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FUNDAMENTOS DA ADMINISTRSÇÃO Unidade II

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30
Unidade II
Unidade II
3 O ADMINISTRADOR
Os administradores gerais atuam em micro e pequenas empresas, sendo responsáveis por todas ou, 
pelo menos, por um grupo de áreas funcionais da empresa, bem como por todas as equipes alocadas 
para essas funções. Eles têm uma atuação mais generalizada, que implica muita especialização, grande 
vivência e formação eclética.
Considerando o nível de atuação na organização, os gestores de primeira linha situam-se no plano 
base da pirâmide organizacional, o nível mais baixo de gerência. Normalmente são identificados como 
supervisores e gerenciam apenas trabalhadores operacionais. Já os gestores médios estão localizados 
no nível intermediário da pirâmide e são responsáveis pelos gestores de primeira linha e, eventualmente, 
pelo comando direto de trabalhadores operacionais. Por fim, os altos gestores, denominados pelo termo 
inglês CEO (Chief Executive Officer), também podendo ser chamados de presidentes ou vice-presidentes, 
ocupam o cargo mais alto na pirâmide, são responsáveis pelo direcionamento estratégico global da 
organização e por seus recursos disponibilizados.
Quando se visualizam as atividades atribuídas, pode-se identificar os administradores funcionais, 
que são responsáveis por uma área funcional e pelos colaboradores que a compõem. Exemplos: gerente 
comercial, gerente de produção, gerente de recursos humanos, diretor de recursos humanos, entre outros.
3.1 Conceituação e caracterização do agente da ação administrativa
O administrador, no exercício da sua profissão e em virtude dos diversos tipos de organização, definirá 
as estratégias, elaborará pareceres, relatórios, planos, projetos, arbitragens e laudos em que se exija a 
aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de organização. Além desses procedimentos, realizará 
pesquisas, estudos, análises, interpretação, planejamento, implantação, coordenação e controle dos 
trabalhos nos campos de administração geral, como: administração e seleção de pessoal, organização, 
análise, métodos e programas de trabalho, orçamento, administração de material e financeira, 
administração mercadológica, administração de produção, relações industriais, além de outros campos 
em que estes se desdobrem ou com os quais sejam conexos. Essas atividades são abrangidas legalmente 
pelo administrador profissional, conforme a Lei n. 4.769 (BRASIL, 1965).
De acordo com pesquisa realizada em empresas, essas são algumas características vistas como 
fundamentais para o perfil de um bom administrador moderno:
 
[...] as organizações desejam profissionais de administração com as 
seguintes características: capacidade de identificar prioridades; capacidade 
de operacionalizar ideias; capacidade de delegar funções; habilidade para 
31
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
identificar oportunidades; capacidade de comunicação, redação e criatividade; 
capacidade de trabalho em equipe; capacidade de liderança; disposição para 
correr riscos e responsabilidade; facilidade de relacionamento interpessoal; 
domínio de métodos e técnicas de trabalho; capacidade de adaptar-se a 
normas e procedimentos; capacidade de estabelecer e consolidar relações; 
capacidade de subordinar-se e obedecer à autoridade (MEIRELES, 2003, p. 34 
apud SILVA, 2015, p. 14).
São características desafiadoras. Não é fácil desenvolvê-las. E sustentá-las é ainda mais complicado. 
Essa é exatamente a missão do administrador, vencer todos os seus desafios e mostrar sua capacidade 
de se manter e crescer nos mais diferentes cenários. Somente assim o administrador será considerado 
capaz de administrar.
Quanto mais treinadas essas habilidades, melhores serão os resultados alcançados pelo profissional 
e sua organização. Todo gerente realiza uma série de tarefas. Ele planeja, organiza, preenche vagas, 
coordena, motiva, controla e lidera. Entre essas atividades, a mais importante talvez seja o planejamento, 
pois, antes de planejar, o gerente precisa definir seu objetivo, montar a equipe ideal para atingi-lo, 
determinar as tarefas e os responsáveis por elas e os procedimentos esperados de cada um. Somente a 
partir dessas ações poderá controlar e liderar o processo.
Segundo Katz (1986 apud CHIAVENATO, 2014), o administrador de sucesso depende de como 
consegue lidar com as situações negociais, a compreensão dos ambientes externos e internos da 
organização, da forma como lida com as pessoas em todos os níveis de atuação organizacional, assim 
como de sua compreensão e capacidade de lidar com o trabalho a ser realizado. Deve desenvolver a 
capacidade de transformar os conhecimentos teóricos e situacionais em ações nos níveis estratégico, 
tático e operacional.
