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Elaboração de Indicadores de Desempenho Institucional

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1Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Elaboração de Indicadores de 
Desempenho Institucional
Aspectos gerais sobre 
os indicadores de 
desempenho institucional
1
M
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o
2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2021
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Desenvolvimento Profissional
Paulo Marques
Coordenador-Geral de Produção Web 
Carlos Eduardo dos Santos
Conteudista
Carlos Eduardo Penante D' Ávila Uchoa, 2021
Curso desenvolvido no âmbito da Diretoria de Desenvolvimento Profissional – DDPRO
Fonte das imagens modificadas e utilizadas no curso: freepik
Curso produzido em Brasília, 2021.
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sumário
Unidade 1 - O que são indicadores? .......................................................................4
Unidade 2 - Para que servem os indicadores de desempenho institucional? ........6
Unidade 3 - Propriedades de bons indicadores de desempenho institucional ......8
Referências ...........................................................................................................10
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 1 - O que são indicadores?
 Objetivo de aprendizagem
Ao final da unidade, você será capaz de diferenciar os conceitos de dado, informação e 
indicador.
Se as despesas de custeio do órgão ou entidade em que você atua foram, em um mês, de R
$ 800.000,00, isso é um dado, uma informação ou um indicador?
A resposta é... depende.
Se sua atribuição for reduzir ao máximo as despesas de custeio, então o monitoramento 
mensal é fundamental. Logo, para você, para o órgão e/ou entidade em que trabalha, trata-
se de um indicador. 
Mas, para você, o valor das despesas de custeio de um outro órgão, é simplesmente 
uma informação. E o número é um dado. 
Conclusão:
DADO: É uma informação disponível, mas ainda não organizada ou manipulada; não 
possui foco na gestão. Pode ser um número, um texto, uma imagem, um som, um vídeo 
ou alguma outra mídia.
Exemplo: dados constantes no Siafi sobre pagamentos realizados.
INFORMAÇÃO: É um dado que já passou por um primeiro nível de organização de acordo 
com um interesse específico, como em um relatório. 
Exemplo: despesas realizadas por cada setor.
INDICADOR: É uma variável crítica que precisa ser controlada, mantida em determinados 
patamares.
Exemplo: despesa média, por servidor e por mês, em diárias e passagens.
Mas precisamos tomar cuidado:Se uma variável não for crítica, então, para você, não é um 
indicador. Podemos concluir que um mesmo dado pode ser considerado um indicador ou uma 
simples informação, a depender de quem o vê. 
M
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ul
o Módulo 1 - Aspectos gerais 
sobre os indicadores de 
desempenho institucional
1
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Seguem algumas definições formais:
Segundo Ferreira, Cassiolato e Gonzalez (2009, p.24):
O indicador é uma medida, de ordem quantitativa ou qualitativa, 
dotada de significado particular e utilizada para organizar e 
captar as informações relevantes dos elementos que compõem 
o objeto da observação. É um recurso metodológico que informa
empiricamente sobre a evolução do aspecto observado.
Segundo o Guia Técnico de Gestão Estratégica, elaborado pela Secretaria de Gestão, do Ministério 
da Economia (2020, p. 38):
Indicadores são instrumentos que permitem observar, identificar 
e mensurar aspectos relacionados à evolução de um 
determinado objeto que, no caso da gestão estratégica, pode 
ser um objetivo, um processo ou um projeto.
Para reforçar sua aprendizagem, acesse o vídeo a seguir no qual o professor Carlos Eduardo 
Uchôa apresenta a diferenciação dos conceitos de dado, informação e indicador.
Vídeo - O que são indicadores? 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo01_video01.mp4
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2 - Para que servem os indicadores de 
desempenho institucional?
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer a utilidade dos indicadores.
Segundo o senso comum, uma organização precisa de indicadores para verificar se as metas 
estabelecidas estão sendo alcançadas. Correto, mas qualquer ação no campo da gestão ajuda a 
organização a alcançar os resultados pretendidos.
Então, qual a finalidade específica do uso de indicadores de desempenho?
Para responder com precisão, é necessário modificar o foco. Em vez de pensar em 
indicadores institucionais, devemos pensar em um sistema de medição de desempenho. 
Essa pequena mudança traduz melhor o que realmente se deseja. É necessário estabelecer 
uma estrutura, ou melhor, um sistema capaz de medir o desempenho de uma organização.
E qual a �nalidade de um sis tema de medição de desempenho ins�tucional?
Há várias respostas possíveis. Se a organização estiver alcançando seus propósitos, os 
indicadores podem confirmar que as estratégias estão adequadas e, se a organização 
não estiver atingindo seus objetivos, podem demonstrar que algo precisa ser feito para 
alcançá-los.
Mas para que essas informações são necessárias?
Uma organização que mede sistematicamente seu desempenho pode realizar 
rapidamente intervenções à medida que ocorrem �utuaç ões de processo. Com base nas 
informações geradas, os usuários podem avaliar o desempenho de equipes, a�vidades, 
processos e gestão para tomar decisões e executar ações que irão melhorar a atuação 
da ins�tu ição. Portanto, podemos concluir que é com base nas informações transmi�d as 
por indicadores que dirigentes tomam decisões (ou deveriam tomar). Ainda, a par�r dos 
indicadores, organizações adquirem fundamentos para reorientar suas inicia�vas e ações. 
Organizações aprendem o que gera resultados desejáveis e onde os recursos são mais 
ou menos inves�dos. Também pelos indicadores, é possível iden��c ar e, quem sabe, 
até reconhecer o bom desempenho de unidades, departamentos, setores ou inicia�v as. 
Por �m, a alta direção pode, apoiando-se nos indicadores, comunicar suas expecta�v as.
Assim, indicadores serv������ ��
� Mostrar se as metas estão sendo a�ngidas.
• Deixar claras as prioridades.
• Gerar alinhamento.
• Mo�v ar.
• Indicar se são necessários ajustes.
 Objetivo de aprendizagem
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Apoiar a tomada de decisão.
• Reconhecer o desempenho.
Em síntese, os indicadores são úteis para ajudar a tomar decisões e não apenas aquelas tomadas 
pelas chefias. Por isso, a melhor forma de interpretar a finalidade do uso dos indicadores é 
entender que eles são úteis para orientar o que fazer. Caso alguém tenha indicadores sob sua 
responsabilidade, mas suas ações não são orientadas pelos indicadores, então, certamente:
• Os indicadores precisam ser melhorados ou substituídos.
• Não está sabendo utilizar os indicadores.
Acesse o vídeo a seguir no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa apresenta a finalidade 
dos indicadores e o porquê eles são necessários.
Para que servem os indicadores de desempenho institucional?
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo01_video02.mp4
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 3 - Propriedades de bons indicadores de desempenho 
institucional
Ao final desta unidade, você será capaz de listar as propriedades dos indicadores institucionais.
Vamos supor que os indicadores somente possam ser coletados nos Censos do IBGE a cada dez 
anos, ou que os indicadores sejam coletados a partir de fontes não confiáveis, ou, ainda, que 
ninguém sequer saiba como os indicadores possam ser recolhidos. Imagine a hipótese de uma 
organização manter um sistema com indicadores de apenas metade de suas unidades, ou de não 
haver indicadores relacionados a boa parte das políticas públicas sob sua responsabilidade. Essas 
são situações comuns. 
Por esses motivos, todoindicador precisa apresentar as propriedades contidas no Quadro 1.3.1.
Quadro 1.3.1: propriedades de bons indicadores institucionais.
"O indicador comunica a intenção do objetivo? 
Demonstra o que a organização espera de sua força de trabalho? 
Orienta as ações de rotina ou estratégicas?"
Utilidade
O indicador representa fielmente o que se deseja medir? 
A representatividade é a proximidade de significado e de 
abrangência do indicador em relação ao objetivo.
Representatividade
A fonte de dados é confiável?Confiabilidade da fonte
"O método de coleta do indicador é confiável? 
Essa propriedade difere da anterior. A fonte pode ser confiável, 
mas coletar a informação daquela fonte pode não ser tão 
simples."
Confiabilidade metodológica
Os dados necessários para calcular o indicador já estão 
disponíveis, ou precisamos aguardar a implantação de um 
sistema ou a realização de uma pesquisa?
Disponibilidade
Quanto custa obter o indicador? A relação entre os custos de 
obtenção e os benefícios decorrentes do uso do indicador deve 
ser favorável.
Economicidade
O público que irá ver e utilizar o indicador o entenderá 
facilmente?Simplicidade de comunicação
"Uma série de medições do indicador permite comparações 
coerentes com mínima interferência de variáveis externas? 
O que precisa ser medido está sujeito a ser camuflado por outros 
fatores?"
Estabilidade
O indicador obtido é decorrente de informações atuais? E mais: 
o indicador pode ser obtido em tempo para seu uso?Tempestividade
Variações no processo (decorrentes ou não de intervenções 
intencionais) refletem-se no resultado do indicador?Sensibilidade
Fonte: Adaptado de Indicadores: orientações básicas aplicadas à gestão pública 
– Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2012.
 Objetivo de aprendizagem
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Para que você seja capaz de listar as propriedades dos indicadores institucionais, acesse o vídeo 
a seguir no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa apresenta as propriedades de bons 
indicadores institucionais
Propriedade de bons indicadores de desempenho
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo01_video03.mp4
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Referências
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo 
Digital; Secretaria de Gestão. Guia Técnico de Gestão Estratégica. Brasília: ME, 2019. v. 1.
Ministério do planejamento, orçamento e gestão. Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos. Indicadores de Programas: Guia Metodológico. Brasília: MP, 
2010.
FERREIRA, H.; CASSIOLATO, M.; GONZALEZ, R. Uma experiência de desenvolvimento 
metodológico para avaliação de programas: o modelo lógico do programa segundo 
tempo. Brasília: Ipea, 2009.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos. Indicadores - Orientações Básicas Aplicadas à Gestão Pública. 
1. ed. Brasília: MP, 2012.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Gestão. Produto 
1: mapeamento bibliográfico e do estado da arte sobre indicadores de gestão. Brasília: 
MP, 2009.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. SECRETARIA DE GESTÃO. 
Produto 4: guia referencial para medição de desempenho e manual para construção de 
indicadores. Brasília: MP, 2009.
Ministério do planejamento, orçamento e gestão. Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos. Indicadores de Programas: Guia Metodológico. Brasília: MP, 
2010.
1Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Elaboração de Indicadores de 
Desempenho Institucional
Classificação dos 
indicadores de 
desempenho institucional 
2
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2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2021
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Desenvolvimento Profissional
Paulo Marques
Coordenador-Geral de Produção Web 
Carlos Eduardo dos Santos
Conteudista
Carlos Eduardo Penante D' Ávila Uchoa, 2021
Curso desenvolvido no âmbito da Diretoria de Desenvolvimento Profissional – DDPRO
Fonte das imagens modificadas e utilizadas no curso: freepik
Curso produzido em Brasília, 2021.
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sumário
Unidade 1 - Visão geral da classificação dos indicadores de desempenho 
institucional ............................................................................................................4
Unidade 2 - Indicadores de esforço e de resultado ................................................6
Referências .............................................................................................................9
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 1 - Visão geral da classificação dos indicadores 
de desempenho institucional
Ao final desta unidade, você será capaz de diferenciar as classificações dos indicadores 
de desempenho institucional.
Há várias formas de classificar os indicadores. Entre as classificações existentes, vamos apresentar 
aquelas que podem ser úteis para o uso prático na administração pública. 
Por nível hierárquico
Os indicadores podem ser:
• Operacionais
• Gerenciais
• Estratégicos
Na administração pública, são muito utilizados os indicadores estratégicos habitualmente 
desdobrados para os níveis gerencial e operacional. 
Por tema
Nas organizações que utilizam o Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD), metodologia de 
abordagem estratégica, é comum a classificação dos indicadores por temas:
• Qualidade
• Custo
• Entrega
• Moral
• Segurança
A divisão por temas é utilizada para assegurar o equilíbrio do desempenho institucional entre 
os temas definidos. Foi uma classificação muito adotada em organizações privadas e públicas, 
mas vem caindo em desuso nos últimos tempos, principalmente com a expansão do Balanced 
Scorecard (BSC). 
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Classificação dos indicadores 
de desempenho institucional 2
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Pelo posicionamento na cadeia de valor
O Ministério do Planejamento conduziu, em 2009, uma extensa pesquisa sobre indicadores de 
gestão. Foram estudados modelos propostos por consultorias de renome, utilizados por órgãos 
públicos das três esferas de governo (municipal, estadual e federal) e por órgãos de diversos 
países. As conclusões foram similares às obtidas nas reuniões do Comitê de Medição do 
Desempenho da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ): uma classificação muito útil dos 
indicadores da gestão se refere à sua posição na etapa da cadeia de valor.
Imagem 2.2.1: classificação dos indicadores segundo o posicionamento na cadeia de valor.
Quadro 2.2.: classificação de indicadores pelo posicionamento da cadeia de valor.
ExemploSignificadoTipo de Indicador
Quantidade de professores 
contratados.
Mede a quantidade, gasta ou 
necessária, de insumos ou 
recursos humanos, materiais 
ou financeiros.
Insumos
Percentual do conteúdo 
previsto repassado aos alunos.Mede o quantitativo executado.Execução
Custo por aluno.
Mede a relação entre os 
serviços entregues e os 
recursos despendidos (recursos 
de forma geral, e não apenas 
relacionados a custos).
Eficiência
Percentagem de alunos com 
média acima de 7 na nota final.
Mede a convergência dos 
resultados com os objetivos 
estabelecidos.
Eficácia
Porcentagem de alunos 
aprovados no vestibular.
Mede o impacto de ações no 
contexto.Efetividade
Para você fortalecer sua aprendizagem, acesse o vídeo a seguir, no qual o professor Carlos Eduardo 
Uchôa apresenta a visão geral da classificação dos indicadores de desempenho institucional.
Visão geral da classificação dos indicadores de desempenho institucional 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo02_video01.mp4
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2 - Indicadoresde esforço e de resultado
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer as características dos indicadores 
de esforço e resultado.
Como consequência da classificação dos indicadores pelo posicionamento na cadeia de valor, 
os indicadores podem ainda ser classificados em:
• Indicadores de esforço
• Indicadores de resultado
Quadro 2.2.1: indicadores de esforço e de resultado.
Indicadores de esforço Indicadores de resultado
Insumos
Execução
Eficiência
Eficácia
Efetividade
Diversas literaturas adotam essa classificação, havendo inúmeras terminologias 
para designar o que, comumente no Brasil, chamamos de indicadores de 
esforço e de resultados. Trata-se de uma adaptação livre da denominação em 
língua inglesa: drivers (indicadores de esforço) e outcomes (indicadores de 
resultados).
Ainda é importante observar que o Mapeamento do Estado da Arte sobre Indicadores de Gestão, 
desenvolvido pelo Ministério do Planejamento em 2009, classifica a eficiência como indicador de 
resultado, não como de esforço. Contudo, para fins de medição do desempenho institucional, a 
eficiência (relação entre os produtos/serviços entregues e os recursos empregados) recebe forte 
influência dos recursos despendidos, mais que a influência da qualidade dos produtos ou serviços 
entregues, de forma que se encaixa melhor como indicador de esforço. Com efeito, se dizemos 
que o custo por aluno é de R$300,00, o foco de interesse é no gasto, e não na qualidade do ensino.
Mas por que essa classificação em indicadores de esforço e de resultado é interessante? 
Para responder a essa questão devemos compreender que o indicador de esforço serve para 
verificar se os planos de ação, os projetos e as iniciativas estão sendo realizados no ritmo esperado, 
e se os meios necessários estão sendo cumpridos para que resultados desejados sejam alcançados. 
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Além disso, o indicador de resultado mede o efeito imediato ou após um certo tempo, e serve 
para verificar se os objetivos estão sendo atingidos. 
Assim, se um objetivo ou algo crítico é mensurado com indicadores de esforço e de resultado, é 
possível estabelecer uma correlação, de forma a identificar se há relação de causa e consequência 
entre o esforço e o resultado. Trata-se de uma forma proativa de analisar e monitorar o 
desempenho, permitindo concluir se um resultado foi obtido por acaso ou se um esforço está ou 
não gerando o resultado esperado.
Agora vamos refletir o que ocorre se um sistema de medição não possuir indicadores de ambos 
os tipos:
Um sistema de medição que possui apenas indicadores de esforço reflete falta 
de objetividade e maior preocupação com os meios que com os resultados. 
Um sistema de medição que possui apenas indicadores de resultados reflete a 
falta de conexão entre a estratégia, os meios e os resultados. Para deixar mais 
claro, a alta direção ficará apenas na torcida para que os resultados aconteçam.
Assim, podemos chegar a algumas conclusões iniciais sobre como construir um sistema de medição 
balanceado:
Um sistema de medição deve ser formado por indicadores de resultado e de 
esforço.
A cada indicador de resultado, devem ser escolhidos um ou mais 
indicadores de esforço.
A mescla de indicadores de esforço com indicadores de resultado é a chave 
para a estruturação de um sistema balanceado.
Quadro 2.2.2: indicadores de esforço e de resultados - conceitos
Indicadores de resultadosIndicadores de esforço
Mede o efeito após um certo tempoMede a causa antes de o efeito acontecer.
Serve para verificar se os objetivos estão sendo 
atingidos.
Serve para verificar se os planos ligados 
aos fatores críticos de sucesso estão sendo 
cumpridos.
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Apropriado para a medição do alcance de 
objetivos.
Apropriado para a medição de planos de ação, 
projetos e iniciativas.
Fonte: FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Indicadores de Desempenho – Estruturação do Sistema 
de Indicadores Organizacionais. 3. ed. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2012.
Acesse o vídeo a seguir no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa apresenta os indicadores 
de esforço e de resultado.
Indicadores de esforço e resultado
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo02_video02.mp4
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Referências
FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Cadernos Compromisso com a Excelência: 
resultados. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2008. (Série Cadernos 
Compromisso com a Excelência).
FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Indicadores de Desempenho – Estruturação 
do Sistema de Indicadores Organizacionais. 3. ed. São Paulo: Fundação Nacional da 
Qualidade, 2012.
FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Transformando o Sistema de Indicadores – 
Avaliação do Desempenho Global sob a ótica do MEG. São Paulo: Fundação Nacional da 
Qualidade, 2015.
KIYAN, Fábio Makita. Proposta de desenvolvimento de indicadores de desempenho 
como suporte estratégico. 2001. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo. 
São Carlos, 2001.
TAKASHINA, Newton Tadashi; FLORES, Mario Cesar Xavier. Indicadores da qualidade e do 
desempenho: como estabelecer metas e medir resultados. Rio de Janeiro: Qualitymark, 
2005.
TCU. Técnica de Auditoria - Indicadores de Desempenho e Mapa de Produtos. Brasília, 
2000.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Gestão. Produto 
1: mapeamento bibliográfico e do estado da arte sobre indicadores de gestão. Brasília: 
MP, 2009.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Planejamento 
e Investimentos Estratégicos. Indicadores de Programas: Guia Metodológico. Brasília: 
MP, 2010.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos. Indicadores - Orientações Básicas Aplicadas à Gestão Pública. 
1. ed. Brasília: MP, 2012.
FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Cadernos Rumo à Excelência: Informações e 
Conhecimento. São Paulo, n.5: Fundação Nacional da Qualidade, 2008.
FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Indicadores de Desempenho – Estruturação 
do Sistema de Indicadores Organizacionais. 3. ed. São Paulo: Fundação Nacional da 
Qualidade, 2012.
FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Transformando o Sistema de Indicadores – 
Avaliação do Desempenho Global sob a ótica do MEG. São Paulo: Fundação Nacional da 
Qualidade, 2015.
1Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Elaboração de Indicadores de 
Desempenho Institucional
Sistemas de medição de 
desempenho intitucional3
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2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2021
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Desenvolvimento Profissional
Paulo Marques
Coordenador-Geral de Produção Web 
Carlos Eduardo dos Santos
Conteudista
Carlos Eduardo Penante D' Ávila Uchoa, 2021
Curso desenvolvido no âmbito da Diretoria de Desenvolvimento Profissional – DDPRO
Fonte das imagens modificadas e utilizadas no curso: freepik
Curso produzido em Brasília, 2021.
