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SEMIOLOGIA SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

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SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
I S A B E L L E L A G U I L I O F I A L H O 
ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS 
Genitália externa: a genitália externa, representada pela vulva, inclui o monte de vênus, 
grandes e pequenos lábios, o vestíbulo (meato uretral, introito vaginal, hímen, glândulas 
parauretrais ou vestibulares menores ou de Skene e glândulas vestibulares maiores ou de 
Bartholin) e o chamado órgão erétil principal ou clitóris. 
Genitália interna: vagina, útero, tubas e ovários. 
ANAMNESE 
Importante 
✓ Saber sobre o ciclo menstrual. 
✓ Idade da menarca (primeira menstruação). 
✓ Ritmo, duração das menstruações. 
✓ 12/03/28 – define-se o tipo menstrual, onde o primeiro corresponde à idade da menarca 
(12 anos), o segundo a duração do fluxo (3 dias) e o terceiro, o intervalo entre as 
menstruações (28 dias). 
✓ Idade do aparecimento da pubarca (pelos) e da telarca (mamas). 
✓ Data da última menstruação e o começo da atividade sexual. 
✓ Número de gestações, número de partos e abortamentos, tipos dos partos, idades e 
complicações. 
✓ Uso de anticoncepcionais. 
✓ Perguntar sobre doenças infectocontagiosas, como tuberculose. Perguntar sobre 
diabetes, doenças ginecológicas anteriores, tratamentos especializados como 
radioterapia, hormonioterapia, cauterizações, curetagens e antibioticoterapia. 
✓ História familiar: perguntar sobre tuberculose, diabetes melito, neoplasias, 
endocrinopatias e anomalias genéticas. 
SINAIS E SINTOMAS 
Os principais sinais e sintomas das afecções dos órgãos genitais femininos são as hemorragias, 
os distúrbios menstruais, a dor, o aparecimento de tumoração, corrimento ou leucorreia, 
prurido, distúrbios sexuais e alterações dos pelos. 
✓ Hemorragias: qualquer sangramento que não possui as características da menstruação 
normal. Podem ser: hemorragia uterina orgânica ou hemorragia uterina funcional ou 
disfuncional. 
✓ Hemorragia uterina orgânica: pode acontecer em inflamações, neoplasias benignas e 
malignas, afecções não ginecológicas (hepatopatias, coagulopatias). Nesses casos, a 
hemorragia não possui um ritmo ou periodicidade, chamada de metrorragia. 
Hemorragias de origem vaginal ou vulvar decorrentes de traumatismos, de ulcerações 
ou de neoplasias podem confundir-se com a metrorragia. 
✓ Sangramento intermenstrual: momento da evolução da perda sanguínea ou o uso 
inadequado ou incorreto de anticoncepcional oral. 
✓ Hemorragia uterina funcional ou disfuncional: geralmente é causada por disfunção 
ovariana e por ausência de ovulação, acompanhada de irregularidades do ciclo 
menstrual. Não se relaciona com neoplasia, doenças inflamatórias ou gravidez. 
✓ Distúrbios menstruais: menstruação é o sangramento cíclico que ocorre cada 21 a 35 dias, 
durando de 2 a 8 dias, com perda sanguínea de 50 a 200 ml. 
✓ Polimenorreia: quando a menstruação ocorre com intervalos menores que 21 dias. 
✓ Oligomenorreia: quando a menstruação ocorre com intervalos maiores que 35 dias. 
✓ Amenorreia: falta de menstruação por um período de tempo maior do que três ciclos 
prévios. 
✓ Hipermenorreia: quando a menstruação dura mais de 8 dias. 
✓ Hipomenorreia: quando ela dura menos de 2 dias. 
✓ Menorragia: quando há excessiva perda de sangue durante o fluxo menstrual. Às vezes, 
confunde-se com hipermenorreia. 
✓ Metrorragia: quando a perda de sangue não obedece ao ritmo do ciclo menstrual. 
✓ Dismenorreia: é um conjunto de sintomas que podem acompanhar a menstruação. 
✓ Dor: 
✓ Localização da dor: região pélvica, abdominopélvica ou lombossacra. 
