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PATOLOGIAS DA POLPA 
Prof José Cláudio P. ENDODONTIA 
DOR 
A dor de origem endodôntica é causada pela ação direta 
de mediadores químicos sobre as fibras nervosas, e 
também devido ao edema tecidual que comprime as 
terminações nervosas, sendo a principal forma de dor 
associada à inflamação 
PATOLOGIAS DE ORIGEM PULPAR 
❖ Hipersensibilidade dentinaria 
❖ Pulpite reversível 
❖ Pulpite Irreversivel 
❖ Necrose Pulpar 
❖ Reabsorção interna 
POLPA NORMAL 
Dor: ausente 
Radiografia: espaço do LP normal, ausência de lesões 
perirradiculares e lâmina dura normal 
Testes Pulpares: positivos e cessa a dor ao remover o 
estímulo 
Testes Perirradiculares: negativos 
HIPERSENSSIBILIDADE DENTINÁRIA 
DOR: 
❖ Aguda 
❖ Fugaz 
❖ Localizadad 
❖ Provocada por estímulos 
o Osmóticos – Alimentos doces por serem um 
gradiente de concentração maior e com isso 
nos túbulos dentinarios os odontoblastos 
tentam equilibrar o meio e estiram as fibras 
nervosas causando o sintoma 
o Mecânicos 
o Térmicos 
o Bacterianos – presença de biofilme 
 
CLINICAMENTE 
❖ Recessão gengival assosciada com exposição 
dentinária na região cervical do elemento 
dentário 
 
TRATAMENTO 
❖ Selamento da dentina exposta 
❖ Aplicação de adesivos dentinários ou oxalato de 
potássio (oxagel) 3 ou 4 sessões por 3 minutos 
com isolamento relativo 
❖ Raras situações pode ser indicado o tratamento 
endodôntico para não ter dor persistente 
PULPITE REVERSÍVEL 
DOR 
❖ Aguda, rápida localizada e responde ao estímulos 
térmicos, principalmente frio 
 
CLINICAMENTE 
❖ Restauração ou lesão de cárie extensa, sem 
exposição pulpar 
 
RADIOGRAFIA 
❖ Espaço do LP normal, lesão de cárie e/ou 
restauração extensa 
 
TESTES PULPARES 
❖ Positivo, ao retirar o estimulo a dor cessa 
 
TESTES PERIRRADICULARES 
❖ Negativo para percussão vertical 
 
TRATAMENTO 
❖ Remoção do tecido cariado ou da restauração, 
tratamento expectante, curativo com OZE ou 
realizar a restauração definitiva 
 
PULPITE IRREVERSÍVEL 
DOR 
❖ Quando presente é severa, continua, excruciante, 
expontanea e as vezes difusa 
❖ Analgésicos não conseguem aliviar os sintomas, 
pois a polpa inflamada está comprimindo os 
feixes nervosos 
 
PATOLOGIAS DA POLPA 
Prof José Cláudio P. ENDODONTIA 
CLINICAMENTE 
❖ Restaurações ou lesões de carie extensas, em que 
houve exposição pulpar, após a remoção na 
maioria das vezes 
TESTES PULPARES 
❖ Positivos, porém a dor pode continuar após a 
remoção do estimulo, principalmente o calor, e o 
frio pode aliviar em certos casos 
 
TESTE PERIRRADICULAR 
❖ Positivo 
 
TRATAMENTO 
❖ Biopulpectomia + PQM completo, e o ideal é que 
a obturação seja feita na mesma sessão 
 
NECROSE PULPAR 
SINAIS E SINTOMAS 
❖ Geralmente são assintomáticas, porém pode ser 
que hajam ainda algumas fibras C e cause uma 
certa sensibilidade, mas no caso de lesões agudas 
pode ter manifestação dolorosa, oriundas do 
ligamento periodontal 
CLINICAMENTE 
❖ Cárie e/ou restauração extensa, dentes 
traumatizados, escurecimento da coroa dentária 
TESTES PULPARES 
❖ Negativos 
TESTES DE CAVIDADE 
❖ Negativo 
RADIOGRAFIA 
❖ Caries e/ou restaurações extensas atingindo a 
câmara pulpar, podendo haver espessamento do 
LP, ou lesão perirradicular 
TESTE DE PERCUSSÃO 
❖ Negativo, ou positivo no caso de algumas lesões 
perirradiculares 
TRATAMENTO 
❖ NECROPULPECTOMIA + PQM completo + 
medicação intracanal + obturação após 3 à 7 dias 
PATOLOGIAS PERIRRADICULARES 
Prof. José Cláudio P. ENDODONTIA 
O QUE VAI LEVAR A UM QUADRO AGUDO 
OU CRÔNICO SÃO A CARGA MICROBIANA, 
VIRULÊNCIA DESSES ORGANISMOS E 
RESPOSTA DO HOSPEDEIRO 
 
LESOES PERIRRADICULARES AGUDAS 
❖ Todos testes pulpares vao estar negativos 
porque a polpa se encontra necrosada 
❖ Todos os testes perirradiculares vão ser 
positivos pois o tecido perirradicular está 
envolvido nas lesões e devem ser realizados 
com cautela 
PERIODONTITE APICAL AGUDA 
SINAIS E SINTOMAS: 
❖ Dor intensa localizada, espontânea de 
moderada a severa, exacerbada a mastigação, 
extrema sensibilidade ao toque e sensação de 
dente crescido (devido a extrusão pelo 
espaçamento do LP) 
RADIOGRAFIA 
❖ Maioria das vezes com o aumento do 
espaçamento do LP (leve extrusão) 
TRATAMENTO 
❖ Necropulpectomia + PQM completo + 
medicação intracanl com HPG + mais 
obturação dos canais radiculares após 3 a 7 
dias + analgésicos/anti-inflamatórios e alivio 
da oclusão 
ABCESSO PERIRRADICULAR AGUDO 
❖ 3 fases 
o Inicial 
o Em evolução 
o Evoluído 
❖ O que vai diferenciar os estágios é a presença 
de edema, e como se encontra (flutuante já 
houve rompimento da cortical óssea) 
❖ A sintomatologia é bastante parecido a 
Periodontite Apical Aguda, o que vai 
diferenciar no estagio inicial do abcesso, é que 
ao acessar o elemento se observa a presença 
de exudato purulento via canal 
 
ABCESSO PERIRRADICULAR AGUDO 
(INICIAL) 
SINAIS E SINTOMAS: 
❖ Dor espontânea localizada, pulsátil e 
exacerbada a mastigação 
 
TUMEFAÇÃO: 
❖ Ausente 
 
RADIOGRAFIA: 
❖ LP normal ou com espaçamento, e/ou lesão 
perirradicular 
 
TESTE PULPAR 
❖ Negativo 
 
TESTE DE PERCUSSÃO 
❖ Positivo 
 
ABCESSO PERIRRADICULAR AGUDO (EM 
EVOLUÇÃO) 
SINAIS E SINTOMAS: 
❖ Dor espontânea, localizada excruciante, 
pulsátil e exacerbada à mastigação 
❖ É possível que haja envolvimento sistêmico, se 
positivo associar com antibióticos 
TUMEFAÇÃO: 
❖ Consistente sem flutuação, pois já expansão 
da cortical óssea porém ainda não foi rompida 
 
 RADIOGRAFIA: 
❖ LP espaçado ou normal e lesão perirradicular 
 
TESTE DE PERCUSSÃO: 
❖ Positivo e realizar com cautela 
 
ABCESSO PERIRRADICULAR AGUDO 
(EVOLUIDO) 
SINAIS E SINTOMAS: 
❖ Dor espontânea localizada, excruciante, 
pulsátil e exacerbada a mastigação 
❖ Já há envolvimento sistêmico, ou seja, é 
necessário antibioticoterapia 
 
 
 
PATOLOGIAS PERIRRADICULARES 
Prof. José Cláudio P. ENDODONTIA 
TUMEFAÇÃO: 
❖ Com flutuação, pois já teve rompimento da 
cortical óssea, pode até ter edema difuso para 
região extra-oral, muitas vezes tendo que ser 
tratado em ambiente hospitalar 
MOBILIDADE DENTÁRIA: 
❖ Positivo 
 
RADIOGRAFIA: 
❖ LP normal ou espaçado e lesão radicular 
LESÕES PERIRRADICULARES CRÔNICAS 
❖ O que vai dar o diagnóstico é o 
histopatológico, pois na radiográfia não é 
possível ter certeza 
❖ Nesses casos crônicos dificilmente o paciente 
vai ter envolvimento sistêmico e se utiliza 
antibióticos, a menos que se forme um 
abcesso fênix 
GRANULOMA PERIRRADICULAR 
SINAIS E SINTOMAS: 
❖ Assintomático 
 
HISTOPATOLÓGICO: 
❖ infiltrado inflamatório crônico, e em volta 
tecido conjuntivo fibroso 
TESTE PULPAR: 
❖ Negativo 
 
TESTE DE PERCUSSÃO: 
❖ Negativo 
 
RADIOGRAFIA: 
❖ Área radiolúcida associada ao elemento 
dentário, caries e/ou restaurações extensas 
CISTO PERIRRADICULAR 
SINAIS E SINTOMAS: 
❖ Assintomático 
 
HISTOPATOLOGICO: 
❖ Cavidade preenchida de material fluido “semi-
fluido” 
 
 
TESTE PULPAR: 
❖ Negativo 
TESTE DE PERCUSSÃO: 
❖ Negativo 
 
RADIOGRAFIA: 
❖ Área radiolucida associada ao elemento 
dentário, restaurações e/ou cáries extensas 
ABCESSO PERIRRADICULAR CRÔNICO 
SINAIS E SINTOMAS: 
❖ Geralmente assintomático 
❖ Presença de drenagem contínua por meio de 
uma fístula intra ou extra-oral, que pode estar 
ativa ou não 
RADIOGRAFIA: 
❖ Margens da lesão não tão bem definidas 
como no granuloma e no cisto, presença de 
carie e/ou restaurações extensas 
TESTES PULPARES 
❖ Negativos 
TESTE DE PERCUSSÃO 
❖ Negativo 
TRATAMENTO DAS LESÕES CRÔNICAS 
❖ NECROPULPECTOMIA + PQM completo + 
medicação intracanal + obturação dos canais 
radiculares após 3 à 7 dias 
LESÕES DE ORIGEM NÃO ENDODÔNTICAS 
❖ Lesões radiolucidas que podem confundir o 
diagnóstico, mas se for feito teste de 
vitalidade vai ser positivo 
▪ Displasia cemento-óssea periapical (inicial) 
▪ Cisto Nasopalatino▪ Ameloblastoma 
▪ Ceratocisto 
▪ Lesão central de células gigantes 
▪ Cisto ósseo de Stafne 
 
 
 
 
TRAUMATISMO DENTÁRIO 
Profª. Mônica Schutz ENDODONTIA 
ENDODONTIA E LESÕES DENTÁRIAS 
TRAUMÁTICAS 
TIPOS DE TRATAMENTO 
❖ Danos ao dente e estruturas 
❖ Prevenção ou eliminação de infecção 
MAIOR INCIDÊNCIA DO TRAUMATISMO 
❖ Sexo – 3:1 masculino/feminino 
❖ Grupo dentário: dentes anteriores 
❖ Pacientes que possuem os dentes anteriores 
protrusos 
ETIOLOGIA DO TRAUMATISMO 
❖ Atividades esportivas 
❖ Quedas 
❖ Acidentes 
❖ Atos de violência 
ANAMNESE DE PACIENTES 
TRAUMATIZADOS 
❖ Melhor anamnese ajuda a programar o plano de 
tratamento, para um melhor prognóstico 
❖ Buscar as seguintes informações: 
▪ Quando aconteceu? (com o passar do tempo 
temos a formação de coágulo, e 
ressecamento do LP 
▪ Como aconteceu? (ajuda a localizar injurias 
especificas 
▪ Onde aconteceu? (para saber se houve algum 
tipo de contaminação) 
▪ Houve algum tipo de atendimento prévio? 
▪ Houve período de inconsciência? De quanto 
tempo? 
▪ Desconforto ao morder? 
▪ Desconforto ao frio/quente? 
▪ Histórico médico? 
▪ Lacerações na cabeça e pescoço 
EXAME CLINICO EXTRA-ORAL 
▪ Buscar por lacerações em cabeça e pescoço 
▪ Observar desvios de contorno normais do 
osso 
▪ Observar alterações de simetria 
EXAME CLINICO INTRA-ORAL 
▪ Buscar por injurias em tecidos moles, 
lacerações em lábios, mucosa jugal, bochecha, 
palato e assoalho) 
▪ Palpação apical na região vestibular dos 
dentes acometidos 
▪ Examinar tecidos duros dos dentes, buscando 
fraturas 
TESTES DE PERCUSSÃO 
❖ Vertical e horizontal 
❖ Mobilidade 
❖ Teste de mordida 
TESTES DE SENSIBILIDADE PULPAR 
❖ Frio 
❖ Elétrico 
EM DENTES TRAUMATIZADOS OS TESTES DE 
SENSIBILIDADE PODEM TER RESULTADO FALSO 
NEGATIVO OU FALSO POSITIVO, POIS COM O 
TRAUMA OS FEIXES NERVOSOS PODEM ESTAR COM 
SUA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO ALTERADA. ENTÃO 
FAREMOS ESSES TESTES COM PARÂMETRO PARA 
TESTES FUTUROS. 
FISTULAÇÃO 
❖ Dentes traumatizados podem apresentar 
fistulação após algum tempo 
❖ Rastrear com cone de guta-percha (introduzir 
na fistula o cone de guta-percha, e radiografar) 
EXAME RADIOGRÁFICO 
❖ Radiografia periapical 
❖ Oclusal 
❖ Lateral 
❖ Tomografia computadorizada cone bean 
(imagem tridimensional para localizar injúrias 
quando não se tem um diagnóstico) 
LESÕES TRAUMÁTICAS DENTÁRIAS 
CLASSIFICAÇÃO 
❖ Tecidos duros do dente e polpa 
❖ Tecidos duros do dente, polpa e processo 
alveolar 
❖ Tecidos periodontais 
❖ Gengiva e mucosa jugal 
❖ Tecidos duros do dente e polpa 
TRINCA DE ESMALTE 
TRATAMENTO 
❖ Abrasão 
❖ Lixamento 
 