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sumário
Unidade 1 - Conceito de sistema de medição de desempenho .......... 4
Unidade 2 - Propriedades de um sistema de medição de desempenho 
institucional ..................................................................................... 5
Unidade 3 - O modelo BSC para a medição de desempenho 
institucional ..................................................................................... 6
Referências ...........................................................................................................10
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 1 - Conceito de sistema de medição de 
desempenho
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer o conceito de sistemade medição 
de desempenho.
A atuação com indicadores de desempenho institucional deve ser realizada de forma sistêmica, 
isso implica que os indicadores das diversas unidades ou áreas de uma organização devem ser, 
sempre que possível, correlacionados, principalmente quando há relação hierárquica. 
Isso não significa que cada unidade individualmente precise ter seus próprios indicadores, é 
preciso evitar a proliferação de indicadores. 
Assim, são necessários foco e harmonia obtidos a partir do conceito de sistema de medição de 
desempenho. Não iremos simplesmente escolher indicadores de forma aleatória ou isolada: deve-
se estabelecer uma estrutura, ou melhor, um sistema capaz de medir o desempenho de uma 
instituição.
Segundo a Fundação Nacional da Qualidade, “um sistema de medição de 
desempenho organizacional é o conjunto de indicadores estruturados, apoiados 
por práticas, métodos e ferramentas visando à coleta, descrição e representação 
de dados voltados para a geração de informações de desempenho”.
Essa definição reforça o conceito de que indicadores não podem ser escolhidos de forma isolada 
(com cada área definindo os seus) e que devem fazer diferença na:
• Execução de projetos e atividades.
• Capacidade de gerar resultados.
• Capacidade de alcançar objetivos decorrentes das práticas de gestão.
Para você fortalecer sua aprendizagem, acesse o vídeo a seguir, no qual o professor Carlos 
Eduardo Uchôa apresenta o conceito de sistema de medição de desempenho.
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Sistemas de medição de 
desempenho intitucional3
Conceito de sistema de medição de desempenho
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo03_video01.mp4
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2 - Propriedades de um sistema de medição de 
desempenho institucional
Ao final desta unidade, você será capaz de listar os principais atributos de um sistema 
de medição de desempenho institucional.
Para se avaliar se um indicador deve ser selecionado para uso, recomenda-se avaliá-lo quanto 
a cada uma das seguintes propriedades:
• Utilidade
• Representatividade
• Confiabilidade da fonte
• Confiabilidade metodológica
• Disponibilidade
• Economicidade
• Simplicidade de comunicação
• Estabilidade
• Tempestividade
• Sensibilidade
Um sistema de medição de desempenho também precisa conter algumas propriedades e deve 
ser avaliado em relação a elas para que se assegure o sucesso da gestão por meio de indicadores. 
As propriedades são: 
ABRANGÊNCIA: Todas as unidades precisam ser direta ou indiretamente 
representadas por um ou mais indicadores. Um sistema abrangente significa 
que não se deixou de fora nada relevante.
BALANCEAMENTO: A organização deve ser representada de forma equilibrada 
pelo sistema de medição. Significa que processos ou áreas importantes terão 
um peso maior. Se um processo relevante melhorar, o conjunto de indicadores 
irá demonstrar isso de forma direta e proporcional.
Acesse o vídeo a seguir, no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa apresenta a lista dos 
principais atributos de um sistema de medição e suas propriedades, como a abrangência e o 
balanceamento.
Propriedade de um sistema de medição de desempenho institucional
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo03_video02.mp4
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 3 - O modelo BSC para a medição de 
desempenho institucional
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer as características do sistema BSC.
O Balanced Scorecard (BSC) é uma metodologia de gestão estratégica muito utilizada 
nas administrações privada e pública no Brasil e ao redor do mundo, e a escolha 
abrangente e balanceada dos indicadores pode ser facilitada quando utilizamos esse modelo. 
O sistema BSC foi desenvolvido em 1992 por dois professores da Harvard 
Business School, Robert Kaplan e David Norton, com fundamento no conceito 
de estratégia, que é “o caminho escolhido para concentrar esforços no sentido 
de alcançar os objetivos da organização e realizar sua visão de futuro”. 
O BSC utiliza uma ferramenta denominada Mapa Estratégico para traduzir a estratégia de uma 
organização em termos simples de modo que todas as pessoas possam entender. O mapa é 
formado por perspectivas encadeadas, normalmente posicionadas de baixo para cima, com uma 
perspectiva de sustentação na base e uma perspectiva de resultados no topo. Entre as duas há 
outras perspectivas, sendo a mais comum a relacionada aos processos internos. 
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
No exemplo anterior de uma hipotética Secretaria Estadual de Saúde, o Mapa Estratégico é 
formado por 3 perspectivas:
1. Inferior: denominada Aprendizado e Crescimento.
2. Meio: chamada de Processos Internos.
3. Superior: classificada como Resultados para a Sociedade.
Cada perspectiva é formada por objetivos apresentados nos retângulos, de tal forma que o 
conjunto deles sempre impulsione as metas da perspectiva imediatamente acima. 
O modelo BSC é útil porque se o mapa estiver bem construído, todos os setores, processos e 
políticas estarão representados, direta ou indiretamente. Além disso, deixa claro as áreas de 
prioridade e assegura o equilíbrio entre elas, facilitando o atendimento às características 
fundamentais de um bom sistema de medição de desempenho: abrangência e equilíbrio.
Seguem exemplos de Mapas Estratégicos. 
A seguir, um modelo de Mapa Estratégico criado pela Secretaria de Gestão do Ministério da 
Economia. Ele tem quatro perspectivas, sendo as duas superiores relacionadas a resultados.
No Mapa Estratégico do Tribunal de Contas da União (TCU), a perspectiva inferior é denominada 
Gestão e Aprendizado e contempla toda a área-meio. A perspectiva intermediária contém todos 
os processos necessários às atividades finalísticas e a parte superior mostra os resultados a serem 
alcançados.
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Por fim, o Mapa Estratégico da Controladoria-Geral da União (CGU) apresenta a mesma estrutura 
do mapa do TCU: áreas-meio na parte inferior, processos finalísticos na perspectiva intermediária 
e resultados a serem alcançados na perspectiva superior. Essa é a configuração padrão dos Mapas 
Estratégicos.
Acesse o vídeo a seguir no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa apresenta as características 
do modelo BSC.
O Modelo BSC para a medição de desempenho institucional
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo03_video03.mp4
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Referências
FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Indicadores de Dese mpenho – Estruturação 
do Sistema de Indicadores Organizacionais. 3. ed. São Paulo: Fundação Nacional da 
Qualidade, 2012.
FNQ. FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Transformando o Sistema de Indicadores 
– Avaliação do Desempenho Global sob a Ótica do MEG. São Paulo: Fundação Nacional 
da Qualidade, 2015.
Ministério do planejamento, orçamento e gestão. Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos. Indicadores de Programas: Guia Metodológico. Brasília: MP, 
2010.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Gestão. Produto 
1: mapeamento bibliográfico e do estado da arte sobre indicadores de gestão. Brasília: 
MP, 2009.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos. Indicadores - Orientações Básicas Aplicadas à Gestão Pública. 
1. ed. Brasília: MP, 2012.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Gestão. Produto 
4: guia referencial para medição de desempenho e manual para construção de indicadores. 
Brasília: MP, 2009.
Brasil. Controladoria-Geral da União. Planejamento Estratégico da Controladoria-Geral 
da União - 2020/2023. Brasília: CGU, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/cgu/pt-br/
acesso-a-informacao/governanca/planejamento-estrategico/arquivos/mapa-estrategico-
cgu.pdf. Acesso em: 11 ago. 2021.
Brasil. Tribunal de Contasda União. Plano Estratégico do Tribunal de Contas da União - 
2015/2021. Brasília: TCU, 2015.
Kaplan, R. S.; Norton, D. P. A Estratégia em Ação: Balanced Scorecard. Rio de Janeiro: 
Campus-Elsevier, 1997.
Kaplan, R. S.; Norton, D. P. Mapas Estratégicos – Balanced Scorecard: convertendo ativos 
intangíveis em resultados tangíveis. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2004.
Kaplan, R. S.; Norton, D. P. The Balanced Scorecard: measures that drive performance. 
Harvard Business Review, 1992.
Elaboração de Indicadores de 
Desempenho Institucional
Construção de um sistema de 
medição de desempenho - 
estudo de caso
4
M
ód
ul
o
2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2021
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Desenvolvimento Profissional
Paulo Marques
Coordenador-Geral de Produção Web 
Carlos Eduardo dos Santos
Conteudista
Carlos Eduardo Penante D' Ávila Uchoa, 2021
Curso desenvolvido no âmbito da Diretoria de Desenvolvimento Profissional – DDPRO
Fonte das imagens modificadas e utilizadas no curso: freepik
Curso produzido em Brasília, 2021.
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 1: Passos para o estabelecimento de indicadores de desempenho 
institucional .....................................................................................................5
Unidade 2: Limitando a quantidade de indicadores .......................................11
Unidade 3: Avaliando a qualidade do indicador ..............................................13
Unidade 4: Dicas para a definição de indicadores de resultado e de esforço....16
Unidade 5: Desdobramento do sistema de medição .......................................19
Unidade 6: Como descrever os indicadores .....................................................21
Unidade 7: Como interpretar os resultados dos indicadores ...........................23
Sumário
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 1: Passos para o estabelecimento de indicadores 
de desempenho institucional
🎯 Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de listar o passo a passo para o estabelecimento de 
indicadores de desempenho institucional.
Para estabelecer indicadores de desempenho adequados, é possível utilizar o próprio 
conhecimento ou seguir um roteiro simples. Mesmo os mais experientes podem segui-lo, de 
forma a obterem bons indicadores. 
Para facilitar a compreensão, será utilizado o exemplo hipotético de uma Secretaria Estadual de 
Saúde e uma ferramenta denominada Painel de Bordo.
M
ód
ul
o Construção de um sistema de 
medição de desempenho - estudo 
de caso4
Figura 4.1.1 – Mapa Estratégico Secretaria Estadual de Saúde.
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 
Você pode acessar a ferramenta “Painel de Bordo” para realizar o exemplo anterior.
 
