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Obstetrícia – Kelvin Martins. (MED UNISL 7ºP) 
1 
10. Gemelaridade 
DRA. CLAUDETE MARTINS (TRASCRIÇÃO DE AULA E RESUMO 2020.2)
GESTAÇÃO MULTIPLA
INTRODUÇÃO
Definição: gestação múltipla é toda gestação proveniente de 
um ou mais ciclos osculatórios, resultando no 
desenvolvimento intrauterino de mais de um zigoto 
(gestações dizigóticas) ou da divisão do mesmo zigoto 
(gestações monozigóticas) independentemente do número 
final de recém-nascidos (RNs). 
PRINCIPAIS FATORES DE RISCO 
TÉCNICA DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA: 
• A utilização delas faz aumentar a incidência; 
IDADE MATERNA: 
• Até os 37 anos, tem-se incidência de gêmeos 
dizigóticos aumentada com a idade materna. Após 
essa idade, a incidência cai anualmente. 
PARIDADE: 
• Aumenta a incidência de gemelares em multíparas. 
ETNIA: 
• A incidência é maior em negras (1/80) quando 
comparada em caucasianas (1/100) e asiáticas 
(1/155). 
RELEMBRANDO A FERTILIZAÇÃO 
 O oócito fertilizado, ou zigoto, é um embrião 
unicelular. A combinação de 23 cromossomos de cada 
pronúcleo forma um zigoto com 46 cromossomos. 
 Quando ocorre o desenvolvimento de mais de um 
zigoto ou a divisão de um zigoto dentro da cavidade uterina, 
desenvolve-se uma gestação múltipla. 
CLASSIFICAÇÃO 
As gestações múltiplas são classificadas quanto a sua 
corionicidade, que é determinada nas gestações 
monozigóticas pelo aumento em que ocorre a divisão do 
zigoto. 
DICORIÔNICA DIAMNIÓTICA – se a divisão do blastocisto 
acontece em até 72h. Há duas placentas e dois sacos 
amnióticos. 
MONOCORIÔNICA DIAMNIÓTICA – se a divisão ocorre entre 4 
e 8 dias depois da fertilização, tem-se uma placenta única e 
duas cavidades amnióticas. 
MONOCORIÔNICA MONOAMNIÓTICA – se a divisão acontece 
entre 8 e 13 dias após a fertilização, origina-se uma gestação 
com uma placa única e uma cavidade amniótica. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS GÊMEOS 
• NÃO IDÊNTICOS – dois óculos e dois 
espermatozoides; 
• IDENTICOS – um óvulo e um espermatozoide; 
QUAL A IMPORTANCIA DO DIAGNÓSTICO ENTRE 
MZ/DZ? 
• Complicações funiculares maiores nos 
monoamnióticos; 
• Cuidados neonatais mais intensos devido transfusões 
entre gêmeos; 
• Possibilidade de semelhança imunológica em casos 
de transplantes de doenças hereditárias; 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
A suspeita clínica dá-se: 
• Pelo útero maior do que esperado pela IG; 
• Desenvolvimento de hidramnia e anemia inesperada; 
• Mais de um batimento cardíaco na ausculta fetal; 
• Uso de indutores de ovulação. 
 
Obstetrícia – Kelvin Martins. (MED UNISL 7ºP) 
2 
DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO 
O 1º trimestre estabelece a gemelaridade e a corionicidade → 
é o melhor e mais seguro período para estabelecer tal fato. 
A presença de monocorionicidade (única placenta) 
sempre implica monozigoticidade; por outro lado, as 
gestações dicoriônicas (2 placentas) podem ter origem 
monozigótica ou dizigótica. 
Gêmeos com sexos diferentes sempre são dizigóticos 
e dicoriônicos, enquanto gêmeos do mesmo sexo podem ser 
tanto monozigóticos como dizigóticos. 
As complicações fetais são mais frequentes nas 
gestações monocoriônicas em comparação com as 
dicoriônicas. 
CARIOAMNIOCIDADE 
GRAVIDEZ DICORIÔNICA – DIAMNIÓTICA 
• Membrana expessa, em média 2mm ou mais, 3-4 
camadas (equivale a dois terços da pop., bom 
prognóstico). Sinal de lambda. 
GRAVIDEZ MONOCORIÔNICA – DIAMNIÓTICA 
• Membrana fina, 2 camadas (maior perda fetal). Sinal 
do T. 
UMA PLACENTA – MONOCORIÔNICA 
GÊMEOS IDENTICOS – PLACENTA ÚNICA 
 
DICORIÔNICA 
 
SINAL DO LÂMBDA 
 
MONOCORIÔNICA 
 
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FETAL 
• Similar até 30-32 semanas; 
• Gêmeos não tem retardo de crescimento na primeira 
metade de gestação; 
• Uso de parâmetros como: 
o Diâmetro Bi Parietal; 
o Fêmur e circunferência abdominal. 
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE 
ESQUEMA PARA SEGUIMENTO: 
• US às 18-20 semanas para confirmar IG, tamanho do 
feto, LA, anatomia fetal, número de placentas, 
espessura e número de membranas. 
• Caso normal, novo estudo com 24-26 semanas, 
repetir a cada 4 semanas; 
• Caso CIUR, LA, discordante, vigilância fetal com CTG e 
Dopplerfluxometria. 
 