 
 
TRAUMATISMO DENTÁRIO 
Profª. Mônica Schutz ENDODONTIA 
FRATURA CORONÁRIA NÃO COMPLICADA 
❖ Fratura de esmalte e dentina sem exposição 
pulpar 
TRATAMENTO 
❖ Dentistica restauradora estética e funciomal 
❖ Controle clinico e radiográfico de 5 anos 
▪ Monitorar com testes de sensibilidade pulpar 
▪ Aumento do espaçamento do LP 
▪ Inicio de lesão perirradicular 
▪ Interrupção da rizogenese 
▪ Calcificação do canal 
Se houver algum desses sinais tratamento 
endodôntico é indicado 
❖ Convencional →Rizogenese completa 
❖ Conservador → Rizogenese incompleta 
(apicificação) 
FRATURA CORONÁRIA COMPLICADA 
❖ Fratura em esmalte e dentina com exposição 
pulpar 
PLANO DE TRATAMENTO DEFINIDO PELO 
ESTÁGIO DA RIZOGENESE 
RIZOGENESE COMPLETA 
❖ Tratamento convencional se: 
▪ Caso esteja necrosada e com lesão 
▪ Injuria periodontal concomitante 
▪ Fratura do osso alveolar 
▪ Intrusão Avançada 
RIZOGENESE INCOMPLETA COM POLPA 
VITAL 
SE O TEMPO ENTRE O TRAUMA E 
ATENDIMENTO (ATÉ 48H) 
❖ Curativo pulpar – hidróxido de cálcio e 
cimentos biocerâmicos 
TEMPO ENTRE O TRAUMA E O 
ATENDIMENTO (APÓS 48H) 
RIZOGENESE INCOMPLETA 
APICIGENESE 
❖ Manutenção da vitalidade pulpar, 
promovendo o termino da rizogenese em 
pacientes jovens 
POLPA SEM INFLAMAÇÃO (POLPA INFLAMADA NÃO 
CONSEGUE SE RECUPERAR), REMOVER POR 
 
PULPOTOMIA PARCIAL 
❖ Remoção do tecido pulpar coronário até nível 
da polpa saudável 
PULPOTOMIA TOTAL 
❖ Remoção de toda polpa coronária, indicado 
quando a polpa está inflamada em níveis mais 
profundo após 72h 
REQUISITOS PARA O SUCESSO EM QUE 
HOUVE EXPOSIÇÃO PULPAR EM UM 
TRAUMA 
❖ Qualidade do selamento coronário 
antibacteriano (não pode haver infiltração de 
saliva) 
❖ Tipos de curativo pulpar 
▪ Hidróxido de cálcio – pH alcalino (ação 
antibacteriana) 
▪ Materiais biocerâmicos – mais indicados por 
uma série de vantagens 
▪ MTA – agregado de trióxido mineral – cimento 
biocerâmico, estimula a formar barreira 
calcificante, além de ação antibacteriana 
▪ Endosequence root repair material 
RIZOGENESE INCOMPLETA COM POLPA 
NECROSADA 
❖ Eliminar infecção pulpar e perirradicular 
❖ Apicificação - Fechamento do forame apical por 
tecido duro calcificado 
❖ Utilizar materiais biocompatíveis, que 
estimulam a remineralização da região apical, 
criando uma barreira que futuramente 
permitira a obturação 
❖ Materiais 
▪ Hidróxido de cálcio P.A. 
▪ MTA 
▪ Bio-C Repair 
FRATURA DE COROA E RAIZ 
❖ Esmalte, dentina e cemento sem exposição 
pulpar 
❖ Esmalte, dentina e cemento com exposição 
pulpar 
TRATAMENTO 
❖ Remoção do fragmento coronário 
❖ Gengivectomia e/ou osteotomia 
 
TRAUMATISMO DENTÁRIO 
Profª. Mônica Schutz ENDODONTIA 
FRATURA RADICULAR 
▪ Vertical (exodontia) 
▪ Obliqua (exodontia) 
▪ Horizontal (avaliar) 
Melhor prognóstico na horizontal, quanto mais apical 
melhor o prognostico para calcificação mais difícil na 
cervical, devido ao alto nível de exposição a 
microrganismos no sulco gengival 
DIAGNÓSTICO 
❖ Localização da fratura 
❖ Status pulpar 
EXAME RADIOGRÁFICO 
❖ Variação vertical 
❖ Variação horizontal 
Quando se suspeita de fratura horizontal deve-se 
mudar a angulação vertical porque na angulação 
normal pode não se localizar a fratura 
Fratura vertical mudar angulação horizontal 
FRATURA RADICULAR HORIZONTAL 
❖ Importante ver a localização, terço médio e 
terço apical 
TRATAMENTO 
❖ Exame radiográfico 
❖ Avaliar nas primeiras 72h 
❖ Redução do dente (instrumentar) 
❖ Contenção semi-rigidas por 4 semanas no 
máximo 
❖ Fazer controle clínico e radiográfico (vigiar o 
caso) 
FRATURA RADICULAR VERTICAL OU 
OBLIQUA 
❖ Lesões radiolúcidas em forma de J 
PROGNÓSTICO VAI DEPENDER 
▪ Grau de deslocamento 
▪ Grau de mobilidade 
▪ Estagio da rizogenese 
▪ Tempo entre o acidente, formação de coagulo 
interfere o prognóstico 
▪ Fistula 
▪ Exploração cirúrgica 
▪ Qualidade do 1° atentimento: redução de 
fragmentos e esplintagem semi-rígidas 2-4 
semanas 
 
INJÚRIAS POR LUXAÇÃO 
▪ Luxação 
▪ Subluxação 
▪ Luxação extrusiva (extrusão) 
▪ Luxação Lateral 
▪ Luxação Intrusiva (intrusão) 
▪ Avulsão 
CONCUSSÃO 
❖ Ausência de danos as fibras do LP 
❖ Mobilidade normal a ausência de 
deslocamento 
❖ Edema presente em poucas áreas do LP 
❖ Suprimento neurovascular intacto 
DIAGNÓSTICO 
❖ Percussão 
❖ Sensibilidade a mastigação 
❖ Teste de sensibilidade pulpar 
❖ Exame radiográfico (dente do alvéolo) 
TRATAMENTO 
❖ Não necessita tratamento 
❖ Alívio oclusal 
❖ Alimentação pastosa por 1 semana 
❖ Boa higiene oral 
❖ Monitoramento do status pulpar até 1 ano 
PROGNÓSTICO 
❖ Ausência de resposta aos testes pulpares 
aumento o risco de futura necrose pulpar 
❖ Quanto mais jovem melhor o prognostico, em 
rizogenese incompleta, há metabolismo 
celular mais alto e maior circulação 
❖ Fratura radicular vai pior o prognostico 
SUBLUXAÇÃO 
❖ Rompimento das fibras nervosas do LP 
❖ Mobilidade anormal 
❖ Não tem deslocamento 
❖ Edema e sangramento no LP 
❖ Sangramento pequeno no sulco gengival 
❖ Sensibilidade maior 
DIAGNOSTICO❖ Teste ao frio pode ser temporário 
❖ Pode ter discreto aumento do espaçamento 
do LP (é indicado fazer duas radiografias, 
variando a angulação vertical) 
 
TRAUMATISMO DENTÁRIO 
Profª. Mônica Schutz ENDODONTIA 
TRATAMENTO 
❖ Não necessita 
❖ Mobilidade – contenção flexível em até 2 
semanas para conforto 
❖ Dieta pastosa por 2 semanas 
❖ Boa higiene oral 
❖ Controle clínico e radiográfico em 1, 2 meses 
e até 1 ano, com testes de sensibilidade 
pulpar, radiografias, testes perirradiculares e 
exame clinico 
PROGNÓSTICO 
❖ Ausência de resposta aos testes pulpares 
aumento o risco de futura necrose pulpar 
❖ Quanto mais jovem melhor o prognostico, em 
rizogenese incompleta, há metabolismo 
celular mais alto e maior circulação 
❖ Fratura radicular vai pior o prognostico 
LUXAÇÃO EXTRUSIVA 
❖ Mobilidade 
❖ Deslocamento parcial do dente para fora do 
alvéolo 
❖ Rompimento das fibras do LP, e suprimento 
vascular da polpa 
DIAGNOSTICO 
❖ Mobilidade acentuada 
❖ Teste a percussão sensível 
❖ Teste de sensibilidade pulpar normalmente 
menor 
❖ Aumento acentuado do espaçamento do LP 
❖ Osso alveolar intacto 
TRATAMENTO 
▪ Limpeza da superfície radicular exposta com 
soro fisiológico 
▪ Reposicionamento atraumático (sem 
anestesia) 
▪ Contenção semi-rigida por 2-3 semanas 
▪ Monitoramento da saúde pulpar 
Necrose pulpar → tratamento endodôntico 
CONTROLE PÓS OPERATÓRIO 
▪ Proservação até 5 anos 
▪ Testes de sensibilidade pulpar 
▪ Alimentação pastosa por 1 semana 
▪ Boa higiene oral 
PROGNÓSTICO 
▪ Estágio da rizogenese 
▪ Ápice aberto: re-vascularização confirmada 
pelo contínuo desenvolvimento radicular ou 
pela obliteração do canal radicular (sinal ruim) 
▪ Ápice fechado: continuidade de resposta 
menor – necrose pulpar associada a lesão 
perirradicular e as vezes deslocação coronária 
e tratamento endodôntico 
▪ Alteração da coroa dentária, fístula, lesão 
perirradicular, e fratura radicular pioram o 
prognóstico 
▪ Necrose pulpar, prognóstico pior 
▪ Polpa vital, melhor prognóstico 
LUXAÇÃO LATERAL 
❖ Deslocamento lateral do dente em direção 
vestibular ou palatina, ocorre contrição ou 
fratura das paredes do alvéolo 
❖ Dente fica travado sem mobilidade 
DIAGNOSTICO 
❖ Teste de percussão: dor, som surdo 
(rizogenese incompleta) ou metálico 
(rizogenese completa) 
❖ Ausência de mobilidade, indicado radiografias 
oclusais, laterais e periapicais 
❖ Aumento do espaçamento do LP 
TRATAMENTO 
❖ Liberação do travamento na tábua óssea (com 
anestesia), descer i dente empurrando com o 
outro polegar, tirar do travamento e 
reposicionar 
❖ Contenção semi-rígida 2-3 semanas 
❖ Exame radiográfico: área radiolúcida 
periapical no osso alveolar 
❖ Testes de sensibilidade pulpar comumente 
negativo 
Necrose pulpar- tratamento endodôntico (medicação 
intracanal) 
PROGNÓSTICO 
❖ Estágio da rizogenese 
❖ Necrose pulpar e lesão perirradicular pioram o 
prognóstico 
❖ Dente fica sujeito a formação de uma 
anquilose, por reabsorção dentária externa 
substitutiva 
❖ Se não fizer trata\mento endodôntico pode 
causar reabsorção radicular inflamatória em 
função a infecção no interior do canal 
❖ Calcificação distrófica 
TRAUMATISMO DENTÁRIO 
Profª. Mônica Schutz ENDODONTIA 
LUXAÇÃO INTRUSIVA 
❖ Deslocamento do dente para dentro do 
alvéolo 
❖ Impacto axial e apical com comunicação ou 
fratura das paredes do alvéolo 
❖ Pode ter vários níveis 
DIAGNÓSTICO 
❖ Teste de percussão: dor, som surdo (em 
erupção) ou som metálico (rizogenese 
completa) 
❖ Sem mobilidade (travado) sem mobilidade 
❖ Danos extensos ao ligamento periodontal 
TRATAMENTO 
RIZOGENESE INCOMPLETA 
❖ Esperar 7 a 10 dias para tentar uma re-
erupção espontânea, vai depender do grau de 
intrusão, quanto menor maior a chance de 
voltar a posição 
❖ Se não houver a reposição, luxar com fórceps, 
reposicionar e esplintar 
❖ Também é feito teste pulpar e na maioria das 
vezes é necrose pulpar por que houve 
esmagamento do feixe neurovascular 
❖ Exame radiográfico 
RIZOGENESE COMPLETA 
❖ Se for uma pequena intrusão espera-se que o 
dente sofra uma re-erupção espontânea em 
7-10 dias ou extrusão ortodôntica (2-3 
semanas) 
❖ Se for possível o tracionamento ortodôntico 
deve-se fazer o tratamento endodôntico, para 
proteger o dente de reabsorções e infecção 
PROGNÓSTICO 
VAI DEPENDER DE: 
▪ Grau de intrusão (quanto maior pior o 
prognóstico) 
▪ Estágio da Rizogenese 
▪ Necrose pulpar 
▪ Anquilose 
▪ Reabsorção radicular inflamatória externa 
▪ Reabsorção radicular externa substitutiva 
AVULSÃO E RE-IMPLANTE 
❖ Deslocamento completo do dente para fora 
do alvéolo 
❖ Danos ao LP e infecção pulpar 
O QUE INTERFERE NO RE-IMPLANTE 
▪ Tempo extra alveolar, quanto menor o tempo 
melhor o prognóstico 
▪ Danos ao LP (sobrevive 15 à 20 minutos) 
▪ Fraturas ósseas ou radiculares 
▪ Meio de armazenamento 
▪ Nunca segurar dente pela raiz, para evitar 
contaminação, sempre pela coroa 
▪ Forma de limpeza 
▪ Grau de contaminação 
▪ Meio de contenção 
▪ Higiene da cavidade oral 
▪ Estágio da rizogenese 
MEIO DE ARMAZENAMENTO DO DENTE 
FORA DO ALVÉOLO 
▪ Leite 
▪ Solução salina balanceada de Hank’s é a ideal 
▪ Solução salina estéril 
CONTENÇÃO 
▪ Semi-rígida ou flexível 
▪ Resina, final ou nylon 
DIAGNÓSTICO VAI DEPENDER: 
▪ Tempo 
▪ Armazenamento 
▪ Contaminação 
▪ Estágio da rizogense 
 
