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Medicina de Saúde Coletiva I Fabiana Bilmayer HISTÓRIA NATURAL E PREVENÇÃO DE DOENÇAS Inter-relações do agente, do suscetível (hospedeiro) e do meio-ambiente, passando desde a criação do estímulo patológico no meio ambiente, até a resposta do homem ao estímulo patológico e as alterações que podem até levar à morte. Tem dois períodos sequenciais: Período Pré-Patogênico ou Epidemiológico • 1º período da história natural da doença; É o período em que a doença ainda não surgiu no organismo. • Definição: Evolução das inter-relações dinâmicas que envolvem os condicionantes sociais e ambientais + fatores próprios do suscetível até que chegue ao desenvolvimento da doença; • Tríade da causalidade das doenças: Agente–Hospedeiro–Ambiente No período pré-patogênico, descrevemos a interação da pessoa com os fatores de risco e a interação da pessoa com o ambiente em que ela vive e ainda mais se a pessoa possui condições físicas e genéticas que podem protegê-la ou prejudicá-la em relação à doença. Fatores Pré-Patogênicos – SOCIAIS Social: Estrutura social particularizada em conjunturas econômicas, políticas e ideológicas → condiciona uma determinada situação de vida de grande parcela da população a um agravamento crítico de seu estado de saúde. Fatores Pré-Patogênicos – AMBIENTAIS Fatores Pré-Patogênicos – MULTIFATORIALIDADE DOENÇA – Depende da estruturação dos fatores contribuintes, cujo risco varia entre os extremos (mín/máx). ● MULTIFATORIALIDADE Não é uma simples soma dos fatores. É a sinergia dos fatores = dois fatores estruturais aumentam o risco do desenvolvimento da doença se comparado à simples soma destes. Fatores em sinergia: produz efeito por si + contribui com a causa do outro fator. Medicina de Saúde Coletiva I Fabiana Bilmayer Período Patogênico ou patológico Definição: É o período que inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado. Segue com as perturbações bioquímicas em nível celular, continuam com as perturbações na forma e na função, evoluindo para defeitos permanentes, cronicidade ou cura. 1. Interação estímulo-suscetível A doença ainda não tomou desenvoltura, porém estão presentes todos os fatores necessários para sua ocorrência. Alguns fatores agem predispondo o organismo à ação subsequente de outros agentes patógenos. 2. Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas A doença já está implantada no organismo afetado com alterações no organismo, mas as manifestações clínicas ainda não são percebidas. Porém, exames laboratoriais orientados podem identificar as alterações. 3. Sinais e sintomas Os sinais iniciais da doença se tornam nítidos e transformam-se em sintomas – estágio clínico. 4. Cronicidade A evolução da doença pode progredir até o estado de cronicidade ou conduzir o doente a uma incapacidade variada. A doença pode evoluir para invalidez permanente, para morte ou cura. PREVENÇÃO Medicina preventiva: técnica e arte de evitar doenças, prolongar a vida e desenvolver a saúde física e mental – Ação antecipada, a fim de interceptar ou anular a evolução de uma doença; Medicina de Saúde Coletiva I Fabiana Bilmayer Fatores de risco São características associadas a maior risco para o desenvolvimento de determinada doença → Mesmo que um fator de risco não cause a doença, sua presença torna possível predizer a probabilidade de que a doença venha a acontecer. Exemplos: - Hereditários - Ambientais - Socias - Comportamentais Prognóstico É uma suposição que se faz sobre a evolução de uma doença após o seu diagnóstico. Pode estar estabelecido com base no curso clínico da doença (evolução da doença com tratamento) ou na história natural da doença(curso da doença sem intervenção). Condições associadas ao desfecho clínico: Específicos do indivíduo (sexo, idade, tabagismo...) + Relacionados com a doença (insuficiência cardíaca, IAM..)
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