,	XXII	e	XXIII,	da	CF	e	193,	§1º,	da	CLT).	
 
 
 
15 
Ocorrendo a transferência definitiva do empregado, o empregador 
deve arcar com todos os custos da transferência. 
 
 
 
 
 
 
 
Salário-utilidade 
Os salários podem ser pagos parte em dinheiro - no mínimo 30% 
conforme artigo 82 da CLT - e parte em utilidades ou bens, a que se denomina 
salário-utilidade ou salário in natura. 
O conceito de utilidades precisa ser 
esclarecido. Constituem-se utilidades alguns 
benefícios que o empregador oferece ao 
empregado, de modo oneroso ao empregador, 
tais como: alimentação, habitação, meios de 
lazer, entre outros. Qualquer benefício prestado 
que não signifique um requisito para a 
prestação do trabalho, no qual possa ser 
identificado um custo para o empregador e 
represente uma vantagem financeira para o empregado, adquire natureza 
salarial. A concessão de bens ou sua utilização é uma forma de salário indireto, 
como regra geral. 
Para que a utilidade ou o bem fornecido pelo empregador possa ser 
considerado como salário in natura, é necessário que seja concedido, habitual e 
graciosamente, além de ser pelo trabalho. 
Ao contrário, se a utilidade ou bem for concedido esporadicamente 
com ônus para o empregado, além de ser para o trabalho, não será 
considerada verba salarial. 
SUM-29	TRANSFERÊNCIA	
Empregado	 transferido,	 por	 ato	 unilateral	 do	 empregador,	 para	
local	mais	 distante	 de	 sua	 residência,	 tem	 direito	 a	 suplemento	
salarial	correspondente	ao	acréscimo	da	despesa	de	transporte.	
OJ-SDI1-113	 ADICIONAL	 DE	 TRANSFERÊNCIA.	 CARGO	 DE	
CONFIANÇA	 OU	 PREVISÃO	 CONTRATUAL	 DE	 TRANSFERÊNCIA.	
DEVIDO.	DESDE	QUE	A	TRANSFERÊNCIA	SEJA	PROVISÓRIA.	
O	fato	de	o	empregado	exercer	cargo	de	confiança	ou	a	existência	
de	previsão	de	transferência	no	contrato	de	trabalho	não	exclui	o	
direito	 ao	 adicional.	 O	 pressuposto	 legal	 apto	 a	 legitimar	 a	
percepção	do	mencionado	adicional	é	a	transferência	provisória.	
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16 
 
 
 
Muitos empregadores costumam oferecer alguns benefícios aos seus 
empregados, tais como planos de saúde, custeio de educação, lazer e planos 
privados para complemento de aposentadoria. 
O artigo 458 da CLT, em seu § 2°, dispõe que não serão consideradas 
como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: 
a) vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos 
empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; 
b) educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de 
terceiros, compreendendo os valores relativos à matrícula, mensalidade, 
anuidade, livros e material didático; 
c) transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e o 
retorno, em percurso servido ou não por transporte público; 
d) assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada 
diretamente ou mediante seguro-saúde. 
e) seguro de vida e de acidentes pessoais; e 
f) previdência privada. 
 
 
 
 
 
Do mesmo modo, pode-se fazer menção aos seguintes dispositivos: 
a) artigo 3º da Lei 6.321/76, no sentido de que o Programa de 
Alimentação do Trabalhador (PAT) não apresenta natureza salarial; e 
ATENÇÃO:	
Se	 a	 prestação	 é	 fornecida	PARA	 o	 trabalho,	 não	 tem	natureza	
salarial;	 caso	 seja	 fornecida	PELO	 trabalho,	 considera-se	 salário	
utilidade.	 A	 diferenciação	 aqui,	 portanto,	 é	 pela	
indispensabilidade,	 ou	 não,	 da	 utilidade	 fornecida	 pelo	
empregado,	 para	 a	 prestação	 dos	 serviços	 prestados	 pelo	
empregado.	
SUM-367	 UTILIDADES	 "IN	 NATURA".	 HABITAÇÃO.	 ENERGIA	
ELÉTRICA.	VEÍCULO.	CIGARRO.	NÃO	INTEGRAÇÃO	AO	SALÁRIO		
I	 -	 A	 habitação,	 a	 energia	 elétrica	 e	 veículo	 fornecidos	 pelo	
empregador	 ao	 empregado,	 quando	 indispensáveis	 para	 a	
realização	do	 trabalho,	 não	 têm	natureza	 salarial,	 ainda	que,	 no	
caso	 de	 veículo,	 seja	 ele	 utilizado	 pelo	 empregado	 também	 em	
atividades	particulares.	
II	 -	 O	 cigarro	 não	 se	 considera	 salário	 utilidade	 em	 face	 de	 sua	
nocividade	à	saúde.	
 
