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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Profª Joseth Jardim Objetivos Conteúdos CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM Conceituar aprendizagem; Conhecer as concepções de aprendizagem existentes; Identificar as principais características das concepções de aprendizagem: Apriorista, Empirista e Interacionista. Concepção Apriorista. Concepção Empirista. Concepção Interacionista. CONCEPÇÃO APRIORISTA Defende que as condições e possibilidades do conhecimento vêm de uma bagagem hereditária (a priori). A atividade do conhecimento é exclusividade do sujeito. As possibilidades para a obtenção do conhecimento são inatas a todos os humanos. Ênfase na hereditariedade. Personalidade, valores, hábitos e crenças, emoções, se encontram presentes desde o nascimento. CONCEPÇÃO APRIORISTA O desenvolvimento do conhecimento depende apenas do indivíduo. O conhecimento já está presente no aluno, quando ele chega na escola. O desenvolvimento humano é determinado pelo crescimento físico e pelo grau de maturação do indivíduo. A lógica e o raciocínio são inatos, cabe ao ensino expandir essa bagagem. Essa concepção fundamenta ideologias que marginalizam os alunos. Foi dominante durante muito tempo. CONCEPÇÃO EMPIRISTA As experiências são únicas e responsáveis pela formação de ideias. O conhecimento é adquirido por meio dos órgãos dos sentidos. O conhecimento não vem do sujeito, e sim do objeto, do mundo, do meio físico ou social, pelas experiências. Ensinar – transmitir conhecimento. Memória – concebida de forma estática, como um arquivo no qual se acumulam informações vindas do ambiente captadas pelos sentidos. CONCEPÇÃO EMPIRISTA John Locke – filósofo inglês – principal expoente da corrente Empirista. 1960 – Locke argumentou que os bebês nascem todos iguais, desenvolvem suas características próprias de acordo com as experiências e os ambientes a que são expostos. Mente humana ao nascer – lousa vazia na qual o conhecimento trazido pelos sentidos vai sendo escrito, decalcado. Mente humana – assemelha-se a uma “Tábula rasa” onde são gravadas as impressões externas. CONCEPÇÃO INTERACIONISTA Defende que o processo de conhecimento é dinâmico e busca a interação entre sujeito e objeto, a fim de estabelecer relações recíprocas entre eles. Não existe conhecimento anterior à ação do sujeito sobre os objetos, as coisas e o mundo. É necessária a inter-relação entre indivíduos e o meio em que vivem para o desenvolvimento de atividades, a fim de despontar as ideias. O conhecimento é algo que se constrói por intermédio das interações dos organismos com seus meios. CONCEPÇÃO INTERACIONISTA A educação é essencial, com destaque para a educação realizada por meio do ensino e da educação escolar. O papel do professor enquanto mediador, facilitador no processo de construção do conhecimento. REFERÊNCIAS CAMARA, Suzana A. dos Santos (Org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. CARMO, Elisabete Regina do; CHAVES, Eneida Maria. Análise das concepções de aprendizagem de uma alfabetizadora bem-sucedida. Cadernos de Pesquisa, Nº 114, p.121-136, Nov./2001. GIUSTA, Agnela da Silva. Concepções de aprendizagem e práticas pedagógicas. Educação em Revista. Belo Horizonte, Nº 1, Vol. 29, p. 17-36. Mar/2014. Bom Estudo! PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Profª Joseth Jardim Objetivos Conteúdos O DESENVOLVIMENTO HUMANO Conceituar desenvolvimento humano; Entender o objeto de estudo da Psicologia do Desenvolvimento; Analisar as contribuições da Psicologia do Desenvolvimento para a atuação profissional no contexto educacional. Desenvolvimento humano: uma concepção biopsicossocial. Fatores que influenciam no desenvolvimento humano. A Psicologia do Desenvolvimento e as implicações educacionais. DESENVOLVIMENTO HUMANO: UMA CONCEPÇÃO BIOPSICOSSOCIAL Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária, permitindo conhecermos e reconhecermos as individualidades de cada indivíduo, o que nos torna mais aptos para a observação e interpretação dos comportamentos. O DESENVOLVIMENTO HUMANO Desenvolvimento humano - processo longo e gradual de mudanças. Cada ser humano, à sua maneira, no seu tempo, dá sentido à sua vida. Presente, passado e futuro – demarcações individuais da existência. A vida e os valores de uma pessoa, só podem ser compreendidos se considerarmos o contexto histórico de sua existência. A sociedade e a divisão da existência em períodos – infância, adolescência, idade adulta, envelhecimento. O DESENVOLVIMENTO HUMANO O desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental é uma construção contínua, onde estando plenamente desenvolvida, caracteriza um estado superior quanto aos aspectos da inteligência, vida afetiva e relações sociais. O DESENVOLVIMENTO HUMANO Vários fatores indissociados e em permanente interação afetam todos os aspectos do desenvolvimento. São eles: Hereditariedade - onde a carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou não se desenvolver. Crescimento orgânico - refere-se ao aspecto físico. Maturação neurofisiológica - é o que torna possível determinado padrão de comportamento. Meio - onde o conjunto de influências e estimulações ambientais, altera os padrões de comportamento do indivíduo. OS ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO Aspecto físico-motor - refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica. Aspecto intelectual - refere-se à capacidade de raciocínio, pensamento. Aspecto afetivo-emocional - é o modo como o indivíduo integra suas experiências. É o sentir. Aspecto social - é a maneira como o indivíduo reage diante de situações que envolvem outras pessoas. IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS DA PD Ao conhecermos os fatores e demais aspectos que influenciam o desenvolvimento humano, cabe nos questionarmos: Quais as implicações educacionais da Psicologia do Desenvolvimento no desenvolvimento da prática pedagógica? Compreender a escola e seus atores em todas as suas complexas dimensões. REFERÊNCIAS CORIA-SABINI, Maria Aparecida. Psicologia do Desenvolvimento. 2. ed. São Paulo: Ática. 