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Mandado de Injunção COLETIVO

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À PRESIDENCIA DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
O SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS do Rio de Janeiro, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ de nº xxx, com sede na xxx, vem com o devido respeito e acatamento a presença desse respeitável juízo, por meio de seu advogado devidamente constituído através do documento procuratório acostado aos autos (doc nº), impetrar MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO com fulcro no 5º, inciso LXXI, em face de ato omissivo do ESTADO DO RIO DE JANEIRO, pessoa jurídica de direito público, com sede na xxx, bem como de seu Governador xxxx, que poderá ser encontrado na sede funcional, pelas razões fáticas e de direito a seguir expostas: 
1) DOS FATOS
Trata-se de inconformidade dos servidores públicos do estado do Rio de Janeiro, por não receberem o adicional noturno, sendo que laboram no período noturno, compreendido entre às 22h e 5h da manhã, motivo esse ao qual fazem jus ao adicional que aspiram. 
Entretanto, mesmo tendo direito ao referido adicional, o Estado, por sua vez, se recusa a pagar com justificando pela ausência de dispositivo que regulamente as normas constitucionais que a asseguram o seu pagamento.
Vale dizer que é direito constitucionalmente assegurado ao trabalhador, o adicional noturno na remuneração quando se labora neste período. Dessa forma, a não regulamentação desse direito propiciou um quadro insatisfatório por parte dos trabalhadores, o qual se legitima face aos fundamentos de direito a seguir expostos.
II - DOS FUNDAMENTOS
De início, frisa-se pelo cabimento da presente ação, na medida em que visa à defesa dos interesses dos seus filiados na proteção do direito ao adicional noturno, conforme o disposto no Art. 5º, inciso LXXI, da CRFB/88, no qual aduz ser o mandado de injunção o remédio constitucional responsável pela defesa de um direito fundamental previsto na Constituição, ainda que falte norma regulamentadora, tornando inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais. 
Quanto a legitimidade, vale dizer que Sindicato possui legitimidade ativa para defender os interesses da categoria sem necessidade de autorização especial dos filiados nos moldes do Art. 12, inciso III, da Lei 13.300/16, enquanto O Governador possui legitimidade passiva na medida em que as regras constitucionais estaduais de competência devem observar, por simetria, o que determina o Art. 61, § 1º, II, alínea a, da CRFB/88.
Quanto ao direito ao benefício do adicional noturno, salienta-se que é assegurado ao trabalhador urbano e rural, em razão de previsão no texto da Constituição, conforme o Art. 7º, inciso IX, e Art. 39, § 3º, como forma de garantir a real contraprestação dos serviços prestados em circunstância específica de trabalho, como pode-se observar.
Vale dizer, que o direito ora requerido, encontra-se previsão expressa na própria Consolidação de Leis Trabalhistas, garantindo adicional noturno para trabalhadores celetistas, disciplinado no art. 73 da CLT. Tal direito deverá ser aplicado de forma análoga no caso em epígrafe, conforme dispõe art. 8º inciso I e II da Lei 13.300/16.
Frisa-se que não é justo os servidores ficarem prejudicado pela ausência de norma regulamentadora por causa da mora legislador. Ressaltando que é de direito dos empregadores devido a fato inerente à sua função.
Diante da omissão do Estado e da mora legislativa, resta a este juízo a decisão de aplicar ao caso, de forma análoga, a previsão do 73 da CLT, no que couber, até que seja suprida a referida omissão inconstitucional pelo órgão legislador, conforme dispõe o art. 8º inciso I e II da Lei 13.300/16.
III - DOS PEDIDOS
Diante de todo o narrado, requer que Vossa Excelência se digne de:
a) RECONHECER a omissão do estado e da mora legislativa, concedendo a ordem de injunção coletiva;
b) DETERMINAR prazo razoável para que o Governador promova a edição de norma regulamentadora nos termos do art. 8º, inciso I, da Lei nº 13.300/16;
c) SUPRA, de forma análoga, conforme o art. 73 da CLT, garantindo-se a efetividade do direito à percepção do adicional noturno, no percentual de 20%, nos termos do art. 8º, inciso II, da Lei nº 13.300/16.
d) INTIME o Representante do Ministério Público;
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para efeitos procedimentais, conforme disposto o Art. 319 do CPC/15.
Nestes termos, pede deferimento.
Local/Data
Advogado, OAB nº

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