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CIENC_CONTABEIS_TOMO I ALUNOS

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Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO 
 
Material do Aluno 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOMO I 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
2 
CQA/UNIP – Comissão de Qualificação e Avaliação da UNIP 
 
 
 
 
 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO 
Material do Aluno 
 
TOMO I 
 
Christiane Mazur Doi 
Doutora em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Mestra em Ciências 
(Tecnologia Nuclear), Engenheira Química e Licenciada em Matemática, com 
Aperfeiçoamento em Estatística. Professora titular da Universidade Paulista. 
 
Cristiane Nagai 
Mestre em Controladoria e Contabilidade, Contadora e Advogada. Professora 
adjunta da Universidade Paulista. 
 
Maria José Teixeira 
Mestra em Ciências Contábeis e Bacharela em Ciências Contábeis. 
Professora adjunta e Coordenadora Geral Técnica do curso de Ciências 
Contábeis da Universidade Paulista. 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
3 
 
 
Questão 1 
Questão 1.1 
A empresa Importadora Itália tem controle de estoque permanente pelo método do custo 
médio. No Balanço Patrimonial de 31/12/2010, o estoque final era de R$48.000,00 e, em 
31/12/2011, o estoque final era de R$25.000,00. 
Em 2012, a empresa efetuou compras de R$600.000,00, e o frete sobre as compras foi de 
R$12.000,00. Ainda em 2011, o frete sobre as vendas foi de R$45.000,00. As vendas do ano 
de 2011 totalizaram R$1.000.000,00. Em 2011, as devoluções de vendas totalizaram 
R$20.000,00. O Imposto de Importação sobre as compras foi de R$57.000,00. As demais 
Despesas Operacionais totalizaram R$211.000,00. 
Nessa situação, a Importadora Itália teve o que segue. 
I. Lucro bruto de R$288.000,00. 
II. Lucro operacional de R$32.000,00 
III. Custo da Mercadoria Vendida (CMV) do período de R$635.000,00. 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. 
B. III, apenas. 
C. I e II, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I, II, III. 
 
1. Introdução teórica 
 
1.1. Estoques 
 
Conforme dispõe o Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) - Estoques, item 6, 
 
estoques são ativos: 
(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios; 
(b) em processo de produção para vendas; ou 
(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no 
processo de produção ou na prestação de serviços. 
 
 
1Questão 9 – Enade 2012. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
4 
Em outras palavras, estoques são bens destinados à venda ou à fabricação de 
produtos, relacionados com os objetivos e as atividades da entidade. 
Tratando-se de empresa comercial, os estoques são representados pelas mercadorias 
adquiridas de terceiros, denominados fornecedores, que serão revendidas aos clientes. Já na 
empresa industrial, os estoques são representados pelas matérias-primas (utilizadas no 
processo de produção), pelos produtos em processo (aqueles que se encontram em fase de 
transformação) e pelos produtos acabados (ativos fabricados pela entidade e que estão 
prontos para serem vendidos aos clientes). 
Os estoques são registrados contabilmente ao seu custo de aquisição ou de 
transformação. O custo de aquisição de um estoque compreende o preço de compra do 
fornecedor acrescido de todos os demais gastos relacionados para deixar o ativo, nesse 
caso, o estoque, em condições de revenda, excluídos os impostos recuperáveis. 
Assim, no caso de mercadorias adquiridas para revenda, além do preço de compra, 
ao custo de aquisição do estoque devem ser adicionados, por exemplo, custos de seguro, de 
frete e de instalação. 
Conforme dispõe o Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) - Estoques, item 10, 
 
o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de 
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua 
condição e localização atuais. 
 
1.2. Sistemas de avaliação dos estoques 
 
O controle dos estoques pode ser realizado por dois sistemas: inventário periódico e 
inventário permanente. 
O inventário periódico geralmente é utilizado pelas empresas que não mantêm 
controle contínuo dos estoques que lhes permita apurar, a cada venda, o custo das 
mercadorias vendidas. Assim, para apurar tal custo das mercadorias vendidas (CMV), é 
utilizada a fórmula: CMV = Estoque inicial + Compras líquidas - Estoque Final. 
O inventário permanente é aquele mantido pela companhia que controla 
continuamente seu estoque. Desse modo, ele apura o custo das mercadorias vendidas 
imediatamente após cada venda realizada. 
Os métodos de valorização dos estoques são: (a) custo específico, (b) Primeiro que 
Entra, Primeiro que Sai (PEPS) e (c) Custo Médio Ponderado ou Média Ponderada Móvel. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
5 
Há também o método Último a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS). Apesar de não ser 
aceito pela legislação fiscal, ele é útil no que se refere ao fornecimento de informações 
gerenciais. 
O método do custo específico é, geralmente, aplicado aos produtos produzidos por 
encomenda de cliente, ou seja, aos produtos produzidos e segregados para projetos 
específicos. O PEPS, por sua vez, pressupõe que os itens de estoque que foram comprados 
ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens 
que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados 
ou produzidos. 
No custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a partir da média 
ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos 
itens comprados ou produzidos durante o período. De forma geral, as sociedades no Brasil 
empregam o método do custo médio ponderado (ALMEIDA, 2014). 
 