Obstetrícia – Kelvin Martins. (MED UNISL 7ºP) 
3 
COMPLICAÇÕES 
COMPLICAÇÕES COMUNS DE TODAS AS GESTAÇÕES: 
• Hipertensão gestacional; 
• Diabetes gestacional; 
• CIUR; 
• Parto pré-termo: 
o 50% se DUPLA 
o 95% se TRIPLA 
• Anemia; 
• Cesariana; 
• Anomalia fetal discordante; 
• Morte Intra-uterina discordante; 
• Amniorrexe prematura, pré-termo discordante; 
• Parto pré-termo discordante; 
DICORIONICA – DIAMNIOTICA 
• Síndrome de Vanishing Twin (desaparecimento de 
gêmeo?) 
MONOCORIO – DIAMNIO 
• Comunicações vasculares; 
• S.T.T. 20%; 
• Gêmeo acárdico (1%); 
MONOCORIO – MONOAMNIO 
• STT leve; 
• Gêmeos coligados (0.3:10.000 nasc); 
• Enovelamento de cordão; 
GEMELARIDADE IMPERFEITA / FUSÃO DE FETOS: 
• Raro; 
• 3x mais frequente no sexo feminino; 
• Divisão zigoto após 11-13 dias; 
• 87% união ventral; 
• Diagnóstico 1 trimestre; 
• 2º Trimestre (20-24 sem) – extensão da fuga e 
órgãos acometidos; 
• Não associado a cromossomopatias; 
COMPLICAÇÕES EXCLUSIVAS 
MONOCORIÔNICA 
 
 
 
TRANSFUSÃO FETO-FETAL / SÍNDROME DA 
TRANSFUSÃO FETO-FETAL STFF 
• Rara, 15% das gestações monocoriônicas; 
• Alta morbimortalidade; 
• Taxa de mortalidade perinatal 70%; 
• Somente ocorre nas gestações monocoriônicas; 
• Ocorre em 1:1500 gestações; 
• Gêmeos idênticos trocam sangue entre si: doador x 
receptor; 
 
PATOGÊNESE – STFF 
Placenta Monocoriônica – anastomoses vasculares: 
1. Arterio-venosa (AV); 
2. Veno-arterial (VA); 
Obstetrícia – Kelvin Martins. (MED UNISL 7ºP) 
4 
3. Veno-venosa (VV); 
4. Arterio-arterial (AA). 
 
 A origem do problema está no desbalanço entre as 
comunicações e acredita-se que as comunicações 
responsáveis sejam as AV e que as AA sejam um fator de 
proteção para o desenvolvimento de STT. 
SINAIS DA STFF NO USG 
• Gêmeos do mesmo sexo com placenta única; 
• Presença de 2 camadas delgadas separando as 
membranas entre os sacos amnióticos; 
• Discordância significativa no crescimento fetal; 
• Volume amniótico discordante com oligoamnia na 
bolsa amniótica do doador; 
• ICC com hidropsia em um dos fetos, frequentemente 
no feto maior; 
 
TRATAMENTO STFF 
• Amniocentese seriada; 
• Septostomia amniótica; 
• Ablação dos vasos placentários a laser; 
• Fetícidios; 
Sequelas são comuns. 
 
 
GÊMEO ACÁRDICO 
TWIN REVERSED A TERI AL PERFUSI ON S EQUENCE (SEQU ÊNCIA 
TRAP) 
Fisiopatologia não definida: 
• Feto “Bomba” – Normal; 
• Feto Acárdico – totalmente mal-formado; 
o Acardia, acefalia, “massa amorfa disforme”; 
• Conduta expectante – mortalidade 50-75% Feto 
Normal. 
• Tratamento: interrupção da circulação do Acárdico. 
 
CHECK LIST – GESTAÇÃO MULTIPLA 
• Classificação precoce; 
• Diagnóstico precoce; 
• Follow-UP meticuloso; 
o Mono – 15/15 dias; 
o Dicorio – Tricorio – mensal 
o Avaliação cervical seriada; 
• Orientação de repouso; 
• Conduta individualizada.

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