 
17 
b) artigo 2º da Lei 7.418/85, estabelecendo que o vale transporte 
não tem natureza salarial. 
Cabe frisar que se a alimentação for concedida sem se inserir no PAT, 
apresenta, em princípio, natureza de salário-utilidade, conforme artigo 458, 
caput, da CLT. 
 
 
Ademais, outros preceitos devem ser observados quanto às utilidades. 
Primeiro, o salário não pode ser pago integralmente soba forma de 
utilidades, pois a CLT dispõe, no artigo 82 que o salário mínimo (e por 
extensão, todos os salários acima do mínimo) deve ser pago com, pelo menos 
30% do seu valor em dinheiro. 
Segundo, há um limite legal para algumas das utilidades que integram 
o salário. Para habitação é de 25% e para alimentação, 20%. As empresas, em 
reduzido número, que oferecem habitação aos seus empregados podem 
descontar o valor referente à ocupação da moradia, até o limite de 25%. Desse 
modo, uma parte do salário é paga sob a forma da utilidade moradia e o 
restante em dinheiro. Essa modalidade é mais comum para empresas 
localizadas em locais afastados, como fábricas e usinas elétricas. Também é 
comum o uso nas propriedades rurais, quando o limite passa a ser de 20%, 
conforme artigo 9º da Lei nº 5.889/73. 
Na relação de emprego doméstico, a Lei Complementar nº 150/2015 
traz regras bem específicas. Vejamos: 
Art. 18. É vedado ao empregador doméstico efetuar 
descontos no salário do empregado por fornecimento de 
alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por 
despesas com transporte, hospedagem e alimentação em 
caso de acompanhamento em viagem. 
§ 1º É facultado ao empregador efetuar descontos no salário 
do empregado em caso de adiantamento salarial e, mediante 
acordo escrito entre as partes, para a inclusão do empregado 
em planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, 
de seguro e de previdência privada, não podendo a dedução 
ultrapassar 20% (vinte por cento) do salário. 
§ 2º Poderão ser descontadas as despesas com moradia de 
que trata o caput deste artigo quando essa se referir a local 
SUM-241	SALÁRIO-UTILIDADE.	ALIMENTAÇÃO	
O	vale	para	refeição,	fornecido	por	força	do	contrato	de	trabalho,	
tem	 caráter	 salarial,	 integrando	 a	 remuneração	 do	 empregado,	
para	todos	os	efeitos	legais.	
 
 
18 
diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço, 
desde que essa possibilidade tenha sido expressamente 
acordada entre as partes. 
§ 3º As despesas referidas no caput deste artigo não têm 
natureza salarial nem se incorporam à remuneração para 
quaisquer efeitos. 
§ 4º O fornecimento de moradia ao empregado doméstico na 
própria residência ou em morada anexa, de qualquer 
natureza, não gera ao empregado qualquer direito de posse 
ou de propriedade sobre a referida moradia. 
 
 
ATENÇÃO:	
Uma	 vez	 caracterizado	 o	 salário	 in	 natura,	 a	 correspondente	
expressão	 econômica	 deverá	 ser	 integrada	 na	 parte	 em	 espécie	
do	 salário	 do	 empregado	 e	 calculados	 os	 reflexos	 nas	 demais	
verbas	trabalhistas.	
 
 
 
 
 
 
 
 
SEÇÃO 3 - Formas de salário e regras de proteção 
Formas de salário 
O pagamento do salário do empregado pode ser realizado por tempo, 
por produção e por tarefa, sendo que o primeiro modo é o mais comum. 
O salário por tempo é pago em função do tempo em que o 
empregado ficou à disposição do empregador, realizando ou aguardando 
ordens. O seu valor é estipulado por períodos certos de tempo: mensal, 
quinzenal, semanal, dia ou hora. Mesmo que o pagamento seja efetuado com 
outra frequência, o cálculo se dá pela unidade de tempo determinada. 
Exemplos: o empregado pode receber o salário fixo de R$ 5,00 por hora e 
outro pode perceber o salário de R$ 1.100,00 por mês: não se confunda o 
critério do tempo para a entrega do dinheiro. 
O salário por produção, como o próprio nome indica, é o salário 
pago com base na produção do empregado. 
 