✓ Pode ser espontânea, provocada pelo coito, por deambulação, por ortostatismo ou por 
palpação. Pode ser contínua, paroxística ou relacionada com o ciclo menstrual. 
✓ Dor no baixo ventre: apendicite, diverticulite. 
✓ Dor no ovário: infecções e litíase urinária, neoplasias e traumatismos anorretais. 
✓ Dor de origem osteotendineomusculares: miosite, fibrosite, artrite coxofemoral, 
hérnias de disco, coccidinia, isquialgia, lordose, osteoporose, espondiloartrose, sequelas 
de traumatismo e ciatalgia. 
✓ Dor pélvica: processos inflamatórios, as distopias genitais, as neoplasias anexiais, a 
gravidez ectópica e a endometriose. Nos processos inflamatórios agudos, a dor é de 
localização pélvica, aguda, contínua, espontânea, podendo, com a expansão do 
processo, alcançar outras regiões. A dispareunia (dor durante o ato sexual) é a regra, 
tanto nas infecções pélvicas como nas da vulva e da vagina. 
✓ Tumoração: as "tumorações" dos órgãos genitais femininos podem ser abdominopélvicas, 
vaginais e vulvares. Podem ser classificadas em falsas (distensão vesical ou intestinal e 
pseudociese) e verdadeiras (miomas, neoplasias ovarianas e tubárias), firmes (miomas), 
císticas e sólido-císticas (neoplasias do ovário), malignas (carcinomas), benignas (miomas, 
cistos ovarianos) e inflamatórias (piossalpinge). 
✓ Corrimento: considera-se corrimento ou leucorreia a alteração das características da 
secreção normal, que tem o aspecto de "catarro fluido" ou de "clara de ovo". A secreção 
aumenta sob ação estrogênica (pico ovulatório e terapêutica hormonal). um corrimento 
aquoso, abundante, como se fosse descrito como normal, mas em grande quantidade 
(hidrorreia), pode significar varicocele pélvica, retroversão uterina fixa ou uso de pílulas 
anticoncepcionais; quando for amarelo, espesso, fétido e espumoso, a causa costuma ser 
tricomonas e/ou gonococos; o corrimento branco, em grumos, como nata de leite ou coco 
ralado, indica a presença de fungos tipo Candida; o corrimento com aspecto de água de 
carne é próprio das neoplasias e das inflamações mais graves. O prurido, a ardência e o odor 
fétido sempre acompanham o corrimento patológico. 
✓ Prurido vulvar: Costuma surgir nas lesões distróficas da vulva (principalmente em pacientes idosas) 
e nas vulvites micóticas e alérgicas. O prurido vulvar é um sintoma frequente no diabetes. Não se deve 
esquecer, também, de que o câncer da vulva está quase sempre associado a prurido. 
✓ Distúrbios sexuais: Os principais distúrbios sexuais na mulher são a dispareunia e a 
disfunção sexual, também denominada frigidez. 
✓ Dispareunia: Compreende os distúrbios dolorosos do coito, que incluem o vaginismo e 
a contratura dolorosa da musculatura vaginal, podendo inclusive impossibilitar a 
penetração do pênis. 
✓ Dispareunia inicial ou externa: dor “por fora” como referem as pacientes. 
✓ Dispareunia terminal ou interna: dor "por dentro" na linguagem das pacientes. Ambas 
podem ser relativas ou absolutas, conforme impossibilitem ou apenas dificultem o coito. 
✓ A dispareunia pode ser orgânica, decorrente de lesões do canal vaginal, ou ser a 
somatização de problemas emocionais. 
✓ O vaginismo costuma ser um espasmo reflexo de lesões dolorosas de localização vulvar, 
tais como ulcerações, vulvites micóticas e herpéticas, estenoses, malformações, 
distrofias e cicatrizes dolorosas, ou vaginais, tais como colpites intensas, atrofias e 
cicatrizes. 
✓ A dispareunia terminal ou interna tem como causas principais as lesões traumáticas 
(coito abrupto, lacerações da vagina), as afecções inflamatórias (colpites, parametrites) 
e as lesões tróficas (atrofia vaginal). 
✓ Disfunção sexual: impossibilidade de alcançar o orgasmo durante o coito. Em sentido mais 
amplo, é a impossibilidade de alcançar o orgasmo durante qualquer tipo de atividade sexual. 