2. Resolução da questão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Indicações bibliográficas 
 
• ALMEIDA, M. C. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e CPC. São Paulo: Atlas, 
2014. 
• COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 16 
(R1): Estoques. Disponível em 
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/243_CPC_16_R1_rev%2003%20(2).p
df>. Acesso em 12 ago. 2014. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
6 
Questão 2 
Questão 2.2 
No balanço patrimonial, são apresentadas contas redutoras, que servem de informação 
importante para os usuários e, normalmente, são detalhadas em Notas Explicativas às 
Demonstrações Contábeis. Quais das seguintes contas são consideradas contas redutoras do 
ativo circulante? 
I. Provisão de férias. 
II. Provisão de 13º salário. 
III. Duplicatas descontadas. 
IV. Depreciação acumulada. 
V. Provisão para contingências. 
VI. Perdas estimadas nos estoques. 
VII. PECLD – Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa. 
VIII. Provisão para perdas prováveis na realização de investimentos de Longo Prazo. 
É correto apenas o que se afirma em 
a) I, V e VIII. 
b) I, VI e VII. 
c) II, IV e V. 
d) III, VI e VII. 
e) II, III, IV e VIII. 
 
1. Introdução teórica 
 
1.1. Estrutura do balanço patrimonial 
 
O balanço patrimonial (BP), além de ser composto pelos elementos de ativo, passivo 
e patrimônio líquido, apresenta uma estrutura que segrega os ativos e passivos circulantes 
dos ativos e passivos não circulantes. 
No Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações 
Contábeis, consta o que segue. 
 
O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes 
critérios: 
 
2Questão 25 – Enade 2012. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
7 
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no 
decurso normal do ciclo operacional da entidade; 
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; 
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço;ou 
(d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico 
CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para 
liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data 
do balanço. 
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. 
 
Ainda no Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1), temos que 
 
o ativo não circulante deve ser subdividido em realizável a longo prazo, investimentos, 
imobilizado e intangível. 
 
A respeito do passivo, no Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1), temos o que segue. 
 
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos 
seguintes critérios: 
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade; 
(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; 
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou 
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante 
pelo menos doze meses após a data do balanço (ver item 73). Os termos de um 
passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da 
emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação. 
Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes. 
 
1.2. Contas redutoras 
 
Determinadas contas patrimoniais devem ser apresentadas no balanço patrimonial 
por seus valores de provável realização, isto é, não devem estar com um valor contábil que 
exceda o quanto a empresa poderia recuperar com seu uso ou sua venda. Ainda que essas 
contas patrimoniais devam estar em valores de provável realização, não é permitido que 
simplesmente se assumam tais valores, abandonando seu valor original. 
A fim de possibilitar a apresentação de uma informação contábil que se aproxime da 
realidade econômica e financeira da empresa, existe a figura das contas denominadas 
redutoras, que podem corrigir tanto os saldos das contas de ativo quanto os saldos das 
contas de passivo aos valores de provável realização. 
O que as diferencia é a natureza da conta que desejam ajustar: se têm a finalidade 
de corrigir um saldo de ativo, as contas redutoras terão saldo credor; se têm a finalidade de 
corrigir um saldo de passivo, as contas redutoras terão saldo devedor. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
8 
As contas que reduzem o saldo de um ativo ao seu valor de provável realização são 
as perdas estimadas. 
Tratando-se especificamente de contas de ativo, é necessário consultar o 
Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução do Valor Recuperável de Ativos, cujo 
objetivo é estabelecer procedimentos que devem ser aplicados pela entidade de modo que 
ela possa assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por um valor que 
não exceda seus valores de recuperação. Se o valor contábil do ativo for maior do que seu 
valor recuperável por seu uso ou sua venda, um ajuste para reconhecimento de perdas por 
desvalorização deve ser efetuado. 
 