 
O	 salário	 e	 a	 remuneração	 não	 se	 confundem	 com	
indenização.	 O	 salário	 é	 a	 remuneração	 normalmente	
devida	ao	empregado,	mesmo	que	seja	composto,	como	
contrapartida	pelo	trabalho	realizado.	Já	as	 indenizações	
são	compensações	impostas	pela	legislação,	e	devem	ser	
pagas	 ao	 empregado	 por	 eventuais	 ou	 possíveis	 danos,	
reparando-os.	
	
Atenção!!!!	
Não	podemos	
esquecer....	
 
 
19 
Por fim, o salário por tarefa assemelha-se ao salário por produção, na 
medida em que considera, para o seu cálculo, a produção do empregado e a 
economia de tempo havida, de tal forma que o empregado tem vantagem ao 
cumprir sua tarefa, que pode ser o acréscimo no preço da tarifa ou ser 
dispensado do restante da jornada. 
 
 
Regras de proteção ao salário 
Entre todas as formas de proteção e amparo ao empregado, de grande 
importância é a proteção dispensada ao salário. Proteger o salário é impedir 
que ele seja desvalorizado, reduzido por meio de artifícios, ter seu pagamento 
postergado, suprimido, negociado ou confiscado. O salário é o único meio de 
subsistência do empregado. Sua natureza é alimentar, portanto, inegociável. 
Proteção contra os abusos do empregador 
O salário deve ser protegido contra eventuais abusos do empregador, 
que podem afetar o seu valor real, acarretar prejuízo adicional ou privar o 
trabalhador de o receber. Já foi visto que, em épocas de inflação, o valor real 
do salário torna-se menor que o valor nominal. 
A primeira regra de proteção diz respeito à quantia mínima que 
qualquer empregado deve receber. Por lei, é estabelecido o valor do salário 
mínimo. Também há salários mínimos profissionais, pisos salariais e salários 
normativos. 
Como as demais condições de trabalho, ao salário se aplica o princípio 
da inalterabilidade, segundo o qual as condições de trabalho não podem ser 
alteradas unilateralmente (CLT, artigo 468). 
A isonomia salarial, isto é, o princípio de que para funções iguais, na 
mesma empresa, são devidos salários iguais, é garantida, como veremos 
adiante. 
Quanto	 à	 sua	 natureza,	 é	 possível	 classificar	 os	 salários	
como:	fixo,	variável,	misto,	contratual,	legal	e	em	utilidades.	
Assim,	o	salário	fixo	é	o	que	é	pago	por	unidade	de	tempo.	
Salário	 variável	 é	 o	 que	 é	 pago	 por	 produção	 (comissão).	
Misto	 é	 aquele	 constituído	 de	 parte	 fixa	 e	 parte	 variável.	
Contratual	ou	 legal,	 conforme	 for	estabelecido	no	contrato	
ou	na	lei.	Finalmente,	em	utilidade,	como	já	visto,	é	aquele	
constituído	por	prestações	in	natura.	
 
 
 
20 
Outra regra de proteção cuida da prova de pagamento, pois o artigo 
464 da CLT estabelece que o pagamento deverá ser comprovado por meio de 
recibo, embora a Portaria nº 3.281/84 do Ministério do Trabalho tenha 
autorizado o pagamento em cheque ou depósito bancário. 
 
 
 
Proteção contra os credores do empregador 
O artigo 449 da CLT prevê a proteção do salário na hipótese de 
falência, concordata ou até de dissolução da empresa. Os credores do 
empregador nas falências não têm preferência de recebimento. Esse privilégio 
é concedido aos créditos referentes aos salários, seus complementos e 
indenizações devidos aos empregados. A Lei de Falências dá tratamento 
coerente com o da CLT, estabelecendo que os créditos derivados da legislação 
do trabalho, limitados a 150 (cento e cinquenta) salários-mínimos por credor, e 
os decorrentes de acidentes do trabalho gozam de privilégio em relação aos 
demais credores, inclusive a Fazenda Pública. 
 
