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JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 ↳ Conhecer a anatomia dos neurotransmissores (tipos, classificações, mecanismos e alterações): � Neurotransmissores aminoácidos e aminas: → A maioria dos neurotransmissores situa-se em três categorias: aminoácidos, aminas e peptídeos. → Os neurotransmissores aminoácidos e aminas são pequenas moléculas orgânicas com pelo menos um átomo de nitrogênio, armazenadas e liberadas em vesículas sinápticas → Sua síntese ocorre no terminal axonal a partir de precursores metabólicos ali presentes → As enzimas envolvidas na síntese de tais neurotransmissores são produzidas no soma (corpo celular do neurônio) e transportadas até o terminal axonal e, neste local, rapidamente dirigem a síntese desses mediadores químicos. → Uma vez sintetizados, os neurotransmissores aminoácidos e aminas são levados para as vesículas sinápticas que liberam seus conteúdos por exocitose. → Nesse processo, a membrana da vesícula funde-se com a membrana pré-sináptica, permitindo que os conteúdos sejam liberados. A membrana vesicular é posteriormente recuperada por endocitose e a vesícula reciclada é recarregada com neurotransmissores. � Neurotransmissores peptídeos: → Os neurotransmissores peptídeos constituem-se de grandes moléculas armazenadas e liberadas em grânulos secretores → A síntese dos neurotransmissores peptídicos ocorre no retículo endoplasmático rugoso do soma. → Após serem sintetizados, são clivados no complexo de golgi, transformando-se em neurotransmissores ativos, que JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 são secretados em grânulos secretores e transportados ao terminal axonal (transporte anterógrado) para serem liberados na fenda sináptica. � Características gerais e funções: → Diferentes neurônios no SNC liberam também diferentes neurotransmissores. A transmissão sináptica rápida na maioria das sinapses do SNC é mediada pelos neurotransmissores aminoácidos glutamato (GLU), gama- aminobutírico (GABA) e glicina (GLI) → A amina acetilcolina medeia a transmissão sináptica rápida em todas as junções neuromusculares. As formas mais lentas de transmissão sináptica no SNC e na periferia são mediadas por neurotransmissores das três categorias. → O glutamato e a glicina estão entre os 20 aminoácidos que constituem os blocos construtores das proteínas. Consequentemente, são abundantes em todas as células do corpo. Em contraste, o GABA e as aminas são produzidos apenas pelos neurônios que os liberam. → endorfinas e encefalinas: bloqueiam a dor, agindo naturalmente no corpo como analgésicos. → dopamina: neurotransmissor inibitório derivado da tirosina. Produz sensações de satisfação e prazer. Os neurônios dopaminérgicos podem ser divididos em três subgrupos com diferentes funções. O primeiro grupo regula os movimentos: uma deficiência de dopamina neste sistema provoca a doença de Parkinson, caracterizada por tremuras, inflexibilidade, e outras desordens motoras, e em fases avançadas pode verificar-se demência. O segundo grupo, o mesolímbico, funciona na regulação do comportamento JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 emocional. O terceiro grupo, o mesocortical, projeta-se apenas para o córtex pré-frontal. Esta área do córtex está envolvida em várias funções cognitivas, memória, planejamento de comportamento e pensamento abstrato, assim como em aspectos emocionais, especialmente relacionados com o stress. Distúrbios nos dois últimos sistemas estão associados com a esquizofrenia. → Serotonina: neurotransmissor derivado do triptofano, regula o humor, o sono, a atividade sexual, o apetite, o ritmo circadiano, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal, sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas. Atualmente vem sendo intimamente relacionada aos transtornos do humor, ou transtornos afetivos e a maioria dos medicamentos chamados antidepressivos agem produzindo um aumento da disponibilidade dessa substância no espaço entre um neurônio e outro. Tem efeito inibidor da