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OPME: Órtese, Prótese e Material Especial


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OPME 
Órtese, Prótese e Material Especial
Instrutora: Enfª RAFAELA VIEIRA
OPME – Órtese, Prótese e Material Especial
Órtese – peça ou aparelho de correção e/ou complementação de membros ou órgãos do corpo, dispositivo permanente ou transitório, utilizado para auxiliar as funções de um membro, órgão ou tecido, evitando deformidades ou sua progressão e/ou compensando insuficiências funcionais³. Podendo ser:
Interna ou implantada: (Ex: material de sutura e de síntese, material de ósteossíntese, instrumental para estabilização e fusão de coluna, marca-passo implantado, bomba de infusão implantada, etc)
Externa ou não implantada (Ex: bengalas, muletas, coletes, colares cervicais, aparelhos gessados, tutores, andadores, aparelhos auditivos, óculos, lentes de contato, aparelhos ortodônticos, etc)
Implantada total ou parcial por ato cirúrgico ou percutâneo (Ex: fixadores externos, stents, drenos, etc)
Prótese –é dispositivo permanente ou transitório que substitui total ou parcialmente um membro, órgão ou tecido³. Podendo ser:
Interna ou Implantada (Ex: prótese articular, prótese não convencional para substituição de tumor, coração artificial, válvula cardíaca, ligamento artificial, etc);
Externa ou não implantada (Ex: prótese para membro);
Implantada total ou parcial por ato cirúrgico ou percutâneo (Ex: implante dentário, pele artificial);
Estética, quando mantém apenas a forma e a estética (Ex: prótese ocular, prótese mamária, cosmética de nariz)
Material Especial - Implante Ortopédico “Dispositivo implantado cirurgicamente no corpo, total ou parcialmente, temporária ou permanentemente, e usado como um auxílio no reparo de osso e/ou tecidos pertinentes ou como um substituto temporário ou permanente para estes tecidos” NBR ISO 8828 – 1997
EXEMPLOS DE ÓRTESES, PRÓTESES E MATERIAIS ESPECIAIS 
USO GERAL • Bomba de Analgesia/ Morfina de qualquer tipo • Clips de Aneurisma, grampeadores e cargas • Lâmina de Shaver e outras • Telas sintéticas, de Marlex, Prolene e outras • Tesoura Ultracision • Trocateres e redutores • Cateteres de longa permanência • Cateteres para embolização, micromolas, micropartículas
EXEMPLOS DE ÓRTESES, PRÓTESES E MATERIAIS ESPECIAIS Cardiologia e Cirurgia Torácica • Cateter para estudo eletrofisiológico / ablação por radiofrequência • Próteses valvares cardíacas biológicas ou metálicas de todos os tipos • Endoprótese vascular • Oxigenador de membrana • Cateter de SwanGanz • Bomba de autotransfusão • Stent de todos os tipos
EXEMPLOS DE ÓRTESES, PRÓTESES E MATERIAIS ESPECIAIS Gastroenterologia • Banda Gástrica • Kit para gastrostomia endoscópica • Papilótomo • Cateteres em endoscopia peroral e colonoscopia • Endotesouras e endopinças descartáveis • TIPS (anastonmoseporto-cava por cateter)
EXEMPLOS DE ÓRTESES, PRÓTESES E MATERIAIS ESPECIAIS Ortopedia e Neurocirurgia • Acetábulo, cabeça de fêmur • Alongador • Barras de fixação • Desfibrilador implantável para nervo periférico (dor) • Cages de todos os tipos • Ponteiras de radiofrequência • Cimento ortopédico • Osso liofilizado • Fixadores externos
EXEMPLOS DE ÓRTESES, PRÓTESES E MATERIAIS ESPECIAIS Ortopedia e Neurocirurgia • Grampos absorvíveis • Pinos e placas de todos os tipos • Âncoras de qualquer tipo, inclusive absorvíveis • Válvula de derivação • Disco artificial intersomático • Suturas de Menisco • Microplacas, microparafusos e telas de titânio para cirurgia de buco-maxilo
EXEMPLOS DE ÓRTESES, PRÓTESES E MATERIAIS ESPECIAIS Demais Especialidades • Agulha de Verres • Alça para ressecção endoscópica • Basket ou Sonda de Dórmia • Cateter Duplo J • Cateter para extração de cálculo • Cateter para nefrostomia • Dilatador para cirurgia percutânea • Expansores de tecido • Kit catarata e lente intraocular
RDC 185/2001
É obrigatório o registro de TODOS os produtos médicos na ANVISA.