1.3. Provisões 
 
Provisões são passivos de prazo ou valor incertos. 
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e 
Ativos Contingentes, item 14, 
 
uma provisão deve ser reconhecida quando: 
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado 
de evento passado; 
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam 
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e 
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
 
2. Análise das afirmativas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
9 
3. Indicações bibliográficas 
 
• COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 01 
(R1) – Redução ao valor recuperável de ativos. Disponível em 
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/27_CPC_01_R1_rev%2005.pdf>. 
Acesso em 19 ago. 2014. 
• __________. Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e 
Ativos Contingentes. Disponível em < 
http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/304_CPC_25.pdf>. Acesso em 19 ago. 
2014. 
• __________. Pronunciamento Técnico CPC 26 – (R1) Apresentação das Demonstrações 
Contábeis. Disponível em 
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2006.pdf>. 
Acesso em 19 ago. 2014. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
10 
Questões 3 e 4 
Questão 3.3 
Uma empresa considerou os benefícios econômicos futuros e a mensuração confiável do 
custo de um bem do seu ativo imobilizado. 
Esse procedimento se refere a qual etapa na avaliação dos ativos fixos tangíveis? 
A. Reavaliação. 
B. Mensuração. 
C. Reconhecimento. 
D. Identificação de benefícios e riscos. 
E. Verificação da vida útil e depreciação. 
 
Questão 4.4 
De acordo com a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-
Financeiro, reconhecimento é o processo que consiste na incorporação ao balanço 
patrimonial ou à demonstração do resultado de item que se enquadre na definição de 
elemento e que satisfaça os seguintes critérios de reconhecimento: a) for provável que 
algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a entidade ou flua da 
entidade; b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade. 
Com relação ao reconhecimento das despesas, de acordo com a conceituação acima, avalie 
as seguintes afirmações. 
I. A despesa deve ser reconhecida na demonstração do resultado nos casos em que um 
passivo é incorrido sem o correspondente reconhecimento de ativo, como no caso de 
passivo decorrente de garantia de produto. 
II. As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado quando resultarem 
em decréscimo nos benefícios econômicos futuros, que esteja relacionado com o 
decréscimo de um ativo ou o aumento de um passivo e possa ser mensurado com 
confiabilidade. 
III. A despesa deve ser reconhecida imediatamente na demonstração do resultado quando o 
gasto produzir benefícios econômicos futuros ou quando os benefícios econômicos 
futuros não se qualificarem, ou deixarem de se qualificar, para reconhecimento no 
balanço patrimonial como ativo. 
 
3Questão 14 – Enade 2012. 
4Questão 33 – Enade 2012. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
11 
IV. As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado como base em 
procedimento de alocação sistemática e racional, quando se espera que os benefícios 
econômicos sejam gerados ao longo de vários períodos contábeis e a associação com a 
correspondente receita somente possa ser feita de modo geral e indireto. 
V. As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado com base na 
associação entre elas e os correspondentes itens de receitas. Esse processo, usualmente 
chamado de confrontação entre despesas e receitas (regime de competência), envolve o 
reconhecimento simultâneo ou combinado das receitas e despesas que resultem direta 
ou conjuntamente das mesmas transações ou de outros eventos. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e III. 
B. I, II e IV. 
C. II, III e V. 
D. III, IV e V. 
E. I, II, IV e V. 
 
1. Introdução teórica 
 
1.1. Estrutura Conceitual da Contabilidade 
 
A Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, 
informalmente denominada CPC “00”, estabelece os conceitos que fundamentam a 
elaboração e a apresentação de demonstrações contábeis destinadas a usuários externos, 
isto é, a investidores atuais e em potencial e a credores. 
A Estrutura Conceitual está em fase de atualização com o objetivo de criar uma 
estrutura sólida para a emissão de normas contábeis futuras, baseada em princípios 
internamente consistentes e internacionalmente convergentes. 
A EstruturaConceitual é dividida em quatro capítulos, conforme segue. 
Capítulo 1 – Objetivos de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro de 
propósito geral. 
Capítulo 2 – Entidade reporta a informação. 
Capítulo 3 – Características qualitativas da informação contábil-financeira útil. 
Capítulo 4 – Estrutura conceitual. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
12 
A atualização dos capítulos 1 e 3 foi encerrada em 2010 e o atual capítulo 4 
representa o texto remanescente do Framework de 1989. No capítulo 4, encontramos o 
arcabouço teórico que justifica a resolução das questões em análise. 
Vale notar que, por definição, ativo é um recurso controlado pela entidade como 
resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos 
para a entidade. O enunciado da questão 3 traz os itens a serem observados por uma 
entidade no processo de reconhecimento de um ativo. O enunciado da questão 4 trata do 
reconhecimento de despesas. 
 