PLANO DE TRATAMENTO 
❖ Preparação da raiz para re-implante 
RIZOGENESE COMPLETA: TEMPO EXTRA 
ORAL MENOR QUE 60 MINUTOS 
❖ Enxaguar a raiz com soro fisiológico para 
remover detritos 
❖ Observar a presença de resíduos ou fraturas 
no alvéolo 
❖ Re-implante com suavidade 
RIZOGENESE COMPLETA: TEMPO EXTRA 
ORAL MAIOR QUE 60 MINUTOS 
❖ Remoção do tecido do LP ao redor da raiz, 
pois após esse período vai estar necrosado é 
servirá de agente agressor e fator de infecção 
❖ Embeber em meio ácido (fluoreto estanhoso à 
27%) por 5 minuto, para diminuir reabsorções 
futuras 
TRAUMATISMO DENTÁRIO 
Profª. Mônica Schutz ENDODONTIA 
❖ Tratamento endodôntico mediato 7 dias após 
o re-implante ou até mesmo na mão antes de 
re-implantar 
❖ Exame do alvéolo e remoção do coágulo 
(lavagem com soro fisiológico) 
❖ Re-implantar com suavidade 
❖ Suturar dilaceração gengival se houver 
❖ Conferir posicionamento 
❖ Esplintagem de pelo menos 10 dias 
RIZOGENESE INCOMPLETA: TEMPO EXTRA 
ORAL MENOR QUE 60 MINUTOS 
❖ Embeber em doxiciclina 1mg/20ml solução 
salina ou recobrir a raiz com minociclina 
❖ Remover delicadamente fragmentos 
❖ Re-implante com suavidade 
RIZOGENESE INCOMPLETA: TEMPO EXTRA 
ORAL MAIOR QUE 60 MINUTOS 
❖ Dependendo do estágio de rizogenese, nem 
vale a tentativa de re-implante 
❖ Se for feito o protocolo segue o mesmo de 
dentes com a rizogenese completa com 
tempo extra-oral maior de 60 min 
❖ Tratamento endodôntico feito na mao antes 
de re-implantar, fazendo apicificação com 
MTA, hidróxido de cálcio, Bio-C repair, etc... 
❖ Manutenção para dimensão do osso alveolar 
para futuramente fazer implante, e 
reabilitação protética 
INSTRUÇÕES AO PACIENTE 
ANTIBIOTICOTERAPIA (TODOS CASOS DE 
AVULSÃO) 
❖ Adultos: Tetraciclinas 
▪ Doxiciclina 100mg – 1 vez ao dia por 7 dias 
❖ Paciente menor de 12 anos e gestantes 
▪ Penincilina 40mg/kg de 6 em 6 horas 
*Tetraciclinas tem risco de causar manchamento das 
estruturas dentárias 
❖ Vacina antitetânica – se o paciente não tiver 
certeza se tomou a vacina, tomar o soro 
❖ Dieta pastosa por 2 semanas 
❖ Higiene Oral com escova macia após cada 
refeição 
❖ Bochcecho com clorexidina a 0,12% 2 vezes ao 
dia por 1 semana 
❖ Proservação 
 
 
PROGNÓSTICO DEPENDE DE: 
▪ Dente em solução hidratante 
▪ Limpeza do alvéolo com soro (se tivercoágulo 
tem que remover) 
▪ Re-colocação do dente com suavidade 
▪ Esplintagem 
▪ Exame radiográfico final para ver se está na 
posição correta 
▪ Terapia antibiótica e antitetânica 
▪ Orientações de higiene e alimentação 
 
 
 
 
ANATOMIA INTERNA, CAVIDADE DE ACESSO E LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES 
Prof José Cláudio P. ENDODONTIA 
 
ANATOMIA INTERNA E EXTERNA 
ACESSO CORONÁRIO 
❖ Cavidade pulpar = polpa coronária 
❖ Canal radicular = câmara pulpar 
SISTEMA DE CANAIS RADICULARES 
❖ Canal principal → pode terminar em: 
▪ Canais reticulares (raiz de arvore) 
▪ Apical 
*ocorrem no terço apical 
Em endodontia os instrumentos funcionam no canal 
principal, e vai ser a medicação intracanal que vai 
atuar nos outros 
❖ Canal lateral → sai do canal principal 
❖ Canal recorrente → Sai do principal e 
retornam só com a ação de agentes químicos 
INCISIVO CENTRAL SUPERIOR 
❖ Nº de raízes → 1 
❖ Nº de canais → 1 
❖ Pode apresentar variações anatômicas 
❖ Lima de memória → #60 
INCISIVO LATERAL SUPERIOR 
❖ Nº de raízes → 1 
❖ Nº de canais → 1 
❖ São mais comuns as variações anatômicas 
• Microdontia 
• Dentes invginados 
• Fusão 
❖ Lima de memória → #35 
❖ Apresenta uma curvatura acentuada da raiz 
para distal e palatina que não pode ser 
percebida na radiografia 
 
CANINO SUPERIOR 
❖ Nº de raízes → 1 
❖ Nº de canais → 1 
❖ Maiores raízes 
❖ Maior dimensão no sentido VL 
❖ Variações → pode apresentar 2 raizes e 2 
canais 
❖ Lima memoria → #60 
1º PRÉ-MOLAR SUPERIOR 
❖ Nº de raízes → 2 (1 vestibular – 1 palatina) 
❖ Nº de canais → 2 (V/P) 
❖ Variações → Pode apresentar 3 raizes e 3 
canais- 2 vestibulares (disto/mesio-vestibular), 
1 palatino, normalmente curvos 
❖ Lima de memória → #45 
2º PRÉ-MOLAR SUPERIOR 
❖ Nº de raízes → 1 
❖ Nº de canais → 1 
❖ Variações → pode ter 2 canais (40%), pode ter 
3 raizes e 3 canais (2 disto/mesio-vestibular, 1 
palatino, normalmente curvos) 
❖ Lima de memória → #45 
1º MOLAR SUPERIOR 
❖ Os canais vestibulares são tratados como 
curvos 
❖ Nº de raízes → 3 (MV, DV, P) 
❖ Nº de canais → 4 (70% dos casos – 2MV, 1DV, 
1P) ou 3 (30% dos casos – 1MV, 1DV, 1P) 
❖ Variações → pode ter 3 canais 
❖ Lima memoria MV- #35 DV #35 P#45 
2º MOLAR SUPERIOR 
❖ Os canais vestibulares são tratados como 
curvos 
❖ Nº de raízes → 3 (MV, DV e P) 
❖ Nº de canais → 4 (50% dos casos – 2MV, 1DV, 
1P) ou 3 (50% dos casos – 1MV, 1DV, 1P) 
❖ Variações → pode ter 3 canais 
❖ Lima memoria MV- #35 DV #35 P#45 
Os terceiros molares não possuem uma anatomia 
definida, e são dificilmente indicados ao tratamento 
endodôntico 
INCISIVOS CENTRAIS E LATERAIS 
INFERIORES 
❖ Nº de raízes → 1 
❖ Nº de canais → 1 
❖ Variações → pode ter 1 raiz e 2 canais ou 2 
raízes (1V e 1L) e 2 canais 
❖ Lima memoria → #45 
 
CANINOS INFERIORES 
❖ Nº de raízes → 1 
❖ Nº de canais → 1 
❖ Lima memoria → #60 
 
ANATOMIA INTERNA, CAVIDADE DE ACESSO E LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES 
Prof José Cláudio P. ENDODONTIA 
 
1º PRÉ-MOLAR 
❖ Nº de raízes → 1 
❖ Nº de canais → 1 
❖ Variações → pode apresentar diversas 
❖ Lima memoria → #45 
2º PRÉ-MOLAR INFERIOR 
❖ Nº de raízes → 1 
❖ Nº de canais → 1 
❖ Variações → Pode apresentar 2 canais 
❖ Lima memoria → #45 
1º MOLAR INFERIOR 
❖ Nº de raízes → 2 (M,D) 
❖ Nº de canais → 4 (1MV, 1ML, 1DV, 1 DL) ou 3 
(1MV, 1ML, 1D) 
❖ Variações → pode apresentar um 4º canal na 
raiz distal 
❖ Lima memoria → MV #35 ML #35 D#45 
2º MOLAR SUPERIOR 
❖ Canais são tratados como curvos 
❖ Nº de raízes → 2 (M,D) 
❖ Nº de canais → 3 
❖ Variações → Pode apresentar um 4º canal na 
raiz distal mas é mais raro que no 1º molar 
❖ Lima memoria → MV #35 ML #35 D #45 
Normalmente os canais mesiais estão mais afastados 
um do outro, e quando há um 4º canal eles tendem a 
ser mais próximos 
ALTERAÇÕES DE ANATOMIA INTERNA 
❖ C-Shaped 
• Canal em forma de C na região cervical 
• Mais frequentes em 2º molar inferior, ocorre 
em 1º molar inferior, e alguns pré-molares 
❖ Dilacerações 
❖ Reabsorções 
❖ Nódulos pulpares 
❖ Calcificações diversas 
❖ Dens in dente 
❖ Raízes supranumerárias 
❖ Canais supranumerários 
❖ Hipercementose 
• Com o depósito de cemento pode interferir 
na instrumentação e não chegar no limite 
apical de instrumentação 
• Pode terminar em delta apical, várias 
ramificações próximas ao término do canal 
radicular. 
 
