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Ginecologia e Obstetrícia 1 Maria Eduarda de Sá Farias INTRODUÇÃO A partir de 30 semanas aproximadamente, a mãe começa a apresentar umas contrações que são indolores, incoordenadas, involuntárias, fraca intensidade, são chamadas de contrações de braxton Hicks Contrações de Braxton Hicks: contrações fisiológicas, contrações de adaptação de crescimento do feto Quando esse feto vai se aproximando ao termino da gestação, ou seja, quando ele vai se tornando maduro, isso acontece por volta de 37 semanas, essas contrações começam a mudar de característica. Elas assumem uma ritimicidade, intensidade aumenta, dolorosas, e todas esse processo de modificação é responsável por uma alteração no colo uterino O colo é uma estrutura mais inferior do útero, e faz contato com a cavidade vaginal e que tem um comprimento de aproximadamente 4 cm Esse colo é formado por uma região central, que é um canal chamado de canal endocevical, que é repleto de glândulas endocervicais que produzem muco. Esse muco durante a gestação forma uma espécie de rolha, isolante, que veda e que isola a cavidade uterina da cavidade vaginal, esse tampão é chamado de tampão mucoso Quando as contrações se iniciam de forma dolorosa, rítmicas, elas provocam uma modificação desse colo, que é o que dominados de apagamento cervical Apagamento cervical, é o afinamento do colo Existia um canal endocervical de 4cm aproximadamente, que era formado pelo tampão mucoso, a partir do momento que acontece essa modificação do colo logo após o apagamento, vem o que chamamos de dilatação cervical, quando isso se inicia o tampão mucoso se exterioriza As contrações além provocar essas modificações cervicais, são responsáveis pela progressão do fetal no canal de parto. É a contração que faz com que o feto se encaixe na cavidade óssea, faz com que ele desça cada vez mais até a sua completa expulsão do trabalho de parto ANATOMIA DO CANAL DE PARTO Estreito superior: Estreito inferior: Ginecologia e Obstetrícia 2 Maria Eduarda de Sá Farias Planos de Hodge: Pelvimetria Estreito superior: Toque vaginal Escavação pélvica: Atinge as espinhas ANATOMIA FETAL Estruturas ósseas mais importantes: Cabeça biparietal Ombros biacromial A medida que acontece a dinâmica uterina, o primeiro movimento que o feto vai executar é o movimento de flexão da cabeça, ele vai colocar o mento em contato com o manúbrio do externo, porque ele precisa reduzir os seus diâmetros DESCRIÇÃO DA ESTÁTICA FETAL DURANTE O TRABALHO DE PARTO Atitude: postura assumida pelo feto Situação: relação entre o maior eixo materno e fetal- longitudinal, transversal e oblíqua Apresentação: parte fetal que oblitera o estreito superior- cefálica, pélvica e córmica Ponto de referência: parte fetal identificável por toque vaginal usada para descrever a orientação da apresentação (posição e variedade) Cefálica-vértice: início do occipital Face: mento Pélvica-nádegas: sacro Posição: relação do ponto de referência com o lado esquerdo/direito do canal de parto Variedade: relação do ponto de referência com a região anterior/posterior/transversal do canal de parto AVALIAÇÃO DA POSIÇ ÃO DO FETO Manobras de Leopoldo Toque vaginal Auscultação cardíaca fetal Ecografia SINTOMAS E SINAIS QUE PODEM ANTECEDER O PARTO Modificação das contrações de Braxton- Hicks Decida da apresentação na cavidade pélvica Aumento da frequência urinária Ginecologia e Obstetrícia 3 Maria Eduarda de Sá Farias Saída do tampão mucoso CONTRAÇÕES UTERINAS DURANTE O PARTO Rítmicas Duração de 50-60 segundos Intervalos inferiores a 10 min Dolorosas Predominantemente hipogástrio Irradiação para região lombar ou raiz das coxas FORÇAS PROPULSORAS NO TRABALH O DE PARTO Contrações uterinas Forças expulsivas maternas (aumento da pressão intra- abdominal) PERÍODOS DO TRABALHO DE PARTO O trabalho de parto é mais demorado na mulher nultipara, porque o colo uterino dilata 1cm/1h 30min Encaixamento: passagem do maior diâmetro da apresentação fetal através do estreito superior Avalia esse encaixamento através da 4º manobra de Leopold Nas primíparas pode anteceder o início TP DINÂMICA DO TP EM OEA A partir desse momento o trabalho de parto se inicia, as contrações se tornam mais fortes, o colo uterino começa a dilatar O feto se encaixou pelo diâmetro transverso da pelve, começa a descer cada vez mais, mas quando chega no 3º plano de Hodge ele não consegue descer, pois existe o acotovelamento das espinhas isquiáticas, então ele vai rodar a apresentação E o ponto de referência vai ser sempre o osso occipital, ele vai subir uma variedade de posição, chamado occipto esquerda anterior e vai ser durante todo o trabalho de parto O colo vai dilatar 3,4,5,6,7,8,9,10, a sua dilatação completa faz o toque vaginal e não consegue mais perceber colo, apenas o polo cefálico A medida que vai havendo essa dilatação o feto vai descendo no canal de parto Persiste nessa posição até a dilatação está completa Quando ele vai descendo, o polo cefálico desceu, mas existe outra estrutura que precisa se encaixar, que são os ombros, por causa acontece mais uma rotação, acontece no 4º plano de Hodge, assume a posição ocipto púbico Trabalho de parto continua, a contração está mais intensa ainda (Frequência= 5C/10min), nessa hora a mulher ajuda e muito aumentando a pressão intrabdominal O feto exterioriza a cabeça, mantem o contato da região nucal com a sínfise púbica, e faz dessa região uma alavanca, então ele hiperestende a cabeça com a extensão do polo cefálico Nesse momento de exteriorização do polo cefálico, os ombros vão está na altura das espinhas isquiáticas, vai pelo mesmo processo de dificuldade que o polo cefálico apresentou Então vai acontecer um processo chamado de rotação externa da cabeça, o polo cefálico exteriorizado vai girar para a mesma variedade posição que estava dentro ainda do tecido pélvico E é justamente nesse momento que processo de rotação continua, até que o polo cefálico roda totalmente e assume a variedade ocipto esquerda transverso Nesse momento todo polo cefálico está para fora da pelve, nesse momento o obstetra vai ajudar, ele apreende o polo cefálico, puxa a cabeça para baixo, desprende o ombro anterior, puxa a cabeça para cima e desprende o ombro posterior, e ocorre o nascimento Ginecologia e Obstetrícia 4 Maria Eduarda de Sá Farias ASSISTÊNCIA AO PERÍODO EXPULSIVO Proteção do períneo: Ajuda a extensão da cabeça Retarda saída cabeça evita laceração Hiperextensão da pelve Episotomia: Ginecologia e Obstetrícia 5 Maria Eduarda de Sá Farias Incisão na região da fúrcula vaginal, ao 45º, cortava o períneo com a intenção de facilitar o desprendimento do polo cefálico Procedimento desnecessário: ↑ perda sanguínea materna Atraso da recuperação da atividade sexual OBS: Importante o obstetra verificar se existe circularidade de cordão na cabeça Extração do tronco colocar o RN ao nível do introito vulvar clampeamento do cordão aspiração da oro e nasofaringe entrega para o neonatologista Dequitadura: Prevenção da hemorragia pós- parto: Massagem uterina Administração profilática de ocitocina
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