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Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) - elementos e intervenção
O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma condição que se manifesta na pré-escola, porém, seu diagnóstico é facilmente realizado nos primeiros anos do ensino fundamental. É uma patologia contemporânea que se manifesta com certa frequência, atingindo crianças e adultos, gerando prejuízos diversos e comprometendo sua qualidade de vida.
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer mais sobre o TDAH, quais elementos o compõem e como acontece o processo de intervenção.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
· Reconhecer quais elementos compõem o TDAH.
· Identificar o processo de intervenção como alternativa para o tratamento do TDAH.
· Elaborar um processo de diagnóstico e intervenção do TDAH.
· 
 HYPERLINK "https://lms.alunosnet.com/faconnect/mod/lti/view.php?id=7741"
Unidade I - Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) - elementos e intervençãoFerramenta externa
· Materiais de Apoio
· Paralisia cerebral - Inclusão escolar com o uso da TIC
Atualmente, os variados tipos de tecnologia estão à disposição para facilitar a nossa vida cotidiana, sobretudo no que tange às tecnologias assistivas, que permitem que os indivíduos com limitações sejam capazes de desempenhar as suas atividades. Nesta Unidade de Aprendizagem você vai estudar sobre a paralisia cerebral e de que maneira as tecnologias assistivas podem contribuir para a construção do conhecimento de uma criança com paralisia cerebral. Bons estudos! Ao final desta unidade você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
· Reconhecer as características da paralisia cerebral.
· Identificar as possibilidades de mediação através das tecnologias de informação e comunicação.
· Listar as principais tecnologias assistivas indicadas às pessoas com paralisia cerebral.
· 
 HYPERLINK "https://lms.alunosnet.com/faconnect/mod/lti/view.php?id=7742"
Unidade II - Paralisia cerebral - Inclusão escolar com o uso da TICFerramenta externa
· Materiais de Apoio
· Investigações do espectro autista - Identificação e diagnóstico inicial
Você sabe o que é o transtorno do espectro autista (TEA)? É provável que você já tenha se deparado com um indivíduo portador deste transtorno e tenha percebido que seus padrões de comportamento são diferentes das demais pessoas.
Nesta Unidade de Aprendizagem você conhecerá os principais sintomas do TEA e a importância de ser feito um diagnóstico precoce para o desenvolvimento do indivíduo.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
· Listar os principais sintomas do TEA.
· Identificar os sinais aos quais pais, cuidadores e professores devem ficar atentos.
· Avaliar a importância da identificação dos sintomas e do diagnóstico precoce para o desenvolvimento do indivíduo.
· 
 HYPERLINK "https://lms.alunosnet.com/faconnect/mod/lti/view.php?id=7743"
Unidade III - Investigações do espectro autista - Identificação e diagnóstico inicialFerramenta externa
Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) - elementos e intervenção
Apresentação
O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma condição que se manifesta na pré-escola, porém, seu diagnóstico é facilmente realizado nos primeiros anos do ensino fundamental. É uma patologia contemporânea que se manifesta com certa frequência, atingindo crianças e adultos, gerando prejuízos diversos e comprometendo sua qualidade de vida.
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer mais sobre o TDAH, quais elementos o compõem e como acontece o processo de intervenção.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
· Reconhecer quais elementos compõem o TDAH.
· Identificar o processo de intervenção como alternativa para o tratamento do TDAH.
· Elaborar um processo de diagnóstico e intervenção do TDAH.
O TDAH é uma patologia que pode ser vista com frequência na atualidade e pode afetar o processo de aprendizagem. A atenção, elemento importante neste processo, é o fenômeno através do qual uma quantidade de informações é processada por meio dos sentidos.
Veja agora as quatro funções principais da atenção, de acordo com Sternberg (2000).
Acompanhe o relato sobre a prática de uma psicopedagoga que tem um paciente diagnosticado com TDAH.
Veja como o diagnóstico preciso e o atendimento especializado contribuíram para a redução dos efeitos que o TDAH causa no processo de aprendizagem.
PROJETO DE LEI VISA OFERECER UMA POLÍTICA PÚBLICA PARA DIAGNÓSTICO, ATENÇÃO NA SAÚDE E ATENDIMENTO EDUCACIONAL PARA ALUNOS COM DISLEXIA E TDAH.
Mara Gabrilli e Catarina Wolf Rohde  para Revista Veja.
