Processo Penal CEISC

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Processo Penal – Revisão Turbo CEISC 
 
 
Inquérito Policial 
 Procedimento administrativo, preparatório, inquisitivo e sigiloso, 
conduzido pelo delegado de polícia, que tem por objetivo buscar 
elementos de autoria e materialidade, a fim de que um crime seja 
esclarecido 
 Nulidade – não anula o processo 
 Prisão ilegal - relaxada 
 Início – art. 5º, CPP 
 Ação pública incondicionada 
 Ofício 
 Requisição da autoridade judiciária ou MP 
 Requerimento do ofendido ou representante 
 Notícia de qualquer um do povo – se for anônima, o delegado deve 
previamente investigar a viabilidade da denúncia, para depois instaurar 
o IP 
 Auto de prisão em flagrante 
 Ação Privada – requerimento de quem tenha qualidade para intenta-
la 
 Ação Pública condicionada a representação – a vítima deve autorizar 
 Outras formas de investigação 
 IP Militar 
 CPI 
 Inquérito Policial Fazendário 
 Investigação do MP – Procedimento Investigatório Criminal – STF 
 Respeitar as prerrogativas dos advogados – tem direito aos autos do 
processo 
 Características 
 Obrigatório – para o delegado 
 Discricionário 
 Dispensável – art. 39, §5º, CPP – para o MP 
 Informativo – elementos informativos (não é possível condenação 
fundamentada só em elementos informativos) ≠ provas (ação penal) – 
art. 155, CPP 
 Sigiloso – art. 20, CPP – não se aplica ao juiz, promotor e advogado 
 Inquisitivo 
 Indisponível 
 Temporário 
 Arquivamento 
 Previsão no CPP – art. 28, CPP – suspensa pelo STF – Ministério Público – 
intimar a vítima 
 Arquivamento na prática – pedido do MP e decisão judicial 
 Indiciamento – ato pelo qual o delegado atribui a alguém a prática 
de uma infração penal, baseado em indícios de autoria e prova da 
materialidade – ato privativo da autoridade policial 
 
Acordo de Não Persecução Penal 
 Cabimento – art. 28-A, CPP 
 Não ser caso de arquivamento 
 Crime praticado sem uso de violência ou grave ameaça 
 Pena mínima não ultrapasse 4 anos 
 Confissão assinada 
 Não seja crime de violência doméstica 
 Não cabe para reincidentes 
 Não seja cabível transação penal 
 Agente não possua antecedentes que denotem conduta criminosa 
habitual 
 Não ter sido beneficiado nos últimos 5 anos com ANPP, transação ou 
SURSIS 
 Recusa do juiz em homologar o ANPP – art. 581, XXV – recurso em 
sentido estrito (RESE) 
 Prescrição – não ocorre enquanto não cumprido ou rescindido o ANPP 
– art. 116, IV, CPP 
 
Ação Penal 
 Direito subjetivo de buscar o Judiciário para que entre com ação para 
punir alguém diante de um caso concreto 
 Regra Geral – art. 100, CPP – pública, salvo quando a lei expressamente 
a declara privativa do ofendido 
 Ação Penal Pública – MP 
 Incondicionada 
 Condicionada 
 Representação – Lesão corporal culposa ou leve; crime do art. 130, 
CP 
 Requisição – Ministro da Justiça – art. 7º, CP ou crimes contra honra 
contra Chefe de Estado 
 Ação Penal Privada – querelante 
 Personalíssima – art. 236, CP 
 Exclusiva – sucessão processual – cônjuge, companheiro, ascendente, 
descendente e irmãos podem entrar com a ação – prazo de 60 dias 
 Subsidiária da Pública – art. 29, CPP – inércia do MP 
 
Renúncia e Perdão do Ofendido 
 Renúncia 
 Ação Penal Privada Personalíssima e Ação Penal Privada Exclusiva 
 Acontece no IP – dentro ou fora 
 Ato unilateral 
 Expressa ou tácita 
 Renúncia a um, a todos os querelantes aproveita – princípio da 
indivisibilidade 
 Perdão – art. 107, CP – causa de extinção da punibilidade 
 Acontece na Ação Penal – dentro ou fora – advogado precisa de 
Procuração com Poderes Especiais 
 Ato bilateral – deve ser aceito por quem está sendo perdoado, no 
prazo de 3 dias – o silêncio importa aceitação (dentro do processo) 
 Fora do processo, deverá assinar declaração aceitando 
 Perdão a um, a todos os querelantes aproveita – princípio da 
indivisibilidade – se um dos querelantes não aceita, segue o processo 
contra ele 
 
