Buscar

Tema 2 - Estrutura e funcionamento da educação no Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DEFINIÇÃO
Estrutura e funcionamento da Educação no Brasil. Compreensão conceitual do Estado brasileiro e de suas políticas públicas educacionais. Os papéis, as concepções e as atribuições
da Educação Pública para os governos federal, estadual e municipal no contexto atual
PROPÓSITO
Compreender o papel do Estado brasileiro no que tange à política pública de educação, apresentando sua organização legislativa e suas funções executivas
OBJETIVOS
Relacionar a estrutura do Estado e o papel da Constituição com a Educação no Brasil
Reconhecer o funcionamento da Educação brasileira no âmbito das políticas públicas atuais
INTRODUÇÃO
Tenho uma dúvida... Vamos falar de leis ou das regras escolares? Li nos objetivos algo sobre Educação brasileira e políticas públicas, então vamos falar de todas as escolas ou
apenas da pública?
Talvez você tenha se feito essas perguntas antes de começar. Bem, o Artigo 205 da Constituição brasileira, de 1988, deixa claro que “a educação é direito de todos e dever do Estado
e da Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade”. Isso significa que a educação é pública, e a Educação Básica é obrigatória. Não importa se a
instituição for confessional, tecnológica, para gênios ou alternativa, o mais importante é a criança não estar fora da escola.
A forma e o modelo de organização escolar podem variar, mas existem parâmetros nacionais que têm de ser respeitados. Você ainda pode se perguntar, por que funciona assim?
Quais são os parâmetros vigentes? Se a educação no Brasil é pública, o que a norteia? Essas são algumas das provocações que vamos incitar para que você, ao final, possa criar
sua própria resposta.
Relacionar a estrutura do Estado e o papel da Constituição com a Educação no Brasil
O CONCEITO DE ESTADO
Você sabia que nem sempre fomos uma república que elege seus dirigentes por meio do voto? E embora hoje façamos parte desse processo democrático, ainda somos uma
sociedade desigual.
Nosso país já foi colonizado por Portugal e, após a independência, governado por um imperador até 1889, quando se tornou uma nação republicana. Desde então, houve diversas
políticas públicas em diferentes áreas. Iremos estudar, especificamente, as voltadas para a educação, propostas pelo governo atual.
Brasil Colônia

Brasil Império

Brasil República
Mas antes, já parou para pensar em quantas vezes nos referimos à ideia de Estado? Quando queremos cobrar algo de autoridades, dizemos: “o Estado é responsável por asfaltar as
estradas” ou “é papel do Estado garantir ensino para todos”. Mas o que é Estado, afinal?
Vamos pensar do ponto de vista político dando uma olhada no que diz um dicionário de filosofia:
Fonte: ( Por R.M. Nunes / Shutterstock )
(...) CONJUNTO ORGANIZADO DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS, JURÍDICAS, POLICIAIS,
ADMINISTRATIVAS, ECONÔMICAS ETC., SOB UM GOVERNO AUTÔNOMO E OCUPANDO UM TERRITÓRIO
PRÓPRIO E INDEPENDENTE. DIFERENTEMENTE DO GOVERNO (CONJUNTO DAS PESSOAS ÀS QUAIS A
SOCIEDADE CIVIL DELEGA, DIRETA OU INDIRETAMENTE, O PODER DE DIRIGIR O ESTADO);
DIFERENTEMENTE DA SOCIEDADE CIVIL (CONJUNTO DOS HOMENS OU CIDADÃOS VIVENDO NUMA
CERTA SOCIEDADE SOB LEIS COMUNS); DIFERENTEMENTE TAMBÉM DA NAÇÃO (CONJUNTO DE
HOMENS QUE POSSUEM UM PASSADO E UM FUTURO COMUNS, ENTRE OUTRAS NAÇÕES), O ESTADO
CONSTITUI A EMANAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL E O REPRESENTANTE DA NAÇÃO.
(JAPIASSU; MARCONDES, 1993, p. 88)
Na citação anterior, notamos três conceitos: Estado, governo e nação. Preste atenção, o Estado permanece o mesmo enquanto os governos mudam, e são estes que fazem as
políticas públicas para a nação. Os governantes de um Estado republicano são escolhidos por meio do voto direto, pelo povo, ou do voto indireto, por deputados e senadores. O povo,
portanto, é a sociedade referida na citação. A nação é constituída por sujeitos carregados de história, e o governante deve representar os anseios dela.
Estado

Governo

Nação
Vivemos em uma sociedade dividida em classes desiguais, com necessidades, atribuições políticas e reconhecimentos diferentes. Entender o Estado pressupõe compreender as
relações sociais que o compõem e a demanda de maneiras diversas de acesso às necessidades básicas do cidadão. Não é possível, por exemplo, imaginar que um adolescente
trabalhador terá as mesmas oportunidades de outro com a mesma idade que se dedica somente aos estudos. Por isso, as políticas públicas são importantes para promover uma
equidade de oportunidade.
Fonte: UfaBizPhoto / Shutterstock
O Brasil é composto por unidades federativas que representam uma união indissociável de estados e municípios. As políticas públicas são fundamentais para o funcionamento do
Estado, pois articulam decisões e execuções por meio dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
A Constituição Federal de 1988 dispõe sobre essa indissociabilidade da República Federativa, a partir de Princípios Fundamentais. Vejamos a letra da Lei:
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Veja o que consta no Título I da nossa Constituição:
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I– a soberania; II– a cidadania; III– a dignidade da pessoa humana; IV– os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V– o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder
emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I–construir uma sociedade livre, justa e solidária; II–garantir o desenvolvimento nacional; III–erradicar a
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV–promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.”
A Constituição elucida o conceito de Estado, o seu dever de garantir e resguardar os direitos dos cidadãos, bem como a sua participação justa na organização e no funcionamento do
país por meio do voto direto e democrático. As autoridades eleitas para cargos públicos se tornam responsáveis por criar projetos para que o Estado, nas esferas municipal, estadual
e federal, funcione.
A FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
Para melhor compreendermos as políticas públicas educacionais, é importante voltarmos à época da independência do Brasil. Somente após 1822, começamos a nos organizar como
nação com um aparelho burocrático que sustenta o funcionamento do Estado. Nosso ideal de nação nesse período surgiu da necessidade de implementação de um projeto nacional
que privilegiava a criação de uma “história pátria”.
HISTÓRIA PÁTRIA
Lima e Fonseca nos ajudam a entender melhor esse contexto histórico:
“A ruptura com Portugal, em 1822, iniciou longo período de discussões, confrontos e definições acerca do liberalismo a ser implantado no país independente. A proliferação da
imprensa ampliou a difusão e o debate dos preceitos liberais, delineando-se, ao menos até o início do Segundo Reinado, as principais características do liberalismo no Brasil.
Durante esse período, momentos de maior restrição política e de frustrações de expectativas geraram descontentamentos e, por vezes, revoltas, lideradas por elementos das
elites, bem como outros movimentos, de acento mais popular, que também eclodiram em várias partes do país, principalmente durante as regências.”
(2004, p. 43 )
POR QUE NOS INTERESSA SABER TUDO ISSO?
É importante sabermos a origem de nossos sentimentos nacionais e a noção que temos da nossa história para entendermos como funciona o país em que vivemos. Assista ao vídeo:
Após a suspensão da democracia no Brasil durante o período da ditadura militar, ocorrida entre 1964 e 1985, foi homologada uma nova Constituição com novas diretrizes, como
consta em seu “Preâmbulo”:
“(...) representantes do povo brasileiro,reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e
individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,
fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional”.
Fonte: Arquivo Nacional
Regime militar governou o Brasil entre os anos de 1964 a 1985.