 Painel de bordo.docx
 
Nº Passo Detalhamento
1 Selecionar um objetivo 
O objetivo pode estar contido em um Mapa Estratégico baseado no BSC. 
A vantagem do uso do modelo do BSC é que, ao final, você terá um conjunto 
abrangente e balanceado de indicadores. Recomenda-se começar pelos objetivos 
relacionados aos resultados finalísticos da instituição (parte superior do mapa).
Caso não haja nenhum objetivo formalmente definido, busque identificá-lo. 
Consulte o decreto de estruturação ou o regimento interno para isso. Algumas 
perguntas podem ser úteis, como: para que serve o órgão, entidade ou unidade 
organizacional? O que é esperado de sua atuação?
No exemplo da Secretaria de Saúde, cada um dos retângulos contém um objetivo: 
reduzir a mortalidade infantil, elevar a expectativa de vida, melhorar a percepção 
sobre a qualidade do atendimento em saúde, apoiar com excelência as redes de 
atenção, e os demais.
2
Identificar 
Fatores 
Críticos de 
Sucesso (FCS)
Um Fator Crítico de Sucesso é um desafio, obstáculo ou restrição que, se não for 
superado, impedirá o alcance do objetivo. 
Quando se usa a metodologia BSC, normalmente já se definem os Fatores Críticos 
de Sucesso. Caso não esteja disponível nenhum FCS, então será necessário 
identificá-lo. 
Identifique ao menos um Fator Crítico de Sucesso para cada objetivo
Quadro 4.1.1 – Painel de Bordo
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/scorms/modulo04_scorm01/scormcontent/assets/fjUCC5kvT7FmltNr_YyJcBf2p050qbdOX-Painel%20de%20Bordo.docx
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Nº Passo Detalhamento
3
Identificar 
o indicador 
de esforço
Para cada Fator Crítico de Sucesso, escreva um indicador relacionado ao sucesso 
na superação do fator crítico.
Por exemplo, se o FCS é ampliar a quantidade de vagas em UTIs neonatais, então 
o indicador de esforço deve ser a medida da ampliação da quantidade de vagas e, 
assim, é possível sugerir que o indicador seja o percentual de ampliação de vagas 
em UTIs neonatais. 
Agora, considerando a tabela de objetivos e os Fatores Críticos de Sucesso 
mostrados na tela, acesse o arquivo do Painel de Bordo e escreva sugestões de 
indicadores de esforço para cada um dos objetivos
4
Estabelecer 
o indicador 
de resultado
Para estabelecer bons indicadores de resultados, é necessário analisar o objetivo 
e escolher indicadores que representem o atingimento do objetivo ou o resultado 
desejado. Um indicador de resultado refere-se à eficácia ou ao impacto do alcance 
do objetivo.
Por exemplo: se a meta é reduzir a mortalidade infantil, o que pode representar 
o atingimento dela? Qual o resultado desejado para a mortalidade infantil? Acho 
que nesse caso não é difícil: o resultado desejado é a redução da mortalidade 
infantil. Esse é o indicador.
Vamos agora ao próximo objetivo: elevar a expectativa de vida. O que pode 
representar o atingimento desse objetivo? Qual o resultado desejado para a 
elevação da expectativa de vida. Nesse caso dá vontade até de já especificar uma 
meta. O indicador, com a meta, pode ser elevar a expectativa de vida em 5% ou 
elevar a expectativa de vida em 3 anos.
Quadro 4.1.2: passos para a construção de um sistema de medição.
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Nº Passo Detalhamento
1 Selecionar um objetivo
Reduzir a mortalidade infantil
Elevar a expectativa de vida
Melhorar a percepção sobre a qualidade do atendimento em saúde
2
Identificar Fatores 
Críticos de 
Sucesso (FCS)
Reduzir a 
mortalidade 
infantil
O que impede o alcance do objetivo de reduzir a 
mortalidade infantil? O que deve ser superado para 
que possamos reduzir a mortalidade infantil? 
Para reduzir a mortalidade infantil, é necessário 
ampliar a quantidade de vagas em UTIs neonatais.
Elevar a 
expectativa 
de vida
Para elevar a expectativa de vida, é necessário 
inicialmente conhecer os maiores fatores de 
óbitos de adultos.
Melhorar a 
percepção sobre 
a qualidade do 
atendimento 
em saúde
É preciso capacitar o corpo clínico e de atendimento 
para melhorar a percepção sobre a qualidade do 
atendimento em saúde.
3
Identificar o 
indicador de 
esforço
Reduzir a 
mortalidade 
infantil
Como o fator crítico de sucesso é ampliar a 
quantidade de vagas em UTIs neonatais, então o 
indicador de esforço deve ser a medida da ampliação 
da quantidade de vagas. 
Assim, pode-se sugerir que o indicador seja o 
percentual de ampliação de vagas em UTIs neonatais.
Elevar a 
expectativa 
de vida
Como o fator crítico de sucesso para elevar a 
expectativa de vida é o conhecimento de quais são 
os maiores fatores de óbitos de adultos, então o 
indicador de esforço deve conter alguma medida de 
esforço na obtenção desse conhecimento.
Assim, pode-se sugerir que o indicador de esforço 
seja o percentual de conclusão da pesquisa sobre 
fatores de óbito de adultos.
Melhorar a 
percepção 
sobre a 
qualidade do 
atendimentoem saúde
Como o fator crítico de sucesso para melhorar a 
percepção sobre a qualidade do atendimento em 
saúde é capacitar o corpo clínico e de atendimento, 
então o indicador de esforço deve conter alguma 
medida dessa capacitação.
Pode-se sugerir que o indicador de esforço seja o 
índice de eficácia da capacitação do corpo clínico e 
de atendimento.
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Nº Passo Detalhamento
4
Estabelecer o 
indicador de 
resultado
Reduzir a 
mortalidade 
infantil
Se o objetivo é reduzir a mortalidade infantil, o 
que pode representar o alcance desse objetivo? 
Ou qual o resultado desejado para a mortalidade 
infantil?
Como o resultado desejado é a redução da 
mortalidade infantil, esse pode ser o indicador.
Elevar a 
expectativa 
de vida
O que pode representar o alcance desse objetivo? 
Qual o resultado desejado para a elevação da 
expectativa de vida. 
Nesse caso específico, o indicador é reconhecido 
internacionalmente: expectativa de vida ao 
nascer, representando o resultado desejado para 
o objetivo.
Melhorar a 
percepção 
sobre a 
qualidade do 
atendimento 
em saúde
O que pode representar o alcance desse objetivo? 
Qual o resultado desejado para a melhoria da 
percepção sobre a qualidade do atendimento? 
Como o resultado desejado é a melhoria da 
percepção sobre a qualidade do atendimento, 
então o indicador deverá representar uma 
medida de melhoria dessa percepção.
Assim, sugere-se que o indicador de resultado seja 
a satisfação com o atendimento. Ainda poderia 
ser a melhoria da percepção sobre a qualidade 
do atendimento. Ambas as propostas são válidas 
e implicariam leve diferença de cálculo.
Para o indicador de satisfação com o atendimento, 
sugere-se a realização de pesquisas. Para o outro 
indicador, a realização dessas pesquisas seria a 
fonte de dados, mas o indicador seria calculado 
com base na melhoria em relação à pesquisa 
anterior.
Quadro 4.1.3 – Exemplo de aplicação do roteiro de elaboração de indicadores
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Para que se possa exercitar o estabelecimento de indicadores, dois Painéis de Bordo completos 
são disponibilizados como material de apoio. 
Sugere-se preencher primeiro o relacionado à Secretaria de Saúde iniciado aqui seguindo a 
sequência proposta:
1. Fatores Críticos de Sucesso.
2. Indicadores de esforço.
3. Indicadores de resultado.
Concluído o Painel de Bordo, recomenda-se iniciar o outro painel disponibilizado, de uma 
hipotética agência reguladora.
Não deixe de acessar o vídeo no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa demonstra os passos 
para o estabelecimento de indicadores de desempenho institucional.
Video - Passos para o estabelecimento de indicadores de desempenho institucional
Referências
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Gestão. Produto 1: 
mapeamento bibliográfico e do estado da arte sobre indicadores de gestão. Brasília: MP, 2009.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos. Indicadores - Orientações Básicas Aplicadas à Gestão Pública. 1. ed. 
Brasília: MP, 2012.
FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Indicadores de Desempenho – Estruturação do Sistema 
de Indicadores Organizacionais. 3. ed. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2012.
FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Transformando o Sistema de Indicadores – Avaliação 
do Desempenho Global sob a ótica do MEG. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2015.
FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Guia Prático: aprenda como definir e utilizar os 
indicadores de desempenho. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2018.
TAKASHINA, Newton Tadashi; FLORES, Mario Cesar Xavier. Indicadores da qualidade e do 
desempenho: como estabelecer metas e medir resultados. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo04_video01.mp4
11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2: Limitando a quantidade de indicadores
🎯 Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de recordar os procedimentos para o uso da ferramenta 
Painel de Bordo.
Uma dúvida surge quando se seleciona pelo menos um indicador de esforço e um de resultado: 
haverá excesso de indicadores? 
Sim, se todos os objetivos tiverem dois indicadores. Assim, deve-se selecionar apenas os 
melhores indicadores, aqueles imprescindíveis para monitoramento da gestão, de forma que 
alguns objetivos sejam representados apenas por um indicador de resultado e, outros, por um 
indicador de esforço. 
Em um modelo de planejamento baseado no BSC, as perspectivas localizadas na parte inferior do 
Mapa Estratégico (sustentação/aprendizado/crescimento) devem concentrar maior quantidade 
de indicadores de esforço. Já as perspectivas localizadas na parte superior (sociedade/resultados) 
devem concentrar mais indicadores de resultados. 
Além disso, para limitar a quantidade de indicadores a serem monitorados, podemos separá-los 
em níveis, sendo eles: estratégico, tático e operacional. Com isso, cada nível hierárquico deverá 
monitorar um conjunto diferente e limitado de indicadores. Os indicadores dos diferentes níveis 
devem integrar-se. Não se trata de tarefa fácil, pois há uma tendência natural de se considerarem 
todos os objetivos e planos da organização como sendo críticos para a estratégia e para análise 
pela alta direção. Na verdade, todos são importantes, mas o grau de importância estratégica 
certamente é variável. 
Em um modelo de planejamento baseado no BSC, recomenda-se que a estratégia seja traduzida 
em até 30 indicadores, sendo um número ideal uma média de 1,5 indicador por objetivo. O 
mesmo raciocínio deve ser utilizado para os demais níveis hierárquicos e cada ator deverá 
monitorar uma quantidade limitada de indicadores.
Então, na prática, recomenda-se reposicionar alguns indicadores não tão estratégicos para 
que a análise seja feita apenas no nível setorial, os indicadores a serem analisados pelos 
níveis estratégicos da organização devem ser, de preferência, de resultado. Já nas unidades 
organizacionais, pode haver um melhor balanceamento, mas a preferência sempre será por 
sistemas de medição com maior quantidade de indicadores de resultados que indicadores de 
esforço.
Para fortalecer sua aprendizagem, acesse o vídeo no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa 
demonstra como utilizar a quantidade de indicadores na ferramenta Painel de Bordo.
 
