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1 PRÉ TESTE 1- Fazem parte da úvea a) cristalino, íris e esclera b) coroide, corpo ciliar e íris c) cristalino, esclera e coroide d) coroide, retina e esclera 2- Pct vítima de trauma crânio facial da entrada PS com quadro de edema periorbitario a direita. Ao exame nota-se enfisema subcutâneo periorbitario a direita. As paredes orbitarias mais prováveis de te- rem sido fraturadas são: a) superior e inferior b) temporal e nasal c) nasal e inferior d) temporal e superior 3- Pct com ptose pode ter qual par craniano lesado? a) óptico b) troclear c) facial d) oculomotor GABARITO: 1-b, 2-c, 3-d ÓRBITA Só conseguimos ver a parte anterior do olho, o resto esta protegida por arcabouço ósseo, gordura e mus- culo orbital. O olho é bem próximo do SNC (cérebro) Esquema piramidal: ossos frontal, asas do esfenoide, lacrimal, maxilar, malar/ zigomático, palatino e etmoi- dal→ estão todos justapostos aos olhos Volume: 30mL O olho ocupa 1/5 deste espaço A principal artéria supridora da orbita e de suas es- truturas: é a artéria oftálmica e do sistema venoso pelas orbitarias superior e inferior A inervação complexa é feita pelo nervo lacrimal, frontal, troclear, oculomotor e nasociliar. A maior parte desses ramos é pelo nervo facial. PALPEBRAS Fazem parte dos anexos oculares, elas também irão proteger o olho e são divididas em pálpebra superior e inferior. O movimento de piscar ocorre a cada 3 a 4 segun- dos em circunstâncias normais. Quando ficamos em frente as telas, essa frequência de piscar é menor, as estruturas anteriores do olho ficam mais expostas e frágeis, começando a sentir os olhos ardendo, vista cansada, ressecamento por conta de ar condicionado etc. As pálpebras também auxiliam no escoamento das lagrimas e na distribuição dela por toda a superfície ocular. A cada vez que a pálpebra faz o movimento de piscar, ela distribui o filme lacrimal. O filme lacrimal tem curto tempo de duração, por isso a alta fre- quência de piscadas normalmente (3 a 4). OBS: Na ação de piscar, a pálpebra vai impulsionar a lagrima para o local de drenagem, as vias lacrimais. OBS 2: Epífora é o lacrimejamento excessivo. Músculos: orbicular (responsável por fechar o olho), tarso (tecido conectivo denso, permitindo a inserção muscular) e elevador da pálpebra (sustentação a abertura dos olhos, encontrado na pálpebra superior). As pálpebras apresentam as glândulas tarsais (mei- bomius) sendo cerca de 20 a 25 em cada pálpebra. Seus ductos excretam nas margens palpebrais. OBS: a pálpebra inferior tem muito pouca ação tanto quanto fechando quanto abrindo os olhos. Anatomia do olho 2 Nutrição: A. palpebral e lacrimal (ramo da oftálmico – ramo da carótida) Drenagem venosa: medialmente para as veias oftál- micas e angular. E lateralmente para a veia temporal. Drenagem linfática: nódulos parotídico superficial e submandibular (são os mais encontrados quando o processo infeccioso atinge a orbita ou anexos ocula- res) → objetivo do sistema linfático é proteção, a drenagem linfática ao se juntar com os gânglios re- alizam uma proteção avançada contra infecções in- flamatórias. Inervação sensorial: trigêmeo Inervação motora: facial Ex: paralisia facial pode ser causada por lesão no nervo facial. Fazendo um corte lateral da pálpebra observamos que ela possui uma estrutura muscular, uma estru- tura mais interna protegida por mucosa conjuntiva e tem uma área de transição entre elas que é cha- mada de linha cinzenta. Dentro da pálpebra temos uma porção que é cha- mada ciliar (tem cílios) e uma porção lacrimal (que não tem cílios). Essa porção lacrimal está justaposta ao ponto lacrimal em relação ao canto medial do olho, enquanto a porção ciliar é onde temos os cílios. Dividimos a pálpebra em linha posterior e linha ante- rior. Temos uma glândula lacrimal principal, que é respon- sável pela criação do filme lacrimal, que fica na região temporal superior. E se pedirmos para o paciente olhar para baixo e você elevar a pálpebra