O nível estratégico relaciona-se à atuação institucional, que abrange decisões e ações que envolvem 
a empresa como um todo. Compreende a definição e o monitoramento dos objetivos organizacionais 
globais, que vão direcionar a organização como um todo em busca de atingir grandes alvos, geralmente de 
longo prazo. Por exemplo, a empresa pode definir como um objetivo estratégico: atuar significativamente 
no mercado exterior, iniciando-se pela União Europeia (UE).
O nível tático está associado à atuação de cada área funcional (comercial, produção, financeira etc.) 
e à definição das contribuições de cada uma para a consecução dos objetivos estratégicos estabelecidos 
no nível imediatamente superior. Exemplo de objetivo tático: a área comercial define como um dos seus 
objetivos “pesquisar e definir novos nichos de mercado no continente europeu”. Outro objetivo pode ser 
o de “analisar as necessidades não satisfeitas dos europeus referentes aos produtos e serviços oferecidos 
pela empresa”.
O nível operacional compreende o nível de execução existente em todas as áreas funcionais da 
organização. Neste estágio, cada objetivo tático das áreas será transformado em diversos objetivos 
operacionais e convertido em metas operacionais.
32
Unidade II
 Observação
Objetivo: corresponde ao alvo que se quer atingir, uma posição 
estratégica a ser obtida ou um propósito a ser satisfeito por uma operação. 
Ou seja, o alvo compartilhado, consciente ou inconscientemente, pelos 
membros de uma organização.
Metas: fins a que se dirigem as ações ou os pensamentos de alguém. 
Resultados sucessivos a obter na programação (plano) de um trabalho. 
Viabilizam a consecução dos objetivos.
 Lembrete
Quando se visualizam as atividades atribuídas, pode-se identificar os 
administradores funcionais, que são responsáveis por uma área funcional e 
pelos colaboradores que a compõem.
3.2 Perfil do administrador
Para um bom desempenho como gestor, o administrador deve desenvolver habilidades necessárias 
para o trato organizacional e negocial. De forma geral, as características básicas de um bom 
administrador são:
• Liderança: aptidão para influenciar outros na realização de tarefas.
• Auto-objetividade: habilidade de se avaliar de modo realista.
• Pensamento analítico: capacidade para interpretar e explicar padrões nas informações.
• Comportamento flexível: habilidade para modificar o comportamento pessoal para atingir um 
objetivo.
• Comunicação oral: competência para se expressar claramente em apresentações orais.
• Comunicação escrita: aptidão para expressar com clareza as próprias ideias ao escrever.
• Impacto pessoal: capacidade para transmitir uma boa impressão e infundir confiança.
• Resistência ao estresse: habilidade para bom desempenho sob condições de forte pressão psicológica.
33
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
Conforme Katz (1986 apud CHIAVENATO, 2014), as três categorias de habilidades imprescindíveis 
para o bom desempenho do administrador são: técnicas, humanas e conceituais.
Estratégico
Tático
Operacional
Níveis
organizacionais
Habilidades do 
administrador
Conceituais
Humanas
Técnicas
Figura 8 – Habilidades do administrador
De acordo com as posições que ocupar na empresa, o administrador deverá desenvolver essas 
habilidades acentuadas na figura anterior.
As habilidades técnicassão as habilidades ligadas à execução do trabalho e ao domínio do 
conhecimento específico para executar seu trabalho operacional. Estão relacionadas ao “saber fazer”. 
Trata-se do trabalho de manuseio físico, de transformação, bem como o tratamento de números, dados 
e medições de processos materiais. São exigidas em grande escala no nível operacional da organização, 
devido à sua abrangência de tarefas e atividades de execução do trabalho.
A exigência técnica diminui, mas continua presente no nível tático, devido ao relacionamento direto 
com o nível operacional, de forma a instruir e transmitir as diretrizes para o estabelecimento de objetivos 
e metas. Ainda envolve o acompanhamento e o controle das execuções desse nível.
Já no nível estratégico, como se pode notar na figura anterior, a necessidade de habilidade técnica é 
quase inexistente, dada a distância administrativa desse nível e a execução direta do trabalho operacional. 
