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Bile e bilirrubina

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FISIOLOGIA 
@gabrielholandac 
BILE E BILIRRUBINA 
 
Bile 
➥ Digestão q absorção de gorduras 
➥ Ácidos biliares ajudam a emulsificar grandes partículas de 
gorduras e muitas partículas pequenas 
 ➥ As partículas pequenas vão sofrer ação das lipases 
pancreáticas 
➥ Também ajudam na absorção dos produtos finais da gordura 
pela membrana da mucosa intestinal 
➥ Bile serve como meio de excreção de diversos produtos do 
sangue, bilirrubina e colesterol em excesso 
 
Composição 
➥ Sais biliares são quase metade do soluto da bile 
➥ Bilirrubina, colesterol, lecitina e eletrólitos estão em grande 
quantidade 
 
Substância Bile Hepática Bile Vesicular 
Água 97,5 g/dL 92 g/dL 
Sais biliares 1,1 g/dL 6 g/dL 
Bilirrubina 0,04 g/dL 0,3 g/dL 
Colesterol 0,1 g/dL 0,3 – 0,9 g/dL 
Ácidos graxos 0,12 g/dL 0,3 – 1,2 g/dL 
Lecitina 0,04 g/dL 0,3 g/dL 
Na+ 145 mEq/L 130 mEq/L 
K+ 5 mEq/L 12 mEq/L 
Ca2+ 5 mEq/L 23 mEq/L 
Cl- 100 mEq/L 25 mEq/L 
HCO3- 28 mEq/L 10 mEq/L 
 
Sais biliares 
➥ Hepatócitos sintetizem cerca de 6g de sais biliares por dia, sendo 
o colesterol o precursor 
➥ Colesterol é convertido em acido cólico ou ácido 
quenodesoxicólico em quantidades quase iguais 
➥ Os ácidos se combinam majoritariamente com glicina e em 
menor parte com taurina, formando ácidos biliares glico e 
tauroconjugados 
➥ Os sais desses ácidos, principalmente de sódio, são secretados 
para a bile 
 
➥ Têm ação detergente sobre as partículas de gordura, que 
diminui a tensão superficial das partículas 
 ➥ Função emulsificante ou detergente 
➥ Ajudam na absorção de ácidos graxos, monoglicerídeos, 
colesterol e outros lipídios pelo trato intestinal 
➥ Formam micelas semissolúveis no quimo, por causa das cargas 
dos sais biliares 
➥ Lipídios intestinais são carregados nessa forma para a mucosa 
intestinal onde são absorvidos pelo sangue 
➥ Sem os sais biliares 40% da gordura ingerida seria perdida nas 
fezes 
 
Circulação Êntero-hepática 
➥ 94% dos sais biliares são reabsorvidos para o sangue pelo 
intestino delgado 
➥ Entram no sangue e voltam para o fígado 
➥ Em só uma passagem pelos sinusoides são reabsorvidos quase 
completamente pelos hepatócitos e secretados novamente na bile 
➥ Passam por esse ciclo em média 17 vezes até serem excretados 
➥ A quantidade de bile secretada depende muito da 
disponibilidade de sais biliares 
➥ Ingestão de sais biliares suplementares pode aumentar a 
secreção de bile por centenas de ml por dia 
➥ Se a fístula biliar esvaziar os sais biliares para o exterior por dias 
ou semanas, impossibilitando a reabsorção no intestino, o fígado 
aumenta sua produção de sais de 6 – 10x 
➥ Essa secreção extra traria de volta a quantidade normal de bile 
secretada 
Produção e secreção 
➥ A solução inicial é secretada pelos hepatócitos, tem grande 
quantidade de ácidos biliares, colesterol e outros orgânicos 
➥ Secretada para os canalículos biliares que se originam entre as 
células hepáticas 
➥ Flui dos canalículos para os septos interlobulares para 
desembocar nos ductos biliares terminais 
➥ Chega ao ducto hepático e ducto biliar comum 
➥ Então vai para o duodeno ou é armazenada na vesícula biliar por 
minutos ou horas, onde chega pelo ducto cístico 
 