Fonte: Wikipédia
Em 1989, foi criada a Constituição, pela qual somos regidos até os dias atuais.
Em uma república, o Estado assume ações públicas, inclusive na educação! Portanto, nos interessa aqui entender o Estado brasileiro na atual conjuntura e suas políticas públicas
educacionais, tendo como fonte, especialmente, a Constituição.
Fonte:(Por kurhan / Shutterstock)
POLÍTICA PÚBLICA
Vamos agora nos aprofundar no debate sobre os projetos citados anteriormente, também chamados de “políticas públicas”. Como já vimos, um regime republicano busca criar
mecanismos de funcionamento do Estado a partir de ações que visam suprir as necessidades do seu povo.
Mas, afinal, para quais cargos elegemos autoridades e qual o papel delas na máquina pública?
Para entender isso, é importante saber que o Estado é dividido em três poderes:
PROJETOS
Esses projetos são voltados para o funcionamento da máquina pública, como deve ser em um governo republicano. Para entendermos melhor, basta pensarmos que isso não
ocorreu durante o Brasil imperial. Embora tenha se criado a ideia de nação brasileira a partir daí, o conceito de Estado tal qual conhecemos começou a ser gerido apenas no
final do século XIX, com a proclamação da República.
O EXECUTIVO
É representado pelo presidente, no âmbito federal; pelos governadores, no estadual; pelos prefeitos, no municipal.
O LEGISLATIVO
Sua função é fiscalizar as decisões e as ações do Executivo. Esse poder é formado por deputados federais e senadores, que compõem o Congresso Nacional, por deputados
estaduais, que integram as Assembleias Legislativas dos estados, e por vereadores, que compõem as Câmaras municipais.
O JUDICIÁRIO
Sua função é garantir o respeito às leis e o cumprimento da Constituição. A instância máxima do Judiciário no Brasil é o Supremo Tribunal Federal, comumente conhecido como
STF.
Como disse o então Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, “a Constituição governa os que governam”.
MAS VOCÊ CONSIDERA QUE OS GOVERNANTES ATUAIS TÊM RESPEITADO EFETIVAMENTE A
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA? CUMPRE-SE ATUALMENTE A IDEIA DE QUE A CONSTITUIÇÃO GOVERNA
OS QUE GOVERNAM?
 RESPOSTA
Existe uma concepção do senso comum e outra dos estudiosos. O senso comum – materializado nos jornais, na internet, nas conversas –, o Estado e o governo se misturam e são
renegados e naturalizados de maneira cotidiana. Na prática, o Estado é maior que qualquer governo, não se modifica com a mesma velocidade e tem relações dialogadas. Políticas
municipais se relacionam com as estaduais e nacionais, por outro lado todas são vinculadas a poderes divididos, definidos, e têm como centro a Constituição. A Política Pública é do
Estado, já as políticas públicas são as ações tomadas pelos governos.

