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APG 3 - Cardiomiopatia e Insuficiência Cardíaca

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Objetivos 
 
OBJETIVO 1: Compreender as alterações anato e funcionais da insuficiência cardíaca
OBJETIVO 2: Entender os sintomas, exames e diagnóstico da insuficiência cardíaca 
OBJETIVO 3: Conhecer as doenças negligenciadas 
OBJETIVO 4: Compreender a fisiopatologia da cardiomiopatia dilatada
Miocardiopatias 
Resumo As miocardiopatias caracterizam-se por 
disfunção miocárdica de causas mecânicas e elétricas. 
Hoje em dia, essas doenças são classificadas como 
primárias ou secundárias com base na causa genética ou 
no acometimento de outros sistemas do corpo. 
 
Miocardiopatia Dilatada: 
→ O problema fundamental da cardiomiopatia dilatada é 
a contração ineficaz 
→ Causa frequente de insuficiência cardíaca 
→ a doença caracteriza-se por fibras miocárdicas 
atróficas e hipertróficas e fibrose intersticial. 
→ Mais comum em homens negros 
→ Pode resultar em trombos 
→ Trata-se da dilatação ventricular, uni ou bilateral, sem 
causa demonstrável, acompanhada de disfunção 
sistólica 
→ Causa diminuição da espessura da parede ventricular 
→ 20% dos casos são de caráter familiar 
 
Causas: 
→ Doença arterial coronariana 
→ Doença de chagas 
→ Miocardite viral (COVID-19, Coxsackie, HIV) 
→ Lúpus 
→ Álcool 
→ Doenças autoimunes 
→ Fatores genéticos 
→ Drogas 
→ Hipertensão Arterial 
 
Sintomas: 
→ Assintomática na fase inicial 
→ Cardiomegalia: aumento do coração, geralmente 
diagnosticado através de radiografia em pacientes 
assintomáticos 
→ Dor torácica 
→ Insuficiência cardíaca: 75 a 85% dos pacientes. 
Predominantemente no lado esquerdo. 
→ Arritmia ventricular 
→ Sopros de regurgitação mitral e tricúspide 
 
Exames Complementares 
ECG convencional: raramente normal. Anormalidades 
da repolarização ventricular. Distúrbio da condução em 
80% dos pacientes. Hipertrofia ventricular esquerda 
ECG de 24h (Holter): diagnostico das arritmias 
ventriculares e supreventriculares 
Radiografia de tórax: diagnostico de cardiomegalia 
Ecocardiograma: dilatação das câmaras cardíacas, 
presença de trombos. Regurgitação ventriculoatrial. 
Cintilografia miocárdica: disfunção ventricular 
 
Insuficiência Cardíaca: 
Ocorre quando o coração se torna incapaz de bombear 
sangue em uma porção suficiente para suprir as 
demandas metabólicas dos tecidos, ou é capaz quando 
há presença de enchimento elevada. 
Ela pode ser causada por qualquer condição do coração 
que reduza sua capacidade de bombeamento. Dente as 
causas mais comuns, destacam-se: 
Cardiomiopatias 
 
• Doença arterial coronariana 
• Hipertensão 
• Miocardiopatia dilatada 
• Doença cardíaca valvar 
• Doença de Chagas 
• Cardiomiopatia alcóolica 
 
MECANISMOS FISIOLÓGICOS QUE MANTÉM A 
PA E PERFUSÃO DOS ORGÃO QUANDO HÁ 
COMPROMETIMENTO DA FUNÇÃO CARDÍACA 
Todos os mecanismos têm como função manter o 
débito cardíaco 
Mecanismo de Frank-Starling: 
→ Distensão do coração com aumento da força de 
contração 
→ Aumenta a formação de pontes transversais de 
actina-miosina 
→ Aumenta a contratilidade 
 
Adrenalina e Noradrenalina (SNS) 
→ Elevação dos níveis das catecolaminas para 
aumentar a frequência cardíaca (FC), contratilidade e 
resistência vascular. 
 
Sistema renina-angiotensina-aldosterona 
(SRAA) 
→ Ao mesmo tempo, nos rins a diminuição da função 
cardíaca reduz a quantidade de sódio filtrado, 
enviando sinais a mácula densa e ativando o SRAA. 
Assim, através do SRAA há retenção de sódio e 
água 
 
Liberação de endotelinas 
→ Potentes vasoconstritores, liberados pelas células 
endoteliais 
→ Causam hipertrofia dos miócitos cardíacos 
 
Hipertrofia e remodelação cardíaca 
→ O desenvolvimento de hipertrofia do miocárdio é um 
dos principais mecanismos pelos quais o coração 
compensa o aumento da carga. 
 