Pode ser primária ou secundária, obrigatória ou circunstancial. Obrigatória é quando há 
incapacidade absoluta para o orgasmo e circunstancial quando for seletiva com referência 
ao parceiro. Muitas vezes, a dor não impede o coito, mas impossibilita o orgasmo. 
✓ Alterações dos pelos: podem acompanhar certos desequilíbrios hormonais. 
✓ Climaterio: é a fase de transição entre a menacme (período reprodutivo) e a senectude 
(período não reprodutivo). Inicia-se com a queda da capacidade reprodutiva ao redor dos 
40 anos. Subdivide-se o período climatérico em pré, peri e pós-menopausa.✓ A idade média em que ocorre a menopausa é entre 48 e 52 anos; quando ocorre antes dos 
40 anos é chamada de precoce e acima dos 52 anos é chamada de tardia. O fenômeno básico 
que ocorre no climatério é a diminuição dos folículos primordiais com posterior atresia. 
Essa falência ovariana está associada a queda na produção de estrogênio e de androgênio, 
principalmente, acarretando a elevação do FSH. 
✓ Menopausa: a menopausa é a data do último fluxo menstrual. Só pode ser datada após 1 
ano sem menstruações e representa a falta da ovulação e a falência ovariana. 
✓ Dismenorreia: menstruação dolorosa. Dor na região hipogástrica, como cólica, durante a 
menstruação, chama-se algomenorreia. Quando ela é acompanhada de lombalgia com 
irradiação para o baixo ventre e para as pernas, náuseas e cefaleia, constitui a síndrome da 
dismenorreia. 
✓ Primária: também chamada de intrínseca, essencial ou idiopática -quando ocorre em 
pacientes sem nenhuma causa orgânica. A dismenorreia primária acompanha os 
primeiros ciclos menstruais. 
✓ Secundária: quando relacionada com qualquer doença pélvica orgânica como 
endometriose, mioma submucoso, doença inflamatória ou presença de DIU (dispositivo 
intrauterino). 
EXAME FÍSICO 
✓ A paciente deve estar usando avental e lençol. 
✓ Fazendo o desnudamento progressivo da paciente de acordo com a região a ser 
examinada. 
✓ A bexiga estar esvaziada antes do exame ginecológico. 
✓ O exame físico geral, principalmente a avaliação do estado geral, dos linfonodos e do 
estado de nutrição, a caracterização do biotipo e a determinação do peso e da altura, é 
feito antes do exame ginecológico. 
EXAME DO ABDOME 
✓ Com a paciente deitada, localizando e anotando os dados clínicos de acordo com a 
divisão em quadrantes. 
Inspeção: 
✓ Forma (normal, plano, obeso, globoso, escavado, de batráquio, em avental) 
✓ Abaulamento (assinalando a região em que ele se localiza, tamanho, forma, mobilidade, 
desaparecimento ou não com a contração da musculatura da parede abdominal) 
✓ Umbigo (normal, desviado, hérnia, inflamação, neoplasia, dermatose) 
✓ Pelos (disposição androide ou ginecoide, ausência, escassez, hipertricose) 
✓ Marcas e manchas (estrias, cicatrizes, manchas hiper ou hipopigmentadas, equimoses, 
petéquias, VI'bices, telangiectasias) 
✓ Circulação colateral (tipo porto-cava, cava superior, cava inferior, síndrome de 
Cruveillier-Baumgarten) 
✓ Movimentos e pulsações (movimentos respiratórios, pulsações, peristaltismo 
visível)Lesões cutâneas (vesículas, flictenas, pústulas etc.). 
Palpação: 
✓ Iniciada em regiões distantes da zona dolorosa. 
✓ Deve-se fazer a palpação superficial e a profunda, avaliando-se a espessura da parede, 
hiperestesia, dor provocada, defesa, contratura, tumor, tensão da parede abdominal, 
soluções de continuidade e ruídos hidroaéreos 
Percussão: 
✓ Zonas de macicez e de timpanismo, presença de ascite 
Ausculta: 
✓ Presença de ruídos hidroaéreos e de sopros. 
EXAME DA GENITÁLIA 
✓ Posição genicológica. 