SABEMOS QUE SOMOS REGIDOS PELA CONSTITUIÇÃO. MAS, AFINAL, O QUE SIGNIFICA ALGO SER
INCONSTITUCIONAL?
Algo ser ou não constitucional está previsto pela máxima Lei nacional. Porém, há alguns dilemas como, por exemplo, a proposição de exigir o fim das leis e a liberdade de expressão,
que justamente lhe garante o direito de se posicionar desta forma.
Políticas públicas: são ações pensadas para enfrentar e solucionar problemas e necessidades públicas, atendendo às demandas da sociedade nos seus mais diversos setores. Por
isso, quando voltadas para a iniciativa privada, temos de estar atentos para que isso seja em função de necessidades públicas. Existem políticas públicas voltadas para diversos
setores, como a Cultura, a Economia e a Educação, como veremos logo mais.
 ATENÇÃO
Alguns autores trazem a necessidade de pensarmos as políticas públicas em parceria com a iniciativa privada. Entretanto, é preciso estar atento para que essa relação não subverta a
prioridade do público sobre o privado.
POLÍTICA PÚBLICA VOLTADA PARA A EDUCAÇÃO
O Capítulo III da nossa Constituição trata a Educação como “direito de todos e dever do Estado e da família”, além da “igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola”. Ela abarca instituições públicas e privadas e garante o “pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino”. É
fundamental destacar que é um preceito constitucional a “gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais”, bem como a “garantia de padrão de qualidade”.
Fonte: (Por KPG_Payless / Shutterstock)
A Educação é regida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que foi promulgada em 1996 e sofreu algumas alterações desde então, sendo as mais impactantes a
Reforma do Ensino Médio e a BNCC, das quais falaremos mais adiante. A LDB, como também é chamada, tem como objetivo disciplinar a Educação no Brasil e regulamentá-la de
acordo com os princípios constitucionais.
Originalmente, somente 10 artigos da Constituição se referiam à Educação. Ao realizar uma leitura crítica do artigo 205, o qual prevê a criação da LDB, chama a atenção, sob o ponto
de vista das Ciências Humanas, um importante termo: “preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
ARTIGO 205
Veja o Art. 205 da Constituição brasileira:
"A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". (BRASIL, 1988)
Mas o que é trabalho, afinal?
Ter emprego não necessariamente é ter trabalho, e sim ter serviço! Ter emprego, puro e simples, é estar no mercado de trabalho. Mundo do trabalho é outra coisa.
Fonte: (Por rafapress / Shutterstock)
 ATENÇÃO
Trabalho requer processo criativo, satisfação e ter o resultado produzido em mãos. Ele não pode nos fragmentar, ser necessariamente repetitivo ou nos deixar desanimados, embora
saibamos que isso aconteça inúmeras vezes. Quantas pessoas acordam de manhã na segunda-feira e pensam: “Que horror, tenho de ir trabalhar!”
Estar no mundo do trabalho nos faz mais humanos, e não mais tristes a ponto de não nos reconhecermos naquilo que produzimos. Mundo do trabalho é diferente de apenas ser parte
do mercado de trabalho, o qual necessita de mão de obra para ocupar diferentes funções nas empresas. O problema é quando o conceito de trabalho para a educação passa a
privilegiar a lógica do mercado privado, e não do público. Nossa análise partirá, portanto, dessa palavra tão importante para a vida humana.
TRABALHO
Para uma leitura mais aprofundada, sugere-se a obra Marx e a Pedagogia Moderna, de Mário Manacorda.
NA REUNIÃO
- Precisamos criar um modelo celular mais moderno.
NA FÁBRICA
- Hum, nesse aparelho poderia ter espaço para mais um chip. Mas tudo bem, não é meu mesmo...
O OPERÁRIO
- Como assim você não se reconhece nesse celular? Você fez parte da produção!
 COMENTÁRIO
Vimos que, em uma República Federativa, deve prevalecer a preocupação com aquilo que é público e com a democracia. Nesse sentido, o conceito de trabalho abordado nas
práticas educacionais deve caminhar rumo ao funcionamento da sociedade e à qualidade de vida do trabalhador, e não considerar apenas seu simples ingresso no mercado de
trabalho.
Agora vamos refletir no que diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional a respeito da importância da educação para o mundo trabalho:
ART. 1º
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos
sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestaçõesculturais.
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e a prática social.
PRÁTICA SOCIAL
Importante acrescentar que a sociedade travou um logo debate até a aprovação da LDB atual. O Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, que aglutina centenas de
entidades acadêmicas, científicas, estudantis e populares, elaborou um projeto de LDB que disputou com o oficial, apresentado pelo Ministério da Educação durante o governo
do Presidente Fernando Henrique Cardoso.
A LDB em vigor nos ajuda a fazer a seguinte associação entre educação e trabalho:
A LDB configura o trabalho coletivo, pois, para que a educação aconteça, é necessário que muita gente esteja envolvida.

A lei propõe que professores, gestores, demais trabalhadores da escola e a comunidade estejam envolvidos na elaboração do Projeto Político-Pedagógico.

