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Disciplina: Enfermagem em Nefrologia. Identificação da tarefa: Tarefa 3. Unidade 2. Envio de arquivo. Pontuação: 10 pontos. Tarefa 3 Um paciente de quarenta anos, diabético, com insuficiência renal crônica e doença vascular periférica, em hemodiálise, apresentou infecção no sítio de inserção do acesso vascular, na qual foi isolada cepa de S. aureus resistente à oxacilina (MIC maior que 16 microgramas/ml) e vancomicina (MIC maior que 128 microgramas/ml). Este paciente tinha úlceras crônicas infectadas no pé, as quais foram previamente tratadas com múltiplos antibióticos, incluindo vancomicina. Ele apresentou também anteriormente bacteremia por MRSA, causada por uma fístula arterio-venosa infectada. Para o tratamento desta infecção, além da remoção da fístula, foi transferido para o Home Care no intuito de dar andamento ao seu tratamento. De acordo com o Editorial da Revista MMWR, o S. aureus é um dos principais agentes de infecção hospitalar e vem apresentando resistência aos antibióticos empregados em seu tratamento. Nos Anos 50, surgiram as cepas resistentes à penicilina; os anos 80 viram crescer a resistência à oxacilina; na década de 90, observou a resistência intermediária à vancomicina e agora no ano 2000, foi identificada a transferência da resistência do enterococo à vancomicina para o S. aureus. Felizmente esta cepa foi suscetível a outros antibióticos e as medidas incluídas nas precauções-padrão associadas ao isolamento de contato. Descreva quais as possíveis condutas de assistência de enfermagem para este caso. Aborde quais medidas controle devem ser feitas tanto para paciente, profissionais e família (precauções-padrão) e quanto ao equipamento de hemodiálise para atendimento, se deve ser feito alguma conduta especifica. O texto deve ter entre 500 e 1.000 palavras, excluídas as referências bibliográficas. É importante ressaltar que os altos índices de infecção em acesso vascular na hemodiálise,tem origem multifatorial e cabe a enfermagem manter a vigilância para a sua redução, mantendo as medidas de prevenção de infecções, tais como a higienização das mãos, antissepsia, manipulação adequada do cateter na hemodiálise e nos curativos, orientações sobre cuidados com o cateter com o paciente e o cuidador entre outros. Para alcançarmos resultados satisfatórios é necessário implantar um sistema de vigilância composto por estratificação de risco dos pacientes, obtenção de denominadores, comunicaçãoefetiva entre a equipe multidisciplinar, treinamento da equipe, aplicação efetiva das medidas gerais de prevenção de infecções, divulgação dos dados e utilização dos resultados para otimizar as áreas já implantadas. A atuação do enfermeiro enquanto educador é o denominador primordial para a promoção da saúde e prevenção de agravos para o paciente com doença renal. Seja nas orientações para o paciente, familiar e cuidador, como para a equipe de enfermagem. Referente a educação da equipe assistencial, após o levantamento das situações problema, é responsabilidade do enfermeiro realizar em parceria com a educação permanente, treinamento com finalidade de capacitar seus colaboradores utilizando as estratégias primárias de prevenção da transmissão de infecções relacionadas a assistência a saúde entre pacientes e profissionais, e estas devem ser utilizadas nos cuidados prestados aos pacientes, tais como: ● Higiene das mãos antes e após o contato; ● Utilização de luvas, máscaras, óculos de proteção e aventais quando houver risco de contato com material biológico; ● Técnica asséptica para o manuseio do cateter; ● Cuidados com perfurocortantes; ● Limpeza ambiental; ● Processamento adequado de materiais e equipamentos; ● Desinfecção correta dos maquinaria de hemodiálise; ● Imunização dos profissionais da saúde. Sobre a educação do paciente, familiar e o cuidador, é necessário educar e reforçar orientações em parceria com a equipe multidisciplinar, com o intuito de promover qualidade de vida o paciente renal. Sobre as orientações com finalidade de prevenir infecções estão: ● Não retirar o curativo do cateter; ● Proteger o ostio do cateter durante o banho com película impermeável; ● Não tomar banho de mar, piscina ou lagos; ● Manter higiene adequada; ● Não utilizar vestimenta apertadas sobre o cateter; ● Não expor o cateter. Portanto a redução das infecções relacionadas ao acesso vascular só é possível quando o conjunto de medidas de prevenção é aplicado adequadamente, desde a escolha do local de inserção, antissepsia no local, paramentação da equipe, vigilância das infecções, cuidados na manutenção do cateter, bem como a utilização de novas tecnologias. Referências 1. FERME, M. R. V. Manual de diálise para enfermagem: guia prático. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010.p. 220. 2. MOYSÉS NETO, M., VIEIRA NETO, O. M., COSTA, J. A. C. Complicações infecciosas do acesso vascular em hemodiálise. In: CRUZ, R. T., BARROS, H. M. M. C. (Org.).Atualidades em Nefrologia. São Paulo: Sarvier; 2000. v.6, p. 343-57. 7. BESARAB, A., RAJA, R.M.Acesso vascular para hemodiálise. In: DAUGIRDAS, J. T., ING, T. S. Manual de diálise.3.ed. Rio de Janeiro: Medsi; 2003. Cap. 4, p. 68-102.
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