conduta e modulador geral da atividade psíquica. Influi sobre quase todas as funções cerebrais, inibindo-a de forma direta ou estimulando o sistema GABA. → GABA (ácido gama- aminobutirico): principal neurotransmissor inibitório do SNC. Ele está presente em quase todas as regiões do cérebro, embora sua concentração varie conforme a região. Está envolvido com os processos de ansiedade. Seu efeito ansiolítico seria fruto de alterações provocadas em diversas estruturas do sistema límbico, inclusive a amígdala e o hipocampo. A inibição da síntese do GABA ou o bloqueio de seus neurotransmissores no SNC, resultam em estimulação intensa, manifestada através de convulsões generalizadas. → Ácido glutâmico ou glutamato: principal neurotransmissor estimulador do SNC. A sua ativação aumenta a sensibilidade aos estímulos dos outros neurotransmissores. ↳ Entender a fisiopatologia da depressão (tipos, sinais/sintomas, consequências e desequilíbrio químico): � Fisiopatologia: → A teoria monoaminérgica da depressão propõe que a depressão seja consequência de uma menor disponibilidade de JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 aminas biogênicas cerebrais, particularmente de serotonina, noradrenalina e / ou dopamina. → Tal hipótese foi reforçada pelo conhecimento do mecanismo de ação dos antidepressivos, os quais promovem o aumento da disponibilidade desses neurotransmissores na fenda sináptica, seja pela inibição do processo de receptação, ou através da inibição da enzima responsável pela degradação da monoamino oxidase (MAO) → No entanto, a eficácia desses medicamentos não atinge 100% dos indivíduos que possuem depressão e também não são eficazes agudamente, o que sugere que apenas a deficiência na sinalização de monoaminas não seja suficiente para explicar as causas da depressão. → Pesquisas nas áreas básicas sugeriam que os inibidores da MAO aumentavam as concentrações cerebrais de noradrenalina e serotonina. Os antidepressivos tricíclicos, por sua vez, inibiam a recaptura sináptica das monoaminas, principalmente de NE, mas também de 5-HT, aumentando agudamente os níveis sinápticos → A hipótese imunológica propõe que a elevação na produção de citocinas pró-inflamatórias resultaria nos sintomas relacionados a depressão. → Nesse sentido, as citocinas pró- inflamatórias atuariam como neuromoduladores, intervindo nos aspectos neuroquímicos, neuroendócrinos e comportamentais dos transtornos depressivos. → Alterações da função dos sistemas neurotransmissores podem ocorrer através da mudança na sensibilidade de receptores pré e pós-sinápticos, sem alteração da quantidade do próprio neurotransmissor. Essa observação permitiu que a hipótese de deficiência de neurotransmissores fosse modificada e, em seu lugar, proposta a hipótese de dessensibilização dos receptores. → Tal hipótese propunha que o atraso no aparecimento do efeito terapêutico dos antidepressivos estava relacionado a alterações no número e sensibilidade dos receptores monoaminérgicos. → Como esse efeito demora dias ou semanas para ocorrer, os investigadores propunham que a JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 depressão podia ser explicada por uma supersensitividade de receptores beta-adrenérgicos → Os resultados da tomografia computadorizada sugerem um aumento dos ventrículos e alargamento dos sulcos corticais em pelo menos algumas populações com transtornos do humor unipolar e bipolar. → Trabalhos observados na ressonância magnética mais recentes investigaram diminuição dos volumes da substância branca e cinzenta, dos lobos frontais, lobos temporais e gânglios da base em pacientes com depressão → Os correlatos neuropatológicos dessas imagens foram estudados por alguns grupos que sugerem uma série de alterações, entre elas: gliose, microlesões vasculares, perda de mielina ou aumentode água no espaço perivascular → Kato et al relataram uma diminuição na concentração de fosfocreatina em pacientes gravemente deprimidos, quando comparados com pacientes levemente deprimidos → No único estudo de espectroscopia de fósforo dos