1997. MOURA, Eliana Perez Gonçalves de; PEREIRA, Gislaine Cristina. Desenvolvimento Humano – repensando conceitos no âmbito interdisciplinar. Revista Contrapontos - Eletrônica, Vol. 17 - n. 4 - Itajaí, out-dez 2017. ASPESI, C. C.; DESSEN, M. A.; CHAGAS, J. F. A ciência do desenvolvimento humano: uma perspectiva interdisciplinar. In: DESSEN, M. A.; COSTA JUNIOR, A. L. (Org.). A ciência do desenvolvimento humano: tendências atuais e perspectivas de futuro. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cap. 1, p. 19-36. Bom Estudo! PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Profª Joseth Jardim Objetivos Conteúdos Breve incursão na biografia de Jean Piaget. A equilibração das estruturas cognitivas e os conceitos de inteligência, assimilação, acomodação e equilibração. A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET – 1 Conhecer dados da biografia de Jean Piaget; Compreender os conceitos de inteligência, assimilação, acomodação e equilibração; Refletir sobre os conceitos estudados na constituição epistemológica do trabalho docente. JEAN PIAGET Breve biografia Nasceu em 9 de Agosto de 1896, na Suíça. Precoce interesse em peças científicas. Aos 10 anos, realizou o primeiro trabalho científico – Pardal albino. Escreveu sobre: Zoologia, Teologia, Biologia, Sociologia, Psicologia, Lógica, Física e Matemática. Foi professor de Psicologia, Sociologia e Filosofia das Ciências na Universidade de Neuchatel. 1929-1967 – Diretor da Oficina Internacional de Educação. 1955 – Fundou o Centro Internacional de Epistemologia Genética. ESTRUTURAS COGNITIVAS Para Piaget, a inteligência só existe na ação. Inteligência é uma propriedade da ação que maximiza o seu poder adaptativo. A inteligência sedefine pelo desenvolvimento e não por um critério absoluto, não há um limite inferior, ou seja, não podemos situar um dia, um mês, um ano no qual a inteligência apareça no desenvolvimento da criança. ESTRUTURAS COGNITIVAS A inteligência só pode se definir pelo seu processo. Trata-se de um processo de organização, que engloba o conjunto de funções cognitivas e que tende a uma forma de equilíbrio, que caminha em direção a certas formas de equilíbrio final. A inteligência ilumina, então, todas as funções cognitivas até a conclusão de uma lógica, mas só podemos definir por sua orientação ou sua direção. ESTRUTURAS COGNITIVAS Dois mecanismos são acionados na tentativa de alcançar um estado de equilíbrio: Assimilação e Acomodação. Assimilação: através deste mecanismo, o organismo (sem alterar suas estruturas), desenvolve ações destinadas a atribuir significações, a partir de sua experiência anterior, aos elementos do ambiente com os quais interage. ESTRUTURAS COGNITIVAS Acomodação: o organismo tenta restabelecer um equilíbrio superior com o meio ambiente, porém, necessariamente, precisa se modificar, se transformar para se ajustar às demandas impostas pelo ambiente. COMPREENDENDO OS CONCEITOS Embora assimilação e acomodação sejam processos distintos e opostos, numa realidade eles ocorrem ao mesmo tempo. EX.: Ao pegar uma bola, ocorre assimilação na medida em que a criança pequena faz uso do esquema de pegar (uma certa postura de braço, mão e dedos) que já lhe é conhecido, atribuindo à bola o significado do “objeto que pega”. No entanto, a acomodação também está presente, uma vez que o esquema em questão precisa ser modificado para se ajustar às características do objeto. Assim, a abertura dos dedos e a força empregada para retê-lo são diferentes quando se pega uma bola de gude ou uma bola de futebol. A EQUILIBRAÇÃO DAS ESTRUTURAS COGNITIVAS Equilíbrio/Equilibração: Todo organismo vivo, procura manter um estado de equilíbrio ou de adaptação com seu meio, e age de forma a superar perturbações na relação que estabelece com o meio. REFERÊNCIAS PÁDUA, Gelson Luiz Dalgegan. A epistemologia genética. Revista FACEVV, 1º Semestre de 2009. Nº 2, p.22-35. GIUSTA, Agnela da Silva. Concepções de aprendizagem e práticas pedagógicas. Educação em Revista. Belo Horizonte, Nº 01, Vol. 29, Mar. 2013, p.17-36. MUSSEN, Paul henry; CONGER, John Janway; KAGAN, Jerome; HUSTON, Aletha Carol. Desenvolvimento e personalidade da criança. 3ª ed. São Paulo: Editora Harbra, 1995. Bom Estudo! PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Profª Joseth Jardim Objetivos Conteúdos A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET – 2 Compreender as fases de transição da psicogenética piagetiana; Reconhecer a importância do conhecimento das fases do processo de desenvolvimento para o planejamento das propostas de atividades, no contexto da sala de aula. As fases e/ou estágios de transição segundo a psicogenética piagetiana: -Estágio sensório-motor e Estágio Pré-operatório; -Estágio das Operações concretas e Estágio Operatório formal. OS ESTÁGIOS DE TRANSIÇÃO PARA PIAGET Piaget descreveu o desenvolvimento cognitivo como um processo de estágios de transição. Em cada estágio, a criança desenvolve uma maneira de pensar e de responder ao ambiente. Cada fase, constitui uma mudança qualitativa de um tipo de pensamento ou comportamento para outro. PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR De 0 a 2 anos – Principais características A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. As noções de espaço e tempo são construídas pela ação. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento. PRÉ-OPERATÓRIO De 2 a 7 anos: Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica. Caracteriza-se, principalmente, pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior. É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro. Não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "porquês"). PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO De 2 a 7 anos: Já pode agir por simulação, "como se". Possui percepção global sem discriminar detalhes. Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos. a criança desenvolve um sistema representacional e usa símbolos, tais como palavras para representar pessoas, lugares e eventos. PERÍODO OPERATÓRIO-CONCRETO De 7 a 11 anos – Principais características: A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade. É capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração. Desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade). PERÍODO OPERATÓRIO-CONCRETO De 7 a 11 anos – Principais características: Têm melhor compreensão da conservação, da diferença entre aparência e realidade, e dos relacionamentos entre os objetos. São mais proficientes com os números e são capazes de distinguir a fantasia da realidade. Ainda não são capazes de pensar em termos hipotéticos, sobre o que poderia ser, em vez de, sobre o que é. PERÍODO OPERATÓRIO-FORMAL De 12 anos em diante – Principais características A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais à representação imediata, nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis, logicamente, buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade. As estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas. REFERÊNCIAS CAMARA, Suzana A. dos Santos (Org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. CAVICCHIA, Durlei de Carvalho. O Desenvolvimento da Criança nos Primeiros Anos de Vida. UNIVESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquista Filho”, s/d. GIUSTA, Agnela da Silva. Concepções de aprendizagem e práticas pedagógicas. Educação em Revista. Belo Horizonte, Nº 01, Vol. 29, Mar. 2013, p.17-36. SOUZA, Natália Moreira de; WECHSLER, Amanda Muglia. Reflexões sobre a teoria piagetiana: o estágio operatório-concreto. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro/SP, 1 (1): 134-150, 2014. Bom Estudo! PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Profª Joseth Jardim Objetivos Conteúdos A ABORDAGEM SÓCIO-HISTÓRICA DE VYGOTSKY – 1 Apresentar informações biográficas de L. S. Vygotsky; Compreender as intenções de Vygotsky ao propor um novo modo de estudar os processos psicológicos humanos. Descrever sobre os principais postulados presentes na obra do autor. Lev S. Vygotsky – informações biográficas. Uma nova Psicologia. Principais postulados presentes na obra de Vygotsky. LEV S. VYGOTSKY Breve biografia 1896 – Nasceu em Orsha – Bielorussia. 1910 – Graduou-se em Medicina, posteriormente, em Direito, na Universidade de Moscou. Atividade de docência na área da Psicologia, Literatura e Arte. Teve grande interesse na Linguagem e desenvolvimento cognitivo. Criou a teoria do desenvolvimento social. Faleceu aos 34 anos de idade de tuberculose. UMA NOVA PSICOLOGIA Vygotsky tinha como objetivo, uma nova Psicologia, que ultrapassasse as limitações das visões mecanicistas e idealistas da época. As duas tendências predominantes: 1)- Baseada nos pressupostos da filosofia empirista - concebia a Psicologia como uma ciência natural que deveria se deter na descrição das formas exteriores de comportamento. 2)- Inspirada nos princípios da filosofia idealista, entendia a Psicologia como ciência mental, acreditando que a vida psíquica humana não poderia ser objeto de estudo da ciência objetiva, já que era manifestaçãodo espírito. (Detinha-se na descrição subjetiva das funções mais complexas. PRINCIPAL OBJETIVO DE VYGOTSKY Constatar como as funções psicológicas evoluem de sua forma primária, ou elementar, para processos psicológicos superiores. O desenvolvimento natural transforma-se em desenvolvimento social. PRINCIPAIS POSTULADOS DE VYGOTSKY O humano não está presente no nascimento – é uma construção social, resultado de interação dialética entre sujeito e meio sociocultural, Integração de fatores biológicos e sociais. Funções psíquicas têm origem cultural. Toda atividade humana é MEDIADA e a LINGUAGEM tem um papel central nesse processo. PRINCIPAIS POSTULADOS DE VYGOTSKY Para Vygotsky, o ser humano relaciona-se com o mundo por meio de uma relação mediada e não direta. A mediação ocorre por meio de dois elementos: os instrumentos e os signos. A MEDIAÇÃO – UM CONCEITO IMPORTANTE Enquanto sujeito do conhecimento, o homem não tem acesso direto aos objetos, mas acesso mediado, através de recortes do real, operados pelos sistemas simbólicos de que dispõem. Enfatiza a construção do conhecimento como uma interação mediada por várias relações. O conhecimento não está sendo visto como uma ação do sujeito sobre a realidade e sim, pela mediação feita por outros sujeitos. A LINGUAGEM – UM MEDIADOR Linguagem é um signo mediador – ela carrega em si os conceitos generalizados e elaborados pela cultura humana. Capacidade de criar essas “ferramentas” é exclusiva da espécie humana. É através dos instrumentos e signos que os processos de funcionamento psicológico são fornecidos pela cultura. A LINGUAGEM – UM MEDIADOR A linguagem permite: Designar objetos, ações, qualidades dos objetos e ações, relações entre objetos e ações. Mudanças essenciais: Lidar com objetos ausentes. Processo de abstração e generalização. Organizar o real em categorias conceituais. Comunicação entre os homens . REFERÊNCIAS CAMARA, Suzana A. dos Santos (org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 1995. COELHO, Luana; PISONI, Silene. Vygotsky: sua teoria e a influência na educação. Revista e-Ped. – FACOS/CNEC Osório Vol.2 – Nº1 – AGO/2012. Bom Estudo! PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Profª Joseth Jardim Objetivos A ABORDAGEM SÓCIO-HISTÓRICA DE VYGOTSKY - 2 Entender o desenvolvimento das funções psicointelectuais superiores enquanto um processo absolutamente único; Compreender que para Vygotsky, a aprendizagem é um momento necessário e universal para o desenvolvimento, na criança, daquelas características essencialmente humanas; Dimensionar desenvolvimento e a aprendizagem enquanto condições diferentes, porém articuladas entre si, numa relação dialética. A concepção de aprendizagem e desenvolvimento para Vygotski. Conteúdos A CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PARA VYGOTSKY A aprendizagem é considerada um aspecto necessário e fundamental no processo de desenvolvimento das funções psicológicas superiores. O desenvolvimento pleno do ser humano depende do aprendizado que realiza num determinado grupo cultural, a partir da interação com outros indivíduos. A CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO PARA VYGOTSKY Ênfase na natureza social do processo de aprendizagem. Para se tornarem boas solucionadoras