➥ No percurso pelos ductos uma segunda secreção é adicionada 
a bile inicial 
➥ É uma solução aquosa de íons de sódio e bicarbonato, secretada 
pelas células epiteliais que revestem os canalículos e ductos 
➥ Aumenta a quantidade da bile em 100% ou mais 
➥ É estimulada pela secretina, que leva a secreção de íons 
bicarbonato para suplementar a secreção pancreática e 
neutralizar o HCL 
 
CCK 
➥ Quando o alimento começa a ser digerido no trato 
gastrointestinal superior a vesícula começa a se esvaziar 
➥ Principalmente quando alimentos gordurosos chegam ao 
duodeno, em média 30min depois da ingestão 
➥ O esvaziamento da vesícula ocorre por contrações rítmicas da 
sua parede e o relaxamento simultâneo o esfíncter de Oddi 
➥ CCK é o estímulo mais potente para a contração vesicular, que 
também aumenta a secreção de enzimas digestivas no pâncreas 
 ➥ O principal estímulo para a liberação de CCK no sangue pela 
mucosa duodenal é a presença de gorduras no duodeno 
➥ Vesícula também é estimulada com menor intensidade pelas 
fibras nervosas secretoras de acetilcolina, tanto no nervo vago 
como no sistema nervoso entérico 
 ➥ Também promovem secreção e motilidade em outras partes 
do trato gastrointestinal superior 
➥ Quando o alimento não tem gorduras a vesícula s esvazia 
lentamente, mas quando boas quantidades de gordura estão 
presentes ela se esvazia completamente em 1h 
 
 
 
Armazenamento e concentração 
➥ A bile é secretada continuamente pelas células hepáticas 
➥ Em condições normais a maior parte é armazenada na vesícula 
biliar até ser secretada para o duodeno 
➥ O volume máximo de armazenamento é de 30-60ml, 
➥ Em até 12h de secreção ela chega a armazenar 450ml, porque a 
água e os sais são continuamente absorvidos pela mucosa da 
vesícula 
➥ Causando uma concentração dos constituintes restantes que 
são os sais biliares, colesterol, lecitina e bilirrubina 
➥ Boa parte da absorção da vesícula é feita por transporte ativo de 
sódio pelo epitélio 
➥ Depois vem a absorção secundária de íons de cloreto, água e 
outros constituintes difusíveis 
➥ Geralmente é concentrada 5x, mas pode chegar até 20x 
 
Secreção hepática de colesterol e cálculos biliares 
➥ Sais biliares são formados por colesterol no plasma sanguíneo 
➥ 1 – 2g de colesterol são removidos do plasma e secretado na bile 
todos os dias 
➥ Colesterol é quase completamente insolúvel em água, mas se 
combina com os sais e formam micelas ultramicroscópicas em 
solução coloidal 
➥ Quando a bile se concentra na vesícula, os sais e a lecitina se 
concentram de forma proporcional ao colesterol, que vai fazer com 
que ele se mantenha em solução 
➥ Em condições anormais o colesterol pode se acumular na 
vesícula e formar cálculos biliares de colesterol 
➥ A quantidade de colesterol na bile é determinada pela 
quantidade de gorduras que a pessoa ingere, dietas ricas em 
gordura têm chances maiores de gerarem cálculos biliares 
➥ Outra causa é a inflamação do epitélio vesicular, que pode 
alterar as capacidades de absorção da mucosa vesicular e fazer 
com que muita água seja absorvida, gerando um acúmulo de 
colesterol 
➥ Primeiro ele forma pequenos cristais na superfície da mucosa 
inflamada, crescem e formam os cálculos 
 
 
 
Bilirrubina 
➥ Uma das substâncias que são excretadas na bile e depois 
eliminadas nas fezes 
➥ Um pigmento verde-amarelado 
➥ Vem da degradação final das hemácias 
 