Proteção contra os credores do empregado 
O salário é protegido até do próprio empregado que, por má gestão de 
suas finanças pessoais, gastando além de suas possibilidades, tente negociar a 
transferência dos seus direitos a terceiros, seus credores. Ou seja, o salário é 
impenhorável e não pode ser cedido. A única exceção se dá no caso de pensão 
alimentícia devida, nos termos do disposto na legislação sobre o Direito de 
Família. 
Por outras palavras, o salário, por apresentar natureza alimentícia, é 
considerado impenhorável. Temos, então, a impenhorabilidade do salário 
frente aos credores do próprio empregado, conforme previsto no artigo 833, 
inciso IV do Código de Processo Civil. 
 
 
PN-117	PAGAMENTO	DO	SALÁRIO	COM	CHEQUE	
Se	o	pagamento	do	salário	 for	 feito	em	cheque,	a	empresa	dará	
ao	 trabalhador	o	 tempo	necessário	para	descontá-lo,	no	mesmo	
dia.	
 
 
21 
Periodicidade de pagamento 
O artigo 459 da CLT, estabelece queo pagamento do salário, qualquer 
que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período 
superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e 
gratificações. 
Já quanto ao prazo, o parágrafo único do mesmo artigo estabelece que 
quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o 
mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. 
 
 
 
O atraso no pagamento do salário é denominado mora salarial. Pode 
acarretar dois efeitos: a rescisão indireta por justa causa do empregador e gerar 
sanções de ordem fiscal para o empregador. Além disso, o artigo 7º, inciso X 
da Constituição Federal garante a proteção do salário na forma da lei, 
constituindo crime sua retenção dolosa. 
Quanto ao pagamento em caso de rescisão, o artigo 467 da CLT 
determina que, nesse caso, havendo controvérsia sobre o montante das verbas 
rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, a data do 
comparecimento a Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob 
pena de pagá-las acrescidas de 50% (cinquenta por cento). Por outras palavras, 
quando o contrato de trabalho é rescindido, o empregador que deve salário e na 
primeira audiência da Justiça do Trabalho não faz o seu pagamento, o saldo 
salarial passa a ser devido com acréscimo de 50%. 
 
Descontos 
Nós já sabemos que, segundo o artigo 468 da CLT, nos contratos 
individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por 
mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou 
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula 
infringente desta garantia. 
E	se	o	empregador	atrasar	o	pagamento?	
 
 
22 
Além dessa regra de imodificabilidade do contrato prevista na CLT, a 
Constituição Federal, no artigo 7º, inciso VI também garante a irredutibilidade 
do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. 
A CLT, por sua ver, estabelece no artigo 462, a regra da 
intangibilidade, ou seja, ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos 
salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de 
dispositivos de lei ou de contrato coletivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No que diz respeito a possibilidade de desconto por danos causados 
pelo empregado, o § 1º do artigo 462 da CLT esclarece que o desconto será 
lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de 
dolo do empregado. 
Assim, em caso de danos acarretados pelo empregado no patrimônio 
do empregador ou de terceiro, desde que relacionados com o serviço, é 
permitido o desconto, independente de autorização, havendo dolo do 
empregado. Ao contrario, exige-se concordância do empregado nos casos de 
culpa, caracterizados pela imprudência, imperícia ou negligência. 
SUM-342	DESCONTOS	SALARIAIS.	ART.	462	DA	CLT		
Descontos	 salariais	 efetuados	 pelo	 empregador,	 com	 a	
autorização	 prévia	 e	 por	 escrito	 do	 empregado,	 para	 ser	
integrado	 em	 planos	 de	 assistência	 odontológica,	 médico-
hospitalar,	 de	 seguro,	 de	 previdência	 privada,	 ou	 de	 entidade	
cooperativa,	 cultural	 ou	 recreativo-associativa	 de	 seus	
trabalhadores,	 em	 seu	 benefício	 e	 de	 seus	 dependentes,	 não	
afrontam	 o	 disposto	 no	 art.	 462	 da	 CLT,	 salvo	 se	 ficar	
demonstrada	a	existência	de	coação	ou	de	outro	defeito	que	vicie	
o	ato	jurídico.	
OJ-SDC-18	 DESCONTOS	 AUTORIZADOS	 NO	 SALÁRIO	 PELO	
TRABALHADOR.	 LIMITAÇÃO	 MÁXIMA	 DE	 70%	 DO	 SALÁRIO	
BASE.	
Os	descontos	efetuados	com	base	em	cláusula	de	acordo	firmado	
entre	as	partes	não	podem	ser	superiores	a	70%	do	salário	base	
percebido	pelo	empregado,	pois	deve-se	assegurar	um	mínimo	de	
salário	em	espécie	ao	trabalhador.	
OJ-SDI1-160	DESCONTOS	SALARIAIS.	AUTORIZAÇÃO	NO	ATO	DA	
ADMISSÃO.	VALIDADE.		
É	 inválida	 a	 presunção	 de	 vício	 de	 consentimento	 resultante	 do	
fato	 de	 ter	 o	 empregado	 anuído	 expressamente	 com	 descontos	
salariais	 na	 oportunidade	 da	 admissão.	 É	 de	 se	 exigir	
demonstração	concreta	do	vício	de	vontade.	
 