gânglios da base em pacientes com depressão, Moore et al detectaram uma diminuição nos níveis de ATP nos gânglios da base de pacientes com depressão maior, se comparados com controles normais → Dois estudos iniciais realizados na Califórnia usando PET documentaram taxas relativamente baixas de metabolização da glicose nos lobos frontais e nos gânglios da base de pacientes deprimidos, quando comparados a controles normais. → Outros estudos observaram taxas metabólicas diminuídas no córtex pré-frontal anterolateral esquerdo em pacientes deprimidos. � Tipos: → Segundo Ramos (1984): 1)Depressão inibida: doente com desinteresse, que não se mostra muito preocupado com seu estado, associando sua doença às provações que tem que vivenciar. Neste tipo de depressão especula- se que as alterações bioquímicas cerebrais se façam mais acentuadas em relação às aminas adrenérgicas. 2) Depressão ansiosa: neste tipo de depressão, o paciente se JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 mostra extremamente preocupado com sua doença, fala bastante sobre os sintomas e se apresenta agitado e ansioso. As alterações bioquímicas cerebrais ocorrem sobre os níveis de serotonina. → Segundo (Louzã-Neto, Betarello, 1994): • A depressão endógena refere- se às psicoses cujas causas, acredita-se, serem orgânicas, porém desconhecidas. Os transtornos onde ocorrem somente quadros depressivos e maníacos são chamados bipolares (Louzã-Neto, Betarello, 1994). • Corrêa (1995) descreve a depressão endógena como uma depressão de determinação genética, provavelmente, produzida por um gene autossômico dominante simples, mas de penetração muito irregular. Habitualmente é acompanhada pela ocorrência em parentes de primeiro e segundo graus afetados de depressão bipolar e unipolar e, em geral com uma forte sobrecarga familiar depressiva. Lesch (2004) discute alguns fatores genéticos que poderiam estar envolvidos no desenvolvimento da depressão. • A depressão situacional é determinada, primordialmente, por circunstâncias conflituosas ou traumatizantes, configurando uma situação prolongada, isto é, o modo essencial da relação existente entre a pessoa e seu ambiente, tendo como causas a situação conflitiva eu/mundo; perda efetiva, sobrecarga emocional; isolamento ou inatividade • A depressão neurótica, segundo Louzã-Neto, Betarello (1994), é decorrência da limitação na capacidade de elaboração de vivências e, principalmente, da vivência de fracassos na elaboração de conflitos e de dificuldades de lidar com as próprias fantasias. Para Corrêa (1995), a base da depressão neurótica encontra-se no transtorno estrutural da personalidade prémórbida. Como a depressão neurótica tem como característica não ser um quadro muito intenso nem muito amplo, raras vezes inclui tendências suicidas, como o medo, insegurança, angústia e ansiedade. • A depressão também pode ser decorrente de um transtorno do organismo, produzido por uma doença orgânica ou física, ou pela administração de algum JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 medicamento. Esse tipo de depressão é denominado depressão sintomática (Corrêa, 1995; Vilela, 1996) • A forma mais comum de classificação da depressão é aquela que diferencia a depressão bipolar e a depressão unipolar (Carlson, 2002), a primeira caracterizada por longos períodos de depressão intercalados com episódios de mania (euforia), e a segunda por um estado contínuo ou periódico de depressão. Louzã-Neto et al. (1995) consideram que, além da classificação dos transtornos de humor em unipolar, referindo-se à depressão recorrente, e em bipolar, aquela que alterna com episódios de mania ou hipolania, as depressões também podem ser divididas em subtipos depressivos, tais como: 1) Distimia: quadro depressivo leve, intermitente, de início insidioso, em que o individuo sofre oscilações de humor depressivo súbitas ou contínuas, de intensidade variável ao longo do dia e de um dia a outro, durante anos. 2) Ciclotimia: caracteriza-se por instabilidade persistente do humor com alternância de inúmeros períodos distímicos. 