✓ Nos casos de prolapso e de incontinência urinária de esforço, a paciente deve também 
ser examinada de pé, com as pernas entreabertas. 
✓ O examinador coloca-se entre as pernas da paciente, apoia o pé na escada e repousa o 
cotovelo da mão que examina na coxa. 
✓ Necessário um bom foco luminoso. 
✓ Inspeção em repouso: 
✓ Examinam-se a vulva, o períneo e o ânus. 
✓ Vulva: implantação dos pelos, aspecto da fenda vulvar (fechada, entreaberta, aberta), 
umidade, secreções, hiperemia, ulcerações, distrofias, neoplasias, dermatopatias, 
distopias e malformações. 
✓ Períneo: investiga-se sua integridade ou se há ruptura de I, 11 ou III grau, complicada 
com extensão ao esfíncter e ao canal anal, cicatrizes de episiorrafias ou perineoplastia. 
✓ Ânus: hemorroidas, plicomas, fissuras, prolapso da mucosa e malformações. 
✓ O examinador entreabre os grandes lábios e passa a observar o clitóris, o óstio uretral, 
o hímen e o introito vaginal. 
✓ Terminada a inspeção em repouso, o examinador solicita à paciente fazer esforço 
semelhante ao de evacuar ou de urinar, observando se há protrusão das paredes vaginais 
ou do colo que denuncie a presença de distopia. 
EXAME ESPECULAR 
✓ Coleta de material para exame citológico, bacteriológico, cristalização e filância do 
muco cervical. 
✓ Devem ser analisados: a presença e aspecto das secreções, coloração, epitelização e 
superfície do colo, forma do orifício externo, lacerações, neoplasias, ulcerações, 
pólipos, aspecto do muco cervical e das paredes vaginais durante a retirada lenta do 
espéculo. 
Toque unidigital: 
✓ As manobras: expressão da uretra, palpação das glândulas vestibulares e palpação das 
paredes vaginais, observando-se a elasticidade, a capacidade, a extensão, a superfície, 
as irregularidades, a sensibilidade e a temperatura. 
Toque bidigital: 
✓ Analisam-se o colo do útero e os fundos de saco vaginais. 
✓ No colo do útero analisam-se a orientação, a forma, o volume, a superfície, a 
consistência, o comprimento, a sensibilidade, a mobilidade, o orifício externo e as 
lacerações. 
✓ Nos fundos de saco, ou fórnices, verificam-se a distensibilidade, a profundidade, a 
sensibilidade, se estão livres ou ocupados, rasos ou bombeados. 
✓ Quando ocupados, definir se trata-se de tumoração sólida ou cística, se dolorosa ou 
indolor, se fixa ou não. 
Toque combinado: 
✓ Enquanto uma das mãos palpa o hipogástrio e as fossas ilíacas, a outra realiza o toque 
vaginal, retal ou o combinado 
✓ É a melhor maneira de obter uma ideia tridimensional da pelve da mulher. 
Corpo do útero: 
✓ Analisam-se sua posição, situação, forma, tamanho, consistência, superfície, 
mobilidade e sensibilidade. 
✓ O tamanho do corpo uterino é anotado em centímetros, em relação à cicatriz umbilical 
ou em comparação às semanas de gestação, no caso das grávidas. 
✓ A consistência pode ser normal, amolecida, dura, lenhosa ou pétrea. 
✓ A superfície pode ser lisa, regular, nodular ou lobulada. 
✓ As retroversões podem ser de primeiro, segundo ou terceiro grau, fixas ou móveis. 
Anexos: 
✓ Se são palpáveis ou não, dolorosos ou indolores, de volume normal ou aumentado, com 
presença ou não de tumor. 
✓ Se tiverem aspecto tumoral, verificam-se a forma, o volume, a consistência, a superfície, 
a mobilidade e a sensibilidade, fazendo-se o diagnóstico diferencial com as neoplasias 
do corpo uterino, principalmente as pediculadas, e com as neoplasias extragenitais. 
Toque retal: 
✓ Indispensável na avaliação dos órgãos genitais internos e deve-se também verificar a 
presença de afecções do canal anal ou do reto. 
✓ Nas pacientes com hímen íntegro não se deve fazer o toque vaginal e nem o exame 
especular 
✓ As informações sobre a genitália interna deverão ser obtidas pelo toque retal. 