 
 
 
 
 
CAVIDADES DE ACESSO E LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS 
Prof José Cláudio P. ENDODONTIA 
 
OBJETIVO 
❖ Seguir o formato da câmara pulpar e 
promover uma linha reta da superfície oclusal 
ao terço apical do canal, evitando que os 
instrumentos sofram deformações e frature. 
Os instrumentos endodônticos devem ser 
submetidos ao mínimo de stress para que a 
forma do canal seja previsível. 
DESGASTE COMPENSATÓRIO 
❖ É uma etapa complementar ao acesso 
coronário. Realizado principalmente em 
dentes com canais curvos ou atresiados 
❖ São utilizadas as brocas 3082 3083, mas pode 
ser usada a endo-Z. A broca deve ser 
posicionada para a zona de segurança 
VANTAGENS 
❖ Redução de perfurações apicas e 
deslocamentos do canal 
❖ Remoção de tecidos pulpares coronários 
contaminados que poderiam ser levados para 
o terço apical 
❖ Menor tensão do instrumento 
❖ Penetração mais profunda e precoce da 
solução irrigadora 
CUIDADOS ANTES DE INICIAR O ACESSO 
CLINICAMENTE 
❖ Observar a inclinação do dente se esta 
girovertido, mesializado ou distalizado para 
não perfurar uma face ou raiz na fase da 
trepanação, e acompanhar a inclinação 
durante o acesso 
❖ Observara a anatomia externa 
Trepanação: fase de acesso à câmara pulpar 
RADIOGRAFICAMENTE 
❖ Realizar boas tomadas radiográficas 
❖ Verificar tamanho da câmara pulpar, 
curvaturas da raiz e se há calcificações 
❖ Pode-se fazer uma bite-wing para ver melhor 
o tamanho e espessura da câmara pulpar 
❖ Posicionar a broca ao lado da radiografia para 
ter uma ideia da profundidade para o acesso 
❖ Se houver cárie, remover o tecido cariado 
previamente ao acesso para evitar infecção 
secundária 
MATERIAIS E INSTRUMENTOS 
❖ Brocas de alta rotação 
▪ Esféricas diamantadas 1011 → 1016 
(trepanação) 
▪ Troncocônicas 3082, 3083, Endo-Z (forma 
de contorno) 
❖ Brocas de baixa rotação 
▪ Esféricas carbide 2, 4, e 6 (remoção de 
tecido cariado/calcificações) 
▪ Brocas de Batt (refinamento final na 
cavidade) 
❖ Sonda exploradora nº 5 (verificar se ficou teto 
na câmara pulpar) 
❖ Pontas de Hein (localizar canais e verificar se a 
trepanação está correta) 
SEQUÊNCIA 
❖ O acesso inicial é feito sem isolamento 
absoluto, após a trepanação isolar e irrigar 
com NaClO 
❖ Brocas esféricas diamantadas 
❖ Trepanação → acessar a câmara pulpar 
❖ Brocas Troncocônicas → para dar a forma de 
contorno e desgaste compensatório 
❖ Pontas de Rhein → localizar os canais 
❖ Sonda exploradora nº5 → ver se ficou teto na 
câmara pulpar 
O princípio que devemos ter é do acesso reto e livre de 
obstruções para que o instrumento entre sem sofrer 
deformações 
Observando pela face oclusal o acesso deve estar 
divergente para o profissional 
Deve ser livre, e ter boa visualização de todos os canais 
 
 
TÉCNICAS DE ACESSO 
❖ Acesso a câmara pulpar→ Trepanação 
▪ Ponto ou área de eleição (onde sera 
iniciado com a broca esférica) 
▪ Forma de contorno inicial 
• Forma que depois será a forma final 
da cavidade 
• Broca troncocônica 
• Direção da trepanação (como a broca 
será direcionada para chegar a câmara 
pulpar) 
CAVIDADES DE ACESSO E LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS 
Prof José Cláudio P. ENDODONTIA 
 
❖ Preparo da câmara pulpar 
❖ Configuração final da cavidade intracoronária 
(forma de conveniência) 
ACESSO EM INCISIVOS SUPERIOROU 
INFERIOR LATERAL/CENTRAL 
❖ Ponto de eleição para iniciar a trepanação→ 
Parte central da face palatina/lingual 
❖ Forma de contorno incial→ triangular com 
base voltada para a borda incisal 
 
❖ Direção de trepanação → Pode iniciar 
perpendicular ao longo eixo do dente e depois 
paralelamente ao longo eixo do dente. Entrar 
com ângulo de 45º ao longo eixo do dente 
❖ Após trepanação → Com broca troncocônica 
começar a dar a forma de contorno 
❖ Com sonda nº 5 verificar se ainda há teto 
ACESSO EM CANINOS SUPERIORES E 
INFERIORES 
❖ Ponto de eleição para iniciar a trepanação → 
Parte central da face palatina/lingual 
❖ Forma de contorno inicial → Forma triangular 
com a base em formato de chama ou ponta 
de lança (superior); 
 
 
→ forma ovalada (inferior) 
 
❖ Direção de trepanação → Pode iniciar 
perpendicular ao longo eixo do dente e depois 
paralelamente ao longo eixo do dente. Entrar 
com ângulo de 45º ao longo eixo do dente 
❖ Após trepanação → Com broca troncocônica 
começar a dar a forma de contorno 
❖ Com sonda nº 5 verificar se ainda há teto 
ACESSO EM PRÉ-MOLARES SUPERIORES 
❖ Ponto de eleição para iniciar a trepanação → 
Área central da face oclusal 
❖ Forma de contorno inicial → Ovóide, maior 
dimensão no sentido V-P 
 
❖ Direção de trepanação → Broca paralela ao 
longo eixo do dente com a broca levemente 
voltada para o canal palatino, pois a câmara 
pulpar é mais ampla nesse sentido 
❖ Após trepanação → Com broca troncocônica 
começar a dar a forma de contorno 
❖ Com sonda nº 5 verificar se ainda há teto 
 
ACESSO EM PRÉ-MOLARES INFERIORES 
❖ Ponto de eleição para iniciar a trepanação → 
Mais próximo a fossa mesial da face oclusal 
 
 
❖ Forma de contorno inicial → circular ou 
ovoide 
 
❖ Direção de trepanação → Broca paralela ao 
longo eixo do dente 
ACESSO EM MOLARES SUPERIORES 
❖ Ponto de eleição para iniciar a trepanação → 
Superfície oclusal, no centro da fosse mesial 
❖ Forma de contorno inicial → Triangular com 
base voltada para vestibular 
 
 
 
❖ Direção de trepanação → entrar na oclusal 
próximo a fossa mesial paralelamente. Com a 
broca ligeiramente voltada para o canal 
palatino porque a câmara pulpar é mais ampla 
nesse sentido 
 
CAVIDADES DE ACESSO E LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS 
Prof José Cláudio P. ENDODONTIA 
 
ACESSO EM MOLARES INFERIORES 
❖ Ponto de eleição para iniciar a trepanação → 
Fossa central da superfície oclusal 
❖ Forma de contorno inicial → Trapezoidal (3 
canais) ou Retangular (4 canais) e pode ter 5 
também* 
• 3 canais: MV, ML, D (trapezoidal com base 
maior para mesial 
 
• 4 canais: MV, ML, DV, DL (retangular) 
 
• 5° canal: Localização entre o MV e ML 
 
❖ Direção de trepanação → Superfície oclusal no 
centro, com ligeira inclinação para o canal 
distal 
ERROS DURANTE O ACESSO CORONÁRIO 
❖ Area de eleição inadequada ou incorreta 
❖ Trepanar na área errada 
❖ Abertura insuficiente ou inadequada 
❖ Perfuração do assoalho (furca) 
❖ Acesso com isolamento absoluto 
❖ Não acompanhar a inclinação ou posição do 
dente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS 
Profª. Mônica Schutz ENDODONTIA 
 
INSTRUMENTOS 
❖ São ferramentas de natureza metálica, 
utilizados como agentes mecânicos na 
instrumentação do canal radicular 
❖ Preparo Químico Mecânico (PQM) → limpeza, 
ampliação e modelagem do canal radicular 
CLASSIFICAÇÃO 
❖ Desenho da parede de trabalho 
▪ Tipo K 
▪ Tipo Hedstroen 
▪ Farpadas 
▪ Limas de cateterismo → C+ for 
cateterization 
▪ Especiais → espiral de lentulo, acionado a 
motor 
TIPO K 
❖ Preparo e retratamento do canal radicular 
❖ Quadrado 
❖ Haste de corte helicoidal 
TIPO HEDSTROEN 
❖ Retratamento do canal radicular (remoção do 
material obturador) 
❖ Círculo 
❖ Haste de corte helicoidal 
FARPADAS (EXTIRPA POLPA) 
❖ Remoção da polpa dentária 
❖ Descartável em blister (cápsula) 
LIMAS DE CATETERISMO 
❖ C+ for cateterization 
ESPECIAIS 
❖ Usado para levar a medicação intracanal 
❖ Espiral de Lêntulo 
❖ Lentulo Sensipast (FKG) 
TIPOS DE MOVIMENTO 
 
LIMAGEM (ENTRA COM O INSTRUMENTO E 
VOLTA RASPANDO/LIMANDO AS PAREDES 
DO CANAL) 
▪ K-file 
▪ Hedstroen 
 
ALARGAMENTO 
▪ Limas K-file 
▪ Gates Gliden 
▪ L-Axxess 
 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA LIGA METÁLICA 
❖ Aço Inox (K-file, L-Axxess, Lêntulo) 
❖ Níquel titânio (NiTi) 
▪ Possui efeito memória de forma (EMF) → 
capacidade do material de recuperar 
grandes deformações, que aparentemente 
são permanentes 
▪ Super elasticidade 
▪ Indicada para tratamentos de canais curvos 
TIPO DE ACIONAMENTO 
❖ Manual 
❖ Mecanizado (com o contra ângulo: Gates 
Gliden e L-Axxes) 
PARTE DOS INSTRUMENTOS 
❖ Cabo ou haste de fixação 
▪ Para conectar no contra ângulo 
❖ Cabo ou haste metálica 
❖ Intermediário 
▪ Faz a conexão cabo/haste com a parte de 
trabalho/haste helicoidal 
▪ Não ativo 
❖ Parte de corte ou de trabalho 
▪ É a que toca dentro do canal → parte ativa 
INSTRUMENTOS MANUAIS 
❖ Tipo K 
▪ Aço inoxidável 
▪ NiTi 
❖ Tipo Hedstroen 
HASTE DE FIXAÇÃO 
❖ Instrumentos acionados a motor 
▪ Metal 
▪ Anéis marcadores 
▪ Cores variadas 
HASTE DE CORTE HELICOIDAL 
❖ Hélice 
❖ Canal helicoidal 
❖ Quanto mais profundo o canal, mais volume 
de solução irrigadora, porém quanto maior o 
volume também maior o acúmulo de dentina 
entra e volta limando as 
paredes 
(no início do PQM) entra, 
da ¼ de volta, traciona 
irriga e aspira 
 
INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS 
Profª. Mônica Schutz ENDODONTIA 
 
FORMA 
❖ Corta ou desgasta as paredes dentinárias do 
canal radicular 
SECÇÃO TRANSVERSAL 
 
❖ Diâmetros maiores 
❖ Diâmetros menores 
DIMENSÃO DOS INSTRUMENTOS 
❖ Comprimento 
❖ Diâmetro → vem no cabo 
❖ Conicidade 
COMPRIMENTO 
❖ Intermediário + parte de trabalho (sempre 
16mm) 
❖ O comprimento intermediário é variável 
❖ Tolerância de +/- 0,5mm 
CORPO DO INSTRUMENTO 
❖ Corpo → intermediário + parte ativa (sem o 
cabo) 
❖ 18, 21, 25, 38, 32mm 
CORPO MECANIZADO 
❖ Parte de trabalho + intermediário + haste de 
fixação 
❖ Haste de fixação é de 13mm + parte ativa com 
intermediário 
▪ Ex.: 32mm = 19mm intermediário + parte de 
trabalho 
▪ L-Axxes possui essas características 
 
DIÂMETRO 
❖ Padrão ISO (06 a 140) 
 
4 SÉRIES 
❖ Especial (06, 08 e 10) amarelo 
❖ 1ª série (15 a 40) azul 
❖ 2ª série (45 a 80) vermelho 
❖ 3ª série (90 a 140) verde 
 
 
TOLERÂNCIA DIMENSIONAL 
❖ Normal ISSO 36030-1 (1992) 
▪ +/- 0,02mm 
▪ +/- 0,04mm 
ESPECIAL 
❖ Aumento de 0,02mm: do nº 6 ao 10 
❖ Aumento de 0,05mm: do nº 15 ao 60 
❖ Aumento de 0,01mm: do nº 70 ao 140 
DIÂMETRO DA PONTA (VIRTUAL) → D0 
PROJEÇÃO DA HASTE DE CORTE ATÉ A PONTA DO 
INSTRUMENTO 
 
 
❖ D16 → diâmetro junto ao intermediário 
quando a lâmina ativa apresenta 16mm 
CONICIDADE DOS INSTRUMENTOS 
❖ Relação entre o aumento no diâmetro por 
unidade de comprimento da parte de trabalho 
dado por: 
𝐶 =
𝐷13 − 𝐷3
10
 
C= diferença entre o diâmetro maior ou menor dividida 
pela distância ente os pontos determinados 
❖ Ex.: 
▪ D16 = 16 x 0,02mm (padrão ISSO) = 0,32mm 
(distância) 
▪ 0,32 + 0,30 = 0,62mm diâmetro em D16 
0,02(𝑐𝑜𝑛𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒) =
𝐷16 − 𝐷0
16
 
PARTE DE TRABALHO DA LIMA É 16MM O QUE 
MUDA É O TAMANHO DO INTERMEDIÁRIO. 
 