superior dele, é possível que possamos ver um pedaço dessa glândula lacrimal. Existe também uma glândula lacrimal acessoria. O filme lacrimal é constituído de 3 camadas, nas quais cada glândula lacrimal produz uma camada: • Camada lipídica: mais externa (glândula de meibomius) • Camada aquosa: mais intermediaria, (glândula lacrimal principal) • Camada mucinica: mais interna (glândula zeis e moll) OBS: a camada lipídica tem função protetora contra certos corpos estranhos, para proteção do olho. SISTEMA LACRIMO NASAL Pontos lacrimais: óstio mede 0,25mm de diâmetro e se situa na papila lacrimal. Canalículos lacrimais: tem cerca de 2mm, atravessa a fáscia lacrimal e desemboca no saco lacrimal por um pequeno canal comum que possui uma válvula anti-refluxo chamada válvula de Rosenmuller Saco lacrimal: mede cerca de 14mm de altura e 10 de largura, capacidade de 20mm³ e situa-se na fossa lacrimal. Devido a fragilidade desse osso, as rinites e etmoidites podem atingir o saco lacrimal causando dacriocistites. Canal lacrimo-nasal: o conduto sai do saco lacrimal e entra no canal ósseo do maxilar superior esten- dendo-se até o meato inferior das fossas nasais onde situa-se sua abertura. Neste ponto de saída há uma outra válvula chamada Hasner. OBS: por conta dessa ligação do canal lacrimal com o meato nasal, quando sentimos um cheiro ao qual somos alérgicos, começamos a lacrimejar também. Nutrição: provém da artéria oftálmica. Veias: infraorbitarias e angular. Drenagem linfática: gânglios submandibulares Inervação: nervos infratroclear (ramo do nasociliar) e pelo infraorbitário. Produção lacrimal e drenagem: glândula lacrimal, ca- nalículos e saco lacrimal, ducto nasolacrimal, meato inferior CONJUNTIVA Membrana mucosa fina e transparente que recobre a superfície posterior das pálpebras até o epitélio corneano, no limbo (é a transição entre a esclera e a córnea). A córnea não é protegida pela conjuntiva. A conjuntiva tem uma área de fixação, que é o pró- prio limbo, sendo então fixada ao limbo, recobrindo toda a região até a pálpebra, fazendo um fundo de saco. 3 OBS: as pessoas que usam lente de contato, quando a lente de contato sai do lugar costumam ir até ao médico com o medo de que a lente possa “ir para o cérebro”, porém, por conta do fundo de saco for- mado pela conjuntiva, essa conexão não se torna possível por ser um objeto grande, porém objetos micromoleculares podem atravessar essa fina mem- brana. Para retirar essa lente de contato perdida pra trás, deverá lubrificar o olho. Nutrição sanguínea: arco arterial marginal e artérias ciliares (ramo da oftálmica) Drenagem venosa: veia palpebral ou diretamente para as oftálmicas superior e inferior Drenagem linfática: a região lateral para o gânglio parotídico superficial (pré-auricular) e a medial para o submandibular Inervação: nervos ciliares longos, frontal, lacrimal e infraorbitário (ramo do trigêmeo) Funções: proteção, e nutrição da córnea. Apesar da córnea não ser protegida pela conjuntiva, a superfície interna da pálpebra é protegida pela conjuntiva tarsal. Essa superfície interna da pálpebra a cada piscada irá estar passando pela córnea, pro- tegendo a cada vez que ela “roça”, retirando resí- duos, epitélios, repõem nutrientes, impede patóge- nos de entrar nessa estrutura. OBS: a lente de contato deverá ser retirada por al- guns períodos, para que a córnea possa ter seus nutrientes renovados. CÓRNEA Tecido transparente, avascular, asférica (menor de- sordem na periferia – “ curvatura ideal que iria fazer convergir raios paralelos em um único ponto focal”) • Horizontalmente de 11 a 12mm • Verticalmente de 9 a 11mm Espessura central 0,5 mm e periférica 0,7mm Raio de curvatura médio central 7.8 mmContri- bui com 74% do poder dióptrico do olho 43,25D (dioptrias – tipo o grau do olho) A nutrição depende da glicose que se difunde do humor aquoso e do oxigênio da lagrima. Por ser avas- cular, a recepção dos nutrientes é pela periferia, ou seja, vem pela esclera, conjuntiva e