Metabolismo 
➥ Quando as hemácias completam seu tempo de vida (120 dias) 
ficam muito frágeis e suas membranas se rompem 
➥ Após isso a hemoglobina liberada é fagocitada pelos 
macrófagos teciduais 
➥ Depois ela é cindida em globina e heme 
➥ O anel do grupo heme é aberto e libera o Fe2+ que é transportado 
no sangue pela ferritina e a cadeia reta de quatro núcleos vai 
formar a bilirrubina posteriormente 
 
➥ A primeira substancia formada é a biliverdina que rapidamente 
é reduzida a bilirrubina livre (não conjugada, indireta, BI) 
➥ A bilirrubina não conjugada vai ser liberada gradualmente pelos 
macrófagos para o plasma e logo se liga a albumina 
➥ Necessita dessa ligação para se mover pelo corpo 
➥ Bilirrubina não conjugada é absorvida pelas membranas dos 
hepatócitos 
➥ É liberada da albumina plasmática 
➥ 80% vai ser conjugado ao ácido glicurônico e formar glicuronídeo 
de bilirrubina (conjugada, direta, BD) 
➥ 10% se unirão para formar sulfato de bilirrubina e 10% se 
associarão a outras substâncias 
➥ Nessas formas a bilirrubina é excretada dos hepatócitos por 
transporte ativo 
 
Formação de urobilinogênio 
➥ Quando chega ao intestino, metade da bilirrubina conjugada é 
convertida por bactérias em urobilinogênio, que é muito solúvel 
➥ Uma parte dele é reabsorvido pela mucosa intestinal de volta 
para o sangue 
➥ A maior parte é reexcretada pelo fígado novamentepara o 
intestino 
➥ 5% são excretados na urina pelos rins 
➥ Após a exposição ao ar, na urina, o urobilinogênio é oxidado em 
urobilina 
➥ Nas fezes é alterado e oxidado em estercobilina 
 
 
 
 
 
Icterícia 
➥ Tonalidade amarelada dos tecidos corporais, incluindo pele e 
tecidos profundos 
➥ Causada pela grande quantidade de bilirrubina nos líquidos 
extracelulares, tanto a BI como a BD 
➥ A concentração normal no plasma, quase inteiramente de BI é 
de 0,5 mg/dL, a pele começa a amarelar quando chega em 1,5 
mg/dL 
➥ Se chegar a níveis de 40 mg/dL provavelmente é BD 
➥ Pode ser causada por destruição aumentada de hemácias com 
rápida liberação de bilirrubina no sangue, obstrução dos ductos 
biliares ou lesão dos hepatócitos 
➥ De forma que mesmo as quantidades normais não possam ser 
excretadas pelo trato gastrointestinal 
Icterícia hemolítica 
➥ Provocada por hemólise das hemácias 
➥ Função excretora do fígado não está comprometida, mas as 
hemácias são hemolisadas tão rápido que o fígado não 
acompanha 
➥ Concentração plasmática de BI se eleva acima do normal 
➥ Formação de urobilinogênio fica bem aumentada, muito dele é 
absorvido pelo sangue e excretado na urina 
 
Icterícia obstrutiva 
➥ Provocada pela obstrução dos ductos biliares (cálculo biliar ou 
câncer), ou por lesão dos hepatócitos (hepatite) 
➥ Formação de bilirrubina é normal, mas não pode passar do 
sangue para os intestinos 
➥ A BI ainda adentra os hepatócitos, sendo conjugada 
normalmente 
➥ Então é devolvida ao sangue, provavelmente pela ruptura de 
canalículos hepáticos congestionados 
➥ Ocorrendo uma drenagem direta da bile para a linfa 
➥ Maior parte no pasma é BD 
➥ Quando ocorre a obstrução total do fluxo da bile, nenhuma 
bilirrubina chega aos intestinos para ser convertida em 
urobilinogênio, então nenhum é absorvido e excretado pelos rins 
➥ Os testes para urobilinogênio são completamente negativos e as 
fezes ficam com cor de argila porque também não há estercobilina 
➥ Os rins podem excretar pequenas quantidades de BD, mas não 
de BI, por isso uma quantidade significativa de BD aparece na 
urina, quando a espuma fica muito amarela

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