 Quem solicita o registro de todos os produtos: 
Fabricante Normas e Diretrizes para Consignado- OPME Q
uem solicita o registro de todos os produtos:
Fabricante ou Importador/Distribuidor.
 O registro é feito por famílias: conjunto de produtos médicos com características técnicas semelhantes ou individualmente.
Validade do registro: 05 anos;
Revalidação do registro:
deve ocorrer seis meses antes de vencer o registro.
Orientações sobre cuidados e manuseio de Implantes Normas e Diretrizes para Consignado –OPME
Orientações sobre cuidados e manuseio deImplantes Ortopédicos:
Implantes danificados devem ser devolvidos;
Implantes fornecidos estéreis pelo fabricante devem ser mantidos na embalagem estéril. 
Se a embalagem estiver danificada, o implante deverá ser devolvido ao fabricante.
NA CME: DO RECEBIMENTO À ENTREGA DO MATERIAL PROCESSADO AO CENTRO CIRÚRGICO
No CME desenvolvem-se atividades específicas que garantem o processo de produção, como limpeza, desinfecção, preparo e acondicionamento de materiais, esterilização, armazenamento e distribuição de materiais. Tais atividades requerem ações coordenadas que são viabilizadas por meio de um eficaz gerenciamento de recursos humanos, físicos, tecnológicos e de materiais.Produtos que podem ser armazenados, distribuídos e consumidos para produção de serviços.
O cme deve ser equipado para ter condições de assumir o processamento de materiais cada vez mais complexos, resultantes do desenvolvimento de tecnologia de ponta aplicada à área da saúde. A segurança, em relação à ausência de risco de transmissão de microrganismos para o paciente que usa o material, é a principal preocupação durante o processamento, porém outros aspectos, como a funcionalidade do material e a presença de resíduos de produtos químicos devem ser considerados.²
Como conhecedor das ciências biológicas (anatomia, fisiologia, patologia entre outros) e gerente das atividades assistenciais, o profissional enfermeiro exerce um papel fundamental, tanto na determinação do material necessário para prestação de serviços quanto no aspecto técnico, quantitativo e qualitativo, no controle e na avaliação.²
Com o avanço da tecnologia e a preocupação das empresas e hospitais na segurança do paciente e controle de infecção hospitalar, muitas órteses e próteses já vêm estéreis de fábrica, ou seja, não precisa passar por todo o processo do CME. Mas ainda há muitos kits que necessitam passar pelo processo de limpeza e esterilização, por isso há a necessidade de ter muita atenção quanto ao manejo desses materiais.
A RDC nº15 de 2012 veio como um guia auxiliar nas práticas de CME, e tem artigos específicos com procedimentos necessários aos implantes, desde o recebimento até ao explante.
 Recepção e Limpeza 
Uma efetiva esterilização não pode ser feita sem uma efetiva limpeza. O processo de esterilização pode ser negativamente afetado pela quantidade de bioburden, quantidade, tipo e inerente resistência dos microrganismos, incluindo biofilme, nos itens a serem esterilizados. Sujeira, soluções oleosas e outros materiais podem proteger microrganismos no contato dos itens com o esterilizante ou uma combinação deles pode inativar o esterilizante5.
Se a caixa cirúrgica é de consignação temporária, ou seja, ela fica na instituição hospitalar apenas para o procedimento cirúrgico específico, o enfermeiro deve estabelecer uma rotina para receber e conferir este material, a fim de evitar extravios. A conferência deve ser minuciosa em conjunto com o colaborador que faz a entrega do material. O enfermeiro deve solicitar uma lista com os materiais contidos na caixa para conferência.
Se a caixa é de consignação permanente, ou seja, fica na instituição de forma permanente, mas é de uma empresa específica ou a caixa é da própria instituição, o enfermeiro deve sempre conferir todas as caixas e iniciar procedimento de reposição (acionando a empresa consignadora ou repor as peças conforme estoque).
Após a conferência, deve-se iniciar o procedimento de limpeza, mesmo que a caixa não apresente sujidade visível. A RDC nº15 deixa este quesito claro no Art. 716:
 Art. 71 Os produtos para saúde e o instrumental cirúrgico consignadoe disponibilizado pelo distribuidor devem ser submetidos à limpeza por profissionais do CME do serviço de saúde, antes de sua devolução 
A limpeza deve ser realizada conforme protocolo da CME, com detergente e água, de forma manual ou automatizada. Porém o último enxágue do material deve ser feita com água purificada, ou seja, com baixo índice de microrganismos e endotoxinas, pois isso diminui as chances de reação pirogênica no paciente. Sobre o assunto, a RDC nº15 fala no Art. 686:
 
Art. 68 O enxágue dos produtos para saúde deve ser realizado com água que atenda aos padrões de potabilidade definidos em normatização específica. Parágrafo único. O enxágue final de produtos para saúde críticos utilizados em cirurgias de implantes ortopédicos, oftalmológicos, cirurgias cardíacas e neurológicas devem ser realizadas com água purificada.