Competência 
 Lugar da infração – art. 70, CPP – teoria do resultado – consumação 
do crime 
 Tentado – último ato executório 
 §4º - em crimes de estelionato, a competência é do domicílio da 
vítima – em pluralidade de vítimas – prevenção 
 Crime permanente – art. 71, CPP – prevenção (art. 83, CPP) juiz que 
primeiro tomar decisão sobre o processo 
 Desconhecido o lugar do crime – art. 72, CPP – domicílio do réu 
 Réu com 2 domicílios – prevenção 
 Réu sem domicílio – primeiro juiz que tomar conhecimento do processo 
 
Instrução Criminal 
 Rejeição – art. 395, CPP 
 Se o juiz rejeitar a denúncia ou queixa-crime – cabe RESE (art. 581, CPP) 
 Se a rejeição no âmbito do JECRIM – Apelação (art. 82, Lei 9.099/95) 
 Resposta à acusação – art. 396-A, CPP – obrigatória 
 Prazos – 1º e último dia devem ser úteis – 1º dia é sempre o dia útil 
subsequente à ciência – dias corridos (não se interrompe em finais de 
semanas e feriados) 
 Súmula 710, STF. No processo Penal, contam-se os prazos da data da 
intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta 
precatória ou de ordem. 
 Absolvição sumária – art. 397, CPP 
 Existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato 
 Existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do 
agente, salvo inimputabilidade 
 Fato narrado evidentemente não constitui crime 
 Extinta a punibilidade do agente 
 Da decisão que absolve sumariamente com base no art. 397, I, II e III 
do CPP – Apelação (art. 593, I, CPP) 
 Da decisão que absolve sumariamente com base no art. 397, IV do 
CPP – RESE (art. 581, VIII, CPP) 
 Da decisão que não absolve sumariamente – não cabe recurso 
 Sentença – acusado inimputável – sentença absolutória imprópria – 
Medida de Segurança – art. 396, §único, III, CPP 
 
Emendatio libelli e mutatio libelli 
 Emendatio – art. 383, CPP – o juiz, sem modificar a descrição do fato 
contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica 
diversa 
 Mutatio – art. 384, CPP – se houver prova nova não constante na 
denúncia, encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova 
definição jurídica do fato, deverá o MP aditar a denúncia ou queixa em 
5 dias 
 Não se aplica nos tribunais de 2ª instância 
 
Recursos 
 Proibição de Reformatio in Pejus em recurso exclusivo da defesa – art. 
617, parte final do CPP 
 Súmula 160, STF. É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, 
nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvado os casos de 
recurso de ofício. 
 Se ambos (acusação e defesa) apelarem, pode haver decisão 
desfavorável ao réu 
 Recurso no Sentido Estrito (RESE) 
 Cabível de decisões do juiz de 1º grau 
 Prazo para interpor – 5 dias – art. 586, CPP 
 Prazo para razões e contrarrazões – 2 dias 
 Hipóteses (mais importantes) – art. 581, CPP e 294, CTB 
 Rejeição/não recebimento da denúncia ou queixa-crime 
 Incompetência do juízo 
Exemplo: desclassificação na 1ª fase do júri – não se trata de crime doloso 
contra a vida 
 Decisão de Pronúncia na 1ª fase do júri 
 Decisão que decretar ou indeferir causas de extinção da 
punibilidade 
 Decisão de juiz de 1º grau que conceder ou negar HC 
Obs.: se o HC for denegado por tribunal – Recurso Ordinário Constitucional 
– arts. 102, II, “a”, CF; 105, II, “a”, CF e 30 Lei 8.038/90 – 5 dias 
Obs.2: se o HC for concedido por tribunal – Resp ou Rext 
Obs.3: as hipóteses do art. 581, XII, XVII, XIX ao XXIII foram revogadas 
pela Lei 7.210/84 (LEP) 
 Das decisões do juiz da Vara de Execução Penal – Agravo em 
Execução – art. 197, LEP – 5 dias 
 Recusar a homologação do ANPP 
 Apelação 
 CPP – art. 593, CPP e art. 416, CPP 
 Decisões da 1ª fase do júri que absolve sumariamente e decisão de 
impronúncia 
 5 dias 
 art. 593, III, CPP – 2ª fase do júri 
 JECRIM – art. 82, LEP 
 10 dias 
 Decisão que rejeita denúncia ou queixa-crime 
Sentença 
 Sentença que concede transação penal 
 Embargos Infringentes e de Nulidades – art. 609, CPP 
 Decisão não unânime de 2ª instância desfavorável ao réu 
 Acórdão de RESE, de Apelação e Agravo em Execução 
 Embargos Infringentes – mérito 
 Embargos de Nulidade – nulidade 
 10 dias 
Exemplo: julgamento de apelação – 2 desembargadores mantêm 
sentença penal condenatória e 1 desembargador absolve 
 
 
Fontes: 
CEISC. Aula de Processo Penal para 1ª Fase OAB XXXIV Exame | Revisão 
Turbo. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=tYp34pMxpJU>