 Video - Limitando a quantidade de indicadores
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo04_video02.mp4
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Referências
FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Indicadores de Desempenho – Estruturação do Sistema 
de Indicadores Organizacionais. 3. ed. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2012.
FNQ. FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Transformando o Sistema de Indicadores – Avaliação 
do Desempenho Global sob a ótica do MEG. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2015.
TAKASHINA, Newton Tadashi; FLORES, Mario Cesar Xavier. Indicadores da qualidade e do 
desempenho: como estabelecer metas e medir resultados. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005
13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 3: Avaliando a qualidade do indicador
🎯 Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de recordar os procedimentos para a definição de 
indicadores de resultado e de esforço.
Alguns fatores podem ser úteis para o estabelecimento de bons indicadores, como a experiência, 
a capacidade de percepção, a objetividade e o conhecimento da realidade da organização. Mas 
algumas orientações sistematizadas podem ser identificadas.
A definição de indicadores de esforço é normalmente mais simples. Como eles podem 
ser classificados em indicadores de insumos, execução e eficiência, uma orientação 
útil é analisar essas três possibilidades e decidir pela que melhor se ajuste ao objetivo. 
O importante é medir e monitorar as variáveismais críticas. Portanto, entre as 
possibilidades, deve ser escolhida a mais adequada ao contexto.
 
 
Dicas para indicadores de esforço Exemplos
Tipo de indicador 
de esforço Orientação Objetivo Exemplos de indicadores
Insumos
Referência a aspectos 
quantitativos ou 
percentuais de pessoal, 
de materiais ou de 
equipamentos
Promover a melhoria 
da governança de TI
Quantidade de analistas 
de TI na instituição.
Percentual de técnicos 
de suporte entre 
os servidores.
Percentual de desktops 
avaliados com o status 
ok e atualizados.
 
Quadro 4.4.1: orientações para indicadores de esforço – insumos.
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Dicas para indicadores de esforço Exemplos
Tipo de indicador 
de esforço Orientação Objetivo Exemplos de indicadores
Execução
Percentual de 
projetos ou ações em 
andamento e no prazo
Promover a melhoria 
da governança de TI
Percentual das ações de 
melhoria da governança 
de TI que estão sendo 
realizadas no prazo.
Percentual executado 
do projeto de melhoria 
da governança de TI.
Dicas para indicadores de esforço Exemplos
Tipo de indicador 
de esforço Orientação Objetivo Exemplos de indicadores
Eficiência
Inserir os recursos 
utilizados (tempo, 
dinheiro, pessoas, 
equipamentos) por 
unidade realizada 
ou entregue
Promover a melhoria 
da governança de TI
Total de pessoas que 
atuam na área de suporte 
de TI por servidores em 
exercício no órgão
Total de despesas com 
subcontratações por ponto 
de função desenvolvido.
Nota: ponto de função é 
uma medida de tamanho 
e complexidade de um 
programa ou sistema
Tempo médio de 
conserto de hardware
 
 
É relevante diferenciar eficiência de eficácia. Eficiência é fazer de acordo com 
um padrão ou conforme foi pedido, enquanto eficácia refere-se a fazer o que 
precisa ser feito. No exemplo: para o tempo médio de conserto de hardware, 
não importa o gasto (que pode ter sido exorbitante), só importa se o conserto 
foi feito rapidamente.
A sistematização de dicas para o estabelecimento de indicadores de resultados não é tão simples, 
mas é possível.
Quadro 4.4.2: orientações para indicadores de esforço - execução
Quadro 4.4.3: orientações para indicadores de esforço - eficiência
15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Dicas para indicadores de resultado Exemplos
Se o objetivo... Orientação Objetivo Exemplos de indicador
Contiver termos como 
reduzir ou ampliar Selecionar uma taxa
Reduzir a mortalidade 
infantil Taxa de mortalidade infantil
Contiver menção à 
qualidade, inclusive 
a qualidade do 
atendimento
Considerar pesquisas 
de satisfação, prazo 
de atendimento, ou 
percentual de falhas
Qualidade do 
atendimento da 
unidade de suporte 
ao usuário
Nota 7 na pesquisa 
de satisfação.
Atendimento em até 
dois dias úteis.
Atendimento considerado 
insatisfatório em, no 
máximo, 5% dos casos.
Contiver menção 
a promover ou 
fomentar algo
Considerar o 
aumento percentual Fomentar pesquisas
Aumento percentual 
da quantidade de 
pesquisas realizadas
Envolver várias 
áreas ou unidades, 
cada uma com suas 
particularidades
Considerar o 
desempenho de 
consolidado de 
outros indicadores
Melhorar os processos Percentual de metas alcançadas pela unidade
Selecionar apenas a 
parte mais crítica para 
compor o indicador
Melhorar os processos
Tempo médio de tramitação 
de processos considerados 
críticos (processos A, B, C)
 
Para fortalecer sua aprendizagem, acesse o vídeo no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa 
apresenta dicas para a definição de indicadores de resultado e de esforço.
 
