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ACALASIA E MEGAESÔFAGO - RESUMO

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Acalasia e Megaesôfago 
 
FELIPE RIBEIRO – MEDICINA 
 
Conceitos 
 ACALASIA (AC) 
o Dif icu ldade de re laxamento 
(moti l idade) do esfíncter 
esofág ico infer ior (EEI ) às 
deg lut ições 
 Distúrb io motor pr imário ma is comum do 
esôfago 
 Acontece devido a degeneração de 
neurônios do plexo miontér ico 
(Auerbach) 
o Em tese, seus corpos celu lares 
são destru ídos e são esses 
corpos que são responsáve is 
pela coordenação do esôfago 
 Ass im como d iz o Sab iston de c irurg ia 
o “Os pac ientes com acalas ia com 
devagar, bebem grandes 
quant idades de agua para 
empurrar o a l imento para o 
estomago e podem até contorcer 
o corpo ( inc l inando a parte 
super ior do tronco, e levando o 
 
 
queixo e estendendo o pescoço) para ajudar o 
al imento a descer” 
Obs: Lembrar que a acalas ia pode ser tanto 
id iopát ica (ocorreu por causa natural , sem 
razão aparente) ou chagásica (manifestação 
da doença de chagas) 
Obs: a maior ia dos pac ientes com aca las ia 
desenvolvem hal i tose (mau hál ito) 
APERISTALSE 
 Perda do per ista l t ismo no corpo do 
esôfago 
MEGAESÔFAGO 
 Alteração anatômica gera lmente 
ocasionada pela doença de chagas 
Epidemiolog ia e Etiopatogenia 
 
Acalasia Id iopática (Primaria) 
Doença motora (neurogênica) do esôfago em 
que temos relaxamento parc ia l ou ausente do 
EEI (Esf íncter Esofág ico infer ior) 
o Relat ivamente incomum 
 
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o 8 a 14% em países sem chagas 
o Distr ibu ição entre sexo 
mascu l ino e femin ino é 
prat icamente igual 
o Apesar de ser encontrada em 
qua lquer idade, é d iagnost icada 
pr inc ipa lmente entre 30 e 60 
anos 
o Não possui causa conhec ida 
Acalasia chagásica (Secundaria) 
Acomete pr inc ipa lmente países endêmicos por 
chagas (Bras i l . Argentina . Ch i le , Bol ív ia e 
Venezuela) 
o Predomín io de acometimento em 
sexo mascu l ino sobre o femin ino 
o Maior predominânc ia entre os 
20 e 40 anos 
o O trypanossoma acomete 
pr inc ipa lmente o esôfago e o 
colón dev ido a destruição do 
plexo m ioentér ico 
Ex istem vár ias teor ias que tentam expl icar o 
fenômeno de destru ição do p lexo mioentér ico . 
Dentre e les podemos c itar: 
TEORIA NEUROTÓXICA 
 Onde as substanc ias neurol it icas são 
l iberadas da forma amastigota do 
trypanossoma sendo capaz dessas 
destruir os neurônios do plexo. 
TEORIA AUTOIMUNE 
 O amast igota l iberar ia antígenos 
capazes de se l igar nas célu las 
neuronais, sensib i l izando e las, apart ir 
daí o nosso corpo ter ia a capac idade de 
cr iar cé lu las que atacar i am essas 
célu las neuronais . 
PARASIT ISMO DIRETO 
 
Fis iopatolog ia 
Tanto acalas ia id iopát ica ou chagásica o 
pr inc ipa l prob lema é a desenervação 
esofág ica, caracter iza pela destru ição do 
plexo mioentér ico ou de Auerbach do esôfago 
o que leva à perda da transmissão adequada do 
est imu lo da deg lut ição com consequente 
contração incoordenada ou ausente do corpo . 
Logo, o EEI não se abre em resposta a 
deg lut ição (acalase) 
Essa denervação gerada pela destru ição dos 
plexos irá gerar uma aca lase que levará a 
formação de um processo de estase esofág ica 
Vamos entender 
Tudo ocorre devido a uma sér ie de eventos, 
vamos entender o processo! ! 
 