1.2. Elementos das demonstrações contábeis 
 
Consta no item 4.2 da Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório 
Contábil-Financeiro que 
 
as demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das 
transações e outros eventos, por meio do grupamento em classes amplas de acordo 
com as suas características econômicas. Essas classes amplas são denominadas 
elementos das demonstrações contábeis. 
 
Enquanto os ativos, os passivos e o patrimônio líquido são os elementos diretamente 
relacionados à mensuração da posição patrimonial e da posição financeira no balanço 
patrimonial, as receitas e as despesas são os elementos diretamente relacionados com a 
mensuração do desempenho na demonstração do resultado. 
 
1.3. Despesas – definição e critérios para reconhecimento 
 
A Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro 
define despesas como decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, 
sob a forma de saída de recursos ou de redução de ativos ou assunção (ação ou resultado 
de assumir) de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não 
estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais. 
Em outras palavras, a despesa representa o consumo de bens ou serviços que, direta 
ou indiretamente, contribui com o processo de obtenção de uma receita. Logo, diminuindo o 
ativo ou aumentando o passivo, uma despesa geralmente é incorrida com a finalidade de se 
obter uma receita. 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
13 
2. Análise das alternativas/afirmativas 
 
Questão 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
14 
Questão 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
15 
3. Indicações bibliográficas 
 
• BRASIL. Lei Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por 
Ações. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm>. 
Acesso em 19 ago. 2014. 
• COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Conceitual Básico 
(R1) - Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. 
Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf>. 
Acesso em 19 ago. 2014. 
• __________________________________________. Pronunciamento Técnico CPC 27: 
Ativo Imobilizado. Disponível em 
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/316_CPC_27_rev%2006.pdf>. 
Acesso em 19 ago. 2014. 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
16 
Questão 5 
Questão 5.5 
A Cia. Irlanda apropria mensalmente a sua depreciação por meio do método das quotas 
constantes (depreciação linear). 
 
Ativo Imobilizado da Cia. Irlanda em 31/12/2011 
 
*Os computadores adquiridos em 04/01/2010 já tinham sido utilizados há exatos três anos pelo 1º proprietário. 
 
Observa-se que existe legislação específica para a depreciação de bens usados adquiridos, 
conforme Regulamento do Imposto de Renda, DL 3000/1999, que determina a apropriação 
da metade do tempo usual ou o prazo de vida útil restante (dos dois o maior) para os bens 
usados adquiridos. 
O critério utilizado é de que, independentemente do dia de aquisição, sua quota mensal de 
depreciação será apropriada integralmente. Todos os bens estão em uso, todos os meses 
são considerados de 30 dias, e o ano é de 360 dias. 
A apropriação da depreciação é realizada sem considerar qualquer expectativa de valor 
residual. 
Com base na situação acima descrita, o saldo da conta de Depreciação Acumulada em 
31/12/2011 da Cia. Irlanda foi de 
A. R$1.634.000,00. 
B. R$1.642.000,00. 
C. R$1.662.000,00. 
D. R$1.682.000,00. 
E. R$1.692.000,00. 
 
 
 
 
 
 
5Questão 10 – Enade 2012. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
17 
1. Introdução teórica 
 
Depreciação de bens adquiridos usados 
 
À medida que a empresa utiliza seus ativos, incorre uma despesa. No caso de itens 
registrados no Imobilizado, a empresa, ao utilizá-los, gera uma despesa denominada 
depreciação. A depreciação representa o consumo dos ativos de longo prazo e há diversos 
métodos para seu cálculo, a exemplo do método da linha reta (ou quotas constantes). 
Pelo método da linha reta, o valor da despesa de depreciação é obtido pela divisão do 
valor depreciável (custo do ativo menos seu valor residual) do bem pelo seu tempo de vida 
útil estimado. Conforme explica Almeida (2014), valor residual de um ativo é um valor 
estimado que a entidade obteria com a venda do ativo após deduzir as despesas estimadas 
de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição para o fim de sua vida útil. 
O registro contábil da depreciação implica débito na conta de despesa de depreciação 
com contrapartida em depreciação acumulada. O valor contábil do bem é obtido pela 
diferença entre seu custo de aquisição e sua depreciação acumulada. 
Ao se adquirir um bem usado que será classificado no ativo imobilizado, o cálculo da 
depreciação será realizado utilizando-se o tempo de vida útil maior entre (a) a metade da 
vida útil do bem ou (b) o restante da vida útil do bem, como mostrado no exemplo a seguir. 
• Veículo adquirido com 3 anos de uso. 
• Tempo de vida útil estimada para o veículo adquirido novo: 8 anos. 
• Metade da vida útil do veículo: 4 anos. 
• Restante da vida útil do veículo: 5 anos. 
• O veículo será, portanto, depreciado durante o prazo de 5 anos. 
A fim de atender ao princípio da competência, o reconhecimento da despesa de 
depreciação deve ser realizado mensalmente, a partir do momento em que o imobilizado 
esteja instalado, posto em serviço ou em condições de produzir conforme art. 305, § 2º do 
Decreto Nº 3.000, de 26 de março de 1999, conhecido como Regulamento do Imposto de 
Renda (RIR/99). No mesmo sentido, o item 55 do CPC 27 – Ativo Imobilizado dispõe que a 
depreciação do ativo inicia-se quando ele está disponível para uso, ou seja, quando está no 
local e em condições de funcionamento na forma pretendida pela administração. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
18 
2. Resolução da questão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Indicações bibliográficas 
 