No Projeto Político-Pedagógico, constam as diretrizes para a organização e o funcionamento escolar. Assim como em qualquer outro projeto, nele deve constar as propostas da
escola, os objetivos delas e aonde desejam chegar.
Essa lei abrange todas as instituições, logo as escolas públicas compartilham o mesmo currículo das particulares, mostrando, em tese, que todos os estudantes terão as mesmas
oportunidades.
MAS, ENTÃO, POR QUE AINDA HÁ DIFERENÇAS DE OPORTUNIDADES ENTRE ESTUDANTES DE
ESCOLAS PÚBLICAS E OS DE INSTITUIÇÕES PRIVADAS?
 RESPOSTA
Em uma sociedade de classes desiguais, o que se vê são realidades diferentes entre cada aluno.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nos faz pensar sobre o trabalho coletivo na educação. Esse conceito de coletividade é refletido na elaboração do importante Projeto
Político-Pedagógico escolar, feito com a participação não só dos funcionários da instituição de ensino, como também de toda a comunidade.
Fonte: (Por Digital Storm /Shutterstock)
Embora, segundo a lei, o currículo deva ser o mesmo para todas as escolas, precisamos entender que o Brasil é uma nação que funciona com base no sistema capitalista, logo
possui uma sociedade de classes.
Na teoria, todos os estudantes de escolas públicas e privadas devem ter oportunidades semelhantes. Contudo, a nossa realidade promove uma grande desigualdade entre cada um
desses alunos.
Vejamos o que mais a LDB tem a dizer:
ART. 2° E 3°
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (BRASIL, 2018)
Quantos estudantes que frequentam escolas públicas, ao terminarem o Ensino Médio, não desistem de dar continuidade aos seus estudos para trabalhar? Além disso, a trajetória
deles até a finalização do Ensino Fundamental ou Médio pode ser desigual em relação aos de instituições privadas, que se dedicam exclusivamente aos estudos visando entrar em
uma Universidade.
 COMENTÁRIO
Equidade de oportunidades para o ingresso em uma Universidade não configura privilégio, e sim direito garantido por lei. Porém, muitas vezes, prevalece o discurso da meritocracia.
Por essa razão, é preciso promover uma leitura crítica da LDB. Marx e a Pedagogia Moderna, de Manacorda, oferece subsídio para sustentar o debate sobre o trabalho na sua forma
humanizadora e na sua expressão negativa, assim como nos ajuda a compreender nossas relações de trabalho no sistema capitalista.
Para responder a próxima atividade, leia o texto:
EU CORRO, TU CORRES, ELE CORRE!
- Ow, cai fora mané, tô na frente!
- Cai fora, você, que também sou gente!
Então lá foi ele, o terceiro!
Ele corre para pegar o ônibus e chega ao trabalho em cima da hora.
Empacotador de compras lá no supermercado da Campininha, bairro de Goiânia carinhosamente chamado assim, mas o nome mesmo é Campinas. Passa o dia, empacota daqui,
empacota dali...
E lá vem a mulher: carnes, óleo, alface, tomate e detergente.
- Olha aí, garoto! Colocou o óleo e o detergente em uma sacola só! Não se mistura produto de limpeza com o que vai para cozinha, menino incompetente!
Acabou o expediente!
Ele corre, troca de blusa, pega o busão lotado de novo, fica em pé, esbarra no rapaz do lado, não consegue espaço para segurar, derruba sua mochila no colo da moça bonita
sentada ao lado, morre de vergonha, sorri sem graça e desce logo depois! Correeeeeeeee! O portão da escola vai fechar! Ufa! Ele entrou!
- Boa noite, pessoal, eu sou o professor de Matemática - fala o professor à frente do quadro.
Ele encontra o amigo e vai contar da menina bonita que viu no ônibus.
- Ow, garoto, ou senta ou cai fora!
- Você tá falando comigo?
A briga começa...
O professor já está cansado, dando aula no seu terceiro turno. O garoto também está exausto.
Professor massacrado, em greve por melhores salários, aluno massacrado pelo dia que teve...
Eu sou gente, tu és gente, ele é gente.... É tudo igual para todo mundo? Sei não, só sei que todo mundo é gente, mano!
(Cristina Helou Gomide)
A PARTIR DA LEITURA DESSA NARRATIVA, COMENTE: ISSO FAZ PARTE DO COTIDIANO DE
TODA JUVENTUDE BRASILEIRA? ESSAS CONDIÇÕES VIVIDAS PELO PERSONAGEM PODEM
OU NÃO COMPROMETER AS SUAS CONDIÇÕES DE APRENDIZAGEM ESCOLAR?
RESPONDER
A proposta é gerar uma identificação. Note que quando falamos da atualidade da educação estamos falando
com você, com seu cotidiano. Uma política pública tem como princípio atender aos anseios da sociedade,
deve estar voltada às demandas sociais. Mas será que é isso que acontece? Reflita sobre seu lugar social,
como a sociedade vê e pensa a educação.
LEGISLAÇÕES EM VIGOR: AS REFORMULAÇÕES DA LDB, REFORMA DO ENSINO
MÉDIO E BNCC
Assim como já dissemos, a LDB sofreu mudanças ao longo do tempo, e outras continuam acontecendo. Registramos duas das mais recentes e significativas alterações para se falar
sobre o ensino nas escolas hoje, sua essência e sua incidência na nossa formação.
REFORMA DO ENSINO MÉDIO
A primeira delas é a chamada Reforma do Ensino Médio, ocorrida no governo do Presidente Michel Temer, tratada na Lei Federal 13.415 de 2017.
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
A segunda é a Base Nacional Comum Curricular, conhecida como BNCC, debatida desde 2015 e instituída em 2019.
 SAIBA MAIS
A BNCC vem sendo implementada gradativamente na Educação Básica (que compreende os ensinos Fundamental e Médio). Essa mudança, de certa maneira, também influencia o
Ensino Superior, encarregado da formação de professores para a atuação nas escolas.
Para terminarmos, é preciso saber que, durante o período de 1946 a 1964, duas tendências se desenvolveram de modo conflitante no cenário político no Brasil e, por conseguinte,
influenciaram o campo das políticas educacionais. A primeira vertente, a nacional desenvolvimentista, destacava as competências do Estado; a segunda, de tendência privatista, era
nitidamente oriunda da influência liberal advinda mesmo antes da instituição darepública. As duas estiveram presentes na Lei de Diretrizes e Bases homologada em 1961, que
contemplava tanto escolas públicas quanto privadas e direcionava recursos públicos para ambas.
POLÍTICAS EDUCACIONAIS
