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RESUMO REFERENTE A SEGUNDA PARCIAL DE ENDODONTIA I DE ODONTOLOGIA DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ALUNO JHONY ROSS TRATAMENTO ENDODÔNTICO DE DENTES COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA • Bainha Epitelial de Hertwig — responsável pela formação da raíz ➢ Formação de dentina radicular por diferenciação dos odontoblastos • Conceito: São considerados dentes permanentes com rizogênese incompleta aqueles cujo ápice radicular histologicamente não apresentam dentina apical revestida por cemento e radiograficamente quando o extremo apical da raiz não atinja o estágio 10 de Nolla • ESTÁGIOS DE NOLLA: 0 – ausência de cripta 1 – presença de cripta 2 – inicio da calcificação 3 – 1/3 da coroa 4 – 2/3 da coroa 5 – coroa quase formada 6 – coroa completamente formada 7 – 1/3 da raiz formada 8 – 2/3 da raiz formada 9 – raiz quase completa porém com ápice aberto 10 – raiz completamente formada e com ápice fechado • Duas diferentes técnicas para o tratamento: Mediata e Imediata ➢ Técnica Mediata: ▪ Consiste em estimular a continuação do desenvolvimento radicular por meio de obturações temporárias (curativo expectante) até que sejam obtidas condições anatômicas que permitam a realização do preparo biomecânico e da obturação. ▪ Diagnóstico – exame clínico + radiográfico ▪ Classificação: Apicigênese (formação) e Apicificação (indução) ❖ APICIGÊNESE o Fechamento normal do ápice o Término do desenvolvimento da dentina radicular o Fisiológico o Formação do canal cementário o Canal radicular com forma e comprimento normais o Tratamento: em casos de BIO ✓ Abertura coronária (cureta, broca) sem mexer no canal radicular ✓ Pulpotomia com pó de hidróxido de cálcio ou MTA, ou seja, cortar a polpa no nível radicular – conter o sangramento com soro fisiológico (hemostasia) – pó de hidróxido de cálcio ou MTA – cimento de hidróxido de cálcio – CIV – RC ✓ Verificar a formacao da barreira e complementação radicular após 30/45 dias ✓ Controle clínico e radiográfico por no mínimo 2 anos o Sinais a serem analisados para indicação da técnica: ✓ Aspecto da coroa dental ✓ Sangramento ✓ Aspecto da superfície do remanescente radicular ❖ APICIFICAÇÃO o Fechamento apical induzido do ápice radicular – induz as células da bainha com hidróxido de cálcio o Formação de tecido duro mineralizado o Forma e comprimento dos canais podem ser diferentes o Tratamento: em casos de NECRO ✓ Abertura coronária ampla ✓ Odontometria (2 mm CRD) ✓ Preparo biomecânico (NaOCl 1% + Instrumentos de segunda ou terceira série) ✓ Curativo expectante com hidróxido de cálcio pasta (age por contato) ✓ Verificação da formação da barreira ✓ Obturação do canal usando manobras especiais ✓ Controle clínico e radiográfico o Instrumentação do canal: ✓ Instrumento de terceira série — técnica seriada (limas K ou Headstroem) ✓ 1 a 2 mm aquém do CRD ✓ Movimentos de vai e vem com cabo forçando em direção oposta a superfície a ser instrumentada com irrigação constante usando hipoclorito de sódio • Medicação IntraCanal ➢ Hidróxido de Cálcio: ▪ Induz o fechamento apical por tecido mineralizado com a participação dos restos epiteliais da bainha, fibroblastos e células mesenquimais indiferenciadas ▪ Renovação do curativo expectante: apenas quando houver sintomatologia • Obturação: ➢ Técnica do Cone Rolado ▪ Cones de segunda série + Lamparina + 2 placas de vidro – enrola eles para formar um cone mais “grosso” ▪ Moldagem do terço apical ▪ Uso de cimento a base de hidróxido de cálcio ACIDENTES E COMPLICAÇÕES EM ENDODONTIA • Acidentes são acontecimentos IMPREVISTOS, ou seja, casuais ➢ Formação de degrau ➢ Perfuração radicular ➢ Fratura de instrumento ❖ Fatores que favorecem: ▪ Uso abusivo e repetitivo dos instrumentos ▪ Fadiga do metal ▪ Falta de conhecimento das características físicas do instrumento ▪ Não observação de deformações ▪ Pressão ou torção exagerada durante o preparo ▪ Pouca habilidade do profissional ▪ Canais curvos e atrésicos ❖ Como evitar? ▪ Examinar cuidadosamente ▪ Descartar quando houver duvida ▪ Utilizar a sequência correta de instrumentais ▪ Cinemática adequada ▪ Nunca forçar o instrumento além da sua resistência ❖ Resoluções Clínicas Alternativas: ▪ Ultrapassar o fragmento e remover via canal ▪ Ultrapassar o fragmento envolvendo-o com a massa obturadora ▪ Não