• ALMEIDA, M. C. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e CPC. São Paulo: Atlas, 
2014. 
• BRASIL. Presidência da República. Decreto Nº 3.000 de 26 de março de 1999. 
Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a 
Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm>. Acesso em 19 ago. 2014. 
• COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. PronunciamentoCPC 27: Ativo 
Imobilizado. Disponível em 
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/316_CPC_27_rev%2006.pdf>. 
Acesso em 19 ago. 2014. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
19 
Questão 6 
Questão 6.6 
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) tem por finalidade evidenciar a riqueza criada 
pela entidade e sua distribuição durante determinado período. Seus dados, em sua grande 
maioria, são obtidos principalmente a partir da Demonstração do Resultado. 
A respeito desse tema, avalie as afirmações a seguir. 
I. A DVA da empresa informa a riqueza criada pelos usuários externos em determinado 
período e a forma como tais riquezas foram distribuídas. 
II. O valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, medida, de forma geral, 
pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros, incluindo 
também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e 
transferido à entidade. 
III. A receita de venda de mercadorias, de produtos e de serviços representa os valores 
reconhecidos na contabilidade pelo regime de competência e incluídos na demonstração 
do resultado do período. 
IV. A DVA apresenta a distribuição da riqueza criada para os agentes que contribuíram para 
a sua geração, incluindo os sócios acionistas. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I e II. 
B. I e III. 
C. II e IV. 
D. I, III e IV. 
E. II, III e IV. 
 
1. Introdução teórica 
 
Demonstração do Valor Adicionado 
 
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA), componente do balanço social, é um 
instrumento complementar na análise da situação econômico-financeira das empresas. Tem 
por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição durante 
determinado período. 
 
6Questão 24 – Enade 2012. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
20 
Conforme consta no Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor 
Adicionado, a elaboração da DVA deve observar a Estrutura Conceitual Básica para 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis e seus dados, em sua maioria, 
devem ser obtidos a partir da demonstração do resultado. 
A DVA é formada por duas partes: 
(i) composição do valor adicionado gerado pela empresa; 
(ii) distribuição do valor adicionado aos diversos elementos que contribuíram para sua 
obtenção. 
As receitas de vendas de produtos, mercadorias e serviços auferidos pela empresa, 
excluídos os insumos adquiridos de terceiros, são itens que representam composição do 
valor adicionado. Em outras palavras, o valor adicionado representa a riqueza criada pela 
empresa, medida pela diferença entre o valor das vendas e o valor dos insumos adquiridos 
de terceiros. Compreende também o valor adicionado recebido em transferência, isto é, 
aquele produzido por terceiros e transferido à entidade. 
A segunda parte da DVA evidencia como o valor adicionado foi distribuído entre o 
quadro de pessoal da empresa (sob a forma de remuneração direta, benefícios e FGTS), 
qual é a parcela do governo (sob a forma de impostos, taxas e contribuições), qual é a 
remuneração dos financiadores externos de capital (pagamento de juros, por exemplo) e 
qual é a remuneração atribuída aos sócios e acionistas (sob a forma de dividendos ou juros 
sobre o capital próprio) 
 
2. Análise das afirmativas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Indicação bibliográfica 
 
• COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 09 – 
Demonstração do Valor Adicionado. 2014. Disponível em 
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/175_CPC_09.pdf>. Acesso em 24 
jun. 2014. 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
22 
Questão 7 
Questão 7.7 
A empresa Conesul contratou o empregado 1 em 01/02/2011 com um salário base de 
R$3.600,00 e o empregado 2, em 01/07/2011, com um salário base de R$4.800,00, cujos 
proventos sofrem a incidência de Previdência Social de 20%, Contribuição para Terceiros de 
5,8%, Seguro Acidente de Trabalho de 2% e FGTS de 8%. Em um processo trabalhista 
envolvendo esses dois empregados, foi apresentada a seguinte planilha de cálculo, 
devidamente auditada, em 30/09/2011. 
 