 
Ao final da limpeza, deve-se realizar uma inspeção minuciosa, a fim de verificar se o material está limpo conforme rotina. O profissional que executa a ação deve realizar a checagem do material, conferindo a quantidade de peças conforme a lista deixada pela empresa consignadora ou listagem realizada pelo CME (em casos de caixa da instituição), a fim de evitar extravios.
Preparo e Acondicionamento do Material
 
O material, quando chega na área de preparo, deve ser conferido novamente quanto a limpeza, de preferência com lentes de aumento, e só deve ser aceito pelo profissional desta área em caso de material limpo conforme rotina.
O profissional da área de montagem e acondicionamento deve realizar a checagem do material conforme lista, e deve iniciar o processo de acondicionamento. Todas as caixas cirúrgicas devem conter integradores químicos classe 5 ou 6, conforme RDC nº15, e devem ser embalados em invólucro (sms, algodão tecido, papel grau cirúrgico ou contêiner) conforme rotina da instituição.
A identificação deste material deve ser criteriosa e minuciosa, a fim de que o instrumentador e cirurgião possam identificar o material na sala cirúrgica, evitando erros e consequentemente danos ao paciente. Na etiqueta do material é importante conter (se consignado temporário): Nome do paciente, nome do cirurgião, data da cirurgia, nome da caixa, empresa consignadora, processo de esterilização, lote, autoclave e ciclo, data da esterilização e data limite de uso, e o nome do profissional executor. A RDC nº15 deixa esta parte clara no Art. 84 e 856:
Art. 84 O rótulo dos produtos para saúde processados deve ser capaz de se manter legível e afixado nas embalagens durante a esterilização, transporte, armazenamento, distribuição e até o momento do uso.
Art. 85 O rótulo de identificação da embalagem deve conter: I - nome do produto; II - número do lote; III - data da esterilização; IV - data limite de uso; V - método de esterilização; VI - nome do responsável pelo preparo.
 
Ao terminar de embalar o material, o profissional da área de montagem deve fazer um pacote desafio conforme rotina da instituição, sendo obrigatoriamente conter um indicador biológico e químico classe 5 ou 6. O pacote desafio pode ser comprado pronto. Tais normas são explicadas na RDC nº15 Art. 96 e 986:
Art. 96 O monitoramento do processo de esterilização deve ser realizado em cada carga em pacote teste desafio com integradores químicos (classes 5 ou 6), segundo rotina definida pelo próprio CME ou pela empresa processadora.
Art. 98 No monitoramento do processo de esterilização dos produtos para saúde implantáveis deve ser adicionado um indicador biológico, a cada carga. Parágrafo único. A carga só deve ser liberada para utilização após leitura negativa do indicador biológico.
 Ao final, deve ser conferida todas as informações e encaminhadas ao profissional da área de esterilização.
 
Esterilização e Distribuição ao Centro Cirúrgico
 
O profissional que está responsável pela esterilização deve conferir os dados do material com o fornecido pela empresa consignadora ou Centro Cirúrgico, a fim de evitar trocas ou extravios.
A esterilização deve ser realizada conforme rotina da instituição, não excedendo 80% da capacidade da autoclave. O profissional deve manter registro do material (manual ou via sistema informatizado).
Ao final da esterilização, o profissional deve desfazer o pacote desafio, armazenar o indicador químico classe 5 ou 6 como registro e encaminhar o teste biológico para encubação. O material estéril só pode ser encaminhado ao Centro Cirúrgico e utilizado após a leitura negativa do indicador biológico, ou seja, atestado que o material passou pelo processo adequadamente.
O profissional deve realizar a checagem do invólucro, verificando manchas, rasgos ou danos na embalagem que podem comprometer a esterilização, e também verificar se a etiqueta com os dados permanece legível.