Segundo Chiavenato (2004, p. 3), a habilidade técnica “[...] consiste em utilizar conhecimentos, métodos, 
técnicas e equipamentos necessários para o desempenho de tarefas específicas, por meio da experiência 
e educação. É muito importante para o nível operacional”.
 Saiba mais
Para estudar melhor a administração, leia:
CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processos e prática. 5. ed. Barueri: 
Manole, 2014.
34
Unidade II
As habilidades humanas estão afeitas ao trabalho com pessoas e às relações interpessoais e grupais. 
Respondem pela integração e interação da equipe de trabalho, facilitando o clima de cooperação e 
participação. Os líderes com boas habilidades humanas desenvolvem boas equipes e atuam de maneira 
eficiente e eficaz.
Segundo Chiavenato (2004, p. 3), habilidade humana “[...] consiste na capacidade e facilidade para 
trabalhar com pessoas, comunicar, compreender suas atitudes e motivações e liderar grupos de pessoas”. 
Essas habilidades são exigidas em todos os níveis da organização, pois o gestor precisa de eficiência nas 
relações interpessoais com a sua equipe, desde a necessidade de estimular a participação de todos os 
colaboradores, no estabelecimento de objetivos e estratégias organizacionais, bem como na discussão 
com a equipe operacional sobre uma necessidade técnico-operacional que irá viabilizar uma meta fabril.
Por sua vez, as habilidades conceituais representam as capacidades de compreensão mais sofisticadas 
do gestor. Abrangem a competência para entender as relações inter-organizacionais, bem como 
a de planejar o futuro, enunciar a missão e analisar os ambientes internos e externos, identificando 
oportunidades de negócio onde normalmente não são vistas. São muito necessárias à alta administração 
da empresa. Já no nível tático, essas habilidades têm uma importância relativamente menor. Porém, ainda 
muito significativa, devido à necessidade de entendimento, pelos gestores funcionais, do conteúdo do 
planejamento estratégico da organização, bem como de sua participação em sua elaboração. Depois de 
pronto, deve-se estabelecer os objetivos táticos de cada área e sua transformação e acompanhamento 
dos objetivos operacionais. Quando se analisa o nível operacional, as habilidades conceituais são muito 
pouco utilizadas, restringindo-se ao necessário para a eventual participação dos colaboradores com 
contribuições e informações para o pensamento estratégico e o entendimento de diretrizes específicas 
para a viabilização de sua execução. Segundo Chiavenato (2004, p. 3), a habilidade conceitual
 
consiste na capacidade de compreender a complexidade da organização 
como um todo e o ajustamento do comportamento de suas partes. Essa 
habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da 
organização total, e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades 
de seu departamento ou grupo imediato.
3.3 Competências pessoais do administrador
Costuma-se afirmar que o bom gestor tem que ter atitude. Isto é, ele tem que ser um agente 
de mudança na organização e estar à frente do desenvolvimento da organização nos aspectos 
relacionados a estratégia, processos, cultura, criatividade e inovação, de forma a aumentar ou 
manter a competitividade diante do conturbado, dinâmico e volátil ambiente corporativo. Segundo 
Chiavenato (2004), a atitude representa o estilo administrativo. Ou seja, a forma adotada para 
liderar, comunicar e motivar as pessoas para fazer acontecer o que for necessário. Em poucas 
palavras, ter atitude significa “saber fazer acontecer”.
Diante do exposto, deduz-se que, para ter atitude, o gestor necessita adquirir primeiro o 
conhecimento, que é o “saber”. Compreende a complexa postura de aprender a aprender. É o conjunto 
de experiências aprendidas, ideias, informações e conceitos negociais a serem utilizados no exercício da 
35
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
profissão. A atualização e reciclagem constantes são a normalidade para o administrador que 
não quer ter conhecimentos ultrapassados diante das constantes, intensas e grandes mudanças 
que ocorrem no ambiente empresarial. O conhecimento conceitual é imprescindível, mas não 
é garantia de sucesso profissional. Além deste, o profissional deve ter uma boa educação geral e 
formação cultural abrangente. Não basta ter o conhecimento, pois existem muitos profissionais 
com uma bagagem invejável que não sabem ou não conseguem transformá-lo em ações efetivas. 
O conhecimento consiste no know-how, ou “saber como” ou “saber”.
Para completar a trilogia que forma as competências pessoais do administrador, deve-se cuidar 
para desenvolver a perspectiva. Ou seja, a competência de “saber fazer”. Consiste em conseguir 
transformar o conhecimento em ação. Realizar a potencialidade do conhecimento disponível por 
meio da visualização de oportunidades, transformando-as em resultados concretos para o negócio. 