 
 
 
TÉCNICA DE MOVIMENTOS ROTATÓRIOS ALTERNADOS (MRA) 
Prof. José Cláudio P. ENDODONTIA 
TÉCNICA M.R.A 
❖ Técnica coroa-ápice, prepara o canal primeirono terço médio-coronário para depois chegar 
ao ápice 
OBJETIVOS 
❖ Limpeza 
Promover a limpeza do canal removendo o 
conteúdo microbiano, pois quando a polpa 
está necrosada, o canal esta repleto de 
substrato para microrganismos 
❖ Desinfecção 
Eliminar as bactérias 
Ocorre formação de biofilme na parede do 
canal, logo o tratamento é de raspagem 
As bactérias penetram nos túbulos 
dentinários, e com essa técnica é possível 
retirá-los também 
❖ Modelagem 
Dar forma ao canal, não queremos mudar a 
forma, mas sim alargar, para remover a 
dentina infectada, esse alargamento favorece 
a desinfecção 
CINEMÁTICA DOS INSTRUMENTOS 
LIMAGEM: 
❖ Movimento que compreende uma penetração 
do canal e uma tração (entrar e sair) 
❖ Para retratamentos utiliza-se limas Hedstroen, 
para remover o material obturador 
❖ Limas Hedstroen são apropriadas para realizar 
limagem 
❖ Como complemento da instrumentação de 
canais ovais ou achatados 
❖ Áreas de recesso são áreas mais estreitas 
 
ALARGAMENTO 
❖ Penetra no canal gira 
1
3
 no sentido horário 
(sempre) e traciona (movimento de remoção) 
 
 
❖ Tipo K → para tocar todas as paredes do canal 
é só girar ¼ de volta 
❖ Tipo K Flexível → para tocar todas as paredes 
do canal é só girar 
1
3
 de volta 
Sempre com irrigação abundante, sem pressão e com 
agulha fina. Nunca se entra com nenhum instrumento 
dentro do canal sem irrigante (NaClO). 
 
M.R.A → MOVIMENTOS CONTÍNUOS DE 
ROTAÇÃO ALTERNADA 
❖ Compreende em penetrar no canal, girar 
1
3
 ou 
1
4
 de volta em sentido horário → anti-horário, 
pequenos recuos e pequenos avanços sem 
tirar o instrumento do canal, o ultimo 
movimento é sempre horário (nesse 
momento puxa-se a lima ao achar que está 
limpo), limpa o instrumento, irriga o canal, se 
achar que ainda não alargou volta com o 
instrumento limpo, se não avança para o 
próximo instrumento. 
❖ Sempre com o canal irrigado, a agulha deve 
estar com o cursor em CT – 2mm 
❖ Não pode irrigar com força, pois o NaClO é 
toxico e não pode extravasar para fora do 
ápice 
❖ Não se deve rotacionar lima Hedstroen 
❖ A diferença da necropulpectomia e 
biopulpectomia é que na BIO se remove a 
polpa 
CANAIS RETOS – NECROPULPECTOMIA 
ACESSO RADICULAR (COMEÇA A ENTRAR 
NA RAIZ DO DENTE) 
❖ Lima Kerr 15 até CDR – 5mm 
▪ Ex.: CDR = 20mm, lima Kerr em CDR – 5mm 
então se calibra a lima em 15mm penetra o 
canal girando discretamente 
❖ Brocas Gates Gliden no contra ângulo 
❖ Gates Gliden #2 → CDR -5mm, entra 15mm 
❖ Gates Gliden #3 → CDR -7, entra em 13mm 
❖ Gates Gliden #4 → CDR -9, entra em 11mm 
EXPLORAÇÃO DO CANAL ATÉ O ÁPICE “CDR 
-1MM” 
❖ Lima K #8, 10 ou 15 
TÉCNICA DE MOVIMENTOS ROTATÓRIOS ALTERNADOS (MRA) 
Prof. José Cláudio P. ENDODONTIA 
▪ CDR -1 (19mm) → Faz-se uma discreta 
curvatura com o pote dappen, com a lima 
pre-curvada permite que se a lima não 
descer no canal pois é irregular, gira 
discretamente que ela continua avançado 
ODONTOMETRIA (RADIOGRAFIA COM A 
LIMA DENTRO DO CANAL) 
❖ Lima K #15 → CDR -1mm (a lima 8 e 10 não 
aparece bem na radiografia), não pe o ideak 
que a lima fique em CP 
❖ Raio X 
❖ Obtenção de CP e CT 
▪ CP (comprimento de patência) → 
comprimento total do extremo coronário 
até o ápice do dente, onde o canal fica 
aberto aos tecidos periodontais 
▪ CT (comprimento de trabalho) → fica 1mm 
aquém do CP, é o ponto ideal de trabalho, 
porque é a media da distância do ápice até a 
junção cemento dentinária “término da 
polpa”. 
2º BLOCO DE ALARGAMENTO 
❖ Preparo apical 
❖ Realizado no CT 
❖ Instrumentação planejada (dar uma regra 
para cada dente vai ter um diâmetro de 
preparo) 
▪ Volume radicular 
▪ Presença de curvatura 
▪ Tipo de instrumento utilizado 
▪ Diâmetro anatômico médio do canal 1mm 
aquém do ápice 
▪ Lima de memória (ultimo instrumento do 
alargamento do preparo apical) 
▪ Limpeza do forame apical 
Levar lima 20 até a patência para limpar o 
trecho final, não para alargar 
▪ Lima de patência 
Entre uma lima de alargamento e outra deve-
se usar uma lima 15 para sempre manter o 
canal desobstruído/livre, em toda sua 
extensão 
❖ Alargamento 
▪ MRA → horário xxxx → anti-horário xxx → 
irriga → aspira → aspira → horário → 
traciona 
▪ A cada troca de lima: irrigação → lima 15 na 
patência para manter o canal livre 
▪ Nesse exemplo a lima de memória 45, 
significa que o diâmetro nesse CT será 
0,45mm 
▪ Lima 25 no CT 
▪ Lima 15 em CP para desobstruir → até lima 
45 no CT 
LIMAS DE MEMÓRIA 
CANAIS AMPLOS – LIMA DE MEMÓRIA 60 
❖ Incisivos centrais superiores 
❖ Canais superiores e inferiores 
CANAIS DE VOLUME MÉDIO – LIMA DE 
MEMÓRIA 45 
❖ Pré-molares superiores e inferiores 
❖ Incisivos centrais e laterais inferiores 
❖ Distais dos molares inferiores 
❖ Palatina dos molares superiores 
CANAIS ESTREITOS, CURTOS OU AMBOS – 
LIMA DE MEMÓRIA #35 (NITI) 
❖ Incisivo lateral superior 
❖ Vestibulares dos molares superiores 
❖ Mesiais dos molares inferiores 
3º BLOCO DE ALARGAMENTO (STEP BACK) 
❖ Falta unir o alargamento apical e o que a 
Gates Gliden produziu, isso se da através do 
Step Back 
❖ Step Back (recuo escalonado) 
❖ Escalonado porque a medida que vai 
recuando vai aumentando o diâmetro do 
instrumento 
❖ O Step Back começa com lima de nº acima Ex.: 
#50, porém recuada 1mm a menos, depois a 
#55 com 1mm a menos, a #60 com 1mm a 
menos, a #70 1mm a menos 
❖ A partir do CT = 18mm Ex.: 
50 → 17mm 
55 → 16mm 
60 → 15mm 
70 → 14mm 
❖ Em geral com 3 a 5 recuos como esse até 
atingir o preparo feito com a Gates, ao 
perceber que a lima fica frouxa está concluído 
essa etapa 
❖ Recapitulação com lima de memória 
TÉCNICA DE MOVIMENTOS ROTATÓRIOS ALTERNADOS (MRA) 
Prof. José Cláudio P. ENDODONTIA 
❖ Limpeza do forame apical com lima de 
patência 
CANAIS RETOS BIOPULPECTOMIA 
❖ Esse procedimento se faz com instrumento 
EXTIRPA POLPA (instrumento farpado) 
❖ Deve-se apenas penetrar na polpa e tracionar, 
não se deve travar no canal, a escolha não é 
muito específica, depende do diâmetro do 
canal 
❖ O objetivo desse procedimento é que se 
remova a maior quantidade de tecido pulpar 
em um momento único 
❖ Com isso melhora a visualização ao canal, 
sangramento e anestesia (remoção das fibras 
nervosas) 
SEQUÊNCIA 
1. RX inicial 
2. Determinação do CDR 
3. Acesso coronário 
4. Exploração 
5. BIOPULPECTOMIA 
6. Acesso radicular (Gates Gliden/ L-Axxess) 
7. Odontometria 
8. Preparo apical 
9. Step Back 
M.R.A – CANAIS CURVOS 
❖ Canais curvos são mais bem-sucedidos no 
tratamento com limas Níquel Titânio, pois são 
mais flexíveis e acompanham a curvatura 
❖ RX inicial 
❖ Determinação do CDR 
❖ Acesso coronário 
❖ Exploração 
▪ Lima #6, #8, #10 → agora a exploração do 
canal será até CDR -1mm antes das Gates, 
para garantir que se conheça a curvatura, 
criando um leito (instrumento percorre toda 
extensão deixando um rastro para os outros 
instrumentos seguirem) 
❖ Acesso Radicular 
▪ Brocas endo-Z, 3082, 3083, LA-Axxess 
▪ Essa manobra visa fazer um desgaste anti-
curvaturas (desgaste compensatório) 
▪ Se a curvatura esta para um lado o desgaste 
é feito na parede contrária, isso para fazer 
com que a lima entre de uma maneira mais 
retilínea aliviando a curvatura 
DESGASTE COMPENSATÓRIO 
▪ Segurança na instrumentação 
▪ Alivia o stress no instrumento 
▪ Reduz o atrito 
▪ Aumenta a possibilidade de entrar mais 
irrigante no canal 
 
 
 
 
1º BLOCO DE ALARGAMENTO 
❖ Pré-alargamento inicial com NiTi#15 a 40 em 
comprimento passivo (ao sentir resistência 
para) não é para fazer um avanço agudo, 
movimentos horário/anti-horário, pois vai 
haver atrito e começa a cortar, colocar as 
limas com cursor em CDR -1 por segurança, 
mas sempre em comprimento passivo 
❖ GG #2 e GG# 3 → comprimento passivo 
❖ Odontometria 
▪ NiTi #15 → CDR-1mm 
▪ RX 
▪ Obtenção do CT e CP 
▪ Ajuste se necessário 
 
COMEÇA O 2º BLOCO DE ALARGAMENTO 
❖ Preparo apical 
▪ Realizado em CT 
▪ Limas NiTi 
▪ Usando mesmo conceito de instrumentação 
planejada 
o Todo canal curvo a lima de memória 
é a de 35 de NiTi 
o Em D0 ficará 0,35mm 
▪ Limpeza do forame apical 
o A irrigação deveria ser sempre 2 ou 
3mm aquém do CT 
o Sem pressão 
o Movimentando a agulha dentro do 
canal, não deve travar e dar pressão 
joga para o tecido perirradicular 
o O volume deve ser aproximadamente 
de 20ml de NaClO por canal 
▪ Lima de patencia #15 (só para ver se está 
desentupido, desobstruir e deixar livre) 
 
TÉCNICA DE MOVIMENTOS ROTATÓRIOS ALTERNADOS (MRA) 
Prof. José Cláudio P. ENDODONTIA 
Entre cada troca de limas: irrigação/ aspiração/ 
patência/ irrigação/ aspiração/ troca de limas 
 