de problemas, as crianças têm de ser expostas a problemas difíceis. Aprendizagem cognitiva: ênfase nos elementos anteriores: a natureza social do processo e a Zona de Desenvolvimento Proximal. ZDP E O DESENVOLVIMENTO REAL Zona de Desenvolvimento Proximal - Distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial . Nessa zona, são executadas tarefas como projetos cooperativos, nos quais trabalham crianças com diferentes níveis cognitivos. Desenvolvimento Real - Conquistas já consolidadas, ou seja, aquilo que a criança faz sozinha. A ZONA DE DESENVOLVIMENTO POTENCIAL Zona de Desenvolvimento Potencial - Aquilo que a criança é capaz de fazer com ajuda do outro. O aprendizado é que possibilita e movimenta o processo de desenvolvimento e que torna real o que antes era apenas potencial. PAPEL DA ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO CONCEITUAL Conceitos são construções culturais internalizadas pelos indivíduos ao longo de seu processo de desenvolvimento. TIPOS DE CONCEITOS Vygotsky distingue dois tipos de conceitos: 1- Conceitos cotidianos ou espontâneos - conhecimentos construídos na experiência pessoal, concreta e cotidiana das crianças. 2- Conceitos científicos - aqueles elaborados na sala de aula, adquiridos por meio do ensino sistemático. São aqueles eventos não diretamente acessíveis à observação ou ação imediata da criança. PAPEL DA ESCOLA A escola desempenha um papel muito importante na formação de conceitos de um modo geral e dos científicos em particular. Proporciona ao aluno um conhecimento sistemático sobre aspectos que não estão associados ao seu campo de visão ou vivência direta, possibilitando que o indivíduo tenha acesso ao conhecimento construído e acumulado pela humanidade. O aprendizado escolar exerce significativa influência no desenvolvimento das funções psicológicas superiores, justamente na fase em que elas estão em amadurecimento. REFERÊNCIAS CAMARA, Suzana A. dos Santos (org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 1995. MORAES, Silvia Pereira Gonzaga de. A concepção de aprendizagem e desenvolvimento em Vygotsky e a avaliação escolar. Texto extraído da tese de doutorado, intitulada Avaliação do processo de ensino e aprendizagem em Matemática: contribuições da teoria histórico-cultural. 2008. Disponível em<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada11/artigos/9/artigo_ simposio_9_1008_silvia.moraes@uol.com.br.pdf>. Bom Estudo! PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Profª Joseth Jardim Objetivos Conteúdos A PSICOGENÉTICA DE HENRI WALLON - 1 Apresentar informações sobre a biografia de Henri Wallon. Dimensionar o papel estruturante das emoções no processo de desenvolvimento infantil; Compreender as etapas de construção da pessoa completa, segundo a perspectiva walloniana. Dados biográficos sobre Henri Wallon. As emoções no processo de desenvolvimento infantil. Wallon e as etapas de construção da psicogênese da pessoa completa. WENRI WALLON Breve Biografia Nasceu em 15 de Junho de 1879, em Paris. 1899 – Admitido na Escola Normal Superior de Paris. 1902 – Graduou-se em Filosofia. 1908 – Graduou-se em Medicina. 1944 – Nomeado Secretário da Educação Nacional – Paris. Tornou-se conhecido pelo seu trabalho sobre o desenvolvimento da Psicologia do Desenvolvimento na Infância. Viveu toda a sua vida em Paris, onde morreu em 1962, aos 83 anos. AS EMOÇÕES NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL Emoção é o primeiro ato eficaz do bebê - desencadear no outro, reações de ajuda para satisfazer suas necessidades. Os movimentos dos bebês expressam disposições orgânicas, estados afetivos de bem-estar ou mal-estar. O meio das pessoas próximas acolhe e interpreta as reações do bebê, agindo de acordo com o significado que atribui a elas. Pouco a pouco, o bebê vai estabelecendo correspondência entre seus atos e os dos ambientes, suas reações se diversificam e tornam-se cada vez mais intencionais. ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Estágio impulsivo-emocional (primeiro ano de vida) Impulsivo: 0 a 2/3 meses Primeiras semanas: funções de ordem fisiológica (respiração, sono, fome, sentimento confuso do próprio corpo). Ato de nutrição: reúne e orienta os primeiros movimentos ordenados da criança. Evolução do ponto de vista motor: resoluções de contorções em movimentos mais bem adaptados.ESTÁGIO IMPULSIVO-EMOCIONAL Emocional: 2/3 meses a 1 ano (aproximadamente) A criança começa a estabelecer ligações entre seus desejos e as circunstâncias exteriores. O reflexo condicionado se torna possível. Sorriso = despertar da criança a seu meio humano; Estado de imperícia predominância da afetividade; mediação das pessoas na relação com o mundo físico. Inaptidão para agir diretamente sobre a realidade exterior. ESTÁGIO IMPULSIVO-EMOCIONAL 6 meses: troca com o meio humano. Período emocional de participação humana. Emoção: instrumento privilegiado de interação criança/meio. Estabelece um vínculo forte entre os indivíduos do grupo. Participação total. Absorção da criança no outro. Depois dos 9 meses: nova etapa, sensório-motora (e não mais emocional) que cobrirá o segundo ano. ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO Até o terceiro ano Estabelecimento das ligações necessárias entre sensações e movimentos, marcha (espaço locomotor). Exploração sensório-motora do mundo físico; exploração e coordenação de espaços. Linguagem: no início subjetiva, optativa, mas, também, realista; possibilidade de objetivação dos desejos. O ato mental projeta-se em atos motores (“projetivo”), o pensamento precisa dos gestos. Predomínio de relações cognitivas com o meio (inteligência prática e simbólica). ESTÁGIO DO PERSONALISMO Três a seis anos Processo de formação da personalidade. Construção da consciência de si por meio das interações sociais. Interesse pelas pessoas. Retorno da predominância das relações afetivas. Crise de personalidade por volta dos 3 anos: a criança torna-se voluntarista e negativista; movimento de alternância; por necessidade de autoafirmação, idade negativista do “não”, do “eu”, do “meu”. ESTÁGIO DO PERSONALISMO “Idade da graça”: por volta dos 4 anos. A criança