 Video - Avaliando a qualidade do indicador
Referências
 
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Gestão. Produto 1: 
mapeamento bibliográfico e do estado da arte sobre indicadores de gestão. Brasília: MP, 2009.
FNQ. FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Guia Prático: aprenda como definir e utilizar os 
indicadores de desempenho. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2018.
Quadro 4.4.4: orientações para indicadores de resultado.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo04_video03.mp4
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 4: Dicas para a definição de indicadores de 
resultado e de esforço
🎯 Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de recordar os procedimentos de avaliação da qualidade 
do indicador.
Para avaliar se um indicador é adequado para atender a uma necessidade, deve-se avaliá-
lo em relação às suas propriedades, conforme os quadros a seguir. Nos exemplos, serão 
avaliados os indicadores de esforço e de resultado do objetivo “reduzir a mortalidade infantil”. 
Utilidade
O indicador comunica a 
intenção do objetivo e é útil 
aos tomadores de decisão?
Sim, caso haja mortes em razão da falta de 
vagas em UTIs neonatais.
Representatividade O indicador representa fielmente o que se deseja medir?
Sim, se mortes estiverem ocorrendo em 
razão da falta de vagas em UTIs neonatais.
Confiabilidade 
da fonte A fonte de dados é confiável?
Fonte: Sistema Integrado Hospitalar 
(Integra Saúde). 
Sim, pois todas as vagas em UTI 
são cadastradas no sistema.
Confiabilidade 
metodológica
Os métodos de coleta do 
indicador são confiáveis?
Sim, basta uma simples consulta 
ao Sistema Integra Saúde.
Disponibilidade
É possível e fácil coletar 
os dados necessários para 
calcular o indicador?
Sim, todas as vagas são cadastradas 
no Sistema Integra Saúde.
Economicidade
Quanto custa obter o indicador? A 
relação entre os custos de obtenção 
e os benefícios decorrentes do uso 
do indicador deve ser favorável.
O custo de obtenção do indicador 
é muito baixo, pois basta uma 
simples consulta ao sistema.
Simplicidade de 
comunicação
O público que irá ter acesso 
e utilizar o indicador o 
entenderá facilmente?
Sim, é fácil a compreensão do 
termo percentual de ampliação 
de vagas em UTIs neonatais.
Estabilidade
Uma série de medições do 
indicador permite monitoramentos 
e comparações coerentes?
Sim, a quantidade de leitos nas 
UTIs não depende de fatores 
externos à governança.
Tempestividade
O indicador obtido é decorrente 
de informações atuais? E mais: 
o indicador pode ser obtido 
em tempo para seu uso?
Uma simples pesquisa ou um fluxo mensal 
de informações pode tornar o indicador 
tempestivo, evitando-se atrasos.
17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sensibilidade
Variações no processo 
(decorrentes ou não de 
intervenções intencionais) 
impactam rapidamente o 
resultado do indicador?
Sim, pois se houver indisponibilidade 
na quantidade de leitos, rapidamente 
o número de mortes irá aumentar.
 
Utilidade
O indicador comunica a 
intenção do objetivo e é útil 
aos tomadores de decisão?
Sim, saber a taxa de mortalidade 
é importante e comunica a 
intenção de reduzi-la.
Representatividade O indicador representa fielmente o que se deseja medir?
Sim, a taxa de mortalidade infantil 
representa muito bem o objetivo 
de reduzir a mortalidade infantil.
Confiabilidade 
da fonte A fonte de dados é confiável?
Fontes: cartórios de registro civil e Sistema 
Integra Saúde. 
Sim, dada a obrigatoriedade de 
registro dos óbitos e nascimentos.
Confiabilidade 
metodológica
Os métodos de coleta do 
indicador são confiáveis?
Sim, basta uma simples consulta 
aos cartórios de registro civil. 
Disponibilidade
É possível e fácil coletar 
os dados necessários para 
calcular o indicador?
Sim, pois os cartórios mantêm uma 
base de dados centralizada no estado.
Economicidade
Quanto custa obter o indicador? A 
relação entre os custos de obtenção 
e os benefícios decorrentes do uso 
do indicador deve ser favorável.
O custo de obtenção do indicador é 
muito baixo, pois basta uma simples 
consulta ao cartório centralizador.
Simplicidade de 
comunicação
O público que irá ter acesso 
e utilizar o indicador o 
entenderá facilmente?
Sim, é fácil compreender o que 
significa a taxa de mortalidade 
infantil até dois anos de idade.
Estabilidade
Uma série de mediçõesdo 
indicador permite monitoramentos 
e comparações coerentes?
Sim, em uma série de consultas 
ao cartório centralizador não 
haverá variação no indicador. 
Tempestividade
O indicador obtido é decorrente 
de informações atuais? E mais: 
o indicador pode ser obtido 
em tempo para seu uso?
Considerando que a fonte de informação 
é formada por cartórios, é habitual 
haver algum atraso na atualização, mas 
como o atraso é constante, podemos 
considerar que há tempestividade.
Sensibilidade
Variações no processo 
(decorrentes ou não de 
intervenções intencionais) 
impactam rapidamente o 
resultado do indicador?
Essa deve ser a pior característica do 
indicador. As ações implementadas 
dificilmente se refletem de imediato 
na taxa de mortalidade. 
Quadro 4.3.1: avaliação da qualidade do indicador de esforço “percentual de ampliação de vagas em UTIs neonatais.”
Quadro 4.3.2: avaliação da qualidade do indicador de resultado “taxa de mortalidade infantil.”
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Resultado: em uma análise global, o indicador passou no teste de propriedades necessárias a 
bons indicadores.
Nos exemplos analisados, praticamente todas as características sinalizaram a adequação do 
indicador. Isso, porém, não é obrigatório. 
A depender do contexto, algumas propriedades podem ou não ser eliminatórias. Uma análise 
global deverá ser feita em cada caso é importante, não há uma propriedade que, se não atendida, 
irá sempre reprovar o indicador selecionado. 
A depender do grau de não adequação ao caso específico, uma propriedade poderá ou não 
implicar na reprovação do indicador. 
Acesse o vídeo no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa recorda os procedimentos de avaliação 
da qualidade do indicador.
 
 Video - Dicas para a definição de indicadores de resultados e de esforço
Referências
 
Ministério do planejamento, orçamento e gestão. Secretaria de Planejamento e Investimentos 
Estratégicos. Indicadores de Programas: Guia Metodológico. Brasília: MP, 2010.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Gestão. Produto 1: 
mapeamento bibliográfico e do estado da arte sobre indicadores de gestão. Brasília: MP, 2009.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos. Indicadores - Orientações Básicas Aplicadas à Gestão Pública. 1. ed. 
Brasília: MP, 2012.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Gestão. Produto 4: guia 
referencial para medição de desempenho e manual para construção de indicadores. Brasília: MP, 
2009.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo04_video04.mp4
19Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 5: Desdobramento do sistema de medição
🎯 Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer os principais aspectos do desdobramento 
do sistema de medição de desempenho nas instituições.
Em organizações que adotam o Balanced Socorecard como metodologia de abordagem 
estratégica, é comum a elaboração de Mapas Estratégicos de unidades organizacionais, como 
secretarias ou departamentos. Assim, o órgão ou a entidade dispõem de um mapa e várias entre 
suas unidades organizacionais possuem mapas derivados. Essa é uma realidade cada vez mais 
frequente, conforme cresce a maturidade dos sistemas de gestão das organizações públicas. 
Surge assim uma questão frequente relacionada aos indicadores. 
Recomenda-se estabelecer indicadores para cada secretaria, departamento, coordenação-geral 
ou gerência? 
Caso o caminho da gestão estratégica tenha sido top-down, ou seja, iniciado no órgão ou 
entidade e, somente na sequência, foi criada a estrutura setorial de gestão, então os primeiros 
indicadores foram concebidos a partir da estratégia. Assim, em primeiro lugar, deve-se analisar 
se há algum indicador que, embora estratégico, não necessite de monitoramento prioritário pela 
alta administração. 
Uma vez definidos esses indicadores, que irão aparecer no sistema de medição setorial, os demais 
podem ser selecionados. E sempre cabe um lembrete: indicadores de resultados devem ser 
priorizados à medida que se sobe na hierarquia, o que não significa que indicadores de esforço 
devem ser priorizados nos níveis mais operacionais.
Em todos os patamares hierárquicos os indicadores de resultado são prioritários, 
mas, para a alta administração, os indicadores de resultado devem ser a regra 
e, assim, apenas em casos de exceção devem ser utilizados indicadores de 
esforço no nível estratégico de uma organização.
 