COMEÇA O 3º BLOCO DE ALARGAMENTO 
❖ Para unir o preparo apical ao preparo do terço 
médio cervical, e deixar o canal cônico 
contínuo da coroa até o ápice. 
STEP BACK 
❖ Recuo escalonado sempre 1 em 1mm 
❖ Começa com lima NiTi 40 (porque a lima de 
memória de canal curvo é sempre 35) 
❖ Antes de colocar medicação intracanal ou 
obturar fazer recapitulação com lima de 
memória 35 
❖ Limpeza do forame apical 
▪ Lima #20 no CT 
▪ A irrigação deveria ser sempre 2 ou 3mm 
aquém do CT 
▪ Sem pressão 
▪ Movimentando a agulha dentro do canal, sem 
pressão para não extravasar NaClO para os 
tecidos perirradiculares 
▪ O volume deve ser aproximadamente de 20ml 
de NaClO por canal 
PONTO DE REFERÊNCIA 
❖ Ponto fixo em que se coloca o cursor apoiado 
em alguma área plana da coroa do dente. 
Tem que usar sempre a mesma marcação que 
a utilizada no momento da odontometria, 
para não perder o comprimento de trabalho, 
diminuindo o risco de perfuração ou sub-
instrumentação 
❖ Sempre deve-se anotar no prontuário o 
comprimento de trabalho e seu ponto de 
referência 
❖ Se o houver perfuração no ápice o problema é 
menor que uma perfuração no terço médio 
cervical, pois quanto mais próximo ao sulco 
gengival, maior a quantidade de 
microrganismos 
FRATURA DO INSTRUMENTO 
❖ Pode ocorrer por imobilizar a ponta e 
continuar girando, ou fadiga 
 
 
 
 
 
 
 
ANESTESIA EM ENDODONTIA 
Prof.ª Luciana A. ENDODONTIA 
DOR 
❖ Os anestésicos odontológicos são capazes de 
fazer que se perca a sensibilidade bloqueando 
o polo transmembranar do canal de sódio 
voltagem independente. 
❖ Para ocorrer a despolarização, para o impulso 
nervoso ser gerado há necessidade de influxo 
de sódio, ao bloquear esse canal a fibra 
nervosa não despolariza e a mensagem de 
estímulo nocivo (dor) não é transmitida até o 
córtex sensorial. 
❖ Anestésico local será usado em todos 
procedimentos endodôntico. 
PRINCIPAIS EFEITOS DESEJÁVEIS DA 
ANESTESIA NA ENDODONTIA 
❖ Que ela promova a anestesia durante o 
procedimento endodôntico 
❖ Desejamos que ocorra anestesia e hemostasia 
durante o procedimento cirúrgico, nesse caso 
iremos usar anestésicos de maior duração 
❖ Em caso de procedimento cirúrgico ou casos 
onde a intervenção é mais prolongada pode-
se usar um anestésico local de maior duração 
que possa também contribuir no controle de 
dor pós-operatória. 
REQUISITOS PARA A TÉCNICA ANESTÉSICA 
❖ O anestésico escolhido deve anestesiar em 
uma profundidade que seja satisfatória para o 
tipo de procedimento que vai ser realizado 
❖ Duração suficiente 
❖ Mínimo desconforto/dor para o paciente 
❖ Tempo de latência do anestésico deve ser 
considerado 
❖ Deve ser segura para o paciente 
CRITÉRIOS DE ESCOLHA DO ANESTÉSICO 
PACIENTE SAUDÁVEL/TRATAMENTO DE 
ROTINA 
I. Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 
II. Mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000 
III. Articaína 4% com epinefrina 1:100.000 
▪ Relatos de parestesia prolongada 
relacionada a Articaína 
 
 
CONSULTA PROLONGADA NA CIRURGIA 
PERIRRADICULAR OU TRATAMENTO MAIS 
COMPLEXO COM INTERVENÇÃO 
PROLONGADA 
I. Bupivacaína 0,5% com epinefrina 1:200.000 
▪ Promove 4 horas de anestesia de tecido 
pulpar e 7 em tecidos moles. 
▪ Indicado para procedimentos muito 
invasivos e após o procedimento precise 
de auxílio no controle da dor para dar mais 
conforto. 
PACIENTES QUE NECESSITAM DE CUIDADOS 
ESPECIAIS 
GESTANTES 
❖ Em gestantes nunca deve ser utilizada 
felipressina por ter efeito ocitócico (acelera o 
parto), geralmente está associada à 
prilocaína. 
HIPERTENSOS 
❖ Aferir a P.A e glicemia, só atender se estiver 
com a P.A. controlada. Utilizar: 
▪ Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 
▪ Articaína 4% com epinefrina 1:100.000 
❖ Máximo de 2 tubetes por sessão 
PRINCIPAIS TÉCNICAS UTILIZADAS 
MANDÍBULA 
❖ Técnica do nervo alveolar inferior mais 
adequada 
❖ Bloqueio do nervo mentoniano e incisivo 
MAXILA 
❖ Técnica infiltrativa é importante, tanto por 
vestibular quanto por palatina 
❖ Em primeiro molar, bloqueio do nervo 
alveolar superior posterior e médio, para 
promover anestesia da raiz mesio-vestibular. 
❖ Em pré-molares, incisivos e caninos → 
infiltrativa por vestibular e palatina –em casos 
em que haja a presença de fistula, é 
necessário realizar a técnica infra-orbital. 
 
Se após anestesiar o paciente ainda relatar sinal de dor 
ou desconforto repetir a técnica, se ainda houver 
desconforto é necessário realizar uma das técnicas 
anestésicas suplementares, mas essas não podem ser 
usadas para substituir as técnicas principais. 
ANESTESIA EM ENDODONTIA 
Prof.ª Luciana A. ENDODONTIA 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS SUPLEMENTARES 
ANESTESIA INTRALIGAMENTAR 
❖ 1ª escolha 
❖ 75% de chance de sucesso logo na primeira 
aplicação, 95% na segunda aplicação. 
TÉCNICA 
❖ Posicionar a agulha nas regiões proximais do 
dente forçando o anestésico loca contra os 
espaços medular ao redor do dente, atingindo 
as fibras nervosas e provocar anestesia. 
❖ Efeito imediato, porém, tem curta duração 
(aproximadamente 20 min) 
❖ Agulha curta, dobrada com pinça porta 
agulha, injetar uma pequena quantidade do 
anestésico na mesial e distal do dente, vai 
sentir resistência na agulha 
CONTRAINDICAÇÕES 
❖ Periodontite apical aguda abcesso perir-
radicular agudo, pois como iremos forçar o 
anestésico contra os espaços medulares em 
direção perirradicular, nesses quadros o 
paciente irá sentir muita dor. 
ANESTESIA INTRAPULPAR 
❖ 2ª escolha 
❖ Causa muita dor ao paciente, se faz sempre 
necessário avisar o paciente 
❖ Não é indicada em casos de necrose pulpar, 
pois irá empurrar microrganismos para fora 
do forame apical 
❖ Indicada em casos de pulpite irreversível que 
não respondeu as técnicas 
TÉCNICA 
❖ Inserir a agulha injetando o anestésico, até 
sentir a maior resistência, nesse momento 
injetar o anestésico com uma forte pressão 
sobre o êmbolo da carpule por cerca de 5 a 10 
segundos. 
❖ A pressão é mais importante para o sucesso 
da tecnica que a solução anestésica usada. 
❖ Anestesia imediata, dura cerca de 15 a 20 
minutos 
❖ É necessário remover toda polpa, durante a 
duração da técnica para que não volte a 
sensibilidade. 
 
ANESTESIA INTRAÓSSEA 
❖ Pouco realizada no Brasil, pois precisa de 
equipamento, e treinamento. Aplicação de 
anestésico diretamente no osso trabecular. 
Anestesia prévia nos tecidos mole, e 
perfuração até sentir sensação de queda no 
osso esponjoso. 
❖ Não é indicada em casos de infecção no local, 
e quando há proximidades com estruturas 
vitais (raízes ou dentes em estágio de 
desenvolvimento). 
 
Quando utilizamos instrumentos endodônticos eles 
atuam como embolo dentro do canal, eles fazem 
pressão estimulam os nervos e tecidos perirradiculares 
e o paciente pode sentir dor. 
Se houver processo inflamatório, não se deve usar a 
técnica infiltrativa. 
Variações anatômicas e erros na aplicação da técnica 
podem ser a causa do insucesso, por isso a técnica 
anestésica deve ser escolhida adequadamente.NECROSE PULPAR 
❖ O processo de necrose pulpar é parcial, vai 
acometendo aos poucos e em partes, por isso 
mesmo em casos de necrose o paciente por 
apresentar sensibilidade 
❖ A polpa apresenta 2 categorias de 
nociceptores, as fibras A-delta que se 
localizam perifericamente a polpa e as fibras C 
que se apresentam em uma posição mais 
profunda, as fibras C são mais resistente a 
hipóxia, por isso as vezes há um resultado 
falso positivo em testes de sensibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBTURAÇÃO DE CANAIS RADICULARES 
Prof.ª Mônica Schutz ENDODONTIA 
DEFINIÇÃO 
❖ Completo preenchimento e selamento do 
canal radicular que já está limpo (desinfectado 
em caso de infecção) e modelado. 
❖ Bactérias mais comuns são anaeróbias, ao 
selar a cavidade sem desinfectar se torna um 
ambiente favorável a elas, por isso deve estar 
desinfectado. 
MOTIVO DE SELAR A CAVIDADE 
ENDODÔNTICA 
❖ Pode causar infiltração pela saliva (saliva rica 
em microrganismos). 
❖ Promover selamento coronário, lateral e 
apical, selando de forma tridimensional a 
cavidade do canal, com isso são selados 
irritantes que tenham sobrevivido ao P.Q.M. e 
a M.I.C. 
❖ Impedir que novos microrganismos se 
desenvolvam no canal radicular 
❖ Perpetuar o estado de desinfecção após o 
P.Q.M. e a M.I.C., eliminando espaços que 
sirvam de abrigo para biofilmes bacterianos. 
❖ Não é possível esterilizar o canal, apenas 
reduzir a carga microbiana ao máximo 
possível, compatível com cura, com um 
selamento adequado é possível dificultar a 
proliferação de microrganismos 
remanescentes. 
MATERIAL 
❖ Núcleo sólido (cone de guta-percha) associado 
ao cimento 
❖ Deve ser biologicamente compatível (não 
pode ser citotóxico) 
MOMENTO IDEAL PARA OBTURAR 
❖ P.Q.M. precisa estar completo 
▪ Ampliação, limpeza, desinfecção e 
modelagem 
❖ Após o P.Q.M e antes de aplicar a medicação 
(se necessário), fazer a remoção da smear 
layer 
▪ Com irrigação de EDTA (quelante) a 17% 
deixando as paredes do canal limpa para 
receber a obturação 
▪ Melhor penetração do cimento nas entradas 
dos túbulos dentinários. 
❖ Não pode haver umidade, sangue ou 
exsudação persistente (nesse caso, refazer o 
P.Q.M.) persistente no canal. 
❖ Não pode haver dor ou sintomatologia 
(sensibilidade a percussão/sensação de dente 
crescido) 
❖ Ausência de odor fétido 
O QUE FAZER QUANDO A SESSÃO DE 
OBTURAÇÃO PRECISA SER ADIADA 
❖ Refazer o P.Q.M. checando a odontometria 
❖ Aplicar M.I.C. com pasta HPG (casos de 
infecção), quando não há infecção não é 
necessária a ação antibacteriana. 
❖ Adicionar radiopacificador e levar com espiral 
de lêntulo 
PACIENTE VOLTA COM DOR OU 
PERSISTÊNCIA DE EXSUDATO 
PROTOCOLO DA PERSISTÊNCIA 
▪ Recapitulação do P.Q.M. 
▪ Medicação intracanal com pasta HPG 
▪ Antibioticoterapia por 7 dias com amoxicilina 
500mg de 8/8h, se for alérgico, clindamicina 
300mg 6/6h. 
▪ Se persistir os sintomas uma semana depois 
▪ Fazer o retratamento do canal e obturar 
▪ Cirurgia perirradicular 
Expões aquela área e cureta, porque tratou 
tudo dentro do canal, mas se tiver biofilme 
extra radicular e o tratamento de canal não 
tem acesso a eles. 
OBTURAÇÃO 
SESSÃO ÚNICA 
❖ Em dentes com polpa viva, a obturação em 
sessão única reduz a probabilidade de 
infecção. 
❖ Condições anatômicas – fácil de tratar. Canais 
atrésicos ou calcificados são mais demorados 
para tratar 
❖ Tempo viável 
❖ Habilidade 
❖ Disponibilidade de material 
 
Dente com polpa viva pode ter inflamação, mas sem 
infecção garante um ótimo prognóstico. 
 
OBTURAÇÃO DE CANAIS RADICULARES 
Prof.ª Mônica Schutz ENDODONTIA 
MÚLTIPLAS SESSÕES 
❖ Exigem pelo menos duas sessões para 
conseguir eliminar bactérias que tenham 
sobrevivido ao P.Q.M. e a M.I.C. 
❖ Dente despolpado 
❖ Com presença de biofilme bacteriano e 
matéria orgânica necrosada 
❖ Com necrose pulpar com ou sem lesão 
❖ Retratamento com lesão perirradicular 
associada 
❖ Medicação intracanal com pasta HPG entre 
consultas 
 
Em casos de biopulpectomia e não der para fazer em 
sessão única utilizar medicação intracanal sem 
Paramonoclorofenol. 
 