fica mais atenta às suas atitudes e comportamentos (gestos com valor estético). Surge a timidez; a criança fica mais atenta ao efeito que pode produzir no outro. Imitação e oposição aos adultos. Ciúme do pai/mãe (símbolo do Outro). Importância das relações familiares; “constelação familiar”. ESTÁGIO CATEGORIAL Seis a onze anos Avanços no plano da inteligência (devidos à consolidação da função simbólica e à diferenciação da personalidade). Interesse da criança para as coisas, o conhecimento e a conquista do mundo exterior. Preponderância do aspecto cognitivo na relação com o meio. Jogos com mudanças de papel. Maior concentração. Diversidade e reversibilidade nas relações sociais. ESTÁGIO DA ADOLESCÊNCIA Crise pubertária nova definição dos contornos da personalidade. Ação hormonal. Questões pessoais, morais e existenciais são trazidas à tona. Predominância da afetividade; O Eu volta a adquirir importância; No plano intelectual, superação do mundo das coisas para atingir o mundo das leis. REFERÊNCIAS CAMARA, Suzana A. dos Santos (org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. GALVÃO, I. (2003). Expressividade e emoções segundo a perspectiva de Wallon. In V.A. Arantes & J. G. Aquino (Eds.), Afetividade na escola. Alternativas teóricas e práticas (p. 71-88).Campinas, SP: Ed. Summus. PEREIRA, Zildene Francisca. Afetividade e aprendizagem escolar: reflexões acerca do processo ensino-aprendizagem. Periódicos da UFPA. p.145-162, s/d. SOUZA, Maria Thereza Costa Coelho. As relações entre afetividade e inteligência no desenvolvimento psicológico. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Vol. 27, N. 2, p. 249-254, Abr./Jun. 2011. Bom Estudo! PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Profª Joseth Jardim Objetivos Conteúdos A PSICOGENÉTICA DE HENRI WALLON - 2 Compreender as implicações dos conflitos Eu-Outro na constituição da pessoa completa; Refletir sobre as dimensões afetividade, ato motor e inteligência, na perspectiva walloniana; Internalizar os conceitos: Eu corporal e Eu psíquico desenvolvidos por Wallon. A presença do Outro na constituição do Eu. Afetividade, Motricidade e Inteligência na perspectiva walloniana. A importância construção do recorte corporal na constituição do Eu psíquico. A PRESENÇA DO OUTRO NA CONSTITUIÇÃO DO EU Modelo de desenvolvimento psicogenético Campos funcionais da atividade infantil: afetividade, motricidade e inteligência. Homem = ser “geneticamente social”. Sentido do processo de socialização: crescente individualização. Recém-nascido: simbiose afetiva com o meio; estado de dispersão e indiferenciação. A PRESENÇA DO OUTRO NA CONSTITUIÇÃO DO EU Construção do eu corporal (primeiro ano) interação com os objetos e com seu próprio corpo; construção do recorte corporal; integração do corpo das sensações ao corpo visual (junção do corpo tal como sentido pelo próprio sujeito à sua imagem tal como vista pelos outros) Condição para a construção do eu psíquico CONFLITOS EU – OUTRO E A CONSTRUÇÃO DA PESSOA Construção do eu psíquico (estágio personalista) Conflitos eu/outro: permanentes; expulsão e incorporação (estágio personalista); crise de oposição na adolescência. “O outro é um parceiro permanente do eu na vida psíquica” (Wallon, 1986) EMOÇÕES E AFETOS Importância das emoções e afetos Fundamentais no desenvolvimento. Origem da consciência. Passagem do orgânico para o social, do fisiológico para o psíquico. Propiciam relações interindividuais. Forma primeira de adaptação ao meio. É na ação sobre o meio humano e não sobre o meio físico que devem ser buscados os significados das emoções. MOTRICIDADE A motricidade e o seu papel na relação com o mundo físico (motricidade de realização). O movimento e o seu papel na afetividade e na cognição. Ênfase na motricidade expressiva – a dimensão afetiva do movimento. A primeira função do movimento no desenvolvimento infantil é afetiva. Final do 1º ano – surgem as praxias (gestos de pegar, empurrar, abrir ou fechar) – movimento como instrumento de exploração do mundo físico. COGNIÇÃO Categoriza o desenvolvimento em etapas, mas procura o entendimento do sujeito em sua integralidade: biológica, afetiva, social e intelectual. O desenvolvimento cognitivo é um processo social e interacionista, no qual a linguagem e o entorno social assumem um papel fundamental. A cognição é vista como parte da pessoa completa que só pode ser compreendida integrada a ela, cujo desenvolvimento se dá a partir das condições orgânicas da espécie, e é resultante da integração entre seu organismo e o meio, predominantemente o social. O MOTOR, O AFETIVO, O COGNITIVO, A PESSOA Embora cada um desses aspectos tenha identidade estrutural e funcional diferenciada, estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros. Sua separação se faz necessária apenas para a descrição do processo. [...] Qualquer atividade motora tem ressonâncias afetivas e cognitivas; toda disposição afetiva tem ressonâncias motoras e cognitivas; toda operação mental tem ressonâncias afetivas e motoras. REFERÊNCIAS CAMARA, Suzana A. dos Santos (org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. GALVÃO, I. (2003). Expressividade e emoções segundo a perspectiva de Wallon. In V.A. Arantes & J. G. Aquino (Eds.), Afetividade na escola. Alternativas teóricas e práticas (p. 71-88).Campinas, SP: Ed. Summus. PEREIRA, Zildene Francisca. Afetividade e aprendizagem escolar: reflexões acerca do processo ensino-aprendizagem. Periódicos da UFPA. p.145-162, s/d. Bom Estudo! 