São produtos, serviços, soluções criativas para problemas e o desenvolvimento e aplicação de 
inovações tecnológicas. A capacidade de analisar as situações problemáticas, observar, identificar 
as causas, planejar e controlar a execução dos procedimentos para solucioná-las viabiliza a atuação 
do profissional à frente das organizações.
Competências 
pessoais
Perspectiva Atitude
Conhecimento
Figura 9 – Competências do administrador
 Lembrete
Segundo Chiavenato (2004, p. 3), habilidade humana “[...] consiste 
na capacidade e facilidade para trabalhar com pessoas, comunicar, 
compreender suas atitudes e motivações e liderar grupos de pessoas”.
4 OS DEZ PAPÉIS DO ADMINISTRADOR SEGUNDO HENRY MINTZBERG
Mintzberg (2010) estudou e definiu o que pode ser chamado de papéis dos administradores nas 
empresas, divididos em três categorias: papéis interpessoais, papéis informacionais e papéis 
decisoriais. São os papéis desempenhados, cotidianamente, pelos administradores profissionais.
36
Unidade II
Categorias
de papéis
Interpessoais
Decisoriais
Informacionais
Figura 10 – Os papéis do administrador segundo Mintzberg
4.1 Papéis interpessoais
Envolvem a categoria de papéis relativos ao relacionamento interpessoal e a construção conjunta 
dos resultados almejados. Representam o modo como os gestores interagem e influenciam seus 
subordinados diretos. São divididos em três papéis: símbolo, líder e ligação.
Símbolo
Representa a função de estar presente em locais e em momentos importantes, basicamente, tarefas 
cerimoniais, comparecer a casamentos e outros eventos. O administrador representa a organização, 
portanto ele é um símbolo, e ela será conceituada a partir do administrador.
Líder
Papel inerente à função básica do administrador, representado a todo o momento, pois ele é 
responsável por seus atos e de todos seus subordinados. A liderança deve exercer sua influência para 
direcionar os esforços de forma sinérgica, motivando a equipe por meio de aconselhamento, treinamento, 
orientação e uma comunicação eficiente e eficaz.
Elemento de ligação
Possibilita os relacionamentos que são necessários para o desenvolvimento de toda a empresae com 
equipes de outras empresas parceiras. Intercâmbio interpessoal que estreita as parcerias e gera novos 
negócios ou mantém os negócios existentes.
37
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
Interpessoais
Símbolo
Elemento de 
ligação
Líder
Figura 11 – Os papéis interpessoais segundo Mintzberg
4.2 Papéis informacionais
Compreendem a manutenção e o desenvolvimento de uma rede de informações, pois os gestores 
investem a maior parte do seu esforço planejando, captando, processando e aplicando informações 
em suas decisões. Todos, na sociedade moderna, vivem em função de um fluxo intenso e contínuo 
de informações. Para atingir a excelência na gestão das empresas, os administradores precisam saber 
receber, tratar e repassar essas informações. Na categoria informacional, destacam-se três importantes 
papéis: monitor; disseminador e porta-voz.
Monitor
Utiliza-se de fontes de informações como pessoas, banco de dados, revistas e relatórios. Capta 
informações dentro e fora da empresa, procura quantidade e qualidade para se informar o máximo 
possível nas mais variadas fontes de informação. A gama, continuidade e confiabilidade das informações 
disponibilizadas é que determinarão a efetividade desse papel.
Disseminador
Consiste na distribuição das informações em todos os níveis de atuação organizacional: estratégico, 
tático e operacional. É o papel que o administrador representa ao estabelecer um bom fluxo de 
informações internas e ao comunicar as informações à sua equipe para mantê-la atualizada e em 
sintonia com a empresa. Da mesma forma, a definição de um fluxo eficiente de troca de informações 
com parceiros externos tem uma importância inegável para o desenvolvimento do negócio. Os meios a 
serem utilizados são memorandos, mensagens eletrônicas, relatórios, telefonemas, contatos pessoais e 
disponibilização de conteúdos em sites na intranet, extranet e mesmo a internet.