 
O profissional que está responsável pela área de armazenamento e distribuição deve conferir todos os dados dos pacotes cirúrgicos e realizar registro de saída dos mesmos. O teste biológico deve ficar armazenado no CME para futuras conferências. Aqui recomendo que haja um caderno ou parte no sistema de informação próprio e somente para material consignado com implantável, contendo todas as informações do material e paciente que utilizou, a fim de assegurar todo o processo da CME e garantir a o registro e segurança do paciente
Explantes
 
Em alguns casos, a critério médico, a órtese deve ser retirada do paciente, também através de procedimento cirúrgico. Alguns pacientes fazem a requisição do material. É de responsabilidade do CME o descarte ou entrega do explante, e para isso há procedimentos que são necessários.
Segundo a RDC nº 15, Art. 108 No CME Classe II, os produtos para saúde oriundos de explantes devem ser submetidos ao processo de limpeza, seguida de esterilização6.
· § 1º Após o processo de esterilização, estes explantes podem ser considerados como resíduos sem risco biológico, químico ou radiológico e devem ficar sob guarda temporária em setor a ser designado pelo Comitê de Processamento de Produtos para Saúde ou do Responsável Legal pela empresa processadora.
· § 2º Os explantes constituídos de componentes desmontáveis, após a esterilização, não devem ser acondicionados na mesma embalagem, de forma a impedir a remontagem do produto.
Quando o paciente não faz requisição do explante, a RDC nº15 no Art. 109 diz que os explantes tratados e o instrumental cirúrgico considerado inservível podem ser encaminhados para reciclagem, desde que a empresa que recebe o material seja licenciada para proceder à reciclagem destes materiais e o serviço de saúde mantenha registro dos itens que foram encaminhados à empresa. Parágrafo único. É proibida a entrega deste material às cooperativas de catadores ou empresas que recolhem materiais inservíveis denominadas de "ferro velho"6.
Quando o paciente faz a requisição do explante, a RDC nº15, no Art. 110 diz que o material explantado poderá ser entregue ao paciente mediante solicitação formal6:
§ 1º Admite-se pedido de encaminhamento dos explantes tratados para fins de estudo ou análise, por solicitação do fabricante do produto ou instituições de pesquisa ou ensino, mediante autorização do paciente.
§ 2º A entrega dos explantes deverá ser precedida de assinatura de termo de recebimento e responsabilidade e a embalagem de esterilização deverá ser rompida e retida antes da entrega.
O Art. 111 da RDCnº15 fala sobre os resíduos de indicadores biológicos utilizados como controle, não menos importantes e que deve-se ter atenção, é obrigatório que aqueles com resultados positivos devem ser submetidos a tratamento prévio antes de serem descartados. Já no parágrafo único a RDC nº15 diz que os indicadores com resultado negativo não precisam de tratamento prévio antes do descarte
CME, IMPLANTES E A RELAÇÃO COM INFECÇÃO HOSPITALAR
 
A preocupação com o problema da infecção hospitalar (IH) sempre esteve presente no decorrer da experiência profissional, a maior parte dela referente ao trabalho em Central de Material Esterilizado e em Unidades de Centro Cirúrgico7.
A infecção relacionadaà assistência à saúde (IRAS) representa um dos grandes problemas que interferem na qualidade da assistência médica, por conta do aumento no tempo de internação e do consumo de medicamentos, além dos custos indiretos, como aqueles representados pela interrupção na vida produtiva do indivíduo, e os custos não mensuráveis, difíceis de avaliar economicamente, como o sofrimento experimentado pelo paciente na vivência do processo infeccioso.²
A implantação de próteses articulares tornou-se uma cirurgia amplamente utilizada por cirurgiões no mundo inteiro, proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes que, anteriormente, estariam condenados ao leito. Apesar de todos os esforços e melhoria de algumas questões técnicas, essa cirurgia pode vir acompanhada de uma complicação gravíssima, a infecção de sítio cirúrgico.
As infecções de prótese são divididas em três estágios, de acordo com o tempo estabelecido pelo CDC de Atlanta-EUA7:
Estágio I: infecção superficial decorrente do hematoma periprotético que ocorre entre três e seis meses após a implantação da prótese. Resultado da contaminação direta no ato cirúrgico. Corresponde a 40% do total das infecções e pode evoluir para a infecção profunda, caso não haja tratamento.
Estágio II: infecção superficial ou profunda que ocorre entre seis meses e em até dois anos de pós-operatório e que é ainda decorrente da contaminação no ato cirúrgico. Representa 45% de todas as infecções.
Estágio III: infecções profundas que ocorrem tardiamente, após dois anos de cirurgia. São decorrentes de disseminação hematogênica. Correspondem a 15% do total das infecções.