ultrapassar o fragmento e obturar ▪ Cirurgia paraendodôntica ➢ Desvio de preparo • Complicações é o ato ou efeito de dificultar a resolução do tratamento ➢ Canais atrésicos ➢ Canais calcificados ➢ Curvaturas radiculares ➢ Rizogênese incompleta ➢ Anatomia atípica • Causas não iatrogênicas: ➢ Rizogênese incompleta ➢ Mal formação anatômica ➢ Raizes e canais extras ➢ Traumatismo ➢ Reabsorção externa e interna ➢ Fraturas radiculares • Causas iatrogênicas: ➢ Abertura coronária ▪ Abertura insuficiente ▪ Desgaste acentuado ▪ Perfuração radicular ▪ Material restaurador na câmara ▪ Calcificações (se não tiver dor, só proservar) ➢ Instrumentação ▪ Degrau (stop apical) ❖ Fatores que favorecem: o Canais curvos o Canais artesianos o Retratamento endodôntico o Instrumentos calibrosos o Movimento de alargamento ❖ Como solucionar? o Reencontrar o canal original, instrumentar e então obturar o Obturação curta – nível do degrau + Proservação o Cirurgia paraendodôntica – Apicectomia (remover 3 mm do ápice, por exemplo) ❖ Ultrapassagem do degrau o Instrumentos finos (limas K #10 ou #15) o Instrumentos pré curvados o Movimentos curtos de imagem o Se necessário devemos ampliar o canal até o degrau o Não usar quelante (EDTA) ❖ Como prevenir? o Falta de pré-curvamento o Pressão exagerada o Cinemática inadequada o Instrumentos calibrosas o Remoção interferência dentinária o Pré-curvamento do instrumento o Uso de instrumento flexíveis o Movimentos curtos de limagem o Irrigação frequente ❖ Instrumentação: o Sub-instrumentação o Sob-instrumentação o Canal obstruído o Fratura de instrumento o Canal calcificado ❖ Sobre Instrumentação: o Radiografia deficiente o Odontometria incorreta o Cursor mal adaptado o Borde de referência de difícil visualização – devemos usar de um canal como referencia e fazer um novo stop ▪ Falso canal ▪ Transporte do forame (desvio) ▪ Deformação do forame ▪ Desgaste da parede lateral ➢ Irrigação ❖ Excesso de pressão apical ▪ Como evitar? o Manter o trajeto de refluxo entre agulha e o canal e também a área de refluxo o Realizar movimentos de vai e vem o Utilizar agulhas de irrigação e cânula de aspiração (verificar calibre) o Cuidar em casos de canais perfurados, raizes arrombadas e/ou fraturadas ❖ Injeção de líquidos nos tecidos ▪ Infiltração sob pressão de solução irrigadora ▪ Sinais e sintomas: o Dor severa e instantânea o Edema imediato nos tecidos com possibilidade de se estender aos lábios e região infra- orbitaria o Hemorragia abundante do canal o Aparecimento de equimose ❖ Enfisema ▪ Acúmulo de ar ou oxigênio no interior dos tecidos ▪ Manifestação Clínica: o Dor com intensidade e persistência variável o Instalação imediata do edema o Sinais e sintomas de infecção secundária ▪ Resolução: o Dor controlada por anestesia local ou analgésicos o Compressa fria para reduzir o edema o Bochecho frequente com água morna o Antibióticos em casos de infecção secundária o Exame diário do paciente ❖ Acúmulo de detritos ▪ Falta de irrigação ou aspiração ▪ Calibre inadequado de cânulas de aspiração ▪ Resolução: o Irrigação e cânulas adequadas o Limas pré curvadas o Movimentos de cateterismo ❖ Descoloração da roupa do paciente ❖ Alergia a solução irrigadora (soluções que substituem o hipoclorito) ▪ BIO — clorexidina intracanal ▪ NECRO — soro fisiológico ou água destilada ➢ Curativo de demora (entre sessões) ❖ Medicação intra-canal: ▪ Pericementite medicamentosa ▪ Obstrução com material selador ▪ Obstrução com algodão ▪ Obstrução com cone de papel ▪ Fratura do dente ➢ Obturação ❖ Dificuldade de seleção do cone ▪ Penetrar em toda extensão de instrumentação ▪ Quando forçado apicalmente o cone não deve sofrer deformações em sua ponta e nem ultrapassar a medida estabelecida ❖ Condensação lateral deficiente ❖ Sub-obturação ▪ Dificuldade na seleção do cone principal: canais curvos e atrésicos, canais com degraus, ❖ Sobre-obturação (cones, cimento) ▪ Causas: o Deficiência no preparo biomecânico o Falta de travamento do cone principal o Rizogênese incompleta o Arrombamento do forame o Reabsorções apicais o Perfurações apicais Material extravasado — cimento e cone de guta percha, cimento, cone, cone de prata A) Cimentos ✓ Observar a quantidade extravasada (macrófagos agem – granuloma) ✓ Complicações: sensibilidade pós operatória, analgésicos ou antiinflamatórios ✓ Soluções: cimento reabsorvido ❖ Fratura