✓ Deve ser utilizado o "colpovirgoscópio”. 
EXAME DAS MAMAS 
Anamnese: 
✓ Antecedentes pessoais e familiares 
✓ Desenvolve a partir dos 8 ou 11 anos. 
✓ Deve-se investigar cuidadosamente a história familiar de qualquer mulher que apresente 
sinais de doença mamária 
✓ Paridade e lactação: Um fator importante em relação ao alto risco de câncer mamário 
nas nuligestas, nas primíparas idosas. 
✓ Na vigência de lactação podem ocorrer processos inflamatórios (mastites puerperais) e, 
ainda, a síndrome de galactorreia associada ou não à amenorreia. 
✓ O uso de medicamentos representa um dado importante quando a paciente se refere à 
eliminação de secreção pela papila 
✓ Intervenções cirúrgicas prévias da mama (biopsia e drenagem de abscessos) têm grande 
importância. 
Sinais e sintomas: 
✓ Nódulo mamário: 
Aspectos que precisam ser investigados: Localização (uni ou bilateral), crescimento (rápido, 
progressivo, estacionário), modificação do nódulo em função do ciclo menstrual, consistência, 
mobilidade, sensibilidade. 
✓ Dor: 
Periodicidade ou à ciclicidade: Dor pode surgir apenas na segunda fase do ciclo menstrual ou 
se instalarlogo após o término da menstruação, adquirindo intensidade crescente à medida que 
se aproxima a fase pré-menstrual 
✓ A relação da dor com alguns movimentos: 
Movimentos inspiratórios profundos, elevação e abdução do membro superior, indica alteração 
das estruturas musculares, ósseas ou cartilaginosas, com as quais a mama apresenta estreitas 
relações anatômicas. 
✓ Secreção papilar: 
É necessário apurar: 
Se a secreção é espontânea, recorrente ou intermitente; 
Se é uni ou bilateral; 
Se está relacionada com o ciclo menstrual; 
Se apareceu na vigência de gestação, no aborto ou na lactação recente. 
✓ Antecedentes de amenorreia 
✓ Antecedentes de traumatismo, de intervenção cirúrgica ou de estímulos locais 
✓ Uso de medicamentos, tais como anovulatórios, clorpromazina, fenotiazina, reserpina, 
sulpiride e metildopa. 
Exame físico: 
Inspeção: 
Inspeção estática: paciente sentada, com os membros superiores dispostos paralelamente ao 
longo do tronco. 
✓ Observação da pele que recobre as mamas e as aréolas, o volume, o contorno, a forma, 
a simetria, a pigmentação da aréola, o aspecto da papila, a presença de abaulamentos ou 
de retrações, a circulação venosa e a presença de sinais flogísticos (edema e rubor). 
✓ A seguir pedir a paciente que eleve os braços acima da cabeça ou que pressione as asas 
dos ossos ilíacos. 
✓ Em neoplasias mais volumosas provocam alterações da forma 
✓ Procura-se na pele abaulamento, retração, edema, eritema, solução de continuidade e 
nódulos subcutâneos 
✓ A presença de poros anormalmente dilatados, indicando edema da pele, é um importante 
sinal de malignidade. 
✓ Sinal chamado de casca de laranja. 
✓ Deve-se observar na papila se há retração, desvio, ulceração e eritema. 
✓ Algumas mulheres têm inversão papilar sem qualquer enfermidade mamária. 
✓ Investiga-se na aréola abaulamento, retração, edema e solução de continuidade. 
Inspeção dinâmica: 
✓ É feito duas manobras: levantamento dos braços para aumentar a tensão dos 
ligamentos de Cooper e contração dos peitorais. 
✓ Pode-se constatar a acentuação de alterações identificadas na etapa precedente, 
destacando-se a retração da pele, a retração e/ou o desvio da papila e os 
abaulamentos. 
✓ Algumas alterações são observadas apenas na inspeção dinâmica, tais como 
assimetria de contorno, retração da pele, retração e/ou desvio da papila 
Palpação: 
✓ A paciente deve estar deitada com as mãos atrás da cabeça e os braços bem abertos. 