Porta-voz
Um papel de grande representatividade empresarial, responsável pela consolidação de parceiros de 
negócios e pela manutenção da imagem da empresa. O administrador deve ser um porta-voz quando 
38
Unidade II
se faz necessário comunicar informações, por meio de mensagens formais ou conversas, para outras 
organizações e pessoas que se localizam fora da organização. A sensibilidade para discernir entre o que 
pode ou não ser comunicado é vital para a fluência das informações estratégico-empresariais.
Informacionais
Monitor
Porta-voz
Disseminador
Figura 12 – Os papéis informacionais segundo Mintzberg
4.3 Papéis decisoriais
São tangentes às análises dos dados e informações disponíveis e das escolhas que os gestores 
devem fazer. Como se costuma dizer, “administrar é tomar decisões”, e os papéis desta categoria 
respondem pela função central do administrador. Para a devida representação, o gestor deve 
desenvolver as suas habilidades interpessoais para motivar e comprometer os colaboradores para 
que participem do processo decisório, bem como as habilidades conceituais, que o subsidiarão 
com análises do ambiente, o entendimento global do negócio e o pensamento estratégico 
empresarial necessário.
Com todos os dados e informações disponíveis, cabe aos gestores tratarem, analisarem e tomarem 
as suas decisões. Como têm responsabilidade integral, é necessário cautela e preparo para tomá-las. 
Nesta categoria, são quatro os papéis decisórios: os de empreendedor, solucionador de problemas, 
alocador de recursos e negociador.
Empreendedor
Tem fé inabalável e, por isso, concebe e cria novas possibilidades de negócios para a empresa. Elabora 
projetos, cria empreendimentos e novos produtos, assumindo riscos calculados e desenvolvendo a 
sua equipe ao propiciar que desenvolvam suas novas ideias. Papel que o administrador assume ao 
tentar melhorar seus negócios propondo maneiras inovadoras ou novos projetos que aumentem a 
competitividade da empresa.
Solucionador de problemas
Atuando em um ambiente instável e suscetível a um variado leque de problemas, deve desenvolver 
a capacidade de identificar, analisar e solucionar problemas e conflitos. Deve mediar as crises internas 
39
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
entre os próprios subordinados e com seus pares, bem como externamente, quando deve assimilar e 
nortear a atuação diante de mudanças externas críticas.
Alocador de recursos
Inserido em um cenário de necessidades sempre crescentes, contando com recursos escassos, o 
gestor deve tomar decisões para buscar equilíbrio na alocação e no controle da quantidade e qualidade 
dos recursos e de sua aplicação.
Negociador
A utilização de boas técnicas de negociação é uma constante na sua prática profissional. Devido às 
urgências de disputas e compartilhamento dos recursos, deve negociar interna e externamente para a 
obtenção dos melhores resultados para sua empresa e seus parceiros de negócio em geral.
Empreendedor
Negociador
Solucionador 
de problemas
Alocador de 
recursos
Decisoriais
Figura 13 – Os papéis decisoriais segundo Mintzberg
4.4 O futuro do administrador
Fatores da modernidade, como globalização, descentralização de poder nas organizações, 
downsizing, avanços da tecnologia da informação, terceirização, entre outros, têm exigido grandes 
mudanças no entendimento sobre a organização do trabalho, dos empregos e, consequentemente, do 
papel dos gestores à frente das organizações. Os administradores devem se voltar para o conhecimento, 
preparando-se para os novos desafios e habilidades a desenvolver para atuar nesse novo cenário.
 Observação
O downsizing é uma estratégia que usa a redução temporária ou 
permanente da força de trabalho de um ou mais níveis hierárquicos.
40
Unidade II
A globalização e a internacionalização dos recursos econômicos elegeram a competitividade 
como o tema principal no contexto estratégico das empresas. Para sobreviver nesse tumultuado e 
volátil mundo corporativo, passou-se a usar de forma intensa e progressiva automação das operações 
produtivas e administrativas, visando ao aumento da efetividade, eficácia por meio da eficiência, ao 
longo do tempo.
Essas mudanças refletem o aumento do número de desempregados, estimado em 800 milhões em 
todo o mundo, no início do século XXI, havendo uma desproporção negativa em relação aos países mais 
pobres e subdesenvolvidos.
Nos países subdesenvolvidos, a situação é ainda pior. É longo o caminho que precisam percorrer para 
alcançar o nível de automação do Primeiro Mundo e, além disso, amargam com frequência dois tipos de 
desemprego: conjuntural, causado pelo arrocho no crédito e taxa de câmbio que limita as exportações; 
e estrutural, provocado pela mudança no processo de produção ou no mix de bens e serviços produzidos 
em certos momentos; este último é resultante da substituição do homem pelas máquinas.