Itens Empregado 1 Empregado 2 Total 
Salário 3.600,00 4.800,00 8.400,00 
13º 2.400,00 1.200,00 3.600,00 
INSS s/ 13º 667,20 333,60 1.000,80 
FGTS s/ 13º 192,00 96,00 288,00 
Total 13º 3.259,20 1.629,60 4.888,80 
 
Férias 2.400,00 1.200,00 3.600,00 
1/3 férias 800,00 400,00 1.200,00 
INSS s/ férias 667,20 333,60 1.000,80 
FGTS s/ férias 256,00 128,00 384,00 
Total férias 4.123,20 2.061,60 6.184,80 
 
Com base nas informações disponibilizadas no mês de setembro de 2011, constatou-se, no 
Balanço Patrimonial referente ao terceiro trimestre de 2011, as seguintes acumulações de 
provisões, considerando apenas esses dois empregados. 
 
Passivo Circulante Valores em 30/09/2011 
Provisão para Férias 3.600,00 
Provisão para 1/3 das Férias 1.200,00 
Provisão para 13º Salário 3.600,00 
Provisão para Encargos Sociais sobre as Férias 1.384,80 
Provisão para Encargos Sociais sobre 13º Salário 1.288,80 
 
A partir dos valores acumulados no Balanço Patrimonial, analise os quesitos apresentados 
pelo juiz e avalie as respostas dadas pelo perito contador nomeado para o caso. 
I. O juiz deseja saber se a empresa contabilizou adequadamente a provisão para o 13º 
salário. O perito responde que a provisão para o 13º salário está contabilizada de 
forma adequada, conforme os princípios da Contabilidade. 
 
7Questão 26 – Enade 2012. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
23 
II. O juiz deseja saber se os direitos sociais e trabalhistas dos empregados estão 
reportados no Balanço Patrimonial. O perito responde que sim, pois consta a 
contabilização de Provisões para Férias, inclusive 1/3, e para 13º Salário, com seus 
respectivos encargos, revelando uma promessa de compromisso da empresa para 
com os seus empregados. 
III. O juiz deseja saber se o cálculo da Provisão para Férias está adequado. Após refazer 
os cálculos, o perito confirma que os valores apresentados na planilha estão corretos. 
É correto o que o perito contador afirma em 
A. I, apenas. 
B. III, apenas. 
C. I e II, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I, II e III. 
 
1. Introdução teórica 
 
1.1. Folha de pagamento 
 
Na hipótese de a empresa contratar empregados, um dos documentos obrigatórios é 
a folha de pagamento para fiscalização trabalhista e previdenciária. Nesse documento, estão 
discriminados os proventos (salário, hora extra, adicionais, comissões, prêmios etc.) e os 
descontos (INSS, IRRF, faltas, atrasos etc.) de todos os funcionários. 
Todo trabalhador com carteira de trabalho assinada é automaticamente filiado à 
Previdência Social e passa a ser chamado de segurado, sendo-lhe conferido acesso aos 
serviços e benefícios da Previdência Social, como, por exemplo, serviço social, habilitação e 
reabilitação profissional, aposentadoria, salário maternidade, salário-família e auxílio-doença, 
entre outros. 
A partir do momento em que o funcionário passa a ser segurado, a empresa desconta 
mensalmente um percentual de seu salário de contribuição (8%, 9% ou 11% a depender do 
montante), referente à contribuição para o INSS, para posterior recolhimento aos cofres 
públicos da União. 
No que se refere ao empregador, além das despesas relacionadas aos funcionários, a 
empresa recolhe também os denominados encargos sociais sobre a folha de pagamento. A 
composição desses encargos sociais engloba sua contribuição previdenciária ao INSS (20% 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
24 
sobre a remuneração paga), o seguro acidente de trabalho (1%, 2% ou 3% conforme o 
risco de acidente do trabalho da atividade preponderante da empresa), 5,8% decontribuição a terceiros (Salário Educação, Incra – Instituto Nacional de Colonização e 
Reforma Agrária e entidades que compõem o sistema “S”) e 8% de Fundo de Garantia por 
Tempo de Serviço (FGTS). 
 