A eficácia do processo do CME, independentemente do método, depende de um sistema consistente na redução e limitação do inoculo antes da esterilização, do preparo adequado dos itens para esterilização da seleção os parâmetros adequados para a esterilização e do estabelecimento e implementação de controles para manter a esterilidade dos itens até seu uso.²
O trabalho integrado e colaborativo multidisciplinar entre os vários serviços listados abaixo é essencial para a prevenção, controle e redução das infecções²:
Comissão de Controle de Infecção (SCIH/CCIH);
Serviço de higiene ambiental;
Farmácia hospitalar;
Departamento de Compras;
Comissão de padronização de materiais;
Unidades de internação;
Unidade de Centro Cirúrgico e Clínica Cirúrgica;
Centro de Material e Esterilização.
Resolução nº 59 de 27/06/2000 / ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Parte F
1)Identificação e Rastreabilidade
2)Produtos de elevado risco (classe III e IV) – Rastreabilidade
Cada fabricante deverá identificar cada unidade, lote ou partida de produtos de elevado risco (classe III e IV) com um número de controle. Essa identificação deverá ser registrada no registro histórico do produto.
Parte L - Controle de embalagem e rotulagem
1.Embalagem de produtos
2.Rotulagem de produtos
3.Rotulagem de produtos de elevado risco (classe III e IV)
A rotulagem de produtos de elevado risco (classe III e IV) deverá conter um número de controle.
RDC nº 59 de 25 de agosto de 2008 Parte 3 - Definições
Implante Permanente
Produto implantável destinado à substituição definitiva de parte ou função das estruturas normais do corpo, como os implantes para artroplastia e coluna, não possuindo indicação de retirada devido à função que exerce
Etiqueta de Rastreabilidade
Documento complementar a ser fornecido com o produto ou sistema, contendo campo para inserção das seguintes informações:
Nome ou modelo comercial;
Identificação do fabricante ou importador
Código do produto ou do componente do sistema
Número de lote e número de registro na ANVISA
Prevenção de Acidentes Hospitalares
SAÚDE DO TRABALHADOR DE SAÚDE
 Existem nos estabelecimentos de saúde riscos constantes de doenças e acidentes que afetam médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, dentistas, laboratoristas, técnicos e auxiliares de diversas áreas, e outros trabalhadores da área da saúde e até os pacientes.
SÃO RISCOS: 
ERGONÔMICOS E PSICOSSOCIAIS
FÍSICOS
QUÍMICOS DE ACIDENTES
BIOLÓGICOS
MECÂNICOS
RISCOS FÍSICOS 
Temperaturas altas e baixas (calor e frio) 
As atividades laborais são influenciadas pela temperatura ambiental. Quando em um ambiente o calor é excessivo, pode levar o ser humano a apresentar: mal-estar, sudorese, desidratação, hipotensão, câimbras, sonolência e astenia, obstando a atenção dos trabalhadores26. As altas temperaturas podem causar trocas térmicas entre o ambiente e o organismo, dificultando a execução de tarefas de precisão, além de tornar o ambiente muito desagradável. Na SO, os níveis máximos e mínimos de temperatura não podem ser considerados insalubres pela Legislação Trabalhista22. Contudo, o calor pode, ainda, causar desconforto, hipotensão e choque térmico, induzindo a erros e eventuais acidentes. O frio, por outro lado, produz inquietação, mal-estar, tosse, espirros e rinorreia, que parecem interferir na execução das tarefas, prejudicando o desempenho laboral
Os equipamentos que geram calor são fontes potenciais de riscos físicos na SO e no Centro de Material e Esterilização (CME) e são eles: água aquecida, autoclaves, aquecedores, mantas elétricas, entre outros. Portanto, devem ser instalados distante de material inflamável e termossensíveis. 
Também devem ser utilizadas luvas termorresistentes e, opcionalmente, avental de manta corta-fogo. As baixas temperaturas geradas pelos equipamentos, como as câmaras frias, devem ser manuseados utilizando-se agasalho térmico com capuz e botas de borracha com isolamento, se for necessário. As condições térmicas do local de trabalho devem proporcionar conforto aos trabalhadores, com temperatura mantida entre 19ºC e 24ºC, estável e igual em todos os compartimentos, evitando deslocamento de ar excessivo.
Umidade 
A umidade tem influência direta nas trocas térmicas entre o ambiente e o corpo humano, devido ao mecanismo da evaporação. A umidade absoluta é a quantidade de vapor d’água existente numa porção de ar atmosférico em determinado momento. O higrômetro é o equipamento usado para medir, em gramas, a umidade. O ar tem um limite de absorção denominado ponto de saturação, que é a quantidade de vapor d’água suportável por essa mesma porção de atmosfera, sendo que abaixo desse limite tem-se o ponto de orvalho e, acima, a neblina.