1 Rota de Aprendizagem 2 O Desenvolvimento Humano PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Rota de Aprendizagem 2 O Desenvolvimento Humano 2. Objetivos 4. Aplicação Prática Clique no segmento para acessar o conteúdo 5. Interação 3. Conteúdos 1. Apresentação da Unidade de Aprendizagem 6. Autoestudo 2 3 Rota de Aprendizagem 2 O Desenvolvimento Humano Rota de Aprendizagem 2 O Desenvolvimento Humano Psicologia do Desenvolvimentoe da Aprendizagem O Desenvolvimento Humano 1. Apresentação da unidade de aprendizagem Nesta unidade, iremos analisar as contribuições das abordagens da Psicologia do Desenvolvimento para a educação escolar. Trata-se de um necessário movimento de revisita ao corpo de conhecimentos produzidos por essas abordagens, bem como, a reflexão se estes conhecimentos favorecem uma maior compreensão dos processos ensino e aprendizagem considerando o momento histórico atual, em que, aprender e ensinar são duas categorias que notoriamente, angariaram dimensões incomensuráveis. Neste sentido, pretendemos aqui, buscar entender como se dá a transposição dos conhecimentos de um determinado corpo de conhecimentos para os limites da sala de aula. Para tanto, iremos compreender o conceito de desenvolvimento e os objetos de estudos da Psicologia do Desenvolvimento. De acordo com Cória-Sabini (1997), A vida e os valores de uma pessoa só podem ser compreendidos se considerarmos o contexto histórico de sua existência. Um homem nascido em 1940 tem uma história diferente de outro nascido em 1970. Assim, qualquer acontecimento recente será interpretado de acordo com o modo de pensar de cada um. (CÓRIA-SABINI, 1997, P.9) Nesse sentido, torna-se de fundamental importância compreendermos o ser humano em relação ao momento histórico, cultural em que ele vive, porque esses fatores irão contribuir para que ele se constitua enquanto pessoa. Ao longo da unidade, serão disponibilizados conceitos que o auxiliarão a elaborar uma concepção acerca do desenvolvimento humano. Além da dimensão individual, o tempo tem também, uma dimensão social. Cada sociedade divide a existência em períodos (por exemplo: infância, adolescência e idade adulta) e cria um sistema de comportamento apropriado para cada um. A Psicologia do Desenvolvimento é uma área da Psicologia interessada em investigar as principais características do desenvolvimento humano, procurando entender quais são os aspectos que mais se evidenciam em cada um dos períodos do desenvolvimento e “procurando descrever e explicar as mudanças que ocorrem nos modos de pensar, sentir e agir ao longo da vida”. (Cória-Sabini, 1997, p. 10) De acordo com Cória-Sabini (1997), os campos de estudos da Psicologia do Desenvolvimento se dividem da seguinte maneira: 1)- Consiste na descrição da gênese das condutas psicomotoras, afetivas, cognitivas e sociais, e do processo de mudança dessas condutas ao longo da vida. 2)- Refere-se à descoberta dos fatores, mecanismos e processos responsáveis pelo aparecimento das condutas e das mudanças. 3)- Diz respeito ao estabelecimento de períodos críticos no processo de desenvolvimento. No decorrer da unidade, iremos trabalhar cada um desses objetivos da Psicologia do Desenvolvimento. 2. Objetivos • Conceituar desenvolvimento humano. • Entender o objeto de estudo da Psicologia do Desenvolvimento. • Analisar as contribuições da Psicologia do Desenvolvimento para a atuação profissional no contexto educacional. 3. Conteúdos • Desenvolvimento humano: uma concepção biopsicossocial. • Fatores que influenciam no desenvolvimento humano. • Aspectos do desenvolvimento humano. • A Psicologia do Desenvolvimento e as implicações educacionais. 4 5 Rota de Aprendizagem 2 O Desenvolvimento Humano Rota de Aprendizagem 2 O Desenvolvimento Humano 4. Aplicação Prática Nesta unidade, conheceremos as concepções de desenvolvimento humano, objeto de estudos bem como, as implicações educacionais do processo de desenvolvimento na relação com os objetos de aprendizagem. Pensando nisso, elabore um quadro que contemple as principais características presentes no processo de desenvolvimento. 5. Interação Com o propósito de compartilhar o quadro que você elaborou, convido-lhe a postá- lo no Fórum de discussões para que o material possa contribuir para a aprendizagem de outros colegas e ainda, para que você possa acompanhar a elaboração de outras pessoas que participam desse estudo. 6. Artigos norteadores Sugestões de Leitura: a) - MOURA, Eliana Perez Gonçalves de; PEREIRA, Gislaine Cristina. Desenvolvimento Humano – repensando conceitos no âmbito interdisciplinar. Revista Contrapontos - Eletrônica, Vol. 17 - n. 4 - Itajaí, out-dez 2017. Disponível em: <https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rc/article/viewFile/10169/6974> Nesse artigo, as autoras apresentam uma noção ampliada do termo desenvolvimento, com destaque aos aspectos físico, cognitivo, psicossocial, histórico, cultural e principalmente subjetivo para a compreensão de desenvolvimento humano. b) - ASPESI, Cristiana de Campos; DESSEN, Maria Auxiliadora; CHAGAS,Jane Farias. A ciência do desenvolvimento humano: uma perspectiva interdisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2005. Disponível em: https://www.larpsi.com.br/media/mconnect_uploadfiles/c/i/cien.pdf Nesse texto, as autoras fazem um convite para que possamos conceber o desenvolvimento numa perspectiva interdisciplinar, chamando à atenção para as transformações presentes na sociedade e o quanto elas impactam na vida das pessoas e no processo de desenvolvimento de modo geral. Descrição das atividades Assista aos vídeos propostos: a) - Assista ao vídeo: As fases do desenvolvimento humano. “A existência humana se dá do nascimento até a morte e entre estas duas situações encontram-se as fases do desenvolvimento humano, seu viver, o processo de envelhecer”. (Síntese do vídeo disponível no link abaixo). https://www.youtube.com/watch?v=OHMcp6dVuok Realize os exercícios de fixação dessa unidade. Elabore o relatório da aula a partir do que foi exposto, tendo também como base as leituras e o vídeo, indicados neste roteiro de estudos. 7. Referências CORIA-SABINI, Maria Aparecida. Psicologia do Desenvolvimento. 2. ed. São Paulo: Ática. 1997. MOURA, Eliana Perez Gonçalves de; PEREIRA, Gislaine Cristina. Desenvolvimento Humano – repensando conceitos no âmbito interdisciplinar. Revista Contrapontos - Eletrônica, Vol. 17 - n. 4 - Itajaí, out-dez 2017. https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rc/article/viewFile/10169/6974 https://www.larpsi.com.br/media/mconnect_uploadfiles/c/i/cien.pdf https://www.youtube.com/watch?v=OHMcp6dVuok 6 Rota de Aprendizagem 2 O Desenvolvimento Humano ASPESI, C. C.; DESSEN, M. A.; CHAGAS, J. F. A ciência do desenvolvimento humano: uma perspectiva interdisciplinar. In: DESSEN, M. A.; COSTA JUNIOR, A. L. (Org.). A ciência do desenvolvimento humano: tendências atuais e perspectivas de futuro. Porto Alegre: Artmed, 2005. Cap. 1, p. 19-36. 