3) Depressão endógena ou melancólica: possui gênese biológica, não importando se existe ou não fator psicogênico desencadeante. 4) Depressão atípica: humor reativo a estímulos e inversão dos sintomas vegetativos da depressão endógena (hipersonia, aumento do apetite e do peso). 5) Depressão sazonal: caracterizada por episódios depressivos recorrentes no outono e no inverno e ausência de depressão na primavera e no verão. 6) Depressão psicótica: trata-se de depressão grave, com presença de delírios e/ou alucinações, podendo ocorrer turvação da consciência em casos mais graves. 7) Depressão recorrente breve: depressivos que apresentam sintomas por menos de duas semanas, um a dois episódios ao mês, pelo período de um ano. � Sinais e sintomas: → Tristeza e abatimento são os sintomas emocionais mais comuns em casos de depressão. O indivíduo se sente desesperançado, triste, frequentemente tem crises de choro e pode até pensar em JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 suicídio. É frequente ainda a insatisfação com a vida. Gestos que antes proporcionavam satisfação parecem tristes e insignificantes. A maioria dos pacientes com depressão diz não mais obter gozo com as atividades anteriores, e muitos dizem perder o interesse e o afeto pelas pessoas. → Os sintomas cognitivos consistem principalmente em pensamentos negativos, baixa autoestima, sensação de culpa pelos fracassos. Os pacientes duvidam de sua capacidade de fazer algo para melhorar sua vida → Os sintomas físicos incluem mudança de apetite, perturbações do sono, fadiga e perda de energia. O indivíduo se concentra no interior e não nos eventos externos, pode exagerar pequenas dores e mal-estares e se preocupar com a saúde � Consequências: → Físicas, mentais, emocionais e comportamentais, como: aumento da probabilidade de comportamentos de risco, problemas de saúde, predisposição para o consumo de drogas, álcool entre outros ↳ Citar os tratamentos medicamentosos para a depressão: → Inibidores seletivos de recaptação de serotonina: citalopram, escitalopram, fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina e vilazodona → Moduladores de serotonina (bloqueadores de 5-HT2): Trazodona e mirtazapina → Inibidores de recaptaçao de serotonina e noradrenalina: desvenlafaxina, duloxetina, levomilnaciprano, venlafaxina, vortioxetina → Inibidor de receptação de dopamina e noradrenalina: bupropiona. → Antidepressivos heterocíclicos → Inibidores de monoaminoxidase: fenelzina, tranilcipromina, isocarboxazida → Antidepressivo melatonérgico: agomelatina ↳ Entender os benefícios do tratamento não medicamentoso (psicoterapia): � Definicao: → A psicoterapia, ou simplesmente terapia, veio a partir JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 de conceitos da psicologia. Ela busca trabalhar a partir do diálogo e da conversa as questões emocionais, fazendo o uso de várias abordagens, conexões com o subconsciente e outras ferramentas. � Tipos: → Psicanálise • Essa terapia é bastante conhecida e foi desenvolvida por Freud. Ou seja, nela a pessoa busca a conexão com o seu subconsciente para acha as respostas, insights e o autoconhecimento. → Psicoterapia breve • Nessa terapia, a pessoa e o terapeuta definem previamente um objetivo a ser atingido em um tempo certo. Por isso, geralmente se usa pra tratar alguma questão emocional em uma fase mais aguda. → Psicoterapia Junguiana • Trabalha a partir da análise do pensamento, dos sonhos e do inconsciente. Ela busca encontrar com as respostas daquiloque te incomoda. Por isso, a indicação é para quem busca um autoconhecimento profundo. → Psicoterapia Lacaniana • Essa é uma das terapias mais demoradas e analíticas dos pensamentos e comportamentos. Ou seja, durante as conversas o psicólogo tenta pegar os sentimentos, atos-falhos e outras coisas nas suas falas e conversas. → Psicoterapia Cognitivo- Construtivista • Além das questões emocionais, nessa terapia o profissional observa o sistema nervoso central. Ou seja, ela é mais atrativa para quem busca desenvolvimento cerebral ou quem tem algum