Por fim, deve-se considerar que quem decide o que entra ou sai do mapa de indicadores é a 
autoridade responsável pela aprovação desses indicadores. Argumentos técnicos ajudam, mas 
a autoridade precisa se sentir confortável, e o que ela decidir terá que ser feito, mesmo que a 
recomendação aponte para uma configuração diferente do sistema de indicadores. 
Acesse o vídeo no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa apresenta os principais aspectos do 
desdobramento do sistema de medição de desempenho nas instituições.
 
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 
 Video - Desdobramento do sistema de medição 
Referências
FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Indicadores de Desempenho – Estruturação do Sistema 
de Indicadores Organizacionais. 3. ed. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2012.
FNQ. FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Transformando o Sistema de Indicadores – Avaliação 
do Desempenho Global sob a ótica do MEG. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2015.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo04_video05.mp4
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo04_video05.mp4
21Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 6: Como descrever os indicadores
🎯 Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de recordar os procedimentos para a descrição dos 
indicadores.
Uma vez definido o indicador, deve-se deixá-lo claro, a fim de se evitar que pessoas diferentes 
cheguem a resultados diferentes, uma vez que cada um pensou em uma forma distinta de 
apuração e cálculo. Assim, por escrito, alguns elementos precisam ser definidos. Chamamos esse 
processo de descrição completa do indicador. Segue exemplo:
Elemento Exemplo
Indicador Taxa de mortalidade
Meta 12 por 1000 (12 óbitos de crianças de até um ano em cada 1000 nascidos vivos).
Polaridade Quanto menor, melhor
Periodicidade de apuração Mensal
Prazo máximo para apuração Dia 10 de cada mês.
Responsabilidade pela apuração João da Silva.
Fontes de dados Cartório de Registros Civis.
Forma de coleta dos dados
Informação de óbito de crianças nascidas vivas, de 
até um ano de idade, fornecida mensalmente pelo 
cartório centralizador de registros civis estadual. 
Necessário entrar em contato mensalmente com o 
cartório para apurar a informação do mês anterior. 
Coleta manual de quantidade de crianças nascidas 
vivas a partir do Sistema Integra Saúde – tela 
nascimentos/detalhes – campo “nascidos vivos”.
Como apurar o indicador
Apurar a quantidade de óbitos de crianças de até 
um ano de idade no mês (entre moradores do 
município) => numerador.
Apurar a quantidade de crianças nascidas vivas no 
estado no mês => denominador.
Dividir o numerador pelo denominador e 
multiplicar por 1000.
O que o indicador mostra Qualidade das condições de nutrição e higiene da população e do sistema estadual de saúde.
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Quadro 4.6.1: descrição completo do indicador.
Elemento Exemplo
O que pode causar um resultado aquém da meta
Deficiências no acompanhamento da gestante, 
nas condições de nutrição e higiene das moradias, 
no sistema de atendimento de saúde (hospitais e 
postos de saúde), no programa de saúde da família 
ou na condução dos programas de combate à fome 
e à miséria
Qual o impacto de um resultado aquém da meta Comoção negativa dos cidadãos e insatisfação com o governo do estado.
 
 Video - Como descrever os indicadoresReferências
 
Ministério do planejamento, orçamento e gestão. Secretaria de Planejamento e Investimentos 
Estratégicos. Indicadores de Programas: Guia Metodológico. Brasília: MP, 2010.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. Secretaria de Planejamento e 
Investimentos Estratégicos. Indicadores - Orientações Básicas Aplicadas à Gestão Pública. 1. ed. 
Brasília: MP, 2012.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo04_video06.mp4
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo04_video06.mp4
23Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 7: Como interpretar os resultados dos 
indicadores
🎯 Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de diferenciar os métodos de interpretação dos 
resultados de indicadores.
A análise e a interpretação podem ser responsáveis pelo sucesso ou fracasso de toda a iniciativa 
relacionada ao planejamento, definição, preparação, coleta e apresentação de indicadores. 
A seleção de bons indicadores é importante, mas a análise e a interpretação podem oferecer 
subsídios para a gestão e, além disso, transformar a rotina em oportunidades de obtenção de 
foco e até recursos. 
Esse é o momento no qual se pode demonstrar que um plano gerou resultado, ou que agora se 
sabe como irá gerar resultado. Pode-se comprovar quais ações surtiram mais efeito, ou quais 
devem ser descartadas. Mas, para isso, é necessário reforçar que interpretar os resultados não 
deve servir para explicar o passado, mas para aprender sobre o futuro. É preciso dedicar mais 
tempo com o futuro do que com o passado.
Há várias formas pelas quais se pode iniciar a interpretação de resultados. A primeira delas é 
denominada de análise interna, ou seja, é a análise dos indicadores de um objetivo. Sempre 
que um objetivo possuir indicadores de ambos os tipos (de esforço e de resultado), deve-se 
criteriosamente analisar a relação de causa e efeito: 
• Resultados dos indicadores de esforço em patamares muito superiores aos alcançados 
pelos indicadores de resultado podem denotar esforço mal direcionado.
• Resultados dos indicadores de esforço em patamares muito inferiores aos alcançados 
pelos indicadores de resultados podem ser explicados por algum dos seguintes motivos: 
interferências de outras variáveis, falhas no estabelecimento das metas, falhas na definição 
dos indicadores ou em sua apuração. 
É importante também considerar que, na maioria dos casos, os indicadores sofrem múltiplas 
influências, de forma que nem sempre é obrigatória a existência de uma lógica entre os 
indicadores de esforço e de resultado de um mesmo objetivo.
Um segundo tipo de análise é a análise vertical. Nela o foco não é mais um objetivo, mas o conjunto 
de objetivos. A análise é facilitada quando há disponível um Mapa Estratégico com perspectivas 
encadeadas como no BSC. Nesse caso basta analisar o alcance das metas, começando na parte 
inferior do mapa e terminando na sua parte superior:
Nas figuras a seguir, são apresentados Mapas Estratégicos com bolinhas coloridas. 
24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• A cor verde significa que as metas foram alcançadas com alguma folga.
• A cor vermelha significa que as metas ficaram longe de serem alcançadas.
• A cor amarela, o meio termo.
 
 
Nessa figura, a perspectiva superior apresenta níveis significativamente melhores de alcance 
de metas que a base. Isso pode representar interferências de outras variáveis, falhas no 
estabelecimento das metas, na definição dos indicadores ou em sua apuração.
Figura 4.7.1: Mapa Estratégico Exemplo – análise vertical com metas alcançadas apenas no topo.
25Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 
Nessa figura, a base apresenta níveis significativamente melhores de alcance de metas que o 
topo. Isso pode significar início de maturidade; mas também pode sugerir um baixo impacto das 
ações (as ações não estão proporcionando a melhoria dos resultados).
A interpretação irá depender de cada contexto, mas algumas ações devem ser sempre 
consideradas, caso as situações apresentadas apareçam em outras situações.
• Excluir um objetivo estratégico (o objetivo pode não ser mais relevante para os resultados 
institucionais).
• Incluir ou alterar um objetivo estratégico (em razão de mudança do contexto externo ou 
interno).
• Alterar planos de ação (incluir ou alterar projetos e ações).
• Alterar indicadores.
• Alterar metas.
Por fim, uma terceira forma de análise denomina-se análise cruzada.
Figura 4.7.2 – Mapa Estratégico Exemplo – análise vertical com metas alcançadas apenas na base
26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Trata-se de analisar possíveis relacionamentos de causa e efeito entre diferentes objetivos 
estratégicos e indicadores. Não há regras específicas para a realização desse tipo de análise, mas 
reforça-se que ela deve ser feita sempre que houver uma relação lógica de causa e consequência 
entre objetivos estratégicos posicionados em diferentes perspectivas do mapa. 
No exemplo das Figuras 4.7.1 e 4.7.2, observa-se que essa relação é presente, por exemplo, 
nos objetivos “elevar o volume de recursos aplicados na saúde” e “melhorar a qualidade dos 
hospitais”. Assim, os indicadores de ambos os objetivos devem ser analisados para identificar 
possíveis relações de causa e efeito.
Para fortalecer sua aprendizagem, acesse ao vídeo no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa 
diferencia os métodos de interpretação dos resultados de indicadores.
 