 
 
23 
Finalmente, esclarece o § 5º do artigo 477 da CLT que qualquer 
compensação no pagamento das verbas rescisórias não poderá exceder o 
equivalente a 1 (um) mês de remuneração. 
 
Estipulação do valor do salário 
O princípio aplicável é o da autonomia da vontade, ou seja, as relações 
contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes 
interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao 
trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das 
autoridades competentes, conforme artigo 444 da CLT. 
Contudo, havendo falta ou dúvidas quanto a estipulação do salário, 
determina o artigo 460 da CLT, o empregado terá direito a perceber salário 
igual ao daquele que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente, ou do que 
for habitualmente pago para serviço semelhante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depende da situação em que se encontrarem os empregados. A 
Constituição de 1988 trata do princípio da igualdade, vedando qualquer 
distinção entre os trabalhadores, por ocasião da admissão, sendo que os 
requisitos para a equiparação salarial estão previstos no artigo 461 da CLT, 
exigidos de modo concomitante (ao mesmo tempo). Assim, se ambos os 
empregados trabalharem para o mesmo empregador, na mesma localidade, 
exercerem idêntica função, a diferença de tempo na função entre os dois for 
INFERIOR a dois anos e tempo de serviço para o mesmo empregador não 
superior a quatro anos, trabalharem com a mesma produtividade e o trabalho 
for executado com a mesma perfeição técnica, eles devem receber o mesmo 
salário. 
Professor,	o	meu	trabalho	
é	idêntico	ao	dele...	mas	
ele	ganha	mais	do	que	
eu...	isso	está	certo?	
Invejoso!!!!	
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RETOMANDO A CONVERSA INICIAL 
Seção 1 – Aspectos gerais da remuneração 
SUM-6	EQUIPARAÇÃO	SALARIAL.	ART.	461	DA	CLT	
I	 -	 Para	 os	 fins	 previstos	 no	 §	 2º	 do	 art.	 461	 da	 CLT,	 só	 é	 válido	 o	
quadro	de	pessoal	organizado	em	carreira	quando	homologado	pelo	
Ministério	 do	 Trabalho,	 excluindo-se,	 apenas,	 dessa	 exigência	 o	
quadro	de	carreira	das	entidades	de	direito	público	da	administração	
direta,	autárquica	e	fundacional	aprovado	por	ato	administrativo	da	
autoridade	competente.	
II	-	Para	efeito	de	equiparação	de	salários	em	caso	de	trabalho	igual,	
conta-se	o	tempo	de	serviço	na	função	e	não	no	emprego.		
III	 -	 A	 equiparação	 salarial	 só	 é	 possível	 se	 o	 empregado	 e	 o	
paradigma	exercerem	a	mesma	função,	desempenhando	as	mesmas	
tarefas,	 não	 importando	 se	 os	 cargos	 têm,	 ou	 não,	 a	 mesma	
denominação.		
IV	-	É	desnecessário	que,	ao	tempo	da	reclamação	sobre	equiparação	
salarial,	 reclamante	 e	 paradigma	 estejam	 a	 serviço	 do	
estabelecimento,	 desde	 que	 o	 pedido	 se	 relacione	 com	 situação	
pretérita.	
V	 -	 A	 cessão	 de	 empregados	 não	 exclui	 a	 equiparação	 salarial,	
embora	 exercida	 a	 função	 em	 órgão	 governamental	 estranho	 à	
cedente,	 se	 esta	 responde	 pelos	 salários	 do	 paradigma	 e	 do	
reclamante.		
VI	 -	 Presentes	 os	 pressupostos	 do	 art.	 461	 da	 CLT,	 é	 irrelevante	 a	
circunstância	 de	 que	 o	 desnível	 salarial	 tenha	 origem	 em	 decisão	
judicial	 que	 beneficiou	 o	 paradigma,	 exceto	 se	 decorrente	 de	
vantagem	pessoal,	de	 tese	 jurídica	 superada	pela	 jurisprudência	de	
Corte	Superior	ou,	na	hipótese	de	equiparação	salarial	em	cadeia,	se	
não	 demonstrada	 a	 presença	 dos	 requisitos	 da	 equiparação	 em	
relação	 ao	 paradigma	 que	 deu	 origem	 à	 pretensão,	 caso	 arguida	 a	
objeção	pelo	reclamado.		
VII	-	Desde	que	atendidos	os	requisitos	do	art.	461	da	CLT,	é	possível	
a	equiparação	salarial	de	trabalho	intelectual,	que	pode	ser	avaliado	
por	sua	perfeição	técnica,	cuja	aferição	terá	critérios	objetivos.		
VIII	 -	 É	 do	 empregador	 o	 ônus	 da	 prova	 do	 fatoimpeditivo,	
modificativo	ou	extintivo	da	equiparação	salarial.		
IX	 -	 Na	 ação	 de	 equiparação	 salarial,	 a	 prescrição	 é	 parcial	 e	 só	
alcança	as	diferenças	salariais	vencidas	no	período	de	5	(cinco)	anos	
que	precedeu	o	ajuizamento.	
X	-	O	conceito	de	"mesma	localidade"	de	que	trata	o	art.	461	da	CLT	
refere-se,	 em	 princípio,	 ao	 mesmo	 município,	 ou	 a	 municípios	
distintos	 que,	 comprovadamente,	 pertençam	 à	 mesma	 região	
metropolitana.		
 