tipo de debilidade ou danos cerebrais. → Psicoterapia Analítico- Comportamental • Essa terapia se liga ao behaviorismo e busca tratar das relações pessoais com o ambiente onde elas estão. Para isso, os reforço positivo são usados para criar mudanças no comportamento das pessoas. JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 → Psicoterapia Cognitivo- Comportamental • Nesse caso, o foco é modificar pensamentos negativos e destrutivos por meio da compreensão e entendimento das emoções e atitudes da pessoa. → Gestalt Terapia • Essa é uma terapia com foco no presente. Ou seja, ela aproveita não só o que o paciente fala, como também seus gestos, expressões e o meio no qual ele vive. → Psicodrama • Esse tipo é um pouco diferente. Isso porque trabalha a partir de encenações individuais e em grupo, para então avaliar as emoções. Não necessariamente você precisa participar das encenações, mas ainda assim pode observar e trabalhar essas questões. → EMDR • Traz a simulação de sonhos e a partir deles procura superar os traumas e as memórias ruins. Além disso, é indicado para quem sofreu algum tipo de abuso, acidentes, violência e fobias, como a tripofobia, claustrofobia e agorafob ia. � Benefícios: 1. Autoconhecimento É comum nos questionarmos no nosso dia a dia sobre nossos pensamentos e atitudes, mas em geral não fica por ai mesmo e não mudamos nada. No entanto, com a psicoterapia esse diálogo interno se torna mais fácil e recorrente. Além disso, com o autoconhecimento tornamos mais leves nossas relações pessoais e profissionais no dia a dia. 2. Contato com as emoções Nós passamos por várias mudanças de sentimentos durante o dia e, muitas vezes, deixamos de lado por ter uma rotina corrida e por achar que não importa tanto. Mas, esse “deixar de lado” nos afasta do autoconhecimento e da avaliação daquilo que realmente acreditamos ser melhor para nós mesmos. Ou seja, com a terapia, tiramos um tempo para pensar JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 nessas emoções e cuidamos de nós mesmos. 3. Autocontrole Quantas vezes temos atitudes desproporcionais e explodimos de raiva, angústia e tristeza? Ou até mesmo não conseguimos controlar nossas ansiedades por algo bom que está por vir? A psicoterapia te ajuda a regular esses sentimentos e maneira como agimos com eles. 4. Enxergando as suas habilidades Problemas com falar em público, não saber lidar os sentimentos dos outros, e outras questões que nos colocam a prova, podem ser trabalhadas na terapia. Por isso, se você quer quebrar essas barreiras e criar inteligência emocional procure ajuda de um profissional. 5. Um novo sentido Ao longo da vida a gente absorve conhecimentos e referências o tempo todo, mas muitas vezes eles acabam nos limitando e fechando nossos horizontes. No entanto, a terapia tende a nos ajudar a quebrar esses pré- conceitos e nos permitir estar abertos ao mundo. 6. Quebra de frustrações sociais Muitas vezes a sociedade nos impõe atitudes que nem sempre nos identificamos. Isso tende a criar frustração e sentimento ruins, fazendo com que a gente se cobre muito. Mas, na terapia você encontra esse espaço seguro e livre de julgamentos para decidir quem você quer se tornar. 7. Percepção dos relacionamentos Seja no trabalho, em casa com a família, entre amigos ou em um relacionamento amoroso, na terapia você encontra espaço para entender a complexidade e os benefícios dessas relações. 8. Empoderamento pessoal Se conectar consigo mesmo pode te dar ferramentas para se entender melhor, aceitar suas diferenças e coragem para empoderar-se. Além disso, esse é o resultado do autoconhecimento que te da mais força para lidar com a rotina e com o seu amor próprio. JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 ↳ Compreender o mecanismo de ação das drogas que interferem na neurotransmissão (medicamentos e álcool). � Antidepressivos Inibidores da Monoaminooxidase (IMAOs): → A redução na atividade da MAO resulta em aumento na concentração desses neurotransmissores nos locais de armazenamento no sistema nervoso central (SNC) e no