vai nutrindo a córnea da periferia para o centro. Inervação densa atraves dos ciliares longos. Essa superfície vai trabalhar em uma situação de hi- póxia (baixa concentração de 02 no tecido) en- quanto estiver com a lente de contato. A córnea é um tecido transparente justamente para quando a luz incidir sobre esse olho vinda de varias direções, possa ser orientada para dentro da área pupilar. OBS: é impossível dizer que o corpo estranho esta na conjuntiva, quando está na situação da córnea. Ou que existe hemorragia corneana sabendo que a cór- nea é avascular. Possui 5 camadas: epitélio (mais externo), camada de bowman, estroma (mais intermediaria), mem- brana de descemet e endotélio (mais interno) OBS: embriologicamente a esclera e a cornea são formados no mesmo momento, sofrendo uma mod- ificação tornando avascular e virando a cornea. Possui função de proteção (por ser a área mais ex- posta, evitando que microorganismos entrem nesse olho) e refração (“guiando” a luz para dentro da pu- pila). CRISTALINO Lente biconvexa, avascular, transparente. Com cerca de 4mm de espessura e 9 mm de diâmetro Essa estrutura tem uma plasticidade (elasticidaade) Anteriormente está o humor aquoso e posterior- mente o humor vítreo. O humor aquoso está preenchido em uma cavidade virtual que é a camara anterior, e uma cavidade pos- terior que é está o humor vitreo, dando essa rigidez ao olho. 4 Consiste de um núcleo denso/rígido e um córtex; Envolto por uma cápsula elástica permeável – SACO CAPSULAR; Mantido em posição pela zônula (ligamento suspen- sor do cristalino). OBS: in vivo, a zônula parece as cordualias tendinosas do coração. →FUNÇÃO Focalizar os raios luminosos sobre a retina. Promove junto com o corpo ciliar e a zônula o fenômeno de acomodação. Para ver de perto – musculo ciliar se contrai e torna o cristalino mais esférico. E para focalizar ao longe, o músculo ciliar se relaxa, esticando as fibras zonulares e reduzindo seu diam- etro. Com a idade, as fibras perdem sua elasticidade e ocorrem depósitos de substâncias ao longo e entre as fibras formando a catarata. OBS: quando voce encontra um olho branco, um termo tecnico usado é Leucocoria. TRATO UVEAL A camada mais externa do olho é a esclera, e a mais interna é a retina, e no meio dessas 2 camadas ex- iste a uvea, que nutre a retina, assim como nutre e inerva a esclera, e ela é composta por 3 estruturas: ÍRIS: circular com músculos, pigmentos e a abertura pupilar. Função de um diafragma de câmera fotográfica, permitindo entrar mais e menos luz. • Pupila dilatada (midriase): esfincter e muscu- los ciliares relaxados. • Pupila contraida (miótica): músculos con- traídos. Podendo estar contraída ou dilatada por ação medi- camentosa ou por lesão central. Nutrição: círculo maior da íris e a inervação pelos ciliares curtos. Controlar a quantidade de luz que entra no olho. CORPO CILIAR: estrutura triangular que se estende da raiz da íris até a coroide. Apresenta uma musculatura que, como já vimos, promove a acomodação. Os processos ciliares compõem-se de capilares e veias que drenam o humor aquoso através das vor- ticosas. Os vasos sanguíneos provem do circulo maior da íris. E a inervação dos nervos ciliares. Controla o processo de acomodação e produz o humor aquosos secretado pelos processos ciliares na câmara posterior. OBS: quando um corpo estranho ultrapssa o epitelio corneano e vai para o estroma, a dor cessa, mas se o corpo estranho tocar a iris, vai ter uma dor absurda. CORÓIDE: porção posterior do trato uveal. Entre a esclera e a retina. Formada por vasos sanguíneos limitados pela mem- brana de bruch internamente e pela supracoróide externamente. A camada mais interna de pequenos vasos é conhe- cida como coriocapilar e nutrem a retina. As veias são mais calibrosas e deixam o olho pelas 4 vorticosas, uma em cada quadrante. Nutre a retina externa através de seus abundantes vasos sanguineos. O trato uveal é a essência neural e vascular do olho. VÍTREO Corpo gelatinoso, claro, avascular que abrange 2/3 do volume e do peso do olho. Compoe toda a camara posterior do olho, que está atras do cristalino. Envolvido por uma membrada hialóide e limi-tado pelo cristalino e pela retina. Constituído de água, colágeno, acido hialurôni-cos e outros elementos Mantem a forma e transparência e nutre a retina interna. Se houver qualquer opacidade no vitreo, irá inter- ferer na visão do paciente; uma uveite por exemplo pode atrapalhar a visão do paciente. 