radicular vertical ▪ Prognóstico: Exodontia ➢ Pós-tratamento ❖ Pericementite ❖ Abcesso dento-alveolar ▪ Causa: agudecimento de um processo inflamatório crônico ▪ Tratamento (canal obturado): o Antibioticoterapia e controle do paciente – para sair da fase aguda o Remoção da obturação, derribamento do forame e curativo – após remover o quadro clinico, obturação. o Drenagem cirúrgica em casos mais graves ❖ Alteração de cor da coroa ▪ Clareamento interno ▪ Causas: abertura inadequada, baixa instrumentação, não eliminação de sangue, cimentos na coroa ❖ Reabsorção externa (clareação) ❖ Fratura da coroa e raiz RETRATAMENTO ENDODÔNTICO • Procedimento para remover o material obturador da cavidade pulpar para novamente instrumentar e obturar • Realizado normalmente por tratamento inadequado, falhado ou até mesmo por contaminação do canal radicular por exposição prolongada no meio bucal • Objetivo ➢ Esvaziar o canal radicular ➢ Remoção completa do material obturador ➢ Reeinstrumentação das paredes ➢ Realizar obturação adequada • Razões que levam a isso: ➢ Canal com anatomia complexa onde não foi detectado no primeiro tratamento ➢ Infecção extra ou intrarradicular ➢ Ausência ou demora de restauração do dente após tratamento endodôntico ➢ Restauração inadequada ➢ Deteriorização do material obturador do canal radicular ➢ Coroa ou núcleo de preenchimento solto ou fraturado ➢ Fratura radicular ➢ Lesões císticas ➢ Lesões relacionadas com corpo estranho Imagens: tratamento restrito a cervical, rastreamento com reabsorção, cárie próximo ao tratamento, exposição do tratamento endodôntico. • Critérios antes de retratar: ➢ Necessidade de realizar ➢ Conveniência de realizar ➢ Concordância do paciente: deve concordar com a possibilidade ➢ Possibilidade de realizar • O que avaliar? ➢ Nível da obturação ➢ Característica da obturação ➢ Presença ou não de lesão ➢ Trabalho protético ➢ Tempo de tratamento ➢ Estado anterior ➢ Sinais e sintomas atuais e anteriores ➢ Alterações sistêmicas Imagens: tratamento endodôntico com lesão – o tratamento foi feito a pouco tempo então devemos preservar de 6 em 6 meses • Requisitos a serem analisados ➢ Historia do caso ▪ Radiografia atual ▪ Radiografia da época do tratamento se possível para comparar ▪ Tempo decorrido desde o tratamento ▪ Sinais e sintomas antigos e atuais ▪ Qualidade do tratamento endodôntico prévio e do operador ➢ Situação clinica ▪ Sinais e sintomas atuais ▪ Possibilidade de restauração ▪ Condições periodontais ➢ Anatomia do dente ▪ Todos foram obturados? ▪ Presença de canal extra ▪ Usar variações radiográficas: Clark, requisição de tomo ➢ Obturação do canal ▪ Tipo de material usado (cimento, cone) ▪ Limite apical da obturação ▪ Qualidade da condensação ➢ Fatores redutores de sucesso: paciente que não vai voltar para restaurar, por exemplo ▪ Reabsorção dental ▪ Degrau ▪ Perfurações ▪ Instrumento fraturado: localização, tamanho, possibilidade de remover ➢ Complicações possíveis: canal calcificado e fratura do instrumento, por exemplo ▪ Dentes esplintados ▪ Destruição coronária ▪ Coroa protética ▪ Dificuldade de isolamento ➢ Cooperação do paciente ▪ Idade ▪ Nível de cooperação ▪ Abertura bucal ▪ Dificuldade de postura ▪ Tempo requerido ▪ Condições psicológicas ➢ Habilidade e conhecimento do operador ▪ Experiência ▪ Equipamentos disponíveis • Técnica manual associada a solventes ➢ Acesso à câmara pulpar ▪ Remoção do material restaurador com broca esférica diamantadas ▪ Localização da entrada dos condutos radiculares ▪ Remoção no sentido coroa-ápice: terço cervical, depois médio e depois apical – evita o extravasamento do material / Usa brocas GG e limas tipo K ou Hedstroem ➢ Cálculo do CAD – CTP – GG4 (CTP-4) – GG3 (CTP-2) – GG2 (CTP) ➢ Remoção do material obturador ▪ Sensação tátil de estar trabalhando sobre uma superfície acolchoada ▪ Conferir se está saindo no instrumento ▪ Radiografia Periapical ▪ Usar gaze estéril para limpar ➢ Solvente de guta percha ▪ Óleo de laranja ▪ Eucaliptol ➢ Odontometria com radiografia Periapical e lima tipo K ➢ Modelagem ➢ Medicação intracanal com hidróxido de cálcio ▪ Auxilia na terapia endodontica ▪ pH alcalino – bactericida e bacteriostático ➢ Primeira escolha: Técnica Híbrida de Tagger ➢ Preservação: 1 a 5 anos para ocorrer o reparo ósseo – radiografia Periapical
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