sistema nervoso simpático → O incremento na disponibilidade de um ou mais neurotransmissores tem sido relacionado à ação antidepressiva dos IMAOs. A inibição não seletiva dos IMAOs fenelzina, isocarboxazida e tranilcipromina resulta em subsensibilização de receptores a2- ou b-adrenérgicos e de serotonina � Antidepressivos Tricíclicos (ADTs) → O mecanismo de ação comum aos antidepressivos tricíclicos em nível pré-sináptico é o bloqueio de recaptura de monoaminas, principalmente norepinefrina (NE) e serotonina (5-HT), em menor proporção dopamina (DA). Aminas terciárias inibem preferencialmente a recaptura de 5-HT e secundárias a de NE � Antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) → Os ISRSs inibem de forma potente e seletiva a recaptação de serotonina, resultando em potencialização da neurotransmissão serotonérgica. � Inibidor seletivo de recaptura de 5-HT/NE (ISRSN) → A venlafaxina e seu metabólito ativo O-desmetilvenlafaxina (ODV) são inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSNs), e apresentam fraca atividade como inibidores da recaptação de dopamina (clinicamente significativo apenas com doses elevadas). A potência da inibição de recaptura de serotonina é algo superior à de recaptura de noradrenalina, ocorrendo em doses inferiores. JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 � Alcool: → O etanol potencializa a ação do GABA, que é o principal neurotransmissor inibitório do Sistema Nervoso Central, atuando sobre os receptores GABAA de maneira semelhante aos benzodiazepínicos. Entretanto, seu efeito sobre os receptores é menor e menos consistente do que os benzodiazepínicos Com o uso crônico de etanol, ocorrem algumas alterações no sistema gabaérgico, a saber: (a)Redução da capacidade do etanol em estimular a ação do GABA, (b) Diminuição da capacidade de um agonista benzodiazepínico em potencializar a atividade gabaérgica, (c) Redução da densidade de mRNA relacionado ao local de ação dos benzodiazepínicos e etanol → atividade dos neurotransmissores, o álcool seletivamente altera a ação sináptica do glutamato no cérebro. O sistema glutamatérgico, que utiliza glutamato como neurotransmissor, é uma das principais vias excitatórias do sistema nervoso central, também parece desempenhar papel relevante nas alterações nervosas promovidas pelo etanol. O glutamato é o maior neurotransmissor excitatório no cérebro, com cerca de 40% de todas as sinapses glutaminérgicas → O etanol reduz a atividade do receptor de glutamato NMDA (N- metil-D-aspartato) (SCHUCKIT, 2005; ROSSETI & CARBONI, 1995), e inibe a produção do segundo mensageiro, GMPc, mediado pelo receptor. Com o uso crônico de etanol ocorre um aumento dos sítios de ligação do glutamato nos receptores NMDA, um “up- regulation” destes receptores, explicando a hiperatividade JOÃO MANOEL BASTOS – TUTORIA P3 glutamatérgica que ocorre na síndrome de abstinência álcool → Em relação à perturbação na atividade elétrica neuronal, sabe-se que altas doses de etanol inibem a atividade elétrica das células de Purkinge. O álcool etílico inibe a atividade de varias regiões cerebrais, como núcleo da rafe, oliva inferior, lócuscerúleos, hipocampo → Entretanto, em determinadas áreas, como área tegmental ventral, substancia nigra (SHETTY et al., 1993) e núcleo accumbens, ricas em dopamina, o etanol aumenta a atividade espontânea, talvez por pura desinibição, já que o etanol é estritamente depressor. Provavelmente, esta ativação nestas regiões medeia às propriedades de reforço relacionadas à dopamina → A exposição temprana ao etanol diminui o numero de neurônios em varias estruturas do Sistema nervoso central de ratos → Em relação às propriedades físicas das membranas neuronais, vários estudos apontam para a capacidade do etanol alterar a estrutura das membranas lipídicas, aumentando a sua fluidez, dada sua propriedade lipofílic → O álcool é um depressor do sistema nervoso central, provocando uma desorganização geral da transmissão dos impulsos nervosos nas membranas excitáveis
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