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APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 1 APG 3 – “Senti” “Doeu” 1) CONHECER A MORFOLOGIA DA MEDULA ESPINHAL ANATOMIA EXTERNA DA MEDULA ESPINHAL A medula espinhal faz parte do Sistema Nervoso Central. Ela é um tubo cilíndrico, formado por tecido nervoso cuja função é transmitir informações do encéfalo para a periferia do corpo e vice- versa. A medula também é responsável por coordenar atividades musculares e reflexos. A medula espinhal começa a partir do bulbo, parte final do tronco encefálico, e desce por dentro dos ossos da coluna vertebral, no forame vertebral das vértebras. O empilhamento das vértebras forma um túnel devido aos forames = CANAL VERTEBRAL Então, a medula espinhal passa pelo canal vertebral, que serve de proteção para ela. As meninges também protegem a medula espinhal, sendo assim, há líquor circulando ao redor da medula: DURA-MÁTER: mais externa e mais fibrosa. ARACNOIDE: intermediária PIA-MÁTER: mais delgada e mais interna Na medula, entre a dura-máter e o canal vertebral existe um espaço chamado de ESPAÇO EPIDURAL, onde há um coxim de tecido adiposo e tecido conjuntivo que também serve de proteção para a medula. Nesse espaço é aplicada a anestesia peridural. ESPAÇO SUBDURAL: entre a dura-máter e a aracnoide. Ao nível da medula espinhal é um espaço praticamente virtual, devido à elevada aderência entre a dura-máter e a aracnoide. ESPAÇO SUBARACNÓIDEO: entre a aracnoide e a pia-máter. Contém líquido cefalorraquidiano (LCR). A medula se inicia na altura do forame magno do crânio, e vai até aproximadamente a segunda vértebra lombar (L2). Quando a medula passa pela região cervical e na região torácica, anatomicamente, ela possui partes mais alargadas, que são chamadas de INTUMESCÊNCIAS: INTUMESCÊNCIA CERVICAL: é o local que saem os nervos que vão inervar os membros superiores, formando o PLEXO BRAQUIAL. INTUMESCÊNCIA LOMBAR (vértebras torácicas) OU LOMBO-SACRA: é o local onde vão sair os nervos responsáveis por inervar os membros inferiores e formar o PLEXO LOMBOSSACRO. Os nervos que saem na parte final da medula espinhal se projetam por dentro do canal vertebral, formando uma estrutura semelhante a cauda de cavalo = CAUDA EQUINA. O fim da medula espinhal, forma uma estrutura cônica, triangular chamada de CONE MEDULAR. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 2 ANATOMIA INTERNA DA MEDULA ESPINHAL No corte transversal, a medula espinhal é dividida em duas metades: direita e esquerda. Essa divisão se dá, anteriormente, pela FISSURA MEDIANA ANTERIOR, e, posteriormente, pelo SULCO MEDIANO POSTERIOR. A região em formato de “H”, é chamada de H MEDULAR, que é formado por substância cinzenta, ou seja, contém corpos de neurônios, diferente do cérebro (periferia), está localizada na região mais central. A parte posterior do H medular é formada por duas pontas mais afuniladas = CORNOS POSTERIORES, que recebem os neurônios SENSITIVOS vindos dos nervos periféricos. A parte anterior do H medular é formada por projeções mais arredondadas = CORNOS ANTERIORES, que partem os neurônios MOTORES que vão para os nervos periféricos. Algumas regiões da medula, como a região torácica, possui também CORNOS LATERAIS, que estão relacionados com o SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO. No centro da substância cinzenta, existe o CANAL CENTRAL, que possui líquor. A parte mais externa da medula é composta por substância branca, que contém predominantemente axônios dos neurônios mielinizados. A substância branca é organizada em FUNÍCULOS = anterior, posterior e laterais. 