Para agilizar o processo de enxugamento das organizações, em busca do aumento da eficiência, as 
decisões em diminuir os cargos de chefia e achatamento da pirâmide hierárquica estão cada vez mais 
presentes. A terceirização é utilizada como válvula de escape para o atendimento das demandas por 
trabalho e resultados. A subcontratação de serviços não essenciais custa menos e promove resultados 
de maior qualidade, permitindo à gestão empresarial focar prioritariamente as suas atividades e os 
processos essenciais e críticos para o sucesso do negócio.
As necessidades profissionais das organizações mudaram de empregados concentrados na tarefa 
e na superespecialização técnica para colaboradores voltados para desenvolvimento e aplicação de 
conhecimentos direcionados para análise ambiental, interpretação e planejamento das transformações 
necessárias. Este profissional deve ter visão holística, economicamente globalizada, ser autodidata, 
responsabilizar-se pelo próprio desenvolvimento profissional (o “aprender a aprender”), educar-se 
contínua e objetivamente, praticar a autogestão e estar pronto a assimilar, antecipar e produzir 
as mudanças.
 Observação
A palavra autodidata vem do grego autodidatas. Significapessoa que 
ensina dirigindo livremente o processo de ensino; pessoa que se instrui por 
si mesma, sem professores.
A gestão de recursos humanos adquire uma importância nunca antes obtida, devido à necessidade 
de qualificação dos profissionais, por meio de oferta de treinamentos, cursos de informática, 
línguas estrangeiras, promoção de seminários internacionais e contínuo desenvolvimento pessoal 
e profissional.
41
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
Os profissionais atuais foram forjados em um ambiente permeado de pressões constantes, exigências 
de respostas rápidas, prazos exíguos, níveis crescentes de eficiência, conhecimentos complexos e voláteis 
e surgimento de novos negócios e modalidades profissionais a todo instante, além da competitividade 
em níveis inimagináveis há poucas décadas.
Em uma consideração dos estudos sobre a sociedade do conhecimento e suas implicações 
nas mudanças no perfil do administrador profissional, Wick e León (1997 apud SILVA; ARIEIRA, 
2006) comparam características do administrador do passado com as do administrador do terceiro 
milênio. O futuro administrador não está distante, permanece em constante evolução e está 
atuando nas organizações enquanto completa o desenvolvimento de suas futuras habilidades e 
características profissionais.
Quadro 3 – Os perfis de administradores do passado e do futuro
Ontem Amanhã
Iniciativa do aprendizado dependente de terceiros Proatividade e deliberação em aprender 
Aprendizado eminentemente formal (sala de aula) Poder do aprendizado vivencial (experiência de trabalho) 
Carreira dependente do chefe Responsabilidade pela própria carreira 
Desenvolvimento pessoal dependente de terceiros Responsabilidade pelo próprio desenvolvimento 
Crença na plenitude da sua educação e preocupação 
apenas com pequenas reciclagens 
Prática da educação continuada (atividade permanente 
para a vida toda) 
Pouca inter-relação entre o conhecimento obtido e os 
resultados profissionais 
Total percepção e intensificação da aplicação do 
aprendizado para influir e transformar os negócios 
Aceitação e conformação com o aprendizado 
institucional Decisão intencional e objetiva sobre o que deve aprender
Adaptado de: Wick e León (1997 apud SILVA; ARIEIRA, 2006).
 Saiba mais
Para conhecer mais sobre as expectativas a respeito do papel do 
administrador do futuro, leia:
GUIMARÃES, V. O. S.; MOURA, M. H. C.; OLIVEIRA, A. G. (orgs.). Os novos 
desafios da administração: contextos e aplicações práticas para o século 21. 
Pedro & João Editores, 2020.
42
Unidade II
 Resumo
Independentemente da área de especialização, para o exercício da 
profissão de gestor de empresas, é vital entender que administrar é o ato 
de tomar decisões relativas ao estabelecimento de objetivos estratégicos, 
táticos e operacionais, elaboração de estratégias de curto, médio e longo 
prazos e criação de sinergia entre as partes organizacionais, visando atingir 
os objetivos organizacionais.
