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DIROFILARIOSE CANINA

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DIROFILARIOSE CANINA
 Se trata de uma enfermidade, causada pelo parasita denominado de dirofilária Imittis.
Popularmente, pode ser chamado de verme do coração, podendo prevalecer em animais como cães,
gatos, equinos, até mesmo, humanos. Mas segundo a literatura, cães machos, que residem em zonas
rurais, de médio porte e meia idade, são os mais acometidos pelo o vírus. A dirofilariose, se aloja no
átrio direito, ventrículo direito e artéria pulmonar, também causando uma hipertrofia na artéria
pulmonar. Várias espécies de mosquitos são hospedeiros intermediários, aproximadamente mais de
70, os mais conhecidos são anopheles, Aedes e culex. Uma curiosidade é que o verme, quando se
instala no coração, se todos forem machos, no exame, não serão detectados. Porém, vale ressaltar,
que não é apenas um verme que se instala e sim vários. Então a probabilidade da enfermidade não
ser detectada, é praticamente nula. Quando as microfilárias começam a se desenvolver, podendo
infectar um cão no período de algumas semanas. A medida que mais vermes adultos são
observados, pode se diagnosticar, que a doença se encontra em estado mais grave. O pulmão em si,
é bem afetado pela patologia e quanto maior for a resposta imunológica do cão, mais pode se
considerar, a gravidade. O clima tropical proveniente de algumas regiões, possivelmente ajuda o
desenvolvimento do período de incubação do mosquito.
 CICLO BIOLÓGICO: O vetor fêmea, se contamina ao se alimentar de um hospedeiro
com microfilárias. Dentro do vetor (mosquito), acontece a maturação da L1, passando para L2 e L3.
A forma L3, é a forma infectante do parasito e essa maturação acontece em aproximadamente entre
2-4 semanas. O que pode ocorrer, é que o vetor, pica novamente um hospedeiro principal, que
dentro do animal, acontece mais uma maturação da larva, que passa de L3, para L4. A L4, por meio
de circulação, passa do subcutâneo para a musculatura torácica, entre 50-70 dias, se transformando
em verme jovem e tendo a capacidade de se alojar na artéria pulmonar, novamente por meio de
circulação, levanto em torno de 180 até 210 dias, para se tornar um verme adulto, L5.
 
Uma quantidade razoável de fêmeas e machos dentro do animal, acabam se
reproduzindo e liberando microfilárias para recomeçar mais um ciclo biológico.
Particularidade da dirofilariose, é que os gatos dificilmente, desenvolvem a
doença. Quando o mosquito vetor, contamina o gato com a L3, ele acaba
desenvolvendo uma resposta imune eficaz e acaba combatendo a infecção.
Exceto os imunes suprimidos e o ciclo é em torno de 300 dias.
 Pouco comentada, é que a dirofilária imittis não age sozinha no organismo do animal, a
complexidade da patogenia do verme, funciona juntamente com a Wolbachia, que é a bactéria
(prima) da Ehrlichia Canis, protozoário que causa a ehrlichiose canina. A Wolbachia, tem como
característica, dar mais saúde a dilofilaria, aumentando a capacidade reprodutiva e também
aumentando a sua resistência. 
 FISIOPATOLOGIA: Os vermes causam lesões endoteliais, resultando dilatação,
tortuosidade, obstruindo os vasos pulmonares, causando a hipertensão pulmonar e também
problemas cardiológicos ao animal, como a insuficiência cardíaca congestiva direita. As artérias
dos lobos pulmonares, acessório e caudal, são mais atingidas. A obstrução que acontece com os
vasos, é basicamente pela proliferação dos vermes e trombos. Quanto mais grave a infecção ocorrer,
causa o impedimento da circulação sanguínea lateral adequada e com isso, gerando a hipertensão
pulmonar. 
 DIROFILÁRIAS VIVAS: Lesão endotelial na artéria pulmonar, causando uma hipertrofia na
artéria pulmonar.
 DIROFILÁRIAS MORTAS: Causa uma embolia, podendo causar uma hemorragia e fibrose
pulmonar. A morte das dirofilárias, causa uma liberação de substâncias, associadas com a fibrose,
gera a hipertensão pulmonar, que é a característica mais importante. 
 SINAIS CLÍNICOS: Muitos cães, vivem de forma assintomática, com tosses brandas,
apenas quando são submetidos a algum esforço, são classificados como CLASSE 1;
Já em maneira sintomática, podendo serem classificados como II ou até mesmo III, convivem com a
doença por vários anos, com sinais de inapetência, ruídos pulmonares, dispneia, pneumonia,
síncope, asciste, a tosse é frequente, intolerância ao exercício físico, o animal não suporta o
desgaste de um passeio e insuficiência cardíaca não vista pelos tutores. O aumento da pressão no
ventrículo direito, que se encontra obstruído, fazendo mais força, causando uma hipertrofia na hora
de mandar o sangue. Ao passar do tempo, o átrio direito, começa sentir essa pressão sanguínea,
causando uma congestão. Causando uma insuficiência cardíaca congestiva no lado direito.
 FORMA AGUDA- CLASSE III: Dispneia, cianose e morte súbita.
DIAGNÓSTICO: RX Tórax. DORSOVENTRAL e VENTRODORSAL, LATERO- LATERAL
ESQUERDO e assim observa-se a silhueta cardíaca do VD e AD e a artérias tortuosa e distendida. 
O Ecocardiograma, estima a possibilidade de hipertensão pulmonar, distensão da artéria pulmonar
e em alguns casos consegue visualizar o verme. 
 Imagem A- Artéria pulmonar Calcificação / B O ramo da artéria pulmonar, distendido e tortuoso
 