Para se aprofundar mais nesse assunto, leia a obra Educação Escolar – políticas, estrutura e organização, de Libâneo, Oliveira e Toschi. Considerado um clássico no campo
educacional, o trabalho traz uma ampla discussão sobre as políticas públicas no Brasil, teorias e posicionamentos críticos seus e de diversos estudiosos da área.
 ATENÇÃO
Devido a esse processo histórico, a elaboração da LDB em 1996 carrega elementos do pensamento liberal que tendem a entrar em choque com o caráter democrático e público do
Estado republicano. Em um Estado capitalista, fica explícita a contradição entre público e privado, posto que o princípio de sucesso na educação se dá com base na lógica de
mercado, que visa produzir força de trabalho para as necessidades do capital. Torna-se cidadão quem tem emprego. Com base nisso, foram elaboradas alterações até a criação da
Reforma do Ensino Médio e da BNCC.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O ESTADO BRASILEIRO FUNCIONA A PARTIR DA RELAÇÃO HARMÔNICA ENTRE OS TRÊS PODERES: O EXECUTIVO, O LEGISLATIVO E O
JUDICIÁRIO. NESSE SENTIDO, O QUE SIGNIFICA A FRASE DO ENTÃO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: “A CONSTITUIÇÃO
GOVERNA OS QUE GOVERNAM”?
A) O presidente do Brasil sempre segue a Constituição federal, podendo, porém, abrir uma exceção caso ache necessário.
B) O presidente do Brasil e os governadores seguem a Constituição, mas têm autonomia para implementar ações, via Ministérios ou Secretarias (respectivamente), se acharem
necessário para o bem do povo, ainda que seja preciso burlar a Constituição.
C) O presidente, os governadores e os prefeitos, seguem a Constituição e são comumente observados pelo Congresso Federal e por deputados estaduais e vereadores
(respectivamente), inclusive com relação aos gastos públicos, não podendo abrir exceção com relação ao que apresenta a Constituição.
D) A divisão dos poderes no Brasil, no que tange a educação, restringe as discussões a estados e municípios, sendo o Executivo nacional somente gerente e garantidor de que os
demais entes cumpram seu papel relativo à educação.
2. EMBORA A CONSTITUIÇÃO DIGA QUE O CIDADÃO DEVE TER “IGUALDADE DE CONDIÇÕES PARA O ACESSO E PERMANÊNCIA NA
ESCOLA”, VIMOS QUE A SOCIEDADE BRASILEIRA É CARREGADA DE CONTRADIÇÕES E NEM TODOS TÊM AS MESMAS OPORTUNIDADES.
NESSE SENTIDO, PODE-SE DIZER QUE:
A) Somos uma sociedade de diferentes classes e o não reconhecimento dessa desigualdade inerente dificulta o acesso igualitário de todos à escola, já que a vida do estudante
trabalhador difere da vida do estudante de classe média.
B) Embora vivamos em um sistema capitalista, a LDB garante que todos tenham acesso à educação de forma igualitária, assim todos aprendem os mesmos conteúdos, amenizando
as diferenças entre o estudante da classe trabalhadora e aquele que não trabalha.
C) Com a promulgação da LDB, todos os cidadãos foram assegurados de que as diferenças entre as classes sociais seriam sanadas e que qualquer um teria suporte para dar
continuidade à sua formação.
D) A Educação já era um direito nacional desde a formação da república. O ano de 1988 consagra o princípio de que a Educação deveria ser pública, gratuita e mantida
exclusivamente pelo Estado, para garantir a todos condições de igualdade.
GABARITO
1. O Estado brasileiro funciona a partir da relação harmônica entre os três poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Nesse sentido, o que significa a frase do
então presidente do Supremo Tribunal Federal: “A Constituição governa os que governam”?
A alternativa "C " está correta.
Vimos que a Constituição de 1988 rege o funcionamento do Estado brasileiro e garante bases democráticas, de modo que as ações dos governantes não devem ser arbitrárias ou
tomadas em função de desejos pessoais. Nenhum governante, seja no âmbito federal, estadual ou municipal, pode tomar atitudes que coloquem em risco as garantias da
Constituição.
2. Embora a Constituição diga que o cidadão deve ter “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, vimos que a sociedade brasileira é carregada de
contradições e nem todos têm as mesmas oportunidades. Nesse sentido, pode-se dizer que:
A alternativa "A " está correta.
Embora essa seja uma questão objetiva, requer posicionamento crítico frente à leitura das políticas educacionais no Brasil, cujas contradições ocorrem porque não há reconhecimento
da diferença de classes. Vejamos, por exemplo, quantos alunos pobres têm acesso à internet ou a computadores em suas casas. Mais de 70% dos estudantes brasileiros não
possuem tecnologias para realizarem atividades escolares diretamente de seus lares. Nesse sentido, fazer a leitura crítica da LDB nos ajuda a entender, inclusive, a dificuldade de
acesso e permanência de muitos alunos das escolas públicas.
Reconhecer o funcionamento da Educação brasileira no âmbito das políticas públicas atuais
A EDUCAÇÃO BRASILEIRA HOJE
No módulo anterior, relacionamos Estado, política pública e a Constituição. Agora, vamos nos dedicar às principais legislações referentes à organização da educação, associando-as
aos entes federativos e às instituições de Ensino. Para anotar e não esquecer, vamos retomar a LDB, problematizar a Reforma do Ensino Médio (Lei nº 13.415/2017) e entender a
BNCC, suas concepções e atribuições no contexto atual. Apresentaremos as responsabilidades dos governos federal, estadual e municipal para a Educação e analisaremos a
atuação dos ensinos público e privado no Brasil.
UMA REVOLUÇÃO SILENCIOSA EM CURSO
Vimos que as políticas públicas para a educação são norteadas pela LDB de 1996 e suas alterações. Tanto o Novo Ensino Médio quanto a Base Nacional Comum Curricular
apresentam questões que foram instrumento de análise de vários pesquisadores no campo das políticas públicas voltadas para a educação.
A LDB nos apresenta vários caminhos para encontrar onde estão regulados os papéis dos municípios, estados e da União no que se refere às escolas, públicas e privadas.
Fonte: (Por Por Artmim / Shutterstock)
AS DIVISÕES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
VAMOS RETOMAR?
No módulo 1, você aprendeu que cada ente da máquina pública tem uma função e deve zelar pelas principais políticas públicas nacionais.