 A relação percentual entre a umidade absoluta e o ponto de saturação resulta na umidade relativa do ar e é obtida mediante um aparelho chamado psicrômetro. Os efeitos decorrentes da baixa umidade do ar devidos ao ressecamento de mucosas incluem epistaxe, irritação dos olhos, complicações respiratórias, eletricidade estática nas pessoas e nos equipamentos eletrônicos, aumento do potencial de incêndios. Se a umidade relativa do ar é alta, ocorre menos transpiração e a sensação de calor é maior. Ocorre aumento da proliferação microbiana e não é raro o aparecimento de conjuntivites, problemas respiratórios e doenças pulmonares30,31. Em caso de locais muito úmidos e exposição contínua, deve-se utilizar roupas (luvas, aventais, macacões), calçados impermeáveis (borracha) e máscara apropriada (Figura 16.1). As condições do local de trabalho devem conservar a umidade relativa em níveis de 40 a 60%
Ruído 
O som pode ser interpretado de forma objetiva como a vibração mecânica das partículas de um meio elástico que dão a sensação subjetiva de ouvir. O ruído é caracterizado como som desagradável modificado de acordo com as oscilações acústicas do ambiente com diferentes frequências e intensidade que não apresentam relações entre si; podem causar danos físicos, fisiológicos e psicológicos às pessoas que estão expostas a ele Essa exposição ocupacional ao ruído, então, está relacionada com alterações, como: aumento na frequência cardíaca e respiratória, aumento do tônus muscular, alteração gástrica intestinal, aumento de hormônios tireoidianos e estresse. Sendo constante e prolongada, pode gerar, também, irritação, ansiedade, estresse, diminuição dacapacidade de concentração, desmotivação e mal-estar nos trabalhadores Os equipamentos, tais como ultrassom, serra elétrica, respiradores, aspiradores, autoclaves, lavadoras ultrassônicas, condicionadores de ar, entre outros, emitem, durante seu funcionamento, ruídos e vibrações, cujo nível de pressão sonora (NPS) pode provocar alterações funcionais no organismo O principal efeito físico do ruído atinge o sistema auditivo, podendo causar ruptura da membrana timpânica e diminuição da acuidade auditiva, no caso de exposições repetidas e prolongadas acima de 70 dBA
As alterações fisiológicas podem aparecer em presença de ruídos de frequência alta, e mesmo moderada, e podem causar: diminuição da acuidade auditiva, vertigens, cefaleia, náuseas, alucinações, hipertensão arterial, diminuição da libido, insônia, estados pré-neuróticos, inapetência, flexão dos braços, encurvamento do tronco, piscar de olhos, palidez cutânea, taquipneia, taquicardia, nistagmo e midríase. 
Os níveis de pressão sonora bem acima do preconizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)45, por meio da NR 10.152/87, que recomenda, para unidades fechadas, como o CC, o limite de 35 a 45 dBA, como Unidade Básica de Saúde (UBS) (58,6 a 84,9 dBA), Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (63,6 a 79,3 dBA), UTI neonatal (UTIN) (57,4 dBA e 86,4 dBA) e CME (57,9 a 75,2 dBA). O ruído é considerado um elemento contaminante ao meio ambiente, tanto quanto as infecções.
 Os níveis sonoros são avaliados por aparelhos medidores do som (Figura 16.2), sonômetros ou decibelímetros. Deve-se medir na fonte como na refletida. A NR-15 da ABNT determina a tolerância e o tempo de permanência do trabalhador no local e recomenda o uso de protetores de ouvido.