 Aumento da silhueta cardíaca direita, como se fosse um D investido. Aumento do átrio ventricular.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Hemograma – Aumento dos eosinófilos e neutrófilos (Pois tem uma parasita dentro da 
circulação sanguínea, liberando substâncias antigênicas, causando uma inflamação) em 
casos mais avançados, podendo ocorrer a anemia arregenerativa e trombocitopenia, pois a 
lesão endotelial, causa a distribuição de sangue, o vaso perde um pouco de sangue;
 Bioquímico – Aumento das enzimas hepáticas que está relacionado a presença de 
insuficiência cardíaca congestiva direita, por conta da congestão hepática e as renais, se 
relaciona ao glomerulopatia;
 Urinálise: Presença de proteinúria, através da proteína e creatinina urinária. É feito quando o
médico veterinário desconfia de glomerulopatia;
 Sorologia e PCR, para positivar, o animal precisa se encontrar infectado por pelo menos 7 
meses e precisa ter presente 3 ou mais fêmeas. Ex: SNAP 4DX;
 PCR DNA Circulante das filárias mortas, é menos sensível que o 4DX.
TRATAMENTO
 O tratamento resume em melhorar a condição clínica do animal, assim como eliminando os
vermes adultos e também em todas as fases, tentando minimizar o máximo de desconforto possível 
em efeitos colaterais. Até porquê, os tratamentos são longos. 
 – MELARSOMINA
(Adulticida) Elimina os vermes adultos.
Desvantagens: Pode ocorrer um tromboembolismo agudo, ineficaz em filárias < 4 meses, não 
disponível no Brasil e requer um tratamento multimodal para diminuir os sinais clínicos da 
inflamação.
• NO BRASIL:
 – LACTONAS MACROCÍCLICAS – IVERMECTINA E MOXIDECTINA(MELHOR), causa menos 
efeitos colaterais.
 -Elimina microfilárias
 -Estágios iniciais < de 2 meses
 -Fazendo uma eliminação rápida
Preventivo e terapêutico: Dose de 6-12mg por kg
 Protocolo slow kill – Uso crônico – Morte dos vermes adultos.
É usado esse protocolo mensal. Como foi dito, a morte dos vermes adultos não poderá ser de uma
vez, para evitar os efeitos colaterais como o tromboembolismo;
 Ação contra a wolbachia IVERMECTINA E MOXIDECTINA MENSAL+ DOXICICLINA 
(Antibiótico) SEMESTRAL
Dose: 10 mg/kg BID por 30 dias – Repetir a cada 6 meses
OBS: Preferencialmente 30 dias antes de iniciar o tratamento com ivermectina ou 
moxidectina
 PREDNISOLONA (redução da inflamação e tromboembolia), por causa da morte dos 
vermes
Em casos mais graves, é usado o inibidor de agregação plaquetária, para diminuir a formação 
dos trombos, diminuindo o risco de morte súbita; 
Observações:
 Redução de antigenicidade
 Redução de reprodução
 2 sorológicos negativos consecutivos,testar a cada 6 meses e parar a doxiciclina, porém 
continuando com as lactonas macrocíclicas.
Instruções:
É bastante importante, fazer o acompanhamento do animal, pois a doxiciclina tem um efeito 
colateral importante, tornando o paciente nefro e com problemas gastroentéricos. Por isso precisa 
ser parada o quanto antes. 
PREVENÇÃO:
 – Sempre é a melhor opção;
 – Mensal;
 – A partir de 2 meses;
• Lactulonas Macrocíclicas:
- Ivermectina – Endogard (Não usar em cães com menos de 6 meses).
- Milbemicina – Milbemax
- Moxidectina – Revolution ou proheart injetável (anualmente, indicado para animais a partir de 6 
meses de idade
 –Selamectina – Advocate 
– Coleiras repelentes
Referências Bibliográficas:
- Livro Casos de Rotina em medicina veterinária em pequenos animais;
- Livro Manual de Cardiologia para cães e gatos.

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