Não	posso	
esquecer	essa	
Súmula....	
Pessoal,	 acabamos	 mais	 uma	 aula	 e	 para	 finalizar	 o	 estudo,	
vamos		fazer	uma	rápida	revisão.	
 
 
25 
Na seção 1 nos vimos a diferença entre salário e remuneração, bem como 
a importância da diferença entre verbas de natureza salarial e não-salarial 
(indenizatórias). Estudamos também quais são essas verbas que compõe o 
salário e quando são devidas. 
 
Seção 2 – Adicionais e salário-utilidade 
Nesta seção nós aprendemos os adicionais são acréscimos salariais 
decorrentes do preenchimento de condição estipulada por lei ou outra norma, 
que justifique o seu pagamento. Além disso, estudamos os principais adicionais 
previstos na legislação trabalhista, quando são devidos e o respectivo valor. 
Estudamos, também, que até 70% do salário do empregado pode ser 
pago em forma de utilidades. Vimos que, se a utilidade é fornecida PARA o 
trabalho, não tem natureza salarial; caso seja fornecida PELO trabalho, 
considera-se salário utilidade. 
 
Seção 3 – Formas e regras de proteção do salário 
Finalmente, na terceira seção nós aprendemos que o salário, dada a sua 
natureza alimentar, precisa de especial proteção, não só contra a desvalorização 
da moeda, mas também contra abusos do empregador, credores do empregador 
e do empregado. Além disso, vimos também algumas regras quanto aos 
descontos que podem ser efetuados e aspectos relacionados à justiça da 
estipulação e equiparação dos salários. 
 
SUGESTÃO DE LEITURAS E SITES: 
 
LEITURAS: 
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. São Paulo: Editora 
Atlas. Pág. 211 a 304. 
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – artigos 457 a 467. 
 
SITES: 
Tribunal Superior do Trabalho – www.tst.jus.br 
Ministério do Trabalho e Emprego – www.trabalho.gov.br 
 
 
 
26 
 
Atividade da Aula 7 
 
Meus amigos, as atividades referentes a esta aula 
estão disponibilizadas na ferramenta “Sala Virtual – 
Atividades”. Após responder, envie por meio do 
Portfólio – ferramenta do ambiente de aprendizagem 
UNIGRAN Virtual. 
 
 
Finalmente.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se ao final desta aula surgirem 
dúvidas, você poderá saná-las 
através das ferramentas “fórum” ou 
“quadro de avisos” e “chat”. Ou 
ainda poderá enviá-las para o e-mail 
jkrewer@unigran.br.

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