1 Rota de Aprendizagem 3 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 1 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Rota de Aprendizagem 3 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 1 2. Objetivos 4. Aplicação Prática Clique no segmento para acessar o conteúdo 5. Interação 3. Conteúdos 1. Apresentação da Unidade de Aprendizagem 6. Autoestudo 2 3 Rota de Aprendizagem 3 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 1 Rota de Aprendizagem 3 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 1 Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 1 1. Apresentação da unidade de aprendizagem Esta unidade tem como propósito, apresentar os principais conceitos e princípios teórico-filosóficos da abordagem psicogenética de Jean Piaget. Nesse sentido inicialmente, será apresentada uma breve incursão na biografia do autor para que seja possível compreender o contexto social que inspirou o autor e que contribuiu para que ele se revelasse um epistemólogo de grande influência tanto para à Psicologia quanto para à Educação. Além disso, será abordada, a concepção de aprendizagem para Piaget. De acordo com Giusta (2013), para esse autor, o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata,pré- formada no sujeito, mas, de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas. E essas construções sucessivas, são resultantes da relação sujeito x objeto, relação essa que os dois termos não se opõem, mas se solidarizam, formando um todo único. Assim, as ações do sujeito sobre o objeto e deste sobre aquele são recíprocas. “Com sua epistemologia genética, Piaget estudou as transformações que caracterizam as transições entre as diferentes possibilidades de conhecimento”. (CAMARA, 2015, p.60) Nesse tópico, iremos nos referir sobre conceitos basilares deste referencial, tais como: a equilibração das estruturas cognitivas, assimilação e acomodação. Pádua (2009), ao buscar compreender o conceito de inteligência para Piaget, apresenta uma definição que expressa a concepção do epistemólogo suíço sobre essa função psicológica de grande importância. Na concepção de Piaget, é necessário definir a inteligência como função e como estrutura. Enquanto função, a inteligência deve ser vista como adaptação, ou seja, os processos da inteligência têm como finalidade a sobrevivência do sujeito no meio em que está inserido, modificando-o se necessário for ou se modificando para melhor se adaptar a esse meio. Ainda, segundo Pádua (2009), no que tange à descrição, do ponto de vista estrutural, a inteligência é uma organização, ou melhor, ela é uma organização de processos que está associada a níveis de conhecimento. “Quando a organização é complexa ela exige um nível de conhecimento mais complexo e quando se trata de uma organização menos complexa, a exigência é de um nível de conhecimento inferior”. (PÁDUA, 2009, p.23) Com base no exposto, é possível dimensionarmos a importância do conceito de inteligência na teoria de Piaget, e mais especificamente, a maneira como ele a concebe, ou seja, como uma organização em que o seu desenvolvimento não se dá por acúmulos de informação e sim por uma reorganização da troca de inteligências. Nesse tópico, iremos detalhar sobre a teoria da equilibração e os conceitos a ela relacionados, tais como: assimilação, acomodação (processos complementares) e equilibração. Sobre o conceito de assimilação, Pádua (2009), coloca que: Assimilação significa interpretação, ou seja, ver o mundo não é simplesmente olhar o mundo, mas é interpretá-lo, assimilá-lo, tornar seus alguns elementos do mundo, portanto isso implica necessariamente em assimilar algumas informações e deixar outras de lado a cada relação existente entre o sujeito e o objeto. (p.24) Ao assimilar um determinado conteúdo, a criança faz associações e inferências sobre o que já aprendeu sobre o conteúdo e internaliza/assimila o que lhe é apresentado. Segundo Mussen (1995), a assimilação refere-se à capacidade de o sujeito incorporar um novo objeto ou ideia a um esquema, ou seja, às estruturas já construídas ou já consolidadas pela criança. Para diferenciar assimilação de acomodação, ocorre a tendência de o organismo ajustar-se a um novo objeto e assim, alterar os esquemas de ação adquiridos, a fim de se adequar ao novo objeto recém internalizado e/ou assimilado. Sobre a equilibração, Pádua (2009), coloca que: O sujeito, ao entrar em contato com um objeto desconhecido, pode entrar em conflito com esse objeto, ou seja, no processo de assimilação, o que é novo, às vezes, oferece certas resistências ao conhecimento e para conhecer esse objeto o sujeito precisa modificar suas estruturas mentais e acomodá-las. É a esse processo de busca do equilíbrio, dessas modificações que Piaget denominou equilibração. (p.25) 4 5 Rota de Aprendizagem 3 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 1 Rota de Aprendizagem 3 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 1 2. Objetivos • Conhecer dados da biografia de Jean Piaget. • Compreender o conceito de inteligência para Piaget. • Distinguir os conceitos de assimilação, acomodação e equilibração. • Refletir sobre os conceitos estudados na constituição epistemológica do trabalho docente. 3. Conteúdos • Breve incursão na biografia de Jean Piaget. • A equilibração das estruturas cognitivas e os conceitos de inteligência, assimilação, acomodação e equilibração. 4. Aplicação Prática Conforme o conteúdo trabalhado nesta unidade, ou seja, a inteligência e o processo como o ser humano passa a obter novos conhecimentos, saindo de um momento de organização mental para uma reorganização desses conhecimentos. Ao refletirmos sobre as contribuições deste pensamento para a compreensão dos processos de desenvolvimento e aprendizagem, faça uma pesquisa na internet que demonstre como os conceitos de assimilação, acomodação e equilibração podem ser trabalhados em sala de aula. 5. Interação Faça um vídeo, de aproximadamente 3 minutos, apresentando a sua compreensão acerca do conceito de inteligência defendido por Jean Piaget. Posteriormente, poste o material no AVA para ser compartilhado com os demais colegas. 