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1- In ic ia lmente temos a destru ição neura l 
dos plexos (Miontér ico de Auerbach) 
2- Essa destruição vai gerar uma ausênc ia 
ou d im inuição da per istáse esofág ica 
(aper ista lse) e falta de re laxamento do 
EEI Às deg lut ições (aca las ia) 
3- Essa acalase vai gerar uma retenção e 
estase esofág ica acarretando em uma 
h ipertrof ia que resultará em um 
esôfago d i latado (Megaesôfago) 
4- O Megaesôfago aumenta em 10x a 
re lação do desenvolv imento de câncer, 
no caso, o carc inoma epidermoide 
OBS: Tanto AC Id iopát ica ou Chagás ica o 
processo será descr ito da mesma forma 
OBS: No esôfago, cons idera -se que há 
d i latação quando o d iâmetro do órgão f ixado 
u l trapassa 2,5cm 
 
MEGAESÔFAGO 
 
Quando suspeitar de acalasia 
Sempre que houver 
 Disfag ia 
 Perda de peso ao longo de meses ou 
anos 
 Regurg itação 
 Tosse crôn ica (espec ia lmente noturna) 
OBS: Vale sa l ientar que a acalas ia é uma lesão 
pré-mal igna . Ou seja , antecede a possíve l 
formação de um carc inoma escamoso (t ipo 
h isto lóg ico mais comum) . Isso acontece devido 
ao irr i tamento da mucosa promovida pe lo 
mater ia l estagnado no corpo do esôfago, 
induz indo a formação de áreas de metap las ia 
e poster iormente uma neoplas ia . 
Manifestações cl in icas de acalas ia 
 Disfag ia, apresentada por 100% dos 
pac ientes 
 Engasgo 
 Desconforto 
 Regurg itação, apresentada por 80% 
dos pac ientes 
 Perda de peso, apresentada por 70 a 
80% dos pac ientes 
 Dor Torác ica, apresentada por 10 a 
60% dos pac ientes (muitas vezes 
confunde com a dor ang inosa) 
 
 
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Diagnostico de acalasia 
 Histór ia c l ín ica 
 Estudo rad io lóg ico do esôfago (bár io) 
 Esofagomanometr ia ou manométr ia 
esofág ica 
o Exame que mede as pressões dos 
esfíncteres esofag ianos 
cons iderado o PADRÃO OURO . 
 Endoscop ia d igest iva a l ta (EDA) 
o Exame sol ic itado para ava l iar 
d iagnóst icos d iferenc ia is como 
presença de neoplas ia, assim 
como pode estar presente se 
houver DRGE 
 Esofagograf ia bar itada 
o Capaz de c lassif icar os estág ios 
da doença por meio da 
c lassif icação de Rezende - 
Mascarenhas (usada para 
estad iar o megaesôfago 
chagásico) 
 
 
ESOFAGOMANOMETRIA de um pac iente com 
acalas ia id iopát ica 
Diagnostico de chagas 
 TESTE DE FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO 
o Descr ito por MACHADO 
GUERREIRO: Método mais 
d ivu lgado e ut i l izado, apesar de 
a lta sensib i l idade – 90%, possui 
se como desvantagem uma 
reação cruzada com as 
le ishman ioses, hanseníase, 
malár ia dentre outras, gerando 
os falso-posit ivos (UTILIZADO 
ATÉ OS ANOS DE 1950) 
 El isa 
 Hemaglut inação ind ireta 
 Imunof luoresenc ia 
 Xenod iagnóst ico 
 
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OBS: É necessár io resultado posit ivo em, pelo 
menos, 2 métodos d iferente para conf irmação 
d iagnost ica 
Forma digestiva de chagas 
Di latações do esôfago e colón 
 Megaesôfago 
 Megacolon 
Tratamento de acalasia 
 Tratamento c l in ico 
o Medicamentos que d iminuem a 
pressão do EE I v isando ao a l iv io 
da d isfag ia 
 Ant ico l inérg icos 
 Nitratos 
 BCC 
 Agon istas beta-adrenérg icos 
 Teof i l ina 
 Tox ina Botu l ín ica 
o Pept ídeo produz ido pe lo 
C lost id ium Botul inum que bloqueia 
a l iberação da acet i lco l ina na 
f ibra pré-sinápt ica o que leva a 
paral is ia revers íve l do muscu lo 
podendo a l iv iar a d isfag ia por até 
6 meses 
 
 
 DILATAÇÃO ENDOSCOPICA 
o Ind icada em pac ientes com 
megaesôfago. Consiste no 
posic ionamento de um balão 
pneumático no EE I insuf lando -o 
por um período de 1 a 3 minutos 
 