2) COMPREENDER A COMUNICAÇÃO DA VIA SENSITIVA A via sensitiva é chamada de AFERENTE, que é formada por um conjunto de neurônios que transmitem informações sensoriais do SNP (corpo) e leva informações até o SNC (córtex cerebral). Os impulsos nervosos provenientes dos receptores sensitivos se propagam na medula espinal até o encéfalo por meio das seguintes vias principais em cada lado da medula: o TRATO APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 3 ESPINOTALÂMICO e os TRATOS DO FUNÍCULO POSTERIOR. O TRATO ESPINOTALÂMICO se divide em lateral e anterior e transmite impulsos nervosos relacionados com dor, calor, frio, prurido, cócegas, pressão profunda e tato grosseiro. O FUNÍCULO POSTERIOR é formada por dois tratos: o fascículo grácil e o fascículo cuneiforme. Os tratos do funículo posterior conduzem impulsos nervosos associados a tato discriminativo, pressão leve, vibração e propriocepção consciente (a percepção consciente das posições e movimentos dos músculos, tendões e articulações). O fascículo grácil emite informações dos membros inferiores e grande parte do tronco, até a região torácica baixa e abdominal. O fascículo cuneiforme é responsável por levar informações dos membros superiores, região torácica alta e região cervical. Ao chegar no nível cervical surge então o fascículo cuneiforme que se une ao grácil e ambos levam as informações supracitadas ao cérebro. Os sistemas sensitivos mantêm o SNC informado sobre mudanças nos ambientes externo e interno. As informações sensitivas são integradas (processadas) por interneurônios na medula espinal e no encéfalo. O trato espinocerebelar é responsável por levar informações da propriocepção inconsciente que auxiliam em processos de equilíbrio, por exemplo. 3) ANALISAR A ANATOMIA DOS NERVOS CRANIANOS E ESPINHAIS E SUAS FUNÇÕES NERVOS ESPINHAIS Os nervos espinhais fazem parte do sistema nervoso periférico, existindo 31 pares: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Eles realizam a comunicação do SNC aos receptores sensitivos, aos músculos e glândulas em todas as partes do corpo. Quando o nervo espinhal passa pelo forame intervertebral, ele se divide em vários RAMOS: APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 4 O RAMO DORSAL OU POSTERIOR é responsável por inervar os músculos profundos e a pele posterior do tronco. O RAMO VENTRAL OU ANTERIOR inerva os músculos e estruturas de todos os 4 membros, e a pele lateral e anterior do tronco. Os RAMOS MENÍNGEOS retornam pelo forame e inervam as vértebras, seus ligamentos, os vasos da medula e suas meninges. Os comunicantes unem o tronco simpática aos nervos espinhais, podendo ser pré ou pós-ganglionares. Os axônios dos ramos anteriores não chegam até seu destino final, com isso, eles formam uma rede por meio de uma ligação de vários axônios formando os plexos. Os principais plexos são: *com exceção dos nervos T2 a T12, que não formam plexos, mas sim nervos intercostais ou nervos torácicos* 1. Plexo cervical 2. Plexo braquial 3. Plexo lombar 4. Plexo sacral Toda a pele humana é formada por neurônios sensitivos somáticos que levam impulsos nervosos para a medula espinhal e consequentemente para o encéfalo. O DERMÁTOMO é a inervação de nervos sensitivos espalhados pela pele “Mapeamento de nervos espinhais”. NERVOS CRANIANOS Ao todo, existem 12 pares de nervos cranianos, que são numerados através dos algarismos romanos no sentido craniocaudal de acordo com sua origem aparente. Dentre esses 12 pares de nervos, a maioria deles se liga ao tronco encefálico, com exceção do nervo olfatório (NC I) e nervo óptico (NC II), os quais se ligam ao telencéfalo e ao diencéfalo respectivamente. REFERÊNCIAS: TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (14ª edição). Grupo GEN, 2016. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 7ª.edição. Elsevier. São Paulo, 2019.
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