Iluminação 
A ação e o efeito da luz na vida dos seres vivos são de vital importância e até questão de sobrevivência. No homem, a luz exerce importante influência na sua vida, nas atividades diárias, nas reações emocionais e fisiológicas. A iluminação inadequada de um ambiente de trabalho, no qual se executa tarefas de precisão, como no caso das SO, pode tornar a atividade desagradável, aumentar a fadiga geral e visual e implicar em inferior qualidade da tarefa executada, maior desperdício de material, maior incidência de erros, menor produtividade, além de propiciar condições para o aumento da frequência de acidentes. Este tipo de iluminação é comum no CC, local onde o circulante de sala trabalha durante períodos de oito ou mais horas ao dia, frequentemente sendo obrigado a fazer jornada extra para atender cirurgias que se prolongam além de seu horário habitual de trabalho e sem pessoal para substituição. A intensidade insuficiente de iluminação pode prejudicar, em especial, o trabalho do circulante e do anestesiologista, ocasionando desperdício de material e eventuais acidentes. O ambiente de trabalho torna-se desagradável e a fadiga visual, em geral, é mais precoce e acentuada, motivo pelo qual o Ministério do Trabalho (MT) determina níveis de iluminação específicos a cada tipo de atividade e local36,47. Considerando-se que, com frequência, ocorrem cirurgias no período noturno e o circulante atende vários médicos quase que simultaneamente, selecionando e entregando-lhes materiais e medicamentos diversos, subentende-se o porquê da necessidade de iluminação adequada na SO e não só no campo operatório. O nível de iluminação para o CME, segundo a Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC)36, deve ser em torno de 500lux, considerado superior pela NBR
Radiações ionizantes e não ionizantes 
As radiações ionizantes e as não ionizantes são outro tipo de fenômeno físico proveniente do funcionamento de equipamentos usados para terapêutica dos pacientes, com repercussão nos componentes da equipe cirúrgica. As radiações ionizantes exercem seus efeitos biológicos por transferirem a energia que carregam para o organismo vivo, provocando a ionização das substâncias componentes do protoplasma. As substâncias ionizadas têm sua atividade química exacerbada, desencadeando-se entre elas reações químicas responsáveis pelos efeitos biológicos das radiações. 
Nas SO não são realizados continuamente exames radiológicos, mas os profissionais estão sujeitos às radiações ionizantes, pois são habituais às cirurgias nas quais é necessária uma radiografia e o paciente não pode ser deixado sozinho; consequentemente, o profissional é exposto às radiações. As radiações não ionizantes são as eletromagnéticas, cuja energia não é suficiente para ionizar os átomos dos meios nos quais incide ou atravessa, porém, dependendo da energia que possuem, podem causar lesões de gravidade variável5. Segundo o comprimento de onda, podem ser classificadas em micro-ondas, raios infravermelhos e raios ultravioletas, os quais têm pouca aplicação em SO. O olho humano detecta ondas eletromagnéticas cujo comprimento situa-se entre os raios ultravioletas e os raios infravermelhos. Como o organismo humano não possui mecanismo sensorial para detectar as radiações emitidas pelos aparelhos de raio X, é difícil evitá-las, a não ser mediante sistemas e esquemas de proteção e conscientização.
RISCOS QUÍMICOS
 
Classificação dos agentes químicos
 É de suma importância que os profissionais que manuseiam estes produtos químicos conheçam a classificação, a tabela de incompatibilidades químicas, a literatura técnica sobre os riscos, o manuseio e os procedimentos de emergência. 
Os agentes químicos podem ser classificados segundo o tipo de risco e o modo de ação.
No que se refere à apresentação, as substâncias químicas podem estar presentes na forma sólida, líquida ou gasosa.
Em ambientes de assistência à saúde, costumam apresentar-se na forma de:
� Aerossóis: partículas sólidas ou líquidas dispersas por um longo período de tempo no ar, visíveis ou não; são comumente gerados pelas canetas odontológicas (alta rotação).
� Vapores: forma gasosa das substâncias químicas que normalmente se encontram no estado sólido ou líquido.
� Neblina: gotículas resultantes da condensação de vapores (menos de 0,5 micra de diâmetro).
� Névoa: gotículas resultantes da dispersão de líquidos por ação mecânica (mais de 0,5 micra de diâmetro).
� Fumos: partículas provenientes da volatilização de metais fundidos (menos de 0,5 de diâmetro).
� Poeiras: partículas sólidas em suspensão no ar, produzidas por ruptura mecânica de sólidos (mais de 0,5 micra de diâmetro).
� Fumaças: partículas de carvão e fuligem.
Vias de penetração
 Os meios de penetração das substâncias químicas no organismo são:
 � Inalação (absorção pulmonar): quando a substância química é absorvida pelos pulmões como principal via de penetração, atingindo rapidamente a circulação e, consequentemente, outros órgãos, tendo efeitos tóxicos imediatos e, portanto, intoxicação mais perigosa.
� Absorção: quando a substância química atravessa a pele e atinge anexos e mucosas. Nessa via de penetração podem ocorrer irritação e/ou sensibilização na superfície ou ainda a penetração através da pele pode atingir os capilares, entrar na circulação e produzir uma ação generalizada, mesmo com a pele e a gordura, atuando como barreiras protetoras.
 � Ingestão: a absorção ocorre no sistema gastrointestinal e geralmente ocorre pós-ingestão acidental durante o manuseio do agente químico, atingindo a circulação através do fígado, pelo sistema porta.