1.2. Férias e décimo terceiro salário 
 
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu art. 129, garante que todo 
empregado, após o período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, terá direito 
a férias sem prejuízo de sua remuneração. A depender do número de faltas injustificadas do 
empregado, ele terá direito a 12 (doze), 18 (dezoito), 24 (vinte e quatro) ou 30 (trinta) dias 
de férias. 
O valor das férias a ser recebido pelo empregado corresponde à sua remuneração 
mensal mais 1/3 (um terço) constitucional. 
Em relação ao décimo terceiro salário, todo trabalhador com carteira de trabalho 
assinada, a cada mês trabalhado, tem o direito a receber o correspondente a 1/12 (um doze 
avos) de sua remuneração ao final de cada ano. 
Durante a vigência do contrato de trabalho, sobre os valores das férias, de 1/3 sobre 
as férias e do décimo terceiro salário, incide a contribuição ao INSS tanto por parte do 
empregado quanto por parte do empregador. 
 
2. Resolução da questão e análise das afirmativas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Indicação bibliográfica 
 
• BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF. 
Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso 
em 13 fev. 2015. 
• ______. Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm>. Acesso em 01 abr. 
2015. 
• ______. Lei Nº 8.212 de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade 
Social, institui o Plano de Custeio, e dá outras providências. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm>. Acesso em 01 abr. 2015. 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
26 
Questão 8 
Questão 8.8 
De acordo com os dados do Sebrae-SP, existem no Brasil mais de 5 milhões de empresas. Várias 
publicações, inclusive do DIEESE (2012), comentam a respeito do bom desempenho da economia 
brasileira na última década, impulsionando a ampliação das micro e pequenas empresas (MPE) no 
país, confirmando a expressiva participação dessas empresas na estrutura produtiva nacional. 
Em 2010, as MPE representavam 99% das empresas do país, proporcionando mais da metade dos 
empregos formais em estabelecimentos provados não agrícolas. Por outro lado, o tempo de vida de 
muitas dessas empresas não ultrapassa cinco anos e, em alguns casos, não chega a dois. 
Uma parcela das MPE somente utiliza a contabilidade financeira para cumprimento de obrigações 
legais/fiscais, não dispondo de informações e de relatórios gerenciais. 
Disponível em <http://www.sebraesp.com.br>. Acesso em 20 jul. 2012. 
Disponível em <http://www.dieese.org.br>. Acesso em 20 jul. 2012. 
 
Suponha que o proprietário da MPE Cristal, preocupado com a continuidade dos negócios, 
buscou consultoria contábil para a implantação de uma contabilidade gerencial. Os 
consultores explicaram ao proprietário que adequados procedimentos contábeis direcionam 
para melhores demonstrações contábeis, proporcionando relatórios gerenciais da situação 
econômica e financeira da empresa, os quais contribuem eficazmente na gestão. 
Considerando essas informações e com base na situação hipotética apresentada, na 
qualidade de consultor da MPE Cristal, explique os procedimentos contábeis para que o 
proprietário da empresa possa entender os relatórios, abordando, necessariamente, os 
seguintes aspectos: 
a) princípio da continuidade; 
b) princípio da competência; 
c) depreciação; 
d) provisões contábeis para férias e 13º salário. 
 
1. Introdução teórica 
 
1.1. Contabilidade gerencial versus contabilidade financeira 
 
Segundo Padoveze (2010), a Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos 
define a contabilidade gerencial como um processo que identifica, mensura, acumula, 
analisa, prepara, interpreta e comunica informações financeiras utilizadas pela administração 
para executar o planejamento, a avaliação e o controle de uma organização e para 
 
8Questão 5 – discursiva – Enade 2012. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
27 
assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos. Em relação à contabilidade 
financeira, a contabilidade gerencial apresenta diferentes propósitos e usuários. 
Enquanto a contabilidade financeira fornece informações para usuários externos 
(acionistas, credores e fisco, por exemplo) e internos (administradores), a contabilidade 
gerencial dedica-se a informar apenas usuários internos, responsáveis pela direção e pelo 
controle das operações da empresa. 
A contabilidade financeira está estruturada de modo a conferir padronização dos 
registros contábeis e dos relatórios decorrentes desses registros porque, se assim não fosse, 
os dados contábeis deixariam de proporcionar informações inteligíveis para os usuários: 
cada empresa reconheceria e divulgaria sua movimentação financeira da maneira mais 
conveniente, conforme explicam Parisi e Megliorini (2011). 
Periodicamente, esses registros contábeis são consolidados, dando origem ao 
conjunto de demonstrações financeiras composto pelo balanço patrimonial, pela 
demonstração do resultado do exercício, pela demonstração de lucros ou prejuízos 
acumulados, pela demonstração dos fluxos de caixa e, se companhia aberta, pela 
demonstração do valor adicionado, conforme preceitua o art. 176 da Lei N° 6.404/76 e 
posteriores alterações. Acompanham esse conjunto de demonstrações as notas explicativas 
e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para o esclarecimento 
da situação patrimonial e dos resultados do exercício. 
Essas demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com as diretrizes emanadas 
de órgãos externos e, a depender do porte da empresa, são submetidas à auditoria, a fim 
de atestar sua fidedignidade em relação aos princípios contábeis e à representação 
adequada da posição financeira e patrimonial da entidade, objetivando torná-los confiáveis 
para usuários externos. 
As demonstrações contábeis devem atender aos denominados princípios de 
contabilidade que, após o processo de convergência às normas internacionais de 
contabilidade, resumem-se em princípio da entidade, princípio da continuidade, princípio da 
oportunidade, princípio do registro pelo valor original, princípio da competência e princípio 
da prudência, conforme Resolução CFC Nº 1.282, de 28 de maio de 2010, que atualizou e 
consolidou dispositivos da Resolução CFC Nº 750, de 29 de dezembro de 1993. 
 