Aquele frio na barriga que parecia dominar todo meu corpo, sempre despertava ao entrar na sala de Português, sabendo que era o dia da leitura. Para ser sincera, a leitura nunca fez parte do meu cotidiano; principalmente depois dos meus 8 anos, quando fui diagnosticada com Dislexia. Nunca pensei que uma simples palavra pudesse me rotular por completa. Mas depois que fui diagnosticada, tinha uma imensa dificuldade de me identificar como a mesma Catarina de antes. Comecei a criar um desgosto imenso por livros e qualquer coisa que me lembrava que eu era “diferente” ou “inferior” aos outros. Lia somente por obrigação, nunca por prazer, o que acabou fazendo esse desgosto se tornar um ódio imensurável. Até que um dia, quando eu e meus primos estávamos presos dentro de um carro numa viagem longa, me deparei lendo um livro de um deles.
Lutando contra o tédio, decidi dar uma olhada rápida no livro que estava caído no chão do carro. A capa azul com o título “A Culpa é das Estrelas” instantaneamente chamou minha atenção. Esperando descobrir mais sobre astronomia, comecei a ler. Surpresa ao descobrir que o livro não tinha nada a ver com ciências, continuei a ler, dedicada a descobrir o porquê desse título tão provocador. Foi na hora que chegamos no nosso destino que percebi que já estava nas últimas páginas do livro. No momento que o carro parou, eu me dei conta que a palavra que eu mais temia – dislexia – não me definia como pessoa, mas sim como eu iria lidar com aquele diagnóstico.* 
Para alunos como a Catarina, autora desse depoimento inspirador, tarefas como ler e escrever, ou simplesmente se manter parado em sala de aula, podem gerar enorme sofrimento. No Brasil e em outros países em desenvolvimento, estima-se que cerca de 40% dos alunos nas séries iniciais tenham dificuldades para aprender. Destes, 4% a 6% apresentam transtornos ou distúrbios de aprendizagem, como a Dislexia e o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, o TDAH.
Diferente de um simples atraso em determinadas disciplinas, essa criança carrega problemas em áreas específicas do cérebro – o que não significa que não possa aprender. Ao contrário, seu potencial é um campo ainda inexplorado, pronto a ser estimulado. Sintomas como a impulsividade, a dificuldade de concentração e a hiperatividade podem ser contornados com metodologias diferenciadas e profissionais capacitados. E a Catarina está aí para provar nossa tese.
Por outro lado, sem a atenção necessária, os impactos de um transtorno de aprendizagem chegam à vida adulta. Estudos mostram a associação da Dislexia com baixo rendimento escolar, evasão escolar e o desemprego. O TDAH, por sua vez, além desses desfechos negativos, também se associa a maiores taxas de acidentes domésticos em crianças e adolescentes. Em adultos, os problemas se estendem para acidentes de carro, maiores taxas de infecção sexualmente transmissível e gravidez indesejada. Dados das universidades públicas dinamarquesas apontam uma mortalidade 2,5 vezes maior em quem tem TDAH. Todos esses desfechos negativos relacionados aos sintomas de desatenção e impulsividade. Ou seja, não falamos de um problema que se limita à sala de aula.
NaCâmara Federal, a então deputada e atual senadora, Mara Gabrilli, relatou o projeto de Lei 7.081/2010, que visa oferecer uma política pública para diagnóstico, atenção na saúde e atendimento educacional para alunos com dislexia e TDAH. Em seu relatório, a parlamentar ampliou o público e acrescentou o acompanhamento integral para educandos com qualquer outro transtorno de aprendizagem, além de esclarecer que o atendimento educacional não pode ser confundido com o atendimento médico. A ideia é que o PL tenha o duplo olhar da educação e da saúde, sem cair no erro de misturar as atribuições e competências de cada área.
Aspiração há quase 20 anos destas pessoas e de suas famílias, o projeto completa uma década de tramitação no próximo ano. Após aprovação final na Câmara, finalmente voltou ao Senado em abril, agora com novo nome: PL 3517/19 na forma de um texto substitutivo de Mara Gabrilli.
Pelo tempo em que tramita nas Casas, parece que falamos de algo inalcançável, mas leis bastante similares existem nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Austrália, entre outros.  Portanto, não estamos falando de nada fora de contexto.
