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Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP CIÊNCIAS CONTÁBEIS MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO Material do Aluno TOMO I Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 2 CQA/UNIP – Comissão de Qualificação e Avaliação da UNIP CIÊNCIAS CONTÁBEIS MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO Material do Aluno TOMO I Christiane Mazur Doi Doutora em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Mestra em Ciências (Tecnologia Nuclear), Engenheira Química e Licenciada em Matemática, com Aperfeiçoamento em Estatística. Professora titular da Universidade Paulista. Cristiane Nagai Mestre em Controladoria e Contabilidade, Contadora e Advogada. Professora adjunta da Universidade Paulista. Maria José Teixeira Mestra em Ciências Contábeis e Bacharela em Ciências Contábeis. Professora adjunta e Coordenadora Geral Técnica do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 3 Questão 1 Questão 1.1 A empresa Importadora Itália tem controle de estoque permanente pelo método do custo médio. No Balanço Patrimonial de 31/12/2010, o estoque final era de R$48.000,00 e, em 31/12/2011, o estoque final era de R$25.000,00. Em 2012, a empresa efetuou compras de R$600.000,00, e o frete sobre as compras foi de R$12.000,00. Ainda em 2011, o frete sobre as vendas foi de R$45.000,00. As vendas do ano de 2011 totalizaram R$1.000.000,00. Em 2011, as devoluções de vendas totalizaram R$20.000,00. O Imposto de Importação sobre as compras foi de R$57.000,00. As demais Despesas Operacionais totalizaram R$211.000,00. Nessa situação, a Importadora Itália teve o que segue. I. Lucro bruto de R$288.000,00. II. Lucro operacional de R$32.000,00 III. Custo da Mercadoria Vendida (CMV) do período de R$635.000,00. É correto o que se afirma em A. I, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II, III. 1. Introdução teórica 1.1. Estoques Conforme dispõe o Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) - Estoques, item 6, estoques são ativos: (a) mantidos para venda no curso normal dos negócios; (b) em processo de produção para vendas; ou (c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços. 1Questão 9 – Enade 2012. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 4 Em outras palavras, estoques são bens destinados à venda ou à fabricação de produtos, relacionados com os objetivos e as atividades da entidade. Tratando-se de empresa comercial, os estoques são representados pelas mercadorias adquiridas de terceiros, denominados fornecedores, que serão revendidas aos clientes. Já na empresa industrial, os estoques são representados pelas matérias-primas (utilizadas no processo de produção), pelos produtos em processo (aqueles que se encontram em fase de transformação) e pelos produtos acabados (ativos fabricados pela entidade e que estão prontos para serem vendidos aos clientes). Os estoques são registrados contabilmente ao seu custo de aquisição ou de transformação. O custo de aquisição de um estoque compreende o preço de compra do fornecedor acrescido de todos os demais gastos relacionados para deixar o ativo, nesse caso, o estoque, em condições de revenda, excluídos os impostos recuperáveis. Assim, no caso de mercadorias adquiridas para revenda, além do preço de compra, ao custo de aquisição do estoque devem ser adicionados, por exemplo, custos de seguro, de frete e de instalação. Conforme dispõe o Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) - Estoques, item 10, o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. 1.2. Sistemas de avaliação dos estoques O controle dos estoques pode ser realizado por dois sistemas: inventário periódico e inventário permanente. O inventário periódico geralmente é utilizado pelas empresas que não mantêm controle contínuo dos estoques que lhes permita apurar, a cada venda, o custo das mercadorias vendidas. Assim, para apurar tal custo das mercadorias vendidas (CMV), é utilizada a fórmula: CMV = Estoque inicial + Compras líquidas - Estoque Final. O inventário permanente é aquele mantido pela companhia que controla continuamente seu estoque. Desse modo, ele apura o custo das mercadorias vendidas imediatamente após cada venda realizada. Os métodos de valorização dos estoques são: (a) custo específico, (b) Primeiro que Entra, Primeiro que Sai (PEPS) e (c) Custo Médio Ponderado ou Média Ponderada Móvel. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 5 Há também o método Último a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS). Apesar de não ser aceito pela legislação fiscal, ele é útil no que se refere ao fornecimento de informações gerenciais. O método do custo específico é, geralmente, aplicado aos produtos produzidos por encomenda de cliente, ou seja, aos produtos produzidos e segregados para projetos específicos. O PEPS, por sua vez, pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou produzidos. No custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período. De forma geral, as sociedades no Brasil empregam o método do custo médio ponderado (ALMEIDA, 2014). 