As políticas públicas educacionais são norteadas pela LDB, da qual emergem todas as ações. Essa lei também é considerada o detalhamento vivo dos debates na Constituição sobre
a área.

Sendo assim, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário têm funções de fazer valer como política de Estado os direcionamentos nacionais, entendendo a educação como matéria
de interesse público.
Mas, espera um minuto, há outros documentos além da LDB! Diretrizes Curriculares Nacionais, Planos de Metas para Educação, Parâmetros Curriculares Nacionais, legislações e
regulações sobre a inclusão, espaço físico, diversidade, sem contar as leis orgânicas de cada estado e município e as diretrizes internas das escolas com seus Projetos Políticos-
Pedagógicos.
Que política pública podemos esperar de um processo tão fragmentado? Você chegou ao ponto: o funcionamento da educação nacional é complexo, repleto de entes e estruturas. O
desafio do governo é fundamentar parâmetros para que ela não perca seu foco: ser matéria de interesse nacional e elemento fundamental para organização do Estado brasileiro.
O que veremos a seguir é a atual configuração da política pública nacional. Neste processo, você perceberá que a LDB, embora muito reformulada, é o principal documento sobre a
Educação. Além de regulamentar o sistema educacional no âmbito público e privado, ela é destinada para a Educação Infantil, o Ensino Básico (Fundamental e Médio) e para o
Ensino Superior. Com nove títulos que versam sobre vários temas, a lei abrange e organiza todo o campo da educação no Brasil e foi homologada em um cenário onde aredemocratização ainda estava em curso, uma das razões de seu texto apresentar ainda fortes influências de uma política liberal.
LIBERAL
Sobre o Dever e o Direito a Educar, nos diz a LDB 96:
“IV - acesso público e gratuito aos Ensinos Fundamental e Médio para todos os que não os concluíram na idade própria;”
Em 2013, uma novidade garantiu o direito à escola pública independentemente da idade, a partir do inciso incluído pela Lei 12.796, que também torna obrigatório o ensino para
pré-escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio, além de:
“VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da Educação Básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde;”
O Título II, referente aos Princípios e Fins da Educação, também apresenta alterações:
“”XII - consideração com a diversidade étnico-racial”
Ainda no Título II, a alteração do texto por meio da Lei 13.632 de março de 2018, coloca:
“XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.”
A LDB torna obrigatória a matrícula de crianças a partir de 4 anos em escolas públicas próximas às suas residências, além de assegurar o atendimento educacional a estudantes em
qualquer situação, inclusive hospitalizados ou em reclusão. A sua alteração mais recente, Lei de 13.796 de 2019, agrega vários pontos ao princípio de “Educação para todos”.
Fonte: (Por wavebreakmedia / Shutterstock)
 EXEMPLO
É garantido ao estudante o direito de “ausentar-se de prova ou de aula marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religião, seja vedado o exercício de tais atividades,
devendo-se lhe atribuir, a critério da instituição e sem custos para o aluno, uma das seguintes prestações alternativas, nos termos do inciso VIII do caput do art. 5º da Constituição
Federal”
Podemos concluir que a Educação é um bem inalienável, e ninguém deve ser excluído dela em nenhuma hipótese. Cabe à escola e aos entes resguardar esse direito e atuar para
que seja exercido. Se a Educação é tão vital, é importante ter uma estrutura que defina funções e garanta que esse universalismo atenda aos anseios nacionais. Portanto, vejamos
agora a responsabilidade de cada unidade da federação:
O QUE CABE À UNIÃO?
O Título IV da LDB é fundamental para entendermos o planejamento das ações por parte do poder público. De acordo com o artigo 9 da lei, cabe à União, em diálogo com estados,
municípios e o Distrito Federal, produzir um Plano Nacional de Educação. Ainda nesse artigo, vê-se que existe a normativa para criar “um Conselho Nacional de Educação, com
funções normativas e de supervisão e atividade permanente” e para “baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação.” Vale lembrar que Institutos e
Universidades Federais são de responsabilidade da União.
O QUE CABE AOS ESTADOS?
De acordo com artigo 10 da lei, os estados devem “I- organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino; II - definir, com os Municípios,
formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os
recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público; III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos
nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios; IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos
das instituições de Educação Superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino”. Segundo o inciso VI, cabe
ao estado a garantia do funcionamento de escolas públicas de Ensino Médio. Aliás, você sabia que o transporte público escolar também é garantido por lei, via LDB?
O QUE CABE AOS MUNICÍPIOS?
O artigo 11 diz que cabe aos municípios o cuidado com a Educação Básica, tais como creches e pré-escolas, além de: “I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições
oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; III - baixar
normas complementares para o seu sistema de ensino; IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - oferecer a Educação Infantil em
creches e pré-escolas, e, com prioridade, o Ensino Fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as
necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do
ensino.”
A REFORMA DO ENSINO MÉDIO E A BNCC
A REFORMA DO ENSINO MÉDIO, A PRIMEIRA ALTERAÇÃO MAIS SIGNIFICATIVA, EXPLICITA O
PROBLEMA DA DESIGUALDADE SOCIAL EM NOSSO PAÍS.
Fonte: Shutterstock