5 OBS: É a causa das chamadas moscas volantes, que se parecem com pequenas “teias” que andam pelo seu campo de visão, o que é perfeitamente normal. RETINA Membrana de múltiplas camadas de tecido neural Transparente (para que haja um melhor contato com a luz) e possui um brilho mais notável em pa- cientes jovens. A retina brilhosa é saudavel, caso haja opacidade, sangue, pode pensar em algum processo inflamato- rio naquela retina. Principais regiões: começa na ora serrata (mais an- terior) e pólo posterior (entre o nervo óptico e as arcadas vasculares). Ela é um ”tapete de fotorreceptores” que irão cap- turar a luz e mandar para o nervo optico interpreta- lo. Dentro do exame de retina, procuramos ver o nervo optico (2º Par craniano), a bainha de mielina desse nervo, a vasculatura que vai de encontro a ele. A macula possui fotorreceptores diferenciados. →Camadas: • Membrana de bruch • Epitélio pigmentar • Cones e bastonetes • Membrana limitante externa • Camada nuclear externa • Camada plexiforme externa • Camada nuclear interna • Camada plexiforme interna • Camada de células ganglionares • Camada de fibras nervosas • Membrana limitante interna A retina é destinada a receber imagens visuais, ana- lisá-las parcialmente e transferí-las para o cérebro. Por isso a retina apresenta um forte sistema de con- exões nervosas que dependem de mudanças quim- icas excitatorias. As principais células fotoreceptoras: Cones: visão de detalhes e de cores. Bastonetes: auxiliam na visão noturna ou na penum- bra e periférica. Degeneração macular: voce veria uma pessoa na sua frente, saberia que ela está de branco, mas não conseguiria identificar detalhes dessa pessoa. ESCLERA Camada fibrosa exterior que protege o olho. Densa, branca e contínua com a córnea anterior- mente e ao revestimento dural do nervo óptico pos- teriormente. A superficie externa da esclera é coberta por uma fina camada de tecido elástico chamada episclera que contem vasos que a nutrem. A inervação é feita pelos nervos ciliares. NERVO ÓPTICO O nervo óptico é um tronco constituído de cerca de um milhão de axônios originários das células gangli- onares da retina. Estes axônios formam a camada de fibras do nervo óptico da retina e convergem para formam o nervo óptico saindo por uma abertura de 0,7 mm de comprimento e 1,5 mm de diâmetro. Saindo da porção orbitária, percorre o buraco óptico ósseo e penetra na cavidade craniana até o quiasma óptico onde se une ao seu contra-lateral. Continua posteriormente aos corpos geniculados laterais e faz sinapse com neurônios cujos axônios terminam na cortex visual primária dos lobos occipitais. Tem a função de conduzir o impulso nervoso até a area da visão no cerebro. Deve-se analisar a cabeça do nervo optico, para ver se a estrutura tem seus bordos nítidos (um edema de papila na HI pode fazer com que os bordos não 6 sejam nítidos, assim como qualquer outro processoinflamatório ou de pressão). Ver os vasos, para ver se eles entram de maneira lisa, se eles acotovelam, pois são 2 arcos, nasal e temporal, que possuem inferior e superior que irão convergir para dentro desse nervo optico. Ver o Halo, para ver se há escavação e de quanto é essa escavação. VIA ÓPTICA MUSCULOS EXTRA-OCULARES 4 músculos retos: • Superior: elevação (N. oculomotor); • Inferior: depressão (N. oculomotor); • Medial: adução (N. oculomotor); • Lateral: abdução (N. abducente). 2 músculos oblíquos: • Superior: rotação (N. troclear); • Inferior: rotação (N. oculomotor).
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