2. Resolução da questão 3. Indicações bibliográficas • ALMEIDA, M. C. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e CPC. São Paulo: Atlas, 2014. • COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1): Estoques. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/243_CPC_16_R1_rev%2003%20(2).p df>. Acesso em 12 ago. 2014. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 6 Questão 2 Questão 2.2 No balanço patrimonial, são apresentadas contas redutoras, que servem de informação importante para os usuários e, normalmente, são detalhadas em Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis. Quais das seguintes contas são consideradas contas redutoras do ativo circulante? I. Provisão de férias. II. Provisão de 13º salário. III. Duplicatas descontadas. IV. Depreciação acumulada. V. Provisão para contingências. VI. Perdas estimadas nos estoques. VII. PECLD – Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa. VIII. Provisão para perdas prováveis na realização de investimentos de Longo Prazo. É correto apenas o que se afirma em a) I, V e VIII. b) I, VI e VII. c) II, IV e V. d) III, VI e VII. e) II, III, IV e VIII. 1. Introdução teórica 1.1. Estrutura do balanço patrimonial O balanço patrimonial (BP), além de ser composto pelos elementos de ativo, passivo e patrimônio líquido, apresenta uma estrutura que segrega os ativos e passivos circulantes dos ativos e passivos não circulantes. No Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis, consta o que segue. O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios: 2Questão 25 – Enade 2012. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 7 (a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; (b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; (c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço;ou (d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. Ainda no Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1), temos que o ativo não circulante deve ser subdividido em realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. A respeito do passivo, no Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1), temos o que segue. O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios: (a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade; (b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; (c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou (d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço (ver item 73). Os termos de um passivo que podem, à opção da contraparte, resultar na sua liquidação por meio da emissão de instrumentos patrimoniais não devem afetar a sua classificação. Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes. 1.2. Contas redutoras Determinadas contas patrimoniais devem ser apresentadas no balanço patrimonial por seus valores de provável realização, isto é, não devem estar com um valor contábil que exceda o quanto a empresa poderia recuperar com seu uso ou sua venda. Ainda que essas contas patrimoniais devam estar em valores de provável realização, não é permitido que simplesmente se assumam tais valores, abandonando seu valor original. A fim de possibilitar a apresentação de uma informação contábil que se aproxime da realidade econômica e financeira da empresa, existe a figura das contas denominadas redutoras, que podem corrigir tanto os saldos das contas de ativo quanto os saldos das contas de passivo aos valores de provável realização. O que as diferencia é a natureza da conta que desejam ajustar: se têm a finalidade de corrigir um saldo de ativo, as contas redutoras terão saldo credor; se têm a finalidade de corrigir um saldo de passivo, as contas redutoras terão saldo devedor. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 8 As contas que reduzem o saldo de um ativo ao seu valor de provável realização são as perdas estimadas. Tratando-se especificamente de contas de ativo, é necessário consultar o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução do Valor Recuperável de Ativos, cujo objetivo é estabelecer procedimentos que devem ser aplicados pela entidade de modo que ela possa assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por um valor que não exceda seus valores de recuperação. Se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável por seu uso ou sua venda, um ajuste para reconhecimento de perdas por desvalorização deve ser efetuado. 1.3. Provisões Provisões são passivos de prazo ou valor incertos. Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, item 14, uma provisão deve ser reconhecida quando: (a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado; (b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e (c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 2. Análise das afirmativas Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 9 3. Indicações bibliográficas • COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) – Redução ao valor recuperável de ativos. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/27_CPC_01_R1_rev%2005.pdf>. Acesso em 19 ago. 2014. • __________. Pronunciamento Técnico CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes. Disponível em < http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/304_CPC_25.pdf>. Acesso em 19 ago. 2014. • __________. Pronunciamento Técnico CPC 26 – (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2006.pdf>. Acesso em 19 ago. 2014. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 10 Questões 3 e 4 Questão 3.3 Uma empresa considerou os benefícios econômicos futuros e a mensuração confiável do custo de um bem do seu ativo imobilizado. Esse procedimento se refere a qual etapa na avaliação dos ativos fixos tangíveis? A. Reavaliação. B. Mensuração. C. Reconhecimento. D. Identificação de benefícios e riscos. E. Verificação da vida útil e depreciação. Questão 4.4 De acordo com a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil- Financeiro, reconhecimento é o processo que consiste na incorporação ao balanço patrimonial ou à demonstração do resultado de item que se enquadre na definição de elemento e que satisfaça os seguintes critérios de reconhecimento: a) for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a entidade ou flua da entidade; b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade. Com relação ao reconhecimento das despesas, de acordo com a conceituação acima, avalie as seguintes afirmações. I. A despesa deve ser reconhecida na demonstração do resultado nos casos em que um passivo é incorrido sem o correspondente reconhecimento de ativo, como no caso de passivo decorrente de garantia de produto. II. As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado quando resultarem em decréscimo nos benefícios econômicos futuros, que esteja relacionado com o decréscimo de um ativo ou o aumento de um passivo e possa ser mensurado com confiabilidade. III. A despesa deve ser reconhecida imediatamente na demonstração do resultado quando o gasto produzir benefícios econômicos futuros ou quando os benefícios econômicos futuros não se qualificarem, ou deixarem de se qualificar, para reconhecimento no balanço patrimonial como ativo. 3Questão 14 – Enade 2012. 4Questão 33 – Enade 2012. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 11 IV. As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado como base em procedimento de alocação sistemática e racional, quando se espera que os benefícios econômicos sejam gerados ao longo de vários períodos contábeis e a associação com a correspondente receita somente possa ser feita de modo geral e indireto. V. As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado com base na associação entre elas e os correspondentes itens de receitas. Esse processo, usualmente chamado de confrontação entre despesas e receitas (regime de competência), envolve o reconhecimento simultâneo ou combinado das receitas e despesas que resultem direta ou conjuntamente das mesmas transações ou de outros eventos. É correto apenas o que se afirma em A. I e III. B. I, II e IV. C. II, III e V. D. III, IV e V. E. I, II, IV e V. 1. Introdução teórica 1.1. Estrutura Conceitual da Contabilidade A Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, informalmente denominada CPC “00”, estabelece os conceitos que fundamentam a elaboração e a apresentação de demonstrações contábeis destinadas a usuários externos, isto é, a investidores atuais e em potencial e a credores. A Estrutura Conceitual está em fase de atualização com o objetivo de criar uma estrutura sólida para a emissão de normas contábeis futuras, baseada em princípios internamente consistentes e internacionalmente convergentes. A EstruturaConceitual é dividida em quatro capítulos, conforme segue. Capítulo 1 – Objetivos de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro de propósito geral. Capítulo 2 – Entidade reporta a informação. Capítulo 3 – Características qualitativas da informação contábil-financeira útil. Capítulo 4 – Estrutura conceitual. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 12 A atualização dos capítulos 1 e 3 foi encerrada em 2010 e o atual capítulo 4 representa o texto remanescente do Framework de 1989. No capítulo 4, encontramos o arcabouço teórico que justifica a resolução das questões em análise. Vale notar que, por definição, ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. O enunciado da questão 3 traz os itens a serem observados por uma entidade no processo de reconhecimento de um ativo. O enunciado da questão 4 trata do reconhecimento de despesas. 1.2. Elementos das demonstrações contábeis Consta no item 4.2 da Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro que as demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos, por meio do grupamento em classes amplas de acordo com as suas características econômicas. Essas classes amplas são denominadas elementos das demonstrações contábeis. Enquanto os ativos, os passivos e o patrimônio líquido são os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e da posição financeira no balanço patrimonial, as receitas e as despesas são os elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenho na demonstração do resultado. 1.3. Despesas – definição e critérios para reconhecimento A Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro define despesas como decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos ou de redução de ativos ou assunção (ação ou resultado de assumir) de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais. Em outras palavras, a despesa representa o consumo de bens ou serviços que, direta ou indiretamente, contribui com o processo de obtenção de uma receita. Logo, diminuindo o ativo ou aumentando o passivo, uma despesa geralmente é incorrida com a finalidade de se obter uma receita. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 13 2. Análise das alternativas/afirmativas Questão 3. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 14 Questão 4. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 15 3. Indicações bibliográficas • BRASIL. Lei Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm>. Acesso em 19 ago. 2014. • COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf>. Acesso em 19 ago. 2014. • __________________________________________. Pronunciamento Técnico CPC 27: Ativo Imobilizado. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/316_CPC_27_rev%2006.pdf>. Acesso em 19 ago. 2014. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 16 Questão 5 Questão 5.5 A Cia. Irlanda apropria mensalmente a sua depreciação por meio do método das quotas constantes (depreciação linear). Ativo Imobilizado da Cia. Irlanda em 31/12/2011 *Os computadores adquiridos em 04/01/2010 já tinham sido utilizados há exatos três anos pelo 1º proprietário. Observa-se que existe legislação específica para a depreciação de bens usados adquiridos, conforme Regulamento do Imposto de Renda, DL 3000/1999, que determina a apropriação da metade do tempo usual ou o prazo de vida útil restante (dos dois o maior) para os bens usados adquiridos. O critério utilizado é de que, independentemente do dia de aquisição, sua quota mensal de depreciação será apropriada integralmente. Todos os bens estão em uso, todos os meses são considerados de 30 dias, e o ano é de 360 dias. A apropriação da depreciação é realizada sem considerar qualquer expectativa de valor residual. Com base na situação acima descrita, o saldo da conta de Depreciação Acumulada em 31/12/2011 da Cia. Irlanda foi de A. R$1.634.000,00. B. R$1.642.000,00. C. R$1.662.000,00. D. R$1.682.000,00. E. R$1.692.000,00. 5Questão 10 – Enade 2012. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 17 1. Introdução teórica Depreciação de bens adquiridos usados À medida que a empresa utiliza seus ativos, incorre uma despesa. No caso de itens registrados no Imobilizado, a empresa, ao utilizá-los, gera uma despesa denominada depreciação. A depreciação representa o consumo dos ativos de longo prazo e há diversos métodos para seu cálculo, a exemplo do método da linha reta (ou quotas constantes). Pelo método da linha reta, o valor da despesa de depreciação é obtido pela divisão do valor depreciável (custo do ativo menos seu valor residual) do bem pelo seu tempo de vida útil estimado. Conforme explica Almeida (2014), valor residual de um ativo é um valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição para o fim de sua vida útil. O registro contábil da depreciação implica débito na conta de despesa de depreciação com contrapartida em depreciação acumulada. O valor contábil do bem é obtido pela diferença entre seu custo de aquisição e sua depreciação acumulada. Ao se adquirir um bem usado que será classificado no ativo imobilizado, o cálculo da depreciação será realizado utilizando-se o tempo de vida útil maior entre (a) a metade da vida útil do bem ou (b) o restante da vida útil do bem, como mostrado no exemplo a seguir. • Veículo adquirido com 3 anos de uso. • Tempo de vida útil