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FUNDAMENTOS DA ELETROTERAPIA Conceitos Gerais em Eletroterapia Cristiano Oliveira Souza TIPOS DE CORRENTES Contínua Alternada avaliação (há suspeita de lesão nervosa periférica?) testes de velocidade de condução nervosa Eletromiografia testes de excitabilidade elétrica estimulação de músculos denervados contração muscular Gráficos das Curvas I / T cronaximetria Eletrodiagnóstico sim não Tratamento controle da dor introdução de íons medicamentosos reparação tecidual controle de espasticidade facilitação neuromuscular fortalecimento muscular resistência muscular uso como órtese (FES) TENS convencional TENS acupuntura TENS breve intenso TENS em burst TENS em modulação cicatrização controle de edema aumento do fluxo sangüíneo analgésicos anti- inflamatórios esclerolíticos facilitação neuromuscular estímulo proprioceptivo manutenção do estado trófico corrente contínua pulsos exponenciais de longa duração correntes pulsáteis bifásicas pulsos isolados retangulares e exponenciais de várias durações 1) AÇÕES TERAPÊUTICAS E DIAGNÓSTICAS DAS CORRENTES ELÉTRICAS TERAPIA Iontoforese Analgesia Reparação Tecidual Estimulação de Músculos: Sãos Lesados DIAGNÓSTICO Eletrodiagnóstico Excitomotor: Clássico Curvas i/t Cronaximetria Galvanopalpação IONTOFORESE Introdução transcutânea de drogas REPARAÇÃO DE TECIDOS - AÇÃO VASCULAR DA EE - Reparação de Tecidos PRINCIPAIS INDICAÇÕES Cicatrização de Feridas de Pele Reparo de Lesões em Tecidos Moles Controle do Edema Melhora do Estado Vascular Efeito fisiológico derivado da ação das correntes elétricas sobre tecidos não excitáveis. Neurodyn High Volt 2 canais para Alta Voltagem (EVA) - Reparação de Tecidos - 4 canais para Estimulação Russa, modos sincronizado, recíproco, manual, seqüencial; Ciclos ON, OFF, Rise e Decay. Caneta para disparo manual - Fortalecimento Muscular - Excelente para áreas de dermatologia, vascular e desportiva ELETROANALGESIA Dor: queixa clínica freqüente Fisioterapia tem vários recursos analgésicos TENS é um dos mais importantes. 9 Mecanismos Neurofisiológicos da Eletroanalgesia Dois Mecanismos Principais Comportas Medulares Ascendentes TENS Convencional Sistemas Antinociceptivos Endógenos Descendentes TENS-Acupuntura e Bursts Neurodyn portátil TENS e FES 2 canais Freqüência e Duração do pulso variáveis Operação a bateria de 9 volts Para uso domiciliar Analgesia e Estimulação Neuromuscular TENS Recurso utilizado para promover analgesia. O uso deste recurso não é a solução da dor nem é eficiente em todos os casos, no entanto, se for aplicado de forma correta, durante o tempo necessário, trará analgesia para uma parte bastante significativa dos pacientes. Tipos de TENS CONVENCIONAL : Este tipo de TENS utiliza os parâmetros com o objetivo de estimular o chamado “portão da dor” Preferencialmente utilizado para produzir analgesia de curta duração, mas de ação rápida. . Vantagem do TENS convencional: sua ação é rápida. Desvantagem do TENS convencional: sua analgesia é de pouca duração, mas neste caso específico, queremos produzir analgesia apenas para poder manipular o paciente. Após essa manipulação, provavelmente o pacientes não apresentará mais necessidade de um analgésico. TIPO DE TENS ACUPUNTURAL: Este tipo de TENS utiliza os parâmetros com o objetivo de estimular a via chamada “via dos opióides” Utilizado para produzir analgesia de longa duração, mas de ação um pouco retardada. Vantagem: analgesia de longa duração. Desvantagem: não produz analgesia tão rápida quanto o tipo convencional. Além disso, este tipo de TENS, por utilizar intensidades elevadas de corrente, é contra indicado em regiões que apresentem espasmos musculares. TIPO DE TENS BURST: Este tipo de TENS utiliza os parâmetros com o objetivo de estimular tanto a via chamada “via dos opióides” quanto a “comporta da dor”. Tem as duas características dos dois tipos anteriores, pois estimula tanto a “via dos opióides” quanto a “comporta da dor”. Esse feito deve-se ao fato deste tipo de TENS ter duas freqüência; a freqüência da corrente e a freqüência do Burst. Entre o TENS convencional e o Burst, geralmente se opta pelo Burst, tanto por que ele também estimula a “comporta da dor”, como pelo fato do tecido acomodar mais rapidamente com o TENS