 Video - Como interpretar os resultados dos indicadores
 
Referências
FNQ. Fundação Nacional da Qualidade. Indicadores de Desempenho – Estruturação do 
Sistema de Indicadores Organizacionais. 3. ed. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 
2012.
FNQ. FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Transformando o Sistema de Indicadores – Avaliação 
do Desempenho Global sob a ótica do MEG. São Paulo: Fundação Nacional da Qualidade, 2015.
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo04_video07.mp4
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo04_video07.mp4
1Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Elaboração de Indicadores de 
Desempenho Institucional
Reflexões finais 
sobre indicadores de 
desempenho institucional5
M
ód
ul
o
2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2021
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Desenvolvimento Profissional
Paulo Marques
Coordenador-Geral de Produção Web 
Carlos Eduardo dos Santos
Conteudista
Carlos Eduardo Penante D' Ávila Uchoa, 2021
Curso desenvolvido no âmbito da Diretoria de Desenvolvimento Profissional – DDPRO
Fonte das imagens modificadas e utilizadas no curso: freepik
Curso produzido em Brasília, 2021.
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sumário
Unidade 1 - Fatores não técnicos que influenciam a escolha de indicadores ........4
Unidade 2 - A definição das metas dos indicadores ...............................................6
Unidade 3 - O que o indicador deve mostrar: taxa de acertos ou taxa de falhas? .7
Unidade 4 - O indicador pode ser alterado com frequência?.................................8
Unidade 5 - A importância da comunicação ...........................................................9
Unidade 6 - Os benefícios da informatização .......................................................10
Referências ...........................................................................................................11
Glossário ...............................................................................................................12
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
M
ód
ul
o Reflexões finais sobre 
indicadores de desempenho 
institucional
5
Unidade 1 - Fatores não técnicos que influenciam a 
escolha de indicadores
Ao final destaunidade, você será capaz de reconhecer a influência de fatores não técnicos 
na escolha de indicadores.
Por definição, indicador é uma variável crítica que precisa ser controlada e mantida 
em determinados patamares. Sendo assim, o indicador deve mostrar a situação de um gargalo 
central que seja foco de atenção.
No entanto, no processo de seleção de indicadores, é bastante frequente gestores organizacionais 
recusarem indicadores que não atendam aos seguintes critérios: 
• Total governabilidade sobre as ações que irão impactá-los.
• Elevada sensibilidade (quando ações tomadas imediatamente se refletem nos
resultados do indicador).
Ocorre, porém, que essas são características quase que exclusivas de indicadores de esforço. São 
poucos os indicadores de resultado que atendem a esses critérios; exemplificando: o percentual 
de execução de um projeto os atende perfeitamente. Como consequência, gestores com esse 
perfil preferem monitorar o esforço, apresentando os seguintes argumentos para não monitorar 
resultados: 
• É mais difícil estabelecer e coletar indicadores.
• Os resultados somente serão sentidos em longo prazo.
• Os indicadores sofrem influências significativas de vários outros órgãos.
• Não podemos mostrar resultados que nos sejam desfavoráveis e que não dependam
só do nosso esforço.
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Os argumentos podem ser verdadeiros, mas mostram apenas uma parte da realidade. Deixam 
de mostrar os resultados e os impactos das ações, tornando o sistema de medição um acessório, 
ou melhor, um fardo pesado da rotina e da gestão. 
Nesse sentido, é necessário manter o foco nos objetivos do órgão ou entidade. 
Um bom exemplo pode ser visto no Ministério da Educação (MEC) que, muito embora não 
administre as escolas do ensino fundamental, é responsável pelo indicador de analfabetismo. Ele 
tem o papel de erradicar o analfabetismo e suas ações somente são sentidas em longo prazo. No 
entanto isso não retira e nem reduz a responsabilidade do ministério em relação ao indicador. O 
MEC é responsável pela educação no Brasil e jamais poderá dizer que não tem governança sobre 
esse indicador, mesmo sabendo que a responsabilidade direta pela alfabetização é dos municípios, 
que administram as escolas municipais.
E o que fazer se o gestor insistir em selecionar para o uso apenas indicadores de esforço ou 
indicadores que, sob a sua ótica, sejam pouco relevantes?
Uma orientação útil pode ser a adesão de outros técnicos, de forma a ampliar 
a discussão e facilitar o consenso.
Mas é a autoridade que decide, sendo ela também responsável por patrocinar o programa de 
gestão e analisar periodicamente os indicadores e, se ela não considerar relevantes os indicadores, 
certamente irá ignorar o sistema de medição. 
Portanto, é necessário ter indicadores relevantes para a gestão, mas também 
importantes para a autoridade.
Para fortalecer sua aprendizagem, acesse o vídeo no qual o professor Carlos Eduardo 
Uchôa apresenta os fatores não técnicos que influenciam a escolha de indicadores.
Fatores não técnicos que influenciam a escolha de indicadores
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo05_video01.mp4
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2 - A definição das metas dos indicadores
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer aspectos do processo de definição 
das metas dos indicadores de desempenho institucional.
As metas dos indicadores devem ser desafiadoras e interdependentes. Desafiadoras a fim 
de impulsionar à ação, e interdependentes para contribuir com a lógica das inter-relações 
entre os diversos objetivos. 
Elas devem motivar as equipes e as pessoas, impulsionando-as à ação. Assim, as metas devem aliar 
o desafio, para que as pessoas não fiquem inertes, à realidade, a fim de mostrá-las alcançáveis
mediante esforço.
Metas fora da realidade não motivam; ao contrário, podem ser motivo para 
distanciamento do do sistema de gestão, em sua pior forma, o desprezo.
Sabemos, ainda, que é muito comum a influência de questões políticas na escolha de indicadores 
e metas, para que fragilidades não sejam expostas. E, assim, acabam sendo escolhidos indicadores 
de mais fácil coleta, e metas cujo alcance é totalmente esperado, mesmo sem qualquer esforço, 
e independente de intervenção.
Por esses motivos, para definir as metas, devemos nos lembrar que elas fazem parte da gestão. 
Um resultado esperado para um objetivo somente será considerado alcançado se as metas dos 
seus indicadores, principalmente os de resultado, forem também alcançadas. Para complementar, 
o alcance de um objetivo das bases de sustentação estratégica deve sempre impulsionar o alcance
de outros objetivos estratégicos e alavancar os resultados da instituição.
Importante também evitar vincular o alcance de metas de gestão com aspectos que impactem 
a remuneração, como na avaliação de desempenho individual. Essa vinculação quase sempre 
implica na redução dos patamares exigidos às metas, a fim de se evitar o impacto negativo na 
remuneração. Sabe-se, no entanto, que muitas vezes a legislação determina essa vinculação, 
sobrando poucas alternativas à gestão. Uma boa prática, nesse sentido, é definir critérios para o 
estabelecimento de metas, de forma a dificultar a manipulação caso a caso. 
Acesse o vídeo no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa define as metas dos indicadores.
A definição das metas dos indicadores
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo05_video02.mp4
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 3 - O que o indicador deve mostrar: taxa de acertos 
ou taxa de falhas?
Ao final desta unidade, você será capaz de refletir sobre o que os indicadores de 
desempenho institucional devem mostrar.
No ambiente da administração pública e até em algumas organizações privadas, é comum o 
uso político de indicadores. Modifica-se, assim, a forma de apresentação de um indicador, 
conforme seu resultado. 
Entre os itens descritivos do indicador, a polaridade talvez seja mais suscetível à intervenção de 
quem pretende ressaltar ou dispersar o foco de uma situação. Nesse sentido, há quem defenda 
o uso do padrão “mostrar sempre a taxa de acertos”, a fim de transmitir uma imagem positiva. 
No entanto, o Comitê de Medição de Desempenho da Fundação Nacional da Qualidade 
concluiu o contrário: se o propósito de um indicador é mostrar uma realidade e induzir alguém 
a uma ação, então o indicador deve “indicar a dor” e, portanto, caso uma organização desejar 
aprender com as informações provenientes de indicadores e atuar sobre a causa raiz de uma 
anomalia, deverá preferir mostrar o tamanho da anomalia. Nada impede que, para públicos 
externos, inverta-se a polaridade. Afinal, não se trata de esconder a realidade, mas mostrá-la 
sob outro ângulo.
Outra questão surge: a padronização dos indicadores de um sistema de medição. A fim de 
evitar confusões, é necessário verificar a polaridade de cada um dos indicadores e analisar se 
a compreensão e a análise da gestão são facilitadas caso todas as polaridades dos 
indicadores passarem a apontar para o mesmo sentido (quanto maior, melhor, ou quanto 
menor, melhor). Trata-se de uma boa prática, recomendada para realização durante e após o 
primeiro ciclo de análise dos indicadores. 
De qualquer forma, a fim de reduzir a intervenção política, outra boa prática é a definição, em 
documento ou sistema, da forma de coleta, cálculo e apresentação de cada indicador, 
também conhecida como descrição completa do indicador. 
Acesse o vídeo no qual o professor Carlos Eduardo Uchôa reflete sobre o que os indicadores 
de desempenho institucional devem mostrar.
O indicador deve mostrar a taxa de acerto ou taxas de falhas 
Erley
Carimbo
https://cdn.evg.gov.br/cursos/604_EVG/videos/modulo05_video03.mp4
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 4 - O indicador pode ser alterado com frequência?
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer

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