As estratégias consistem na alocação dos recursos necessários: recursos 
humanos, materiais e tecnológicos, que serão comandados por pessoas de 
forma a atingir a eficácia, alcance dos objetivos, por meio da eficiência 
e da aplicação racional dos recursos. O administrador, seja de micro, 
seja de pequena empresa, ou mesmo atuando em grandes corporações, 
é o profissional que possuirá as habilidades completas para exercer 
essas atividades.
Hoje, de modo cada vez mais intenso, todos os profissionais que atuam 
em organizações devem adquirir conhecimentos básicos de administração 
e da dinâmica estratégica das empresas, de forma a viabilizar uma atuação 
eficiente no ambiente de negócios. Para a formação dos conhecimentos e 
por meio da prática e do desenvolvimento das habilidades administrativas, 
foram obtidas contribuições das mais diversas áreas do conhecimento, 
partindo das contribuições dos grandes filósofos, preocupados com as 
diversas formas de organização humana: políticas, militares, sociais, 
econômicas, estatais, científicas, entre outras.
Nesta unidade, foram percebidos aspectos como a importância do 
administrador, o entendimento de como a empresa está posicionada e 
adequando-se aos momentos de mudança da sociedade, buscando adaptação 
ao modo de liderança e das políticas envolvendo a sustentabilidade empresarial.
43
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
 Exercícios
Questão 1. Leia o texto a seguir.
O que é ser um administrador de empresas?
O administrador de empresas é responsável por gerenciar os recursos de uma organização, visando 
à redução dos gastos e à maximização dos lucros, além do bom funcionamento dos processos. Esse 
profissional, portanto, exerce um papel significativo na saúde financeira dos negócios e no andamento 
das operações. O profissional de administração deve ser capaz de olhar o negócio como um todo e 
tomar decisões assertivas que impactam os resultados futuros da companhia e, sobretudo, deve ter 
visão estratégica.
Disponível em: https://bit.ly/3oUd3Wv. Acesso em: 11 dez. 2021 (com adaptações).
Considerando o exposto e seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I – O administrador, para atuar de modo consistente, deve desenvolver habilidades técnicas, que são 
aquelas que abrangem a capacidade de compreender a organização como um todo, bem como entender 
as relações interorganizacionais.
II – Uma habilidade imprescindível para o administrador é a humana, uma vez que liderar, motivar, 
comunicar e solucionar conflitos pessoais são atuações inerentes à atividade de administrar.
III – As habilidades conceituais que devem ser desenvolvidas pelo administrador dizem respeito ao 
conhecimento especializado para a execução de seu trabalho e são especialmente importantes para o 
nível operacional.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa B.
44
Unidade II
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: as habilidades técnicas que devem ser desenvolvidas pelo administrador são aquelas 
ligadas à execução do trabalho operacional e referentes ao domínio de conhecimento específico. 
São habilidades exigidas de acordo com a abrangência de tarefas e atividades pertinentes à função.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: as habilidades humanas que devem ser desenvolvidas pelo administrador são aquelas 
referentes ao relacionamento interpessoal e em grupo, uma vez que líderes com boas habilidades 
humanas facilitam a integração das equipes de trabalho, motivam, incentivam e promovem um clima 
de participação e de colaboração.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: as habilidades conceituais que devem ser desenvolvidas pelo administrador são aquelas 
relacionadas à capacidade de visão holística da organização e ao âmbito das ideias e estratégias. Essas 
habilidades se relacionam com as capacidades de diagnosticar situações e de formular soluções para 
problemas, características dos profissionais da alta administração da empresa.
Questão 2. Avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I – Um dos papéis do administrador nas empresas é o informacional, uma vez que esse profissional 
necessita de informações para poder tomar decisões.
porque
II – O administrador controla o fluxo de informação; ele é o responsável por obter informações e 
utilizá-las para identificar problemas e oportunidades.
É correto afirmar que:
A) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira.
B) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira.
C) A primeira asserção é verdadeira, e a segunda asserção é falsa.
D) A primeira asserção é falsa, e a segunda asserção é verdadeira.
E) As duas asserções são falsas.
Resposta correta: alternativa A.
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FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
Análise da questão
A primeira asserção é verdadeira, pois o administrador dispende grande parte de seu tempo recebendo, 
captando, tratando e disseminado informações.
A segundaasserção é verdadeira e justifica a primeira, pois o administrador, em seu papel 
informacional, utiliza informações captadas como subsídio ao processo decisório, além de estabelecer o 
fluxo de informações (internas e externas) para as equipes.

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