LIMITE APICAL DA OBTURAÇÃO DO CANAL 
RADICULAR 
❖ Na hora da instrumentação deve criar um 
batente para que a guta trave, de preferência 
o mais próximo possível à junção cemento-
dentina, o batente apical tem que coincidir 
com o CT, não deve ficar nem além e nem 
aquém de 0,5 a 2mm do ápice radiográfico, a 
guta tem que travar no batente apical. 
❖ Se ficar muito aquém pode se desenvolver 
biofilme bacteriano nas paredes do canal 
SUBOBTURAÇÃO 
❖ Não houve travamento do cone no batente 
apical e extravasou 
❖ O material obturador tem que estar contido 
dentro do canal radicular, por isso o limite 
apical de obturação deve ficar entre 0,5 a 
2mm do ápice radiográfico 
❖ Potencial de fracasso na terapia endodôntica 
❖ Microrganismos envolvidos na indução 
 
MATERIAIS OBTURADORES 
❖ Tem como objetivo preencher a cavidade 
endodôntica e selar de forma tridimensional 
 
CONES DE GUTA-PERCHA 
❖ Padronizados de acordo com os instrumentos 
▪ 1ª série 15 a 40 
▪ 2ª série 45, 50, 55, 60, 70, 80 
❖ Acessórios → não possuem ponta definida e 
tem mais conicidade, usados como 
CONE PRINCIPAL 
❖ É sempre o primeiro cone a ser ajustado 
dentro do canal radicular, deve travar no 
batente apical. Sabemos que o cone esta 
travado adequadamente quando ao puxar 
sentimos resistência. 
CONES ACESSÓRIOS 
❖ Servem como acessório na técnica de 
compactação lateral, vão sendo introduzidos 
para preencher os espaços criados pelo 
espaçador digital. 
❖ Em canais muito curvos esses cones são 
ideais para serem utilizados como principal. 
GUTA-PERCHA ALPHA E BETA 
(TERMOPLASTIFICADA) 
❖ Vantagens 
▪ Adaptação as irregularidades do canal 
▪ Biocompatibilidade 
▪ Radiopacidade 
▪ Estabilidade dimensional 
▪ Plastificação por meios físicos e químicos 
▪ Não altera a cor da coroa 
▪ Fácil remoção do canal 
❖ Desvantagens 
▪ Pouca resistência a flexo-compressão 
▪ Fácil torção ao tentar ajustar, e deformação 
▪ Pouca adesividade 
▪ Não cola na parede do canal 
▪ Pode sofrer deslocamento quando 
pressionada 
▪ Pode extravasar para os tecidos 
perirradiculares se não for travada 
CIMENTO ENDODÔNTICO 
❖ SEALER 26 
❖ Serve para reduzir os espaços entre o cone 
principal e as paredes do canal, o cimento 
ideal deve ter: 
▪ Fácil inserção e remoção do canal 
▪ Bom tempo de trabalho 
▪ Selamento tridimensional 
▪ Bom escoamento 
▪ Radiopacidade 
▪ Força coesiva (manter estabilidade 
dimensional) 
▪ Não manchar a coroa dentária 
OBTURAÇÃO DE CANAIS RADICULARES 
Prof.ª Mônica Schutz ENDODONTIA 
▪ Adesividade as paredes do canal 
▪ Insolúvel nos fluídos teciduais e na saliva 
▪ Impermeável no canal 
▪ Biocompatibilidade 
▪ Atividade antimicrobiana 
▪ Solúvel ou reabsorvível nos tecidos 
perirradiculares 
 
TÉCNICA DE COMPACTAÇÃO LATERAL 
ESPAÇADOR ENDODÔNTICO DIGITAL 
❖ Abre espaço para novos cones de guta-percha 
❖ Tem que introduzir com suavidade para evitar 
trincas ou fraturas na raiz (sem causar tensões 
na parede do canal radicular) 
❖ Deve ser colocado com um cursor 
SELEÇÃO DO ESPAÇADOR ENDODÔNTICO 
❖ Maior diâmetro que penetrar 2 a 3mm aquém 
do CT, porque se passar o cone principal não 
está travado 
 
PINÇA PARA OBTURAÇÃO DO CANAL 
RADICULAR 
❖ Tipo Perry → a ponta da pinça tem que estar 
perpendicular ao longo eixo do dente/canal 
para fazer o papel do cursor 
 
RÉGUA CALIBRADORA 
❖ Deve ser perfurada com metais nos furos 
 
DESCONTAMINAÇÃO 
❖ Banhar o cone cm NaClO 
 
SELEÇÃO DO CONE PRINCIPAL 
❖ É permitida uma margem de erro na 
fabricação dos cones de guta-percha de 
0,02mm para + ou -, então se deve utilizar a 
régua calibradora para checar se o cone 
padronizado etapa com a medida correta ou 
corrigi-la fazendo um ajuste fino na ponta docone com uma lâmina de bisturi nº 11. 
❖ O cone acessório pode ser utilizado como 
cone principal desde que calibrado 
corretamente na régua calibradora de acordo 
com a lima de memória do preparo 
❖ Fazer inspeção visual 
❖ Se está no CT 
❖ Se teve deformação plástica 
Critério tátil 
❖ Se o cone travou (sentir pequena resistência 
ao puxar o cone) 
❖ Critério radiográfico 
Não pode estar nem além nem aquém do CT 
 
CONES DE PAPEL 
❖ Não pode ser fino ou grosso, deve ser 
compatível com o cone de guta 
 
PREPARO DO CIMENTO 
❖ Espátula flexível nº 24 
❖ Manipular com movimentos circulares 
❖ Lubrificar o canal 
❖ Antes de introduzir o cone ou levar o cimento 
ao canal, lubrificar com cone de papel estéril 
 
COMPACTAÇÃO LATERAL PROPRIAMENTE 
DITA 
❖ Usar espaçadores A, B, C, a geometria da 
ponta adequada para deslizar o instrumento 
do canal 
❖ O D tem uma ponta que não favorece o 
instrumento deslizar para dentro do canal 
❖ Coloca-se o cone principal e depois o maior 
espaçador que chegue de 2 a 3mm do CT sem 
muita tensão 
❖ Tirar o espaçador e introduzir rapidamente o 
cone acessório, depois vai colocando o 
espaçador até onde sentir pouca tensão 
❖ Ao ver que chegou à embocadura do canal se 
corta os cones com instrumento aquecido 
❖ Não pode ficar nem cimento e nem guta na 
câmara pulpar 
❖ Em seguida faz a compactação com o 
compactador de Paiva 
 
AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA 
❖ Não pode ter espaços sem preenchimento e 
nem bolhas 
LIMPEZA DA CÂMARA PULPAR 
❖ Com algodão estéril embebido em álcool 
❖ O material obturador deve estar contido 
apenas dentro do canal radicular 
❖ Não deve ficar nenhum algodão na câmara 
pulpar 
OBTURAÇÃO DE CANAIS RADICULARES 
Prof.ª Mônica Schutz ENDODONTIA 
SELAMENTO CORONÁRIO 
❖ Ionômero de vidro 
❖ IRM 
❖ Obturador provisório 
AJUSTE OCLUSAL 
RADIOGRAFIA FINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE INFECÇÃO 
Prof. José Cláudio P. ENDODONTIA 
 
PADRÃO DE COLONIZAÇÃO BACTERIANA 
NOS SISTEMAS DE CANAIS RADICULARES 
❖ Em suspensão no canal → na luz do canal 
principal 
❖ Aderidos a parede do canal 
❖ No interior dos túbulos dentinários → Por isso 
é importante o alargamento 
❖ No interior das lesões perirradiculares 
❖ Biofilme perirradicular 
CONTROLE DA INFECÇÃO 
❖ Instrumentação 
❖ Ação mecânica dos instrumentos removendo 
dentina infectada 
❖ Irrigação 
❖ Com NaClO, além da força física 
(movimentando dentro do canal) a ação 
química do próprio irrigante é muito 
importante 
❖ Medicação Intracanal 
▪ Atuar em áreas e a irrigação talvez não 
tenham atuado bem 
▪ Fica agindo por 7 dias 
▪ Penetra nos túbulos dentinários 
❖ Assepsia 
❖ Previnir infecção secundaria com 
biossegurança mantendo a cadeia asséptica 
 
PROPAGAÇÃO DE INFECÇÕES 
ENDODÔNTICAS 
DIRETA POR CONTINUIDADE 
❖ Celulilite bucal ou facial 
❖ Angina de Ludwig 
▪ Sublingual bilateral 
▪ Submentoniano 
▪ Submandibular 
▪ Infecções profundas no pescoço 
❖ Fascite necrosante 
À DISTÂNCIA 
❖ Trombose do seio cavernoso 
▪ Rotas: 
Rota anterior → dentes anteriores superiores 
Rota posterior → dentes molares superiores 
❖ Abcesso cerebral 
▪ Multiplas lesões perirradiculares 
 
 
VIAS DE INFECÇÃO DA POLPA 
❖ Exposição pulpar → polpa exposta pela cárie e 
a bactéria entra 
❖ Túbulos dentinários → bactérias podem 
entrar nos túbulos dentinarios, através de 
restaurações deficientes atingem a dentina e 
através dos túbulos chegam até a polpa 
❖ Periodonto → perda de inserção, bolsa 
periodontal ou infecção periodontal, atingem 
o canal lateral, ou forame apical e pode causar 
uma infecção 
❖ Anacorese hematogênica → Feixe vasculho-
nervoso que nutre a polpa é rompido. 
Acontece o rompimento por traumatismo, e 
as bactérias que estavam na corrente 
sanguínea entram no canal. Em dentes 
traumatizados pode ser que ocorra a entrada 
de bactérias por fissuras ou trincas. 
 
TIPOS DE INFECÇÃO 
INFECÇÃO EXTRA RADICULAR 
❖ Fora do canal 
 
CARACTERISTICAS 
❖ Microrganismos estão extra radiculares 
❖ Inacessível aos procedimentos 
❖ Podem ser a causa do insucesso do 
tratamento, pois em alguns casos há a 
infecção, o paciente não ioseprocurou 
atendimento, bactérias colonizam a superfície 
externa da raiz, logo a instrumentação e 
medicação intracanal não surtem efeito 
❖ Não podemos extravasar NaClO ou M.I.C. 
❖ Muitas vezes só se descobre ao fazer 
procedimento cirúrgico devido aos fracassos 
❖ Abcesso perirradicular, especialmente o 
agudo, é um exemplo de infecção extra 
radicular 
 
CAUSA 
❖ Formação de biofilme perirradicular, bactérias 
só conseguem se colonizar bem na superfície 
da raiz com esse biofilme. 
❖ No caso do abcesso perirradicular agudo, 
inflamação purulenta nos tecidos 
perirradiculares, em resposta a saída de 
bactérias virulentas pelo forame apical. 
TIPOS DE INFECÇÃO 
Prof. José Cláudio P. ENDODONTIA 
 
INFECÇÃO INTRA-RADICULAR PRIMÁRIA 
❖ Infecção primária ou virgem 
CARACTERISTICAS 
❖ Infecção com grande número de espécies, 
mais de 100 espécies diferentes já foram 
encontradas nos canais radiculares, mas 
normalmente são encontradas de 10 a 30 
espécies 
❖ Etiologia semi-especifica porque várias 
espécies bacterianas estão mais asociads em 
quadros agudos 
❖ Predominio de anaeróbios estritos (cerca de 
90%) 
INFECÇÃO INTRA-RADICULAR SECUNDÁRIA 
❖ Microrganismos nãos presentes na infecção 
primária, mas que entraram por alguma razão 
CARACTERISTICAS 
❖ Penetração durante o tratamento por quebra 
da cadeia asséptica 
❖ O curativo soltou e outras bactérias pode ter 
entrado no canal 
❖ Após a conclusão do tratamento, o canal foi 
obturado, colocou restauração, e de repente 
o dente fratura, formação de um caminho 
para as bactérias chegarem ao canal 
❖ Se a guta-percha ficar exposta a saliva por 
cerca de 20 dias, é necessário fazer todo 
tratamento novamente 
INFECÇÃO INTRA-RADICULAR PERSISTENTE 
CARCTERISTICAS 
❖ Microrganismos que sobreviveram ao PQM 
❖ Monoinfecção ou poucas espécies 
❖ Gram + são as mais prevalentes 
❖ Anaeróbios facultativos 
❖ Enterococcus faecalis, mais relacionada ao 
fracasso do tratamento endodôntico 
❖ Fungos 
 