Fonte: Shutterstock
A Lei 13.415/2017 é oriunda da Medida Provisória 748/2016 e sofreu diversas emendas antes de ser sancionada pelo então Presidente Michel Temer. Conforme o texto original, os
alunos podem optar em qual área do conhecimento desejam se aprofundar. Desse modo, 40% do conteúdo é destinado à escolha de um dos “itinerários formativos”.
COMO FUNCIONA ISSO?
 RESPOSTA
O estudante escolhe uma área entre as de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas/Sociais e de formação técnica/profissional. Outra mudança é a
implementação de um ensino de tendência integral, sendo representado pelo aumento da carga horária no Ensino Médio, que passa de 800 para 1000, ou 7 horas por dia, até 1.400
horas por ano.
PROFISSIONAL
Veja as alterações no texto da LDB para o Novo Ensino Médio e os itinerários aos quais nos referimos:
“Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas
seguintes áreas do conhecimento: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
I - linguagens e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
II - matemática e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
III - ciências da natureza e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
IV - ciências humanas e sociais aplicadas. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
§ 1º A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26, definida em cada sistema de ensino, deverá estar harmonizada à Base Nacional Comum Curricular e
ser articulada a partir do contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural.” (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
Vejamos as alterações no texto da LDB para o Novo Ensino Médio e os itinerários aos quais nos referimos:
ALTERAÇÕES NA LDB
“Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes
áreas do conhecimento: (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
I - linguagens e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
II - matemática e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
III - ciências da natureza e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
IV - ciências humanas e sociais aplicadas. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
§ 1º A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26, definida em cada sistema de ensino, deverá estar harmonizada à Base Nacional Comum Curricular e ser
articulada a partir do contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural.” (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
Em 2018, o Conselho Nacional de Educação aprovou que a BNCC do Ensino Médio mantivesse as disciplinas tradicionalmente obrigatórias, como História, Geografia, Literatura,
Química E Biologia. As disciplinas de Educação Física, Filosofia, Sociologia e Artes também são consideradas obrigatórias, como consta no texto reformulado da LDB.A implementação das Diretrizes da Educação e a aplicação da BNCC acontece a partir da tarefa conjunta entre os governos federal, estadual e municipal, onde cada um tem uma
função e um orçamento previsto. Além disso, é importante lembrar que a educação privada também é regulada pelas políticas públicas.
As mudanças são possíveis de se notar quando consultamos a LDB e suas alterações, a última refere-se à formação profissional e abarca várias áreas do conhecimento.
ALTERAÇÕES
Vejamos algumas alterações em 2017:
“I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho
escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;” (Seção I Da Educação Básica, Capítulo II)
“ § 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no Ensino Médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os
sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017.” (Seção I Da Educação Básica,
Capítulo II)
“§ 12. As escolas deverão orientar os alunos no processo de escolha das áreas de conhecimento ou de atuação profissional previstas no caput.” (Seção IV Do Ensino Médio,
Capítulo II)
O IMPACTO DAS ALTERAÇÕES NA EDUCAÇÃO
Escolas
Privadas
As escolas privadas não terão dificuldades para implementar essa nova forma de ensino, pois a grande maioria de seus alunos não necessita trabalhar para
se manter estudando.
Escolas
Públicas
A implementação do ensino integral para a grande parte das escolas públicas tende a dificultar o acesso e a permanência da maioria dos estudantes
trabalhadores. Nesse sentido, a reforma é excludente.
Formação
Técnica
Outro aspecto bastante problemático é com relação à escolha pela profissionalização já no Ensino Médio. É evidente que a formação técnica é fundamental
e será escolhida por quem desejar e puder. Contudo, ao aparecer como uma das áreas de opção formativa, ela tende a ser excludente
Ensino
Superior
O estudante trabalhador tenderá a optar pela formação técnica, nem cogitando o ingresso no Ensino Superior. Nesse sentido, a reforma aparentemente
trouxe mais oportunidades para esse aluno se qualificar para o mercado de trabalho, mas não abriu de fato portas para que ele foque em um campo da
ciência que deseje se aprofundar ao longo da vida.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Desse modo, a educação deixa de ser voltada para a transformação ou a emancipação e tem como foco o mercado. Leia o que diz um artigo sobre o ensino profissionalizante no
Brasil e a sua relação com a iniciativa privada:
SEGUNDO MARTIN E CZERNISZ (2016), COM O DECRETO 2.208/97 OS CURSOS TÉCNICOS
PROFISSIONAIS RÁPIDOS E DIRECIONADOS ÀS NECESSIDADES DO MERCADO DE TRABALHO
PASSARAM A SER OFERECIDOS POR INSTITUIÇÕES PARTICULARES DESVINCULADOS DA EDUCAÇÃO
BÁSICA, FAZENDO COM QUE, POR NECESSIDADE, OS JOVENS DE BAIXA RENDA OPTASSEM POR
ESTES CURSOS E DESISTISSEM DA FORMAÇÃO GERAL, ACENTUANDO COM ISSO, A DIVISÃO DE
CLASSES. A PARTIR DESTE DECRETO, AS POLÍTICAS PÚBLICAS TÊM ESTREITADO PARCERIAS COM A
SOCIEDADE CIVIL REFORÇANDO AINDA MAIS A PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A
PRECARIZAÇÃO DA FORMAÇÃO EDUCATIVA AO DESVALORIZAR O CONHECIMENTO CIENTÍFICO. ESTE
FATO ATENDE, OBVIAMENTE, AOS INTERESSES DO SETOR PRODUTIVO POR FORMAR OS
TRABALHADORES DE FORMA MAIS RÁPIDA PARA O MERCADO DE TRABALHO E TAMBÉM AOS
INTERESSES GOVERNAMENTAIS, AO DIMINUIR A DEMANDA PELO ENSINO SUPERIOR.
(GOMIDE; GRACIANO, 2019, p. 69)
Além disso, a Reforma agrega que qualquer professor com “notório saber” poderá dar aulas para o Ensino Médio, mesmo que não possua diploma de licenciatura. Os profissionais do
campo da educação sabem que a “formação de professores” é fundamental para a atuação docente nos caminhos do ensino-aprendizagem necessários para a formação do aluno.
AFINAL, O QUE É NOTÓRIO SABER E QUEM DIRÁ QUAL PROFESSOR O POSSUI?
É o reconhecimento de alguém que, mesmo não tendo formação em determinada área, possui notável e inquestionável conhecimento sobre o assunto. Esse título é dado, por
exemplo, por Universidades a pessoas que a academia julga que devem ser assim reconhecidas. O problema da aplicação do notório saber na escolha de professores para o Ensino
Médio é a falta de clareza sobre quais critérios nortearão tais processos, podendo estes estarem sujeitos às escolhas políticas ou ideológicas.
Neste vídeo, iremos fazer uma breve contextualização do tema.
A lógica neoliberal tem influenciado as políticas públicas no Brasil, sobretudo mais recentemente. Vejamos a Base Nacional Comum Curricular e a Reforma do Ensino Médio, que faz
parte desse processo. Inspirada no artigo 205 da Constituição, a BNCC busca criar um padrão para melhor abarcar todos os estudantes do país, indo ao encontro das tendências
neoliberais. Isso pode contribuir para a diminuição dos direitos conquistados historicamente, como os trabalhistas.
Você já percebeu o quanto é comum o uso da palavra “empreendedorismo” por autônomos? Algumas vezes, escutamos que esse trabalhador pode fazer seu próprio horário, sem dar
satisfação a nenhum patrão. Ele é dono de seu próprio tempo! Mas e se ele ficar doente e passar dias de cama por causa de uma virose? Provavelmente, ficará sem trabalhar, logo
também não vai lucrar.
 EXEMPLO
Agora imagine o caso de um funcionário que trabalha para uma empresa sem possuir vínculos com ela. Um entregador de comidas, por exemplo, é cadastrado no sistema da
empresa e recebe por corridas. Porém, se ele adoecer, não receberá salário durante o período em que estiver afastado.
Nesse sentido, a interpretação do conceito de “empreendedorismo”, presente na BNCC, torna-se fundamental para quem discute políticas educacionais no Brasil.
De acordo com o site Nova Escola, baseado na BNCC, durante o período em que estiverem cursando o Ensino Fundamental, os alunos “devem ser capazes de utilizar estratégias
para planejar-se e estabelecer metas pessoais e de aprendizagem, tendo em vista projetos presentes e futuros”; “compreender o valor do esforço para o alcance de seus objetivos”;
“superar desafios e alcançar objetivos”; “abraçar novos desafios, confiando na capacidade de superar limites”; “refletir [...] sobre suas metas e objetivos, considerando a devolutiva de
colegas e professores”; “reconhecer as próprias aptidões e aspirações”; aprender a “se organizar, estabelecer metas e definir estratégias para atingi-las”; além do foco em “educação
financeira” e em “ciências humanas o aprendizado sobre o mundo do trabalho”.
Fonte: Shutterstock
Reparou o vocabulário diferente? Se tiver oportunidade, procure um projeto empresarial e veja como todos trazem os termos: metas, desafios e superação. Na verdade, o problema
não está necessariamente nessas palavras, e sim no contexto de uso delas. A BNCC traz a organização pessoal do aluno e de seus projetos de vida, colocando isso como
empreendedorismo. Assim, é visto como algo positivo quando o estudante supera seus limites e alcança suas metas e seus objetivos.
QUEM É EMPREENDEDOR NESSA PERSPECTIVA? O TRABALHADOR AUTÔNOMO, QUE FAZ SEU
PRÓPRIO HORÁRIO? O IDEALIZADOR DE SUA PEQUENA BANCA DE FRUTAS OU AQUELE QUE MONTOU
SUA PEQUENA FÁBRICA DE CONGELADOS?
A noção de empreendedorismo como algo pessoal tende a mascarar o problema das oportunidades. Não se trata apenas do esforço pessoal, mas também das condições materiais e
cotidianas que possuímos. Toda forma de educação que tende a homogeneizar a sociedade não conseguirá, de fato, ser democrática! Não somos homogêneos, fazemos parte de
uma sociedade de classes desiguais. Enquanto isso não for reconhecido, a ideia de oportunidades iguais perdurará, reforçando o caráter excludente que algumas políticas
educacionais nos apresentam.
PARA ONDE VAMOS?
Os profissionais da educação no Brasil têm se debruçado sobre o papel do Estado eas políticas educacionais produzidas ao longo de nossa história. A leitura crítica feita pela
literatura da área é fundamental para a realização dos estudos sobre políticas públicas. Nesse sentido, a tendência é que sigamos uma análise questionadora das políticas
educacionais, indagando: como, por que e para quem são direcionadas?
Em 2020, a crise gerada em função da pandemia do Coronavírus foi fundamental para percebermos o papel da educação em nossas vidas, uma vez que as discussões sobre o tema
ganharam uma dimensão ainda maior. As pesquisas já realizadas por Universidades de todo o país contribuíram e seguem contribuindo para encontrar tratamentos e vacinas contra
vírus que nos ameaçam.