 
Di latação da estenose com um ba lão 
Epidemiolog ia do Megaesôfago 
 Maior inc idênc ia entre os 30 e os 50 
anos 
 Sem predomín io de raça 
 A maior ia dos casos no EUA e na Europa 
se dá devido à natureza id iopát ica 
 A maior ia de casos no Bras i l de dá 
devido a doença de chagas (Apenas de 
7 a10% dos pac ientes infectados por 
chagas desenvolvem megaesôfago) 
 
 
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Megaesôfago chagásico: notar a área 
h ipotransparente à d ire ita do mediast ino 
Diagnóstico do megaesôfago 
 Princ ipa lmenterad io lóg ico com bár io 
 Uso rot ine iro de endoscopia tanto no 
esôfago como no estomago para que 
seja afastado processos patológ icos . 
 Esofagomanometr ia ou manométr ia 
esofág ica 
o Exame que mede as pressões dos 
esfíncteres esofag ianos , 
ut i l izado para afastar casos de 
acalas ia 
Manifestações cl in icas do megaesôfago 
 Disfag ia 
 Regurg itação 
 Dor esofag iana 
 Pirose (que imação) 
 Soluço 
 Const ipação intest ina l 
 Emagrec imento 
Tratamento do megaesôfago 
 Medidas H ig ienod ietét icas 
o Medicamentos capazes de 
re laxar o esfíncter acalás ico 
 Nítr icos 
 BCC 
 Din itrato de isossorbito l 
 Medicamentos 
 Háb itos de v ida 
o Comer devagar 
o Mastigar bem os a l imentos 
o Se necessár io comer com l íqu idos 
para ajudar na desc ida dos 
a l imentos 
o Evitar a l imentos gelados, po is 
pioram a d isfag ia 
 Tratamento por d i latação (o ba lão que 
estava logo ac ima) 
 
 
 
 
 
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Estenose pi lórica 
 Princ ipa l causa de obstrução 
gastrointest ina l super ior ao período 
neonata l 
Não se sabe ao certo o porquê acontece, mas 
de todas as teor ias possíve is a mais aceita nos 
d ias de hoje é a imatur idade ou degeneração 
de célu las gang l ionares 
Doença gera lmente congênita , mas também 
adqu ir ida como consequênc ia de gastr ite antral 
ou u lceras pépt icas próximas ao pi loro . 
Embora não se sabe ao certo o que leva ao 
desenvolv imento, testes apontam que a 
expos ição aos medicamentos er itromic ina ou 
az itromic ina, nas 2 pr imeiras semanas de v ida, 
tem s ido assoc iada a inc idênc ia do aumento da 
doença 
Geralmente aparece entre a 3 e 6 semanas de 
v ida, como uma regurg itação recente . O exame 
fís ico mostra uma massa em forma ovoide , o 
qua l obstru i o trato de saída gástr ico 
A estenose do esf íncter p i lór ico nada mais é 
que a caracter ização de uma h ipertrof ia 
progress iva da muscu latura pi lór ica causando 
um estre itamento e a longamento pers istente 
do canal p i lór ico 
 
 
Vamos entender 
O p i loro é um esf íncter que faz a separaçã o 
entre estomago e intest ino . Quando temos uma 
ESTENOSE PILORICA (fechamento) quer d izer 
que o esfíncter não está em func ional idade 
para que o a l imento cont inue seu trans lado 
pelo corpo . Ou seja, nosso esf íncter está 
h ipertrof iado (aumentado) isso faz com que no 
exame fís ico consegue -se palpar uma (o l iva – 
“azeitona ” ) que nada mais é que a h ipertrof ia 
do esf íncter 
 
 
Manifestações cl in icas 
 Vômitos em jato (após as refe ições) 
o Constantes de suco gástr ico , 
que contem HCL, Na+, K+, C l - e 
água 
 Des idratação 
 Desnutr ição 
 Exame fís ico com “azeitona” pa lpáve l 
 
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o Palpação com massa c i l índr ica e 
móvel , loca l izada entre a margem 
costal e o umbigo – a Ol iva 
pi lór ica 
Tratamento 
 Cirúrg ico 
o Videolaparoscop ia 
 
Questões 
Questão 01 
 
Questão 02 
 
 
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] 
Questão 04 
 
 
 
 
 
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Questão 05 
 
Questão 06 
 
 
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Questão 07 
 
Gabarito
Questão 01 - C 
Questão 02 – E 
Questão 03 - D 
Questão 04 – E 
Questão 05 – E 
Questão 06 – C 
Questão 07 - A

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