RETRATAMENTO DE CANAL 
Prof.ª Mônica Schutz ENDODONTIA 
CRITERIOS DE SUCESSO 
❖ Ausência de lesão perriradicular 
❖ Ausência de destruição óssea perirradicular 
❖ Ausência de outros sinais e sintomas de 
infecção 
▪ Dor 
▪ Tumefação (edema) 
▪ Fístula (é o trajeto que comunica a parte 
mais central da infecção ao meio bucal) 
 
Tempo para caracterizar sucesso do tratamento 
endodôntico é de em média 2 anos 
 
CAUSA DE INSUCESSO 
 ORIGEM MICROBIANA 
❖ Infecção intra-radicular (90% Streptococos 
faecalis/ outros Streptococos) 
❖ Infecção extra-radicular (mais rara que 
intraradicular) 
❖ Intervenção cirúrgica, removendo a ponta 
da raiz 
 
ORIGEM NÃO MICROBIANA 
 FATORES EXÓGENOS (REAÇÃO DE CORPO 
ESTRANHO) 
❖ Material obturador 
▪ No passado o material tinha muita 
toxicidade 
▪ Canal mal obturado 
❖ Cones de papel 
▪ Fragmentos de celulose não região 
perriradicular 
 
FATORES ENDÓGENOS 
❖ Cisto baía 
▪ Sai do apica e fica em comunicação com o 
canal radicular, geralmente cura com 
tratamento endodôntico. 
❖ Cristal de colesterol 
▪ Acúmulo de gordura cristalizada no tecido 
perirradicular, o organismo reconhece 
como corpo estranho e tenta eliminar. 
❖ Cisto verdadeiro 
▪ Pode ter início endodôntico depois se torna 
independente 
 
FATORES PÓS OPERATÓRIOS 
COMPLICADORES 
❖ Infiltração coronária 
▪ O sucesso endodôntico depende de um bom 
selamento apical e coronário 
❖ Fratura radicular 
▪ Cria uma comunicação da cavidade oral com 
espaço do canal radicular 
❖ Remoção inadvertida da obturação durante 
preparo para o núcleo 
▪ Quando um caso bem tratado fracassou 
pode ir direto para cirúrgico 
ANÁLISE DO CASO 
❖ Tratamento anterior– tempo e qualidade 
❖ Acompanhar por período máximo de 2 anos 
um tratamento endodôntico sem dor 
▪ Lesão com mais de 2 anos que não curou 
deve-se retratar. 
▪ Reconsiderar a qualidade do tratamento 
pelo que se vê na radiografia 
❖ Presença ou não de lesão perirradicular 
❖ Anatomia do dente → Pode impossibilitar o 
acesso ao ápice 
❖ Sintomatologia → Se tem dor ou não, edema 
ou algum tipo de desconforto 
❖ Histórico → Se tiver acesso ajuda na tomada 
de decisão e análise do caso 
❖ Estrutura remanescente → Olhar um dente 
como um todo 
❖ Habilidade do operador → Ver se consegue 
fazer melhor do que o que está tratado 
❖ Situação periodontal → Dente com 
mobilidade, considerar se é melhor remover 
ou não 
CONSIDERAÇÕES 
EXAME CLÍNICO 
❖ Sintomas 
❖ Estado geral do paciente 
❖ Estruturas adjacentes 
❖ Condições do elemento 
 EXAME RADIOGRÁFICO 
❖ RX anterior 
▪ Saber se tinha lesão e se está regredindo 
❖ Presença ou não de lesão perirradicular 
❖ Qualidade da obturação 
❖ Anatomia do dente 
RETRATAMENTO DE CANAL 
Prof.ª Mônica Schutz ENDODONTIA 
MATÉRIAS QUE PODEM SER 
ENCONTRADOS EM OBTURAÇÃO DE 
CANAIS RADICULARES 
PLÁSTICOS 
❖ Guta percha 
 METAIS 
❖ Cones de prata 
❖ Almálgama 
❖ Limas 
 PASTAS 
❖ Hidróxido de cálcio 
❖ Cimentos 
REMOÇÃO DA OBTURAÇÃO 
MECÂNICA 
❖ Brocas Gates-Glidden 
❖ Brocas largo 
 MANUAL 
❖ Limas Hedstroen 
SOLVENTES 
❖ Eucaliptol 
❖ Xilol 
❖ Clorofórmio 
ULTRASSOM 
 
Caso for fazer o retratamento devemos fazer em 2 
sessões e usar medicação HPG Em dentes 
multirradiculares retratar todas as raízes (sistema de 
canais radiculares SCR). 
 
SEQUÊNCIA PARA RETRATAMENTO 
 1. RX DIAGNÓSTICO 
❖ Duas vezes no caso de um dente 
multirradicular, uma ortoradial e uma angular 
para distinguir 2 canais em uma mesma raiz. 
 2. OBTER A COMPRIMENTO DO DENTE NA 
RADIOGRAFIA (CDR) 
❖ Medida do dente na radiografia 
 3. COLOCAÇÃO DO SOLVENTE NA CÂMARA 
PULPAR 
❖ Eucaliptol (pode-se aplicar com uma pinça) 
❖ Deixa agir por 3 a 5 minutos 
 4. UTILIZAÇÃO DAS BROCAS GATES-
GLIDDEN 
❖ Canais retos I. GG #2 – CDR -5mm II. GG#3 – 
CDR -7mm III. GG#4 – CDR -9mm 
❖ Canais curvos (comprimento passivo) I. GG#2 
– CDR -5mm II. GG#3 – CDR -7mm 
5. IRRIGAÇÃO COM HIPOCLORITO DE SÓDIO 
❖ Para remoção dos detritos formados 
 6. APLICAÇÃO DO SOLVENTE NA CÂMARA 
PULPAR 
❖ Aplicar eucaliptol no interior do canal 
❖ Para poder fazer a remoção da guta-percha 
na região apical 
❖ Não deixar cair eucaliptol no lençol de 
borracha PARA REMOVER A GUTA PERCHA 
NA REGIÃO APICAL 
7. PENETRAÇÃO COM LIMA K#15 OU #20 
❖ Para tentar chegar até CDR -1 
❖ Jamais usar NiTi, se tentar ela dobra, pois 
não tem resistência mecânica suficiente. 
 8. UTILIZAÇÃO DE LIMA H 
❖ Em movimentos de limagem até CDR -1 para 
remover a massa obturadora do canal 
❖ Para a Hedstroem entrar no espaço tem que 
estar criado, ela não age girando, só em 
movimento vertical, ela não avança no canal. 
 9. ODONTOMETRIA 
❖ Radiografia para determinação do CT e CP 
10. REINTRUMENTAÇÃO 
❖ No M.R.A, lima K ao chegar ao CT e achar 
justeza, usar no mínimo 1 lima a mais, o ideal 
são 3 limas a mais 
11. LAVAR PARA RETIRAR A SMEAR LAYER 
❖ Irrigar e aspirar, e lima em comprimento de 
patência 
12. APLICAÇÃO DE EDTA E MEDICAÇÃO 
INTRACANAL 
❖ Totalmente instrumentado: pasta HPG 
❖ Parcialmente instrumentado: bolinha de 
algodão com NaClO 
13. SELAMENTO PROVISÓRIO 
MEDICÇÃO INTRACANAL 
 Profª. Luciana A. ENDODONTIA 
MEDICAÇÃO SE COLOCA PARA NÃO DEIXAR 
O CANAL VAZIO, E OBTURAR 
PROVISORIAMENTE 
❖ Em casos de necrose e retratamento se tem um 
processo infeccioso, o PQM irá apenas reduzir a 
carga microbiana, e após iremos colocar uma 
medicação intracanal com a atividade 
antimicrobiana para reduzir os microrganismos 
dentro do canal 
❖ Nos casos de necrose vamos utilizar a medicação 
entre as sessões de tratamento, mantendo a cadeia 
asséptica 
OBJETIVOS DA MEDICAÇÃO INTRACANAL 
❖ Eliminar os microorganismos resistiram ao 
pqm e impedir que se proliferem 
❖ Faz uma barreira caso tenha uma micro 
infiltração ou perda do selador temporário 
❖ Neutralizar produtos tóxicos, principalmente 
endotoxinas 
❖ Reduzir a inflamação perirradicular 
❖ Solubilizar matéria orgânica – remoção em 
áreas inascessíveis 
❖ Controlar reabsorção dentária inflamatória 
externa, pois essa é dependente de infecção 
no canal 
❖ Estimular a reparação por tecido 
mineralizador 
❖ Hidroxido de cálcio ajuda a remineralizar 
parte da área reabsorvida, e formação de uma 
barreira de tecido mineralizado 
MEDICAMENTO UTILIZADOS EM 
ENDODONTIA 
 
PARAMONOCLOROFENOL CANFORADO 
FUNÇÕES 
❖ destruição da parede celular 
❖ desnaturação proteínas 
❖ inativação de enzimas 
❖ liberação de cloro 
❖ O Paramo age por capilaridade (a distância) 
atingindo áreas que o HC não consegue atingir 
por conta própria 
OTOSPORINE 
❖ Utilizado em caso de polpa viva em que a 
instrumentação não tenha sido completa na 
mesma sessão 
❖ Possui ação anti-inflamatória do corticoide 
HIDROXIDO DE CÁLCIO 
❖ Este medicamento age por contato, e é o 
principal medicamento usado em endodontia, e 
pode ser manipulado junto com o 
paramonoclorofenol canforado 
UTILIDADES 
❖ Ação inflamatória indireta, agindo na causa da 
infecção 
❖ Ação hidroscópica- absorve o liquido 
reduzindo edema 
❖ O pH alcalino elimina os microorganismos que 
entram em contato 
❖ Dano irreparável ao DNA bacteriano 
❖ Neutralização de endotoxinas 
❖ Consegue induzir a reparação de reabsorções 
VEÍCULOS PARA MANIPULAR O HC: 
▪ GLICERINA – diminui a chance de 
contaminação 
▪ Água destilada – facilmente contaminada 
▪ Soro fisiológico – facilmente contaminado 
▪ ÓLEO DE OLIVA 
▪ Solução anestésica 
▪ Clorexidina 0,12% 
▪ Iodeto de potássio 
RADIOPACIFICADORES 
❖ O HC não possui opacidade, logo precisamos 
utilizar um radiopacificador para verificar o 
preenchimento do canal 
IODOFORMIO – 
❖ bastante radiopaco 
❖ amarela a coroa do dente 
❖ indicado para dentes posteriores ou com 
destruição total da cora 
ÓXIDO DE ZINCO 
❖ é radiopaco, não tanto quanto o iodofórmio 
❖ não causa amarelamento da coroa 
❖ indicado para dentes anteriores 
PASTA HPG 
▪ Hidroxido de cálcio 
▪ Paramonoclorofenol canforado 
▪ Glicerina 
▪ (Radiopacificador) 
 
MEDICÇÃO INTRACANAL 
 Profª. Luciana A. ENDODONTIA 
❖ Quando combinados o paramono e o HC, 
aumentam o espectro de atividade 
antimicrobiana, abrangendo maior número 
de espécies e áreas dentro do canal 
INDICAÇÃO DA PASTA 
▪ Após a instrumentação completa em 
▪ Canais necrosados 
▪ Casos de retratamento 
❖ Tendo que permanecer 7 dias, podendo ficar 
até 1 mês dentro do canal 
CASO DE POLPA VIVA 
❖ Hidroxido de Cálcio e Glicerina apenas, se não 
der tempo de obturar na mesma sessão 
 
APLICAÇÃO 
❖ Antes de aplicar a medicação, aplicar EDTA 
para remover semar layer 
❖ Limas manuais (uma lima inferior a memoria) 
❖ Colocar pasta no canal 
❖ Radiografar 
❖ Bolinha de algodão estéril na embocadura dos 
canais 
LIMITAÇÕES QUANTO A ATIVIDADE 
MICROBIANA DO HC 
❖ Efeito somente em contato direto com os 
microrganismos 
❖ Pouco solúvel 
❖ Ação limitada em túbulos dentinario 
 
 
 
 
 
 
 
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS 
Prof. José Cláudio ENDODONTIA 
ORIGEM DA DOR 
PULPAR 
❖ Quando a polpa está viva, pois quando há 
inflamação, vai haver a compressão das 
terminações nervosas, pois está confinada 
entre as paredes de tecido duro e não 
consegue se expandir. 
PERIRRADICULAR 
❖ Caso de um dente necrosado, despolpado ou 
retratamento com ou sem lesão 
❖ O fato de uma imagem radiográfica não ter 
uma área radiolucida não descarta a 
possibilidade de não haver patologia ou dor 
perirradicular 
❖ Muitas das vezes mesmo apresentando uma 
área radiolúcida os casos são assintomáticos. 
 
As

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