Mas, em qualquer país sério, o impacto da aprovação de uma lei depende de uma avaliação do seu impacto econômico no bolso do contribuinte. Afinal, não é todo mundo que tem uma veia altruísta e vontade de ajudar o próximo. As Comissões de Finanças, tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado já se mostraram favoráveis à matéria. O relator no Senado, o senador Confúcio Moura, destacou: ”Do ponto de vista estritamente econômico, não há restrições ao projeto, visto que a implantação de suas ações será mediante realocação de profissionais da área. Além disso, o projeto busca uma melhor coordenação entre ações e programas já existentes, envolvendo a família e a sociedade civil.”
Mas, vamos aos números utilizando principalmente dados relacionados ao TDAH porque eles estão mais claramente disponíveis. Como a lei regulamenta que o tratamento ao TDAH e Dislexia é obrigação do poder público, existem dados de que o tratamento é custo-efetivo para o sistema único de saúde? Uma pesquisa publicada em Israel este ano mostra que o tratamento multidisciplinar para o TDAH reduz numa estimativa conservadora em 3,5 vezes o custo direto associado ao transtorno. No Brasil, estima-se conservadoramente que o tratamento correto com medicação de baixo custo diminuiria em 1,1 bilhão de reais por ano só os custos diretos do TDAH.
Se não há dúvida que tratar o TDAH é custo-efetivo, quais os dados disponíveis para a validade de intervenções e acomodações escolares? Os dados internacionais e nacionais mais conservadores indicam que crianças e adolescentes com TDAH repetem pelo menos 3 vezes mais uma série na escola do que crianças sem o transtorno. Dados de 2017 indicam que a taxa de repetência no Brasil nos anos iniciais era de 6,1% e de 11,3% nos anos finais do ensino fundamental.  Logo podemos estimar que cerca de 50% dos alunos com TDAH terão uma repetência/ano nas séries iniciais e/ou finais do ensino fundamental.
Nos Estados Unidos e no Canadá, o custo anual direto da repetência escolar, envolvendo, por exemplo, salários dos professores, é calculado em torno de 6.700 dólares por aluno. No Brasil, estimativas conservadoras indicam, pelo menos, um gasto de 6.000 reais por aluno por repetência. Em contrapartida, o gasto com um programa completo de intervenção e acomodações para TDAH ou Dislexia em escolas nos EUA ou Canadá é estimado em similares 6.000 dólares por aluno/ano. Não dispomos desse cálculo para o Brasil, até porque não temos programas similares.
Resumindo o cenário até aqui: se a diferença entre o custo de implantação de educação inclusiva para TDAH/Dislexia entre o Brasil e os EUA/Canadá respeitar a mesma diferença nos custos da repetência entre Brasil e EUA/Canadá, estaríamos gastando 50% a mais para implantar esses programas em relação ao custo direto apenas da repetência escolar. Nesse cálculo, entretanto, não estão computados os gastos indiretos com o TDAH e suas famílias, como diminuição da produtividade e desemprego desta pessoa ao atingir a idade adulta ou ainda as faltas no trabalho dos familiares para atender necessidades da criança. Embora esses dados variem enormemente de estudo para estudo e de país para país, uma estimativa conservadora indica que o custo total anual por paciente com TDAH ou Dislexia para esses custos indiretos é de cerca do dobro gasto com os custos diretos.
Para quem não gosta de números, a mensagem é a seguinte: a leitura criteriosa da literatura na área demonstra claramente que o custo educacional do TDAH e Dislexia é alto, porém corresponde a 40% do custo total das duas doenças para o contribuinte geral. Não há dúvida que o tratamento reduz o gasto substancialmente.
É um ciclo vicioso: sem uma lei, as escolas não são estimuladas a criarem programas para o TDAH e Dislexia. Sem os programas não há avaliação de custo-efetividade. No final, não podemos modelar o que não existe para buscar melhor desempenho.  Chegou, portanto, a hora de mover a inclusão escolar para frente tornando-a mais abrangente!
Mas então qual é a dificuldade de aprovar algo que, ao primeiro olhar, parece óbvio e existe como lei em inúmeros países desenvolvidos? A luta contrária de uma porção menor mas significativa de profissionais da educação, saúde e psicologia, capitaneados pelo grupo da chamada psicologia social com a bandeira intitulada: luta contra a medicalização da educação. Não vamos nos estender aqui no campo de batalha habitual onde estas duas forças se digladiam: o transtorno mental é mais efeito do biológico ou do social/ambiental? Os dados de pesquisa são ciência ou propaganda enganosa da indústria farmacêutica? Como diz a deputada federal Tábata Amaral, ao abordar outro assunto relacionado a educação, o que está em jogo é não emperrar uma questão relevante numa briga ideológica.
