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tríade felinatríade felina Colangite (Vesícula biliar) Doença Inflamatória Intestinal (Intestino) Pancreatite (Pâncreas) DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL Classificação de acordo com as células infiltradas: Quando temos os três órgãos afetados. O ideal é que quando ver um desse alterado, investigar logo os outros.· 1. - mais comum; - Na maioria dos casos, o intestino delgado é acometido (ID: 85% | IG: 15%); - Vômito em gato não é normal, todo vômito tem que ser investigado. - Principal causa de vômito crônico em gatos: enterite crônica - Enterite linfocitária-plasmocítica, Enterite linfocítica e Colite linficítica- plasmocítica são as mais comuns. - Tem todo um aspecto de doença autoimune. O gato parece que veio ''programado para responder mais'', a bactérias, parasitos, entre outros. – Com o passar do tempo pode ocorrer a perda de vilosidades intestinais e o animal tem problema de absorção. Sinais clínicos: Exames laboratoriais: - Muitas vezes assintomático; - Às vezes, na palpação pode observar alças intestinais mais palpáveis e sensibilidade à palpação; - Anorexia ligada a náusea; - Apetite normal ou polifágico (má absorção, faz com que ele sinta mais fome); - Fezes normais ou com alteração de consistência; - Perda de peso; - Vômito; - Exame físico: animal desidratado com alças intestinais palpáveis e/ou com linfadenomegalia (linfonodos do mesentério). - Pedir sempre hemograma e bioquímico completo; - dependendo da idade pede T3 e T4; - Urina; FIV/FELV; Coproparasitológico → para exclusão de causas. O exame de ouro é a ultrassonografia! Tem que medir a espessura intestinal, mesmo que não esteja desconfiando de nada. E mesmo que ela esteja normal, o ultrassonografista tem que medir e mandar a medida. Normal → duodeno, jejuno e íleo: até 0,25cm | ceco e cólon: até 0,28cm; Diag. Definitivo: biópsia intestinal (vários fragmentos) - (Com punch ou bisturi) Diag. Diferencial para linfoma alimentar na histopatologia. Tratamento: Fármacos: QUALQUER SEGUIMENTO MAIOR QUE 0,3cm É ANORMAL - Não tem um consenso. Os médicos tem preferencias; - Com os fármacos, deve-se começar aos poucos, reservar os mais potentes para o caso de animais com pouca resposta; - Não tem cura, tem controle. Quanto mais precoce, maior o controle; - A evolução da doença quase sempre evolui para linfoma, mas isso depende do controle. - Faz o uso de fármaco de acordo com a antibiose que estiver no intestino. - Quando começamos a desconfiar a primeira coisa é mudar a alimentação para dieta hipoalergênica. - Metronidazol 15mg/kg BID 2 semanas. Se responder, reduz 25% a dose cada 2 semanas até parar; associar com outros se necessário (se precisar usar medicação); - O animal sempre tem que ser vermifugado. Como tem caráter autoimune, qualquer antígeno ali ele vai responder de forma exagerada. Então qualquer verminose, ele vai responder exageradamente. (Febendazol 50mg/kg SID 5 dias) Colangite Neutrofílica (Supurativa) → Imunossupressores: - Prednisolona 2mb/kg SID 6 semanas e redução gradual (mais usado); - Budesonida 1mg/gato SID – acreditava-se que gerava efeito local, e reduzia efeito colateral. Mas aí reparou que tinha gatos que estavam ficando diabéticos. Então manteve a Predinisolona, pois seu efeito imunossupressor é melhor. - Se não responder a nenhum desses, usa o Clorambucil 2mb/gato/3x semana (associado a Prednisolona em casos refratários); - Associar hemograma; - Ômega 3, Vitamina D e Colabamina (sempre faz esse suporte!). 2. COMPLEXO COLANGITE OU COLANGIOHEPATITE (dependendo da área se refere) Lipidose ocorre com uma frequência bem grande. Nesse caso, exclui ela. - Geralmente quando tem acometimento hepático é consequência de uma inflamação no sistema biliar - excluindo lipidose! – mais comum no caso da tríade. Diagnóstico: Tratamento: Ampicilina 22mg/kg VO/SC/IV TID 1-6 meses; Amoxilina + Ác. Clav. 10-20mg/kg VO BID 1-6 meses; Cafalexina 15mg/kg VO BID/TID 1-6 meses; Colangite Linfocítica (Não Supurativa) Tratamento: Colangite Parasitária - bacteriana; - caráter súbito com manifestações sépticas; - febre, letargia, vômitos, dor abdominal, icterícia; - icterícia: altamente específica da doença hepática, mas com baixa sensibilidade. Vemos muitos gatos hepatopatas sem icterícia; - No exame físico não pode esquecer de abrir a boca! Quando o animal ainda não aparece ictérico nas conjuntivas, nos pilares do palato mole observa-se uma linha amarela. - Hemograma; - Bioquímico; - US; - Vê anemia, leucocitose, ALT (alanina aminotransferase), AST (aspartato aminotransferase), FA (fosfatase alcalina) e GGT (gamaglutamilperoxidase) altos. - Aumento de coagulação; - Como geralmente estão sem se alimentar, passa logo a sonda para