convencional do que com o Burst. TENS Breve-Intenso Pode ser emitido por um breve péríodo de tempo. Tem-se demonstrado que a atividade nos eferentes cutâneos produz bloqueio periférico da atividade dos eferentes nociceptivos e analgesia segmentar e extra-segmentar. VIF: Este tipo de TENS geralmente utiliza os mesmos parâmetros do TENS convencional já apresentado anteriormente. No entanto, ele apresenta constantemente uma Variação em sua Intensidade e Freqüência. Vantagem que este tipo de TENS pode apresentar: evita acomodação do tecido. Geralmente utiliza-se os parâmetros do convencional, mas esta variação pode ser aplicada em qualquer tipo de TENS TIPO DE TENS Estimulação Neuromuscular ESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR Principais Indicações Clínicas Aumentar a força ou manter a massa muscular durante ou após períodos de inatividade forçada. Manter ou ganhar amplitude de movimento. Reeducar e facilitar o controle motor voluntário. Reduzir temporariamente os efeitos da espasticidade. Reduzir a formação de edema via ação de bomba muscular. Servir como uma órtese funcional. FES x NMES FES Ortostatismo e Marcha de Paraplégicos “Pé Caído” Ombro Subluxado Controle de Escoliose. NMES Fortalecimento Muscular Ganho de ADM Controle de Espasticidade Facilitação Neuromuscular Incontinência Urinária Neurodyn Russa, TENS e FES (4 canais) Russa: Média freqüência (2500 Hz) modulada em 50 Hz; Duração do burst variável FES: Freqüência entre 5 e 200 Hz; Duração de pulso de 30 a 400 us Russa e FES: modos contínuo, sincronizado ou recíproco; on, off, rise e decay TENS: Freqüência de 5 a 200 Hz, Duração de pulso de 30 a 400 us.; Modos convencional, tens acupuntura, tens breve e intensa, burst e V.I.F. (variação automática de freqüência e intensidade) Opera via teclado de toque com mostrador de cristal líquido PRINCIPAIS AÇÕES TERAPÊUTICAS DAS PRINCIPAIS CORRENTES ELÉTRICAS Ação 1. Iontoforese 2. Analgesia 3. Reparação Tecidual 4. Estimulação Neuromuscular Melhores Recursos 1. CC 2. TENS; IFC 3. EVA; CD 4. FES; CR CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS CORRENTES Número de fases; Simetria; Equilíbrio; Forma de onda; PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS DAS CORRENTES Amplitude máxima – Intensidade Duração do pulso Intervalo Interpulso Período Frequência Carga de Pulso Perigos e Contra-Indicações à Eletroterapia Não estimular portadores de marca passo cardíaco e outros equipamentos elétricos implantados (estimuladores do nervo frênico, por exemplo): pode haver interferência entre os aparelhos. Não estimular sobre a região dos seios carotídeos e da glote: pode interferir com o controle da PA e contratibilidade cardíaca. [cont.] Não estimular com correntes polarizadas sobre áreas onde haja implantes metálicos. Cuidado com pacientes cardiopatas, especialmente quando se estimula a região anterior do tórax de hipertensos ou hipotensos: respostas autonômicas podem afetar o controle da PA. Cuidado com pacientes epilépticos não controlados. Perigos e Contra-Indicações à Eletroterapia [cont.] Cuidado com áreas de distúrbios vasculares periféricos, especialmente tromboses e tromboflebite: risco de formação de êmbolos. Cuidado com áreas de neoplasias e infeções ativas:os efeitos circulatórios da EE podem agravar tais condições. Cuidado com pacientes incapazes de fornecer informações claras sobre os níveis de estimulação, como crianças, sujeitos senis, com problemas cognitivos e regiões anestésicas. Perigos e Contra-Indicações à Eletroterapia [cont.] Não aplicar EE sobre áreas onde haja solução de continuidade na pele (escoriações, cortes, feridas, etc). Cuidado com aplicações no nível motor sobre o tronco e região abdominal de mulheres grávidas: pode induzir contrações uterinas. Aplicações sobre áreas com excesso de tecido adiposo podem exigir intensidades muito altas e incômodas. Perigos e Contra-Indicações à Eletroterapia [cont.] Verifique se o paciente tem alguma alergia ao medicamento quando aplicar Iontoforese. Não permita contato direto do metal do eletrodo com a pele do paciente. Não use aparelhos de EE de baixa freqüência próximo a equipamentos de Diatermia (OC, MO): risco de perda do controle dos parâmetros de estimulação. Perigos e Contra-Indicações à Eletroterapia