 
 
 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
28 
1.2. Princípios de contabilidade 
 
Os princípios de contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias 
relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante 
nos universos científico e profissional de nosso país. Concernem, pois, à 
Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o 
patrimônio das entidades (CFC, 2010). 
 
São seis os princípios da contabilidade: da entidade, da continuidade, da 
oportunidade, do registro pelo valor original, da competência e da prudência. 
De acordo com a Resolução CFC Nº 750/93, o princípio da entidade dispõe que o 
patrimônio da empresa não deve ser confundido com o patrimônio de seus sócios. 
O princípio da continuidade pressupõe que a empresa continuará em marcha, isto é, 
que suas atividades serão desenvolvidas por tempo indeterminado. 
O princípio da oportunidade relaciona-se com a tempestividade do reconhecimento 
contábil de determinado evento. Podemos citar, como exemplo,a constituição da perda 
estimada com créditos de liquidação duvidosa: a empresa, no momento em que tem indícios 
de que não receberá integralmente tais créditos, deve constituir a perda estimada de modo 
a deixar esses ativos ao seu valor de provável realização. 
Conforme consta no art. 7º da Resolução CFC Nº 750/93, o princípio contábil do 
registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem ser 
inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda 
nacional. Ao se adquirir um ativo, por exemplo, a empresa deve adotar o seu custo histórico 
para efeito de registro, ou seja, o valor pago ou a pagar em dinheiro ou o valor justo dos 
recursos a serem transferidos ao fornecedor na data da aquisição. Integrado ao ativo, o 
valor desse bem pode sofrer variações em decorrência de seu custo corrente, de seu valor 
realizável, de seu valor presente ou de seu valor justo. 
O princípio da competência implica reconhecer os efeitos das transações da empresa 
e outros eventos no período em que ocorreram, independentemente de seu recebimento ou 
pagamento. Para melhor entendimento, suponha que a empresa tenha incorrido em 
despesas com salários no mês de março que serão pagos apenas em abril. Pelo princípio da 
competência, a empresa deve reconhecer a despesa com salários no mês de março – mês 
em que a empresa incorreu na despesa – independentemente se ela pagou ou não tal 
despesa. As receitas devem ser reconhecidas no período ao qual pertencem, 
independentemente se foram recebidas ou não. Adicionalmente, conforme explica o 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
29 
parágrafo único do art. 9º da Resolução CFC Nº 750/93, o princípio da competência 
pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. 
Por fim, o princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ativo e do maior para os componentes do passivo sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mudanças patrimoniais 
que alterem o patrimônio líquido. 
 
2. Padrão de resposta do Inep 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Indicações bibliográficas 
 
• CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC Nº 750, de 29 de dezembro 
de 1993. Brasília. Disponível em <http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_750.doc>. 
Acesso em 16 set. 2014. 
• ____________. Resolução CFC Nº 1.282, de 28 de maio de 2010. Brasília. Disponível em 
<http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1282.doc>. Acesso em 16 set. 2014. 
• PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação 
contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
• PARISI, C.; MEGLIORINI, E. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2011. 
 Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 
30 
 
ÍNDICE REMISSIVO 
Questão 1 
Contabilidade comercial. Métodos de controle de estoque. Inventário 
periódico e permanente. 
Questão 2 Contabilidade intermediária. Classificação de contas no balanço patrimonial. 
Questão 3 Normas Internacionais de Contabilidade. Estrutura conceitual. 
Questão 4 Normas Internacionais de Contabilidade. Estrutura conceitual. 
Questão 5 Contabilidade Societária. Depreciação. 
Questão 6 Contabilidade Financeira. Demonstração do valor adicionado. 
Questão 7 Contabilidade Empresarial. Folha de pagamento. 
Questão 8 Normas Internacionais de Contabilidade. Princípios de contabilidade.

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