Agora podemos voltar ao início do nosso texto e a redação escrita por uma das autoras durante o ensino fundamental em uma escola americana no Brasil. Essas Catarinas brasileiras vão continuar tendo acesso ao que há de melhor nas abordagens psicopedagógicas para Dislexia em consultórios particulares desde os 5 – 6 anos de idade e vão estudar em escolas onde, por força de lei, o aluno é acolhido de forma adequada e os professores são treinados nas melhores técnicas para remediar os prejuízos dos transtornos de aprendizagem. A sua autoestima não vai ser dilacerada pelos transtornos. Ou seja, quem “paga o pato” é quem não tem condição financeira e acesso a consultórios particulares. O dito “olhar social” acaba por deixar desamparada a maior parte das crianças e jovens brasileiros.
Mais uma vez vale lembrar que o que se busca é uma política pública que interrompa o determinismo injusto e desigual a que jovens e crianças com dislexia, TDAH e outros distúrbios são submetidos: o de não encontrar no sistema educacional as estratégias e instrumentos que lhes assegurem a aprendizagem.
* texto adaptado de uma redação escrita no equivalente ao 1ª ano do ensino médio (10th grade). Catarina Wolf Rohde é aluna da 12º grade de escola americana no Brasil e portadora de Dislexia.
Luis Augusto Rohde é Professor Titular de Psiquiatria da UFRGS e da Pós-Graduação em Psiquiatria da USP e ex-presidente de Federação Mundial de TDAH. Colunista do Letra de Médico, blog de Veja.com
O QUE É TDAH
O que é o TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
Existe mesmo o TDAH?
Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamentodiferenciado na escola.
Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH?
Não, nenhuma. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas idéias sobre todos os aspectos de um transtorno.
Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe?
Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.
No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em “experiência pessoal” ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, mas nunca apresentaram seus “resultados” em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do que dizem.
Os segundos são aqueles que pretendem “vender” alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto.
Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa conseqüências terríveis. Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma “aparência” de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.
Veja um texto a este respeito e a resposta dos Professores Luis Rohde e Paulo Mattos:
Why I Believe that Attention Deficit Disorder is a Myth
Porque desinformação, falta de raciocínio científico e ingenuidade constituem uma mistura perigosa
O TDAH é comum?
Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.
Quais são os sintomas de TDAH?
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:
1) Desatenção
2) Hiperatividade-impulsividade
O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como “avoadas”, “vivendo no mundo da lua” e geralmente “estabanadas” e com “bicho carpinteiro” ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos (“colocam os carros na frente dos bois”). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.
Quais são as causas do TDAH?
Já existem inúmeros estudos em todo o mundo – inclusive no Brasil – demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.
Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).
Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.
A) Hereditariedade:
Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial).
Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo “desatento” ou “hiperativo” simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.
Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc…). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.). Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz “concordantes”) do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.
A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único “gene do TDAH”. Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominadoPsicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.
B) Substâncias ingeridas na gravidez:
Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.
C) Sofrimento fetal:
Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.
D) Exposição a chumbo:
Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.
E) Problemas Familiares:
Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).
Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.
F) Outras Causas
Outros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de TDAH:
1. corante amarelo
2. aspartame
3. luz artificial
4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide)
5. deficiências vitamínicas na dieta.
Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram desacreditadas.
Paralisia cerebral - Inclusão escolar com o uso da TIC
RL
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Apresentação
Atualmente, os variados tipos de tecnologia estão à disposição para facilitar a nossa vida cotidiana, sobretudo no que tange às tecnologias assistivas, que permitem que os indivíduos com limitações sejam capazes de desempenhar as suas atividades. Nesta Unidade de Aprendizagem você vai estudar sobre a paralisia cerebral e de que maneira as tecnologias assistivas podem contribuir para a construção do conhecimento de uma criança com paralisia cerebral. Bons estudos! Ao final desta unidade você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
· Reconhecer as características da paralisia cerebral.
· Identificar as possibilidades de mediação através das tecnologias de informação e comunicação.
· Listar as principais tecnologias assistivas indicadas às pessoas com paralisia cerebral.
Observe o infográfico a seguir, pois ele mostra os principais sinais e sintomas do TEA e apresenta informações sobre o diagnóstico e tratamento.
 
Neste Infográfico, você encontrará aspectos do funcionamento da mente do indivíduo com espectro autista e exemplos de situações sociais do cotidiano que a mente do autista, devido aos déficts das funções do cérebro, não consegue entender, prever, expressar, interprestar, etc.

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