RISCOS ERGONÔMICOS
 Os riscos ergonômicos são as condições as quais os profissionais se expõem ao exercerem suas atividades laborais em CC e Recuperação Pós-Anestésica (RPA). Estas condições estão diretamente relacionadas ao homem e ao ambiente em que trabalha, às tarefas que realiza, à organização do processo de trabalho, à dinâmica do trabalho e ao relacionamento humano estabelecido. Os riscos ergonômicos são fatores psicofisiológicos relacionados ao trabalho, aos quais o ser humano se expõe durante o desenvolvimento das suas atividades. O CC é um dos mais complexos setores do hospital, considerando-sesuas finalidades, onde a principal delas é a realização de intervenções cirúrgicas em pacientes, os quais devem retornar a sua unidade de origem na melhor condição possível de integridade.
Os estudos comprovam que os riscos ergonômicos são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador e gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos, produzindo alterações no organismo e no estado emocional do trabalhador, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como as lesões por esforços repetitivos e as doenças osteoarticulares, cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestório (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, entre outros.
 São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de rotina intensa
Entre os riscos ergonômicos presentes no CC e no RPA, destacam-se:
Exigências físicas caracterizadas pelo transporte, posicionamento e movimentação de pacientes, os quais se encontram sob o efeito de drogas anestésicas, muitas vezes inconscientes, numa condição de total dependência; o transporte de mobiliários, de equipamentos e caixas cirúrgicas, e os deslocamentos em longas distâncias10. A transferência e o posicionamento de pacientes no ambiente cirúrgico é uma atividade realizada diariamente, com frequência superior em relação ao mesmo procedimento no restante do ambiente hospitalar, que tem sido a grande causa de dores nas costas, elevando os índices de ausência no trabalho, invalidez e aposentadoria precoce11-13. O cansaço decorrente da realização das atividades de transporte por empuxo humano pode estar relacionado aos esforços dinâmicos e estáticos causados pelo atrito dos músculos, ligamentos e tendões 
Posturas incorretas adotadas durante a realização das atividades de trabalho geralmente são decorrentes da dinâmica e organização do trabalho, maus hábitos e/ou falta de informações e orientações dos profissionais. Ao realizar diversas atividades inerentes ao processo cirúrgico, os profissionais adotam posturas indevidas, por exemplo, ao transportar, movimentar e posicionar cargas, como pacientes, equipamentos e objetos.
Posições incômodas adotadas, decorrentes do posicionamento inadequado de equipamentos ou mobiliários, constituem outro fator de risco para o trabalhador de CC.
Monotonia é a reação do organismo a um ambiente uniforme, pobre em estímulos e com pouca variação das excitações. Os sintomas mais indicativos da monotonia são: sensação de fadiga, sonolência, morosidade e diminuição da atenção. Geralmente as atividades prolongadas e repetitivas de pouca dificuldade oferecem condições propícias à monotonia, caracterizadas pelas atividades que exigem baixa frequência de excitação, mas exigem atenção continuada. 
Ritmo excessivo do trabalho no CC é considerado intenso pelos profissionais que ali atuam, sendo determinado pela demanda de cirurgias, dinâmica do trabalho, diversidade de tarefas e pelas características de cada cargo.
trabalho em turnos caracteriza-se pela não interrupção da produção, sendo desenvolvido por várias turmas que se sucedem nos locais de trabalho, interferindo em diferentes esferas da vida das pessoas, como no desempenho profissional, causando distúrbios do sono, manifestações gastrointestinais, doenças cardiovasculares, doenças nervosas, deficiências imunológicas e alterações na vida social.
Jornada de trabalho prolongada: as categorias de profissionais de enfermagem cumprem as determinações legais em relação à carga horária diária, semanal e mensal predeterminadas, mas é comum, dentro das instituições hospitalares, as chefias solicitarem aos trabalhadores a prorrogação da jornada de trabalho, justificando o aumento de demanda ou o dimensionamento do quadro de pessoal insuficiente, absenteísmo, entre outros motivos, gerando, assim, mais comumente o banco de horas ou, eventualmente, horas extras.
Supervisão, controle rígido da produtividade, excesso de responsabilidade e situações de conflito provocam desconforto, cansaço, ansiedade, doenças no aparelho digestório (gastrite, úlcera), dores musculares, fraqueza, altera ções no sono e na vida social (com reflexos na saúde e no comportamento), hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatias (angina, infarto), diabetes, asmas, doenças nervosas, tensão, medo, ansiedade e comportamentos estereotipados.

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