suporte nutricional. A escolha da sonda depende do tempo que o gato precisa ficar sondado; - Preferencialmente norteado com Cultura e Antibiograma; - Utiliza antibiótico de amplo espectro: Precisam ser mantidos msm após a cura clínica! - Predisposição racial (Persa e Norueguês) - Sintomas parecidos: vômitos, diarreias, perda de peso, icterícia, ascite... - Hiperglobulinemia; - Vitaminas do complexo B e K. - Prednisolona (já que tem aspecto autoimune) 2 a 4mg/kg SID com redução gradual num período de 6 a 12 sem.; - Metronidazol - 7,5mg/kg BID; - Ácido ursodeoxicólico, SAMe... - Platynosomum fastosum - A maioria dos gatos são assintomáticos. Mas pode ter perda de peso anorexia, vômito, diarreia, icterícia, ascite, obstrução (que seria o caso de cirurgia). - Geralmente descobre quando o gato vai pra US por outro motivo. Diagnóstico: Tratamento: Aguda (necrótica ou supurativa) - teoricamente, tirando a causa o caso reverte; Aguda recorrente; Pancreatite crônica. Tratamento: Evitar Morfina pois causa náuseas e espasmo do ducto pancreático, o que faz o animal sentir mais dor; Evitar os AINEs; Usamos muito Fentanil e Metadona (resultado muito bom como analgésico); Protetores gástricos. - Coprológico é falho; - Citologia de bile não tem rotina na clínica. - Então geralmente é pela sintomatologia e imagem da US; - Obstrução: cirúrgico. Sintomas intensos, emergencial; - Praziquantel 20mg/kg SID 5 a 7 dias. 3. PANCREATITE - Pouco diagnosticada em gatos individualmente. - Testes pouco sensíveis específicos; Os sintomas são os mesmos descritos anteriormente - anorexia, letargia, desidratação, icterícia, vômito, dor (muita dor!). Achados laboratoriais inespecíficos! - Anemia, leucocitose, aumento do tempo de coagulação; - Diminuição de K, Ca, Albumina (mau prognóstico); - Amilase e lipase não tem valor diagnóstico, pois não são especificas no gato como são no cão. - Teste laboratorial específico: fPL da Idexx; - US: muita efusão! O gato se inflama demais, tem uma tendência a ter efusão; - Diagnóstico Definitivo: biópsia. - Observar os indicadores de prognóstico: Alb, Ca e K; - Mais agressivo! Fluido agressiva; - Alimentação enteral ou parenteral; - Controle da dor (correlacionar com anorexia) - o gato está com muita sensibilidade abdominal, lembre-se! - Para o controle dos vômitos e náusea, Maropitant e Ondasetrona - junto ou separado. - Na pancreatite crônica pode-se fazer uso do corticoide, mas com cuidado por causa da ocorrência de diabetes e resistência insulínica. Sinais clínicos: Exames de Imagem Tratamento: Juntou tudo, e agora? → Pode ter nefrite junto, nesse caso seria a quadríade. A tríade felina é usada para descrever um distúrbio no qual estão presentes colangiohepatite, doença intestinal inflamatória e pancreatite concomitantemente. - 83% dos gatos com colangiohepatite apresentam DII e 50% pancreatite. Há uma transmissão entre os três órgãos de bactérias, toxinas e etc. Somente no gato, o ducto biliar e pancreático estão em contiguidade, desembocam em uma papila duodenal única, então tem uma microcirculação comum. Por esse motivo, enfermidades q acometem um órgão, acabam refletindo ou acometendo os três. Não há predileção por raça idade ou sexo. - Manifestação prevalente → colangiohepatites(ch) – O que faz o tutor levar? Manifestações mistas, como perda de peso, desidratação, letargia, anorexia, icterícia, vômito, diarreia. - Exame clínico: febre, desidratação, sensibilidade à palpação abdominal, espessidão de alças intestinais e margens hepáticas palpáveis. - Exame laboratoriais: são pouco específicos → neutrofilia, anemia regenerativa, linfopenia, trombocitose, aumento das enzimas hepáticas. - Diag. diferencial: hipertireoidismo, diabetes. Resultados não conclusivos mas de exclusão, são de controle. - US: grande aliado. - Diagnóstico Definitivo: endoscopia ou laparotomia com biópsia dos três órgãos. O mais comum é laparotomia, cirurgia aberta. Vantagens endoscopia: dá pra pegar múltiplos fragmentos, recuperação mais rápida; Vantagens laparotomia: acesso a outros órgãos (da tríade), coleta de fragmentos além da mucosa e serosa (muscular afetado). Complicações são raras. PANCREATITE → fluido, anti-eméticos, analgésicos, suporte agressivo; internação. COLANGIOHEPATITE → definir tipo da doença; suporte, ATB (aguda); imunossupresão (crônica). DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL → suporte, manejo alimentar, imunossupressão. Obstrução do ducto biliar → cirúrgico. Suporte geral: Antibicoterapia / Ác. ursodeoxicólico (após US) 10 a 15mg/kg SID / SAMe 180mg/gato SID / Corticoides (quando a causa base exige) / Complexo B / Silimarina 30mg/kg/VO SID / Vit. K 0,5 a 1,5mg/kg BID / Pro e prebióticos.
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