estimada para o veículo adquirido novo: 8 anos. • Metade da vida útil do veículo: 4 anos. • Restante da vida útil do veículo: 5 anos. • O veículo será, portanto, depreciado durante o prazo de 5 anos. A fim de atender ao princípio da competência, o reconhecimento da despesa de depreciação deve ser realizado mensalmente, a partir do momento em que o imobilizado esteja instalado, posto em serviço ou em condições de produzir conforme art. 305, § 2º do Decreto Nº 3.000, de 26 de março de 1999, conhecido como Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99). No mesmo sentido, o item 55 do CPC 27 – Ativo Imobilizado dispõe que a depreciação do ativo inicia-se quando ele está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condições de funcionamento na forma pretendida pela administração. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 18 2. Resolução da questão 3. Indicações bibliográficas • ALMEIDA, M. C. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e CPC. São Paulo: Atlas, 2014. • BRASIL. Presidência da República. Decreto Nº 3.000 de 26 de março de 1999. Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm>. Acesso em 19 ago. 2014. • COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. PronunciamentoCPC 27: Ativo Imobilizado. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/316_CPC_27_rev%2006.pdf>. Acesso em 19 ago. 2014. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 19 Questão 6 Questão 6.6 A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição durante determinado período. Seus dados, em sua grande maioria, são obtidos principalmente a partir da Demonstração do Resultado. A respeito desse tema, avalie as afirmações a seguir. I. A DVA da empresa informa a riqueza criada pelos usuários externos em determinado período e a forma como tais riquezas foram distribuídas. II. O valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, medida, de forma geral, pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros, incluindo também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade. III. A receita de venda de mercadorias, de produtos e de serviços representa os valores reconhecidos na contabilidade pelo regime de competência e incluídos na demonstração do resultado do período. IV. A DVA apresenta a distribuição da riqueza criada para os agentes que contribuíram para a sua geração, incluindo os sócios acionistas. É correto apenas o que se afirma em A. I e II. B. I e III. C. II e IV. D. I, III e IV. E. II, III e IV. 1. Introdução teórica Demonstração do Valor Adicionado A Demonstração do Valor Adicionado (DVA), componente do balanço social, é um instrumento complementar na análise da situação econômico-financeira das empresas. Tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição durante determinado período. 6Questão 24 – Enade 2012. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 20 Conforme consta no Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado, a elaboração da DVA deve observar a Estrutura Conceitual Básica para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis e seus dados, em sua maioria, devem ser obtidos a partir da demonstração do resultado. A DVA é formada por duas partes: (i) composição do valor adicionado gerado pela empresa; (ii) distribuição do valor adicionado aos diversos elementos que contribuíram para sua obtenção. As receitas de vendas de produtos, mercadorias e serviços auferidos pela empresa, excluídos os insumos adquiridos de terceiros, são itens que representam composição do valor adicionado. Em outras palavras, o valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, medida pela diferença entre o valor das vendas e o valor dos insumos adquiridos de terceiros. Compreende também o valor adicionado recebido em transferência, isto é, aquele produzido por terceiros e transferido à entidade. A segunda parte da DVA evidencia como o valor adicionado foi distribuído entre o quadro de pessoal da empresa (sob a forma de remuneração direta, benefícios e FGTS), qual é a parcela do governo (sob a forma de impostos, taxas e contribuições), qual é a remuneração dos financiadores externos de capital (pagamento de juros, por exemplo) e qual é a remuneração atribuída aos sócios e acionistas (sob a forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio) 2. Análise das afirmativas Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 21 3. Indicação bibliográfica • COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado. 2014. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/175_CPC_09.pdf>. Acesso em 24 jun. 2014. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 22 Questão 7 Questão 7.7 A empresa Conesul contratou o empregado 1 em 01/02/2011 com um salário base de R$3.600,00 e o empregado 2, em 01/07/2011, com um salário base de R$4.800,00, cujos proventos sofrem a incidência de Previdência Social de 20%, Contribuição para Terceiros de 5,8%, Seguro Acidente de Trabalho de 2% e FGTS de 8%. Em um processo trabalhista envolvendo esses dois empregados, foi apresentada a seguinte planilha de cálculo, devidamente auditada, em 30/09/2011. Itens Empregado 1 Empregado 2 Total Salário 3.600,00 4.800,00 8.400,00 13º 2.400,00 1.200,00 3.600,00 INSS s/ 13º 667,20 333,60 1.000,80 FGTS s/ 13º 192,00 96,00 288,00 Total 13º 3.259,20 1.629,60 4.888,80 Férias 2.400,00 1.200,00 3.600,00 1/3 férias 800,00 400,00 1.200,00 INSS s/ férias 667,20 333,60 1.000,80 FGTS s/ férias 256,00 128,00 384,00 Total férias 4.123,20 2.061,60 6.184,80 Com base nas informações disponibilizadas no mês de setembro de 2011, constatou-se, no Balanço Patrimonial referente ao terceiro trimestre de 2011, as seguintes acumulações de provisões, considerando apenas esses dois empregados. Passivo Circulante Valores em 30/09/2011 Provisão para Férias 3.600,00 Provisão para 1/3 das Férias 1.200,00 Provisão para 13º Salário 3.600,00 Provisão para Encargos Sociais sobre as Férias 1.384,80 Provisão para Encargos Sociais sobre 13º Salário 1.288,80 A partir dos valores acumulados no Balanço Patrimonial, analise os quesitos apresentados pelo juiz e avalie as respostas dadas pelo perito contador nomeado para o caso. I. O juiz deseja saber se a empresa contabilizou adequadamente a provisão para o 13º salário. O perito responde que a provisão para o 13º salário está contabilizada de forma adequada, conforme os princípios da Contabilidade. 7Questão 26 – Enade 2012. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 23 II. O juiz deseja saber se os direitos sociais e trabalhistas dos empregados estão reportados no Balanço Patrimonial. O perito responde que sim, pois consta a contabilização de Provisões para Férias, inclusive 1/3, e para 13º Salário, com seus respectivos encargos, revelando uma promessa de compromisso da empresa para com os seus empregados. III. O juiz deseja saber se o cálculo da Provisão para Férias está adequado. Após refazer os cálculos, o perito confirma que os valores apresentados na planilha estão corretos. É correto o que o perito contador afirma em A. I, apenas. B. III, apenas. C. I e II, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III. 1. Introdução teórica 1.1. Folha de pagamento Na hipótese de a empresa contratar empregados, um dos documentos obrigatórios é a folha de pagamento para fiscalização trabalhista e previdenciária. Nesse documento, estão discriminados os proventos (salário, hora extra, adicionais, comissões, prêmios etc.) e os descontos (INSS, IRRF, faltas, atrasos etc.) de todos os funcionários. Todo trabalhador com carteira de trabalho assinada é automaticamente filiado à Previdência Social e passa a ser chamado de segurado, sendo-lhe conferido acesso aos serviços e benefícios da Previdência Social, como, por exemplo, serviço social, habilitação e reabilitação profissional, aposentadoria, salário maternidade, salário-família e auxílio-doença, entre outros. A partir do momento em que o funcionário passa a ser segurado, a empresa desconta mensalmente um percentual de seu salário de contribuição (8%, 9% ou 11% a depender do montante), referente à contribuição para o INSS, para posterior recolhimento aos cofres públicos da União. No que se refere ao empregador, além das despesas relacionadas aos funcionários, a empresa recolhe também os denominados encargos sociais sobre a folha de pagamento. A composição desses encargos sociais engloba sua contribuição previdenciária ao INSS (20% Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 24 sobre a remuneração paga), o seguro acidente de trabalho (1%, 2% ou 3% conforme o risco de acidente do trabalho da atividade preponderante da empresa), 5,8% decontribuição a terceiros (Salário Educação, Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e entidades que compõem o sistema “S”) e 8% de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). 1.2. Férias e décimo terceiro salário A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu art. 129, garante que todo empregado, após o período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, terá direito a férias sem prejuízo de sua remuneração. A depender do número de faltas injustificadas do empregado, ele terá direito a 12 (doze), 18 (dezoito), 24 (vinte e quatro) ou 30 (trinta) dias de férias. O valor das férias a ser recebido pelo empregado corresponde à sua remuneração mensal mais 1/3 (um terço) constitucional. Em relação ao décimo terceiro salário, todo trabalhador com carteira de trabalho assinada, a cada mês trabalhado, tem o direito a receber o correspondente a 1/12 (um doze avos) de sua remuneração ao final de cada ano. Durante a vigência do contrato de trabalho, sobre os valores das férias, de 1/3 sobre as férias e do décimo terceiro salário, incide a contribuição ao INSS tanto por parte do empregado quanto por parte do empregador. 