✓ Deve ser feita partindo-se da região subareolar e estendendo-se até as regiões 
paraesternais, infraclaviculares e axilares. 
Tem como objetivo avaliar: 
✓ Volume do panículo adiposo e seu possível comprometimento por processo 
inflamatório ou neoplásico 
✓ Quantidade de parênquima mamário e eventuais alterações 
✓ Elasticidade da papila 
✓ Presença de secreção papilar 
✓ Temperatura da pele da região mamária. 
✓ Entre as alterações destacam -se as áreas de condensação e os nódulos. 
✓ As áreas de condensação caracterizam-se por apresentar consistência mais firme em 
relação ao parênquima mamário circunjacente. 
✓ Pode apresentar superfície uniforme ou eriçada de pequenos pontos, como é o caso da 
displasia mamária benigna. 
✓ Pode-se reconhecer na área de condensação uma estrutura de consistência mais firme. 
✓ Nódulos compreendem: limites, consistência, mobilidade, fixação nas estruturas 
circunjacentes e diâmetro. 
✓ Limites: neoplasias malignas, em maioria, têm limites imprecisos e irregulares em 
consequência da infiltração dos tecidos vizinhos 
✓ Consistência: neoplasias malignas apresentam consistência dura, enquanto as benignas 
são apenas firmes ou elásticas. 
✓ Mobilidade: ampla mobilidade constitui característica das neoplasias benignas pela 
inexistência de fixação à pele ou às estruturas profundas. O contrário acontece com as 
neoplasias malignas. 
✓ Fixação nas estruturas circunjacentes: nas neoplasias malignas, há diminuição da 
mobilidade ou imobilidade da mama sede da lesão. 
✓ Diâmetro: da neoplasia, a rigor, não constitui característica específica das neoplasias 
malignas, mas sua determinação serve para orientar o estadiamenta da neoplasia. 
Expressão Papilar: 
✓ Qualquer secreção deve ser submetida a exame citológico, sobretudo para diagnóstico 
diferencial das neoplasias malignas, desde que a paciente não esteja grávida ou em 
período de lactação. 
É importante esclarecer: 
✓ Se a secreção provém de um único conduto ou de vários 
✓ Se o óstio ductal, sede do derrame, é periférico (ducto superficial) ou central (duCto 
profundo) 
✓ Localização 
✓ Aspecto da secreção 
✓ O aspecto pode ser: sanguíneo, seroso, claro, purulento, leitoso ou semelhante ao 
colostro, pastoso, esverdeado ou acastanhado. 
✓ Localização do óstio ductal orienta, ao se executar a biopsia, em que região se deve 
fazer a incisão, além de dar uma ideia da quantidade de parênquima a ser ressecado. 
✓ A secreção papilar de ducto único, com aspecto sanguíneo, seroso claro ou pastoso, 
indica a presença de afecção intraductal. 
Palpação dos linfonodos axilares e supraclaviculares: 
✓ A paciente deve ficar sentada de frente para o examinador. 
✓ Com a mão espalmada (a mão direita examina o lado esquerdo da paciente e vice-versa), 
faz-se a palpação deslizante do oco axilar e de suas proximidades. 
✓ As fossas supraclaviculares e a axila são palpadas com as pontas dos dedos 
Encontrando linfonodos, deve-se analisar: 
✓ A localização (axila, fossa supraclavicular). 
✓ O número de linfonodos 
✓ O maior diâmetro transverso 
✓ A consistência 
✓ A eventual fusão ou fixação dos linfonodos às estruturas vizinhas. 
✓ Linfonodos axilares aumentados são indicativos de infecção das mãos ou dos 
braços, podem fazer parte de linfadenopatia generalizada ou levantam a suspeita de 
câncer de mama. 
DOENÇAS DOS ÓRGAOS GENITAIS 
Infecções: 
✓ Endometriose. 
✓ Skenites & Bartholinite - infecções dessas glândulas. 
✓ Vulvovaginites - pele com eritema, bolhas, pústulas e abcessos sebáceos. 
✓ Herpes genital. 
✓ Condiloma acuminado. 
✓ Linfogranuloma. 
✓ Granuloma inguinal. 
✓ Colpites. 
✓ Cervicites. 
✓ Endometrites. 
✓ Neoplasias.

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