Estudante com acesso a tecnologia
Estudante sem acesso a tecnologia

A Educação também ganhou destaque, e pesquisas que envolvem esse campo se tornaram protagonistas. Profissionais de todas as áreas se debruçaram sobre esse e demais temas
fundamentais para a humanidade. Em função da crise e do isolamento social, creches, escolas e Universidades precisaram ser fechadas. Assim, instituições privadas e parte das
escolas públicas instituíram o ensino a distância, realizado via celulares, computadores e internet. Entretanto, isso escancarou a sociedade de classes na qual vivemos, demonstrando
a enorme quantidade de pessoas sem acesso à tecnologia e denunciando o processo de exclusão dos alunos prejudicados nesse processo ensino-aprendizagem. Esse fato evidencia
a importância da discussão crítica das políticas públicas no Brasil, seus direcionamentos para o presente e suas perspectivas para o futuro.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. PENSANDO SOBRE O QUE VIMOS NA LDB DE 1996, PODEMOS DIZER QUE É ATRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS:
A) Garantir o acesso à pré-escola e à Educação Infantil, com prioridade para o Ensino Fundamental.
B) Garantir o acesso ao Ensino Médio para alunos até 16 anos de idade.
C) Garantir o acesso às creches, à Educação Infantil e ao Ensino Médio para alunos até 18 anos.
D) Garantir educação técnico/profissionalizante ou Ensino Médio para alunos até 18 anos.
2. OS ESTADOS SÃO RESPONSÁVEIS POR GERIR E SUPERVISIONAR OS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO MÉDIO. ISSO CONSTA:
A) Na Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96.
B) Na Lei de Diretrizes e Bases 9.550/95.
C) Na Lei de Diretrizes e Bases 9.394/88.
D) Na Lei de Diretrizes e Bases 9.394/20.
GABARITO
1. Pensando sobre o que vimos na LDB de 1996, podemos dizer que é atribuição dos municípios:
A alternativa "A " está correta.
De acordo com a LDB, cabe ao município “oferecer a Educação Infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o Ensino Fundamental”. Portanto, não é responsabilidade do
âmbito municipal garantir educação para o Ensino Médio ou Superior.
2. Os Estados são responsáveis por gerir e supervisionar os estabelecimentos de Ensino Médio. Isso consta:
A alternativa "A " está correta.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação foi homologada em 1996 e traz em seu texto que o Ensino Médio é de responsabilidade dos Estados.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos que o Brasil se constitui em um Estado republicano, cuja base é a Constituição de 1988, e que as políticas públicas, inclusive as educacionais, são importantes para o seu
funcionamento.
O caminho delineado o convidou a refletir a sua realidade: quais as políticas públicas o cercam, como dialogam com o Estado e como são constantemente impactas por projetos de
poder e mudanças sociais. Desse modo, vimos que as fendas provocadas por interesses que se contrapõem entre a lógica privada e a pública dificultam que reconheçamos as
necessidades específicas de uma sociedade de classes inerente ao sistema capitalista. Assim, fazer a leitura crítica das políticas públicas no Brasil nos ajudará a nos transformar e a
produzir de modo consciente. Esse é um exercício de cidadania importante para pensarmos como sujeitos no lugar em que vivemos.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988.
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
BRASIL. Lei nº 13.415/2017, de 13 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nos 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e
11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e o Decreto-Lei no 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei no 11.161, de 5 de agosto de
2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. 2017
FONSECA, T. N. L. Exaltar a Pátria ou Formar o Cidadão. In: FONSECA, T. N. L. História & ensino de História. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
GOMIDE, C. H.; GRACIANO, M. Políticas Educacionais: O ensino médio no Brasil – Avanços e Retrocessos. In LIB NEO, J. C.;
ECHALAR, A. D. L. F.; ROSA, S. V. L.; SUANNO, M. V. (orgs) Em Defesa ao Direito à Educação Escolar: Didática, Currículo e Políticas Educacionais em Debate. Goiânia: Ed. UFG,
2019.
JAPIASSU, H; MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1993.
LIB NEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2017.
MANACORDA, M. A. Marx e a Pedagogia Moderna. São Paulo: Alínea, 2017.
EXPLORE+
Para se aprofundar mais no assunto deste tema, leia os seguintes textos:
No site oficial do Planalto, é possível encontrar a LDB atualizada com todas as alterações realizadas no decorrer do tempo. A partir das reflexões realizadas até aqui, você
poderá fazer uma leitura crítica da lei e problematizar tudo o que julgar necessário para realizar sua análise.
Ainda sobre a LDB, leia com uma atenção especial:
Item 5, do Art. 36, presente na seção IV, capítulo II do Título V;
inciso V do artigo 6, presente no Capítulo II.
No site oficial do Senado, você encontra a nossa Constituição de 1988. Leia especialmente do Artigo 205 ao 214, referentes à Educação.
Para se aprofundar mais no assunto deste tema, veja os seguintes vídeos:
Eu, Daniel Blake, 2016, filme dirigido por Ken Loach.
Para se aprofundar mais no assunto deste tema, leia a obra:
Políticas Educacionais: O ensino médio no Brasil – Avanços e Retrocessos analisa essas propagandas, de Gomide e Graciano.
Educação escolar: políticas, estrutura e organização, de Libâneo, Oliveira e Toschi.
CONTEUDISTA
Cristina Helou Gomide
 CURRÍCULO LATTES
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0);
javascript:void(0);

Outros materiais