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS CAUSADAS PELA 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
• A insuficiência cardíaca promove a remodelação na 
estrutura do coração, causando principalmente 
hipertrofia. 
• O aumento persistente do trabalho mecânico devido 
à sobrecarga de pressão ou volume (ex: hipertensão 
sistêmica, estenose aórtica) ou sinais tróficos (ex: 
aqueles que são mediados pela ativação dos 
receptores β-adrenérgicos), levando ao aumento do 
tamanho dos miócitos, e consequentemente à 
hipertrofia. 
• Aumento do peso e tamanho do coração 
 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS CAUSADAS 
PELA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
→ Aumento da síntese de proteínas, possibilitando a 
organização de sarcômeros adicionais, assim como 
um número maior de mitocôndrias 
→ Miócitos apresentam núcleos aumentados 
→ Os tipos de hipertrofia são: 
• Hipertrofia por sobrecarga de pressão 
• Hipertrofia por sobrecarga de volume 
 
CLASSIFICAÇÕES DA INSUFICIÊNCIA 
CARDÍACA 
 
Insuficiência Cardíaca Sistólica: 
→ diminuição da contratilidade do miocárdio, ejeção 
inferior a 40%, sendo que um coração normal ejeta 
aproximadamente 65% do sangue encontrado no 
ventrículo ao final da diástole. 
→ pode causar edema pulmonar ou edema periférico 
→ ventrículo acumula mais sangue e dilata-se 
 
Insuficiência Cardíaca Diastólica: 
→ Acontece em 55% dos casos, exclusivamente com 
base na disfunção do ventrículo esquerdo 
→ Quando o relaxamento é anormal 
→ O enchimento anormal compromete o débito 
cardíaco, especialmente durante a prática de 
exercícios físicos 
→ É influenciada pela FC, visto que uma FC alta impede 
o enchimento diastólico. 
→ Pode causar diminuição da complacência pulmonar e 
evoca sintomas de dispneia 
 
Insuficiência Cardíaca Direita: 
 
→ Compromete a capacidade de mover o sangue 
desoxigenado da circulação sistêmica para a 
circulação pulmonar 
→ As primeiras manifestações clínicas são 
hepatomegalia congestiva e aumento da pressão 
venosa central (PVC), seguido de edemas nos 
membros inferiores (MMII) 
 
Insuficiência Cardíaca Esquerda: 
→ Compromete o movimento de sangue da circulação 
pulmonar de baixa pressão para o lado arterial de alta 
pressão da circulação sistêmica 
→ A primeira consequência é a congestão pulmonar, 
cuja primeira manifestação é a dispneia. 
→ As principais manifestações clínicas são edema de 
membros inferiores e dispneia 
→ Depois de certo tempo a IC esquerda compromete 
o ventrículo direito e vice e versa, razão pela qual a 
IC não se mantem isolada por muito tempo 
 
SINAIS E SINTOMAS DA INSUFICIÊNCIA 
CARDÍACA 
 
→ Dispneia, fadiga e tolerância limitada ao exercício, 
retenção de líquido, edema e cianose 
→ Algumas pessoas com IC grave podem apresentar 
sudorese e taquicardia 
EXAMES E DIAGNÓSTICO 
 
Radiografia de tórax: 
Objetivo: avaliar a presença de congestão e edemas 
pulmonares, além de cardiomegalia 
Indicado em todos os pacientes com suspeita de IC 
 
ECG convencional: 
Objetivo: avaliar presença de sinais isquêmicos, 
aumentos cavitários, bloqueios de condução e arritmias 
 
Ecocardiograma: 
Objetivo: avaliar a função ventricular sistólica e diastólica, 
déficit segmentar, doenças valvares, aumentos cavitários, 
estimar pressões de enchimento e pressão sistólica de 
artéria pulmonar 
O diagnóstico da insuficiência cardíaca é clínico, através 
da história contada pelo paciente de intolerância aos 
esforços, falta de ar ao deitar e inchaço nos membros 
inferiores ou abdome, aliado aos achados do exame físico 
de acúmulo de sangue nos pulmões e no organismo 
como um todo. 
 
Doenças Negligenciadas: 
 
• São aquelas causadas por agentes infecciosos ou 
parasitas e são consideradas endêmicas em 
populações de baixa renda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Malária→ Doença de Chagas 
→ Leishmaniose 
→ Doença do sono (tripanossomíase humana africana) 
→ Esquistossomose 
→ Tuberculose 
→ Hanseníase 
 
• Juntas as doenças negligenciadas causam entre 
500mil e 1 milhão de óbitos anualmente 
 
 
Referências: 
• https://agencia.fiocruz.br/doen%C3%A7as-
negligenciadas 
• Doenças negligenciadas: estratégias do Ministério 
da Saúde -
https://www.scielo.br/j/rsp/a/SGgpSRmvyByDF3b
Kphbd3Tx/?lang=pt# 
• PORTH, C.M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. 8ª ed. 
Guanabara Koogan, 2010. 
• Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas 
das Doenças, 8ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, 
Rio de Janeiro, 2010.
 
https://agencia.fiocruz.br/doen%C3%A7as-negligenciadas
https://agencia.fiocruz.br/doen%C3%A7as-negligenciadas

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