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RESENHA CRÍTICA SANTOS, Juvandi de Souza; CARVALHO, Juliana Carla Silva de. Megafauna Pleistocênica da América do Sul: Análise tafonômica do Haplomastodon waringi, escavado na Lagoa Salgada, Areial, Paraíba, Brasil. Campina Grande: Cópias & Papéis, 2014. 133 p. Quando nos referimos a megafauna, a associação mais comum é o conjunto dos animais pré-históricos de grandes proporções que conviveram com a espécie humana, e desapareceram no final do período Pleistoceno, a Era do Gelo, época geológica na história da Terra que, começou há cerca de 1.750.000 anos e terminou aproximadamente há dez mil anos. assim, os fósseis são testemunhos de uma grande diversidade da vida pré histórica. são restos, ou vestígios de animais ou plantas preservados em rochas. A obra literária a ser resenhada intitulada “Megafauna Pleistocênica da América do Sul” retrata sobre análises tafonômicas realizado em um mastodonte do Pleistoceno, que foi escavado na Lagoa Salgada do município de Areial no estado da Paraíba. Descoberto em abril de 2006, o sítio arqueológico e paleontológico Lagoa Salgada trata-se de um lago de pequenas dimensões situado entre os municípios paraibanos de Areial, Montadas e Pocinhos. publicado pelo Pós-Doutor de História e Arqueologia Juvandi de Souza Santos e a biologa Juliana Carla Silva de Carvalho no ano de 2014, o livro traz de forma simples e de fácil compreensão o estudo de fraturas, marcas de desgaste, dessecação, diagnóstico paleoambientais e padrões preservacionais, com o objetivo de observar recursos minerais que compõem o material fóssil. O Estudo de análises tafonômicas também indica possíveis mudanças paleoambientais na região examinada nos últimos 20 ou 30 mil anos. A obra literária está dividida em três tópicos principais: No primeiro tópico se faz uma abordagem sobre a megafauna pré-histórica das américas, discutindo detalhadamente sobre registros científicos da megafauna Brasileira e Paraibana e as principais causas da grande extinção, correlacionando também animais pré-históricos com a megafauna, descreve detalhes sobre a época Pleistocênica e traz informações sobre alguns dos grandes animais que habitaram o continente Americano durante o período Pleistoceno. No decorrer do mesmo tópico, observamos que os autores revelam várias informações acerca desse assunto como a crença da presença de mamutes na parte sul das Américas, visto que a glaciação apresentou-se de maneira menos intensa nessa região quando comparadas aos extremos norte e sul do planeta Terra, impossibilitando que esse animal, adaptado ao frio, vivesse nos países pertencentes ao trópico. Os autores mencionam, que a megafauna sul-americana era composta por mastodontes, preguiças, tatus gigantes e tigres-de-dentes-de-sabre. O segundo tópico trata-se dos recursos utilizados durantes os anos de pesquisas desenvolvidas em campo e em laboratório; a metodologia utilizada para a realização da pesquisa que originou a elaboração deste livro, que foi desde a localização geográfica do município de Areal, do tipo de vegetação característico da área, da explicação do método de escavação utilizados pela equipe até o estado do fóssil H. waringi encontrado na região. O terceiro traz os resultados de forma aprofundada de todas as análises do material fóssil coletado. Nesse tópico, Santos e Carvalho (2014) utilizaram uma série de imagens, que mostram as alterações ósseas que aconteceram antes e após o processo de fossilização causados não só por agentes físicos, mas também pelos biológicos. o livro também fala de alguns dos principais representantes da megafauna pleistocênica na Paraíba, que é considerado um local muito rico em fósseis Mesozóicos e Cenozóicos. Frequentemente são encontrados, no semiárido nordestino, ossos fossilizados depositados em tanques naturais de rochas graníticas que pertenceram à megafauna da região, e com isso, foram propostas três hipóteses para explicar a presença desses ossos nesse local. A primeira é que os animais caíam dentro dos tanques para saciar a sede durante um período de “seca quaternária” e não conseguia mais sair, a segunda é que ficavam presos por atolamento em tanques mais rasos, e a terceira é que morriam nos arredores e eram levados para dentro dos tanques por enxurradas. Os fósseis do mastodonte encontram-se no Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Estadual da Paraíba e no Museu de História Natural da UEPB, ambos em Campina Grande. Uma pesquisa como esta tem uma grande relevância, tendo em vista, a importância da preservação dos sítios. Conservá-los é fundamental devido ao interesse científico e até mesmo turístico. O livro pode ser utilizado como uma das principais bases para futuros estudos realizados nos sertões nordestinos por pesquisadores interessados por essa área. Sabemos que o nordeste é rico em sítios arqueológicos e paleontológicos, principalmente a Paraíba como podemos contemplar na obra literária aqui exposta. A obra literária é escrita pelo Professor Dr. Juvandi de Souza Santos que é licenciado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, e possui pós-graduação, envolvendo especialização, mestrado e doutorado, com uma abordagem maior em Arqueologia Histórica, juntamente com Juliana Carla Silva de Carvalho, Mestre em Ciências Naturais na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Graduada na Universidade Estadual da Paraíba no curso de Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Biológicas. Sócia da União dos Escoteiros do Brasil (UEB) desde 2002, atuando como escotista. No entanto, o livro pode ser recomendado para todos os públicos que tenham interesse em conhecer mais sobre a Paleontologia Paraibana e toda sua importância, ou para os pesquisadores que se interessar em atuar na área. Elizangela de souza pereira araújo, graduanda em licenciatura no curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual da Paraíba. Agosto de 2021.
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