2. Resolução da questão e análise das afirmativas Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 25 3. Indicação bibliográfica • BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 13 fev. 2015. • ______. Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm>. Acesso em 01 abr. 2015. • ______. Lei Nº 8.212 de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui o Plano de Custeio, e dá outras providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8212cons.htm>. Acesso em 01 abr. 2015. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 26 Questão 8 Questão 8.8 De acordo com os dados do Sebrae-SP, existem no Brasil mais de 5 milhões de empresas. Várias publicações, inclusive do DIEESE (2012), comentam a respeito do bom desempenho da economia brasileira na última década, impulsionando a ampliação das micro e pequenas empresas (MPE) no país, confirmando a expressiva participação dessas empresas na estrutura produtiva nacional. Em 2010, as MPE representavam 99% das empresas do país, proporcionando mais da metade dos empregos formais em estabelecimentos provados não agrícolas. Por outro lado, o tempo de vida de muitas dessas empresas não ultrapassa cinco anos e, em alguns casos, não chega a dois. Uma parcela das MPE somente utiliza a contabilidade financeira para cumprimento de obrigações legais/fiscais, não dispondo de informações e de relatórios gerenciais. Disponível em <http://www.sebraesp.com.br>. Acesso em 20 jul. 2012. Disponível em <http://www.dieese.org.br>. Acesso em 20 jul. 2012. Suponha que o proprietário da MPE Cristal, preocupado com a continuidade dos negócios, buscou consultoria contábil para a implantação de uma contabilidade gerencial. Os consultores explicaram ao proprietário que adequados procedimentos contábeis direcionam para melhores demonstrações contábeis, proporcionando relatórios gerenciais da situação econômica e financeira da empresa, os quais contribuem eficazmente na gestão. Considerando essas informações e com base na situação hipotética apresentada, na qualidade de consultor da MPE Cristal, explique os procedimentos contábeis para que o proprietário da empresa possa entender os relatórios, abordando, necessariamente, os seguintes aspectos: a) princípio da continuidade; b) princípio da competência; c) depreciação; d) provisões contábeis para férias e 13º salário. 1. Introdução teórica 1.1. Contabilidade gerencial versus contabilidade financeira Segundo Padoveze (2010), a Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos define a contabilidade gerencial como um processo que identifica, mensura, acumula, analisa, prepara, interpreta e comunica informações financeiras utilizadas pela administração para executar o planejamento, a avaliação e o controle de uma organização e para 8Questão 5 – discursiva – Enade 2012. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 27 assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos. Em relação à contabilidade financeira, a contabilidade gerencial apresenta diferentes propósitos e usuários. Enquanto a contabilidade financeira fornece informações para usuários externos (acionistas, credores e fisco, por exemplo) e internos (administradores), a contabilidade gerencial dedica-se a informar apenas usuários internos, responsáveis pela direção e pelo controle das operações da empresa. A contabilidade financeira está estruturada de modo a conferir padronização dos registros contábeis e dos relatórios decorrentes desses registros porque, se assim não fosse, os dados contábeis deixariam de proporcionar informações inteligíveis para os usuários: cada empresa reconheceria e divulgaria sua movimentação financeira da maneira mais conveniente, conforme explicam Parisi e Megliorini (2011). Periodicamente, esses registros contábeis são consolidados, dando origem ao conjunto de demonstrações financeiras composto pelo balanço patrimonial, pela demonstração do resultado do exercício, pela demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, pela demonstração dos fluxos de caixa e, se companhia aberta, pela demonstração do valor adicionado, conforme preceitua o art. 176 da Lei N° 6.404/76 e posteriores alterações. Acompanham esse conjunto de demonstrações as notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para o esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. Essas demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com as diretrizes emanadas de órgãos externos e, a depender do porte da empresa, são submetidas à auditoria, a fim de atestar sua fidedignidade em relação aos princípios contábeis e à representação adequada da posição financeira e patrimonial da entidade, objetivando torná-los confiáveis para usuários externos. As demonstrações contábeis devem atender aos denominados princípios de contabilidade que, após o processo de convergência às normas internacionais de contabilidade, resumem-se em princípio da entidade, princípio da continuidade, princípio da oportunidade, princípio do registro pelo valor original, princípio da competência e princípio da prudência, conforme Resolução CFC Nº 1.282, de 28 de maio de 2010, que atualizou e consolidou dispositivos da Resolução CFC Nº 750, de 29 de dezembro de 1993. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 28 1.2. Princípios de contabilidade Os princípios de contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso país. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades (CFC, 2010). São seis os princípios da contabilidade: da entidade, da continuidade, da oportunidade, do registro pelo valor original, da competência e da prudência. De acordo com a Resolução CFC Nº 750/93, o princípio da entidade dispõe que o patrimônio da empresa não deve ser confundido com o patrimônio de seus sócios. O princípio da continuidade pressupõe que a empresa continuará em marcha, isto é, que suas atividades serão desenvolvidas por tempo indeterminado. O princípio da oportunidade relaciona-se com a tempestividade do reconhecimento contábil de determinado evento. Podemos citar, como exemplo,a constituição da perda estimada com créditos de liquidação duvidosa: a empresa, no momento em que tem indícios de que não receberá integralmente tais créditos, deve constituir a perda estimada de modo a deixar esses ativos ao seu valor de provável realização. Conforme consta no art. 7º da Resolução CFC Nº 750/93, o princípio contábil do registro pelo valor original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. Ao se adquirir um ativo, por exemplo, a empresa deve adotar o seu custo histórico para efeito de registro, ou seja, o valor pago ou a pagar em dinheiro ou o valor justo dos recursos a serem transferidos ao fornecedor na data da aquisição. Integrado ao ativo, o valor desse bem pode sofrer variações em decorrência de seu custo corrente, de seu valor realizável, de seu valor presente ou de seu valor justo. O princípio da competência implica reconhecer os efeitos das transações da empresa e outros eventos no período em que ocorreram, independentemente de seu recebimento ou pagamento. Para melhor entendimento, suponha que a empresa tenha incorrido em despesas com salários no mês de março que serão pagos apenas em abril. Pelo princípio da competência, a empresa deve reconhecer a despesa com salários no mês de março – mês em que a empresa incorreu na despesa – independentemente se ela pagou ou não tal despesa. As receitas devem ser reconhecidas no período ao qual pertencem, independentemente se foram recebidas ou não. Adicionalmente, conforme explica o Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 29 parágrafo único do art. 9º da Resolução CFC Nº 750/93, o princípio da competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. Por fim, o princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os componentes do passivo sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mudanças patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 2. Padrão de resposta do Inep 3. Indicações bibliográficas • CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC Nº 750, de 29 de dezembro de 1993. Brasília. Disponível em <http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_750.doc>. Acesso em 16 set. 2014. • ____________. Resolução CFC Nº 1.282, de 28 de maio de 2010. Brasília. Disponível em <http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1282.doc>. Acesso em 16 set. 2014. • PADOVEZE, C. L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. • PARISI, C.; MEGLIORINI, E. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2011. Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo I - CQA/UNIP 30 ÍNDICE REMISSIVO Questão 1 Contabilidade comercial. Métodos de controle de estoque. Inventário periódico e permanente. Questão 2 Contabilidade intermediária. Classificação de contas no balanço patrimonial. Questão 3 Normas Internacionais de Contabilidade. Estrutura conceitual. Questão 4 Normas Internacionais de Contabilidade. Estrutura conceitual. Questão 5 Contabilidade Societária. Depreciação. Questão 6 Contabilidade Financeira. Demonstração do valor adicionado. Questão 7 Contabilidade Empresarial. Folha de pagamento. Questão 8 Normas Internacionais de Contabilidade. Princípios de contabilidade.
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