6. Capítulo norteador CAMARA, Suzana A. dos Santos (Org.). Contribuições significativas para a construção do pensamento e da linguagem. In: Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. Descrição das atividades Sugestões de Leitura: a) Sugiro a leitura do artigo: “A epistemologia genética de Jean Piaget”. (Gelson Luiz D. de Pádua) Para acessar o texto clique no link a seguir: http://bit.ly/2VgUcYD Assista aos vídeos propostos: a) - O filme Anna dos 6 aos 18. “O diretor Nikita Mikhalkov registra a história da Rússia de 1980 a 1991 com perguntas à sua filha Anna, de seis anos. Perguntas como "o que você mais ama na vida?", "o que você mais teme?", "o que mais quer?" e "o que odeia mais de tudo?" foram feitas uma vez ao ano, retratando também o amadurecimento dela”. https://www.youtube.com/watch?v=70R4DZfLJvI b) - Entrevista com Jean Piaget. Nesse vídeo, você terá a oportunidade de ouvir o próprio Piaget comentando sobre aspectos de sua Epistemologia Genética e algumas de suas experiências clássicas com crianças. O filme foi realizado na Suíça em 1977. Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=FWYjDvh3bWI http://bit.ly/2VgUcYD https://www.youtube.com/watch?v=70R4DZfLJvI https://www.youtube.com/watch?v=FWYjDvh3bWI 6 Rota de Aprendizagem 3 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 1 Realize os exercícios de fixação desta unidade. Elabore o relatório da aula a partir do que foi exposto, utilizando-se dos materiais teóricos bem como, dos vídeos sugeridos. 7. Referências PÁDUA, Gelson Luiz Dalgegan. A epistemologia genética. Revista FACEVV, 1º Semestre de 2009. Nº 2, p.22-35. GIUSTA, Agnela da Silva. Concepções de aprendizagem e práticas pedagógicas. Educação em Revista. Belo Horizonte, Nº 01, Vol. 29, Mar. 2013, p.17-36. MUSSEN, Paul henry; CONGER, John Janway; KAGAN, Jerome; HUSTON, Aletha Carol. Desenvolvimento e personalidade da criança. 3ª ed. São Paulo: Editora Harbra, 1995. 1 Rota de Aprendizagem 4 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 2 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Rota de Aprendizagem 4 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 2 2. Objetivos 4. Aplicação Prática Clique no segmento para acessar o conteúdo 5. Interação 3. Conteúdos 1. Apresentação da Unidade de Aprendizagem 6. Autoestudo 2 3 Rota de Aprendizagem 4 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 2 Rota de Aprendizagem 4 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 2 Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 2 1. Apresentação da unidade de aprendizagem Com o principal objetivo de dar continuidade ao trabalho com os principais conceitos da abordagem psicogenética piagetiana, esta unidade irá apresentar de modo mais detalhado sobre os Estágios do Desenvolvimento segundo Piaget. De acordo com Giusta (2013), Piaget estava interessado em fornecer umquadro de referência para a compreensão do sujeito espistêmico, entendido como possibilidade humana de conhecer, possibilidade que é assim, humano-genética. Para o psicólogo interacionista suíço, o desenvolvimento cognitivo se divide em quatro estágios, que denominou fases de transição. Em cada estágio desenvolvem-se estruturas cognitivas características. Partindo das estruturas que construiu em estágios anteriores, as crianças avançam para a etapa seguinte. Assim, podemos dizer que cada estágio vivido, prepara para o que virá depois. (CAMARA, 2015, p.62) Conhecer as fases de transição pelas quais a criança vive, contribui para a compreensão da gênese da capacidade cognitiva entendendo-a como um processo de estruturação e reestruturações progressivas da ação. Além disso, compreender essas fases, nos aproxima da linha de pensamento do autor, visto que, de acordo com Giusta (2013), ao localizar a gênese das operações do pensamento na inteligência sensório- motora, Piaget pesquisa o curso do desenvolvimento psicogenético, passando pelas atividades que preparam e organizam a inteligência operatório concreta e, por fim, a inteligência operatório formal que marca os limites do desenvolvimento individual. Por fim, tais conhecimentos, nos conduz à compreensão de que para Piaget, a “sequência” dos estágios de desenvolvimento é válida para todas as crianças. Pode, porém, variar o ritmo com que adquirem novas habilidades”. (Camara, 2015, p.62) 2. Objetivos • Compreender as fases de transição da psicogenética piagetiana. • Reconhecer a importância do conhecimento das fases do processo de desenvolvimento para o planejamento das propostas de atividades no contexto da sala de aula. 3. Conteúdos • As fases e/ou estágios de transição segundo a psicogenética piagetiana: - Estágio sensório-motor; - Estágio Pré-operatório; - Estágio das Operações concretas; - Estágio Operatório formal. 4. Aplicação Prática Conforme os conteúdos trabalhados nesta unidade, é possível acompanharmos o desenvolvimento cognitivo da criança, que ocorre em estágios sucessivos, revelando ao longo de cada um deles, diferentes habilidades que vão se evidenciando. Pensando nisso, pesquise na internet experimentos propostos por Jean Piaget, para demonstrar as principais características de cada um dos estágios de desenvolvimento. 5. Interação No fórum de discussões, apresente um argumento (no mínimo de 10 linhas) que expresse seu posicionamento acerca das fases do desenvolvimento propostas por Jean Piaget. Em outras palavras, de que maneira você percebe as implicações desses conhecimentos no cotidiano da sala de aula? 4 5 Rota de Aprendizagem 4 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 2 Rota de Aprendizagem 4 A Epistemologia Genética de Jean Piaget - 2 6. Artigos norteadores Sugestões de Leitura: a) CAVICCHIA, Durlei de Carvalho. O Desenvolvimento da Criança nos Primeiros Anos de Vida. UNIVESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquista Filho. Para acessar o texto clique no link a seguir: https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/224/1/01d11t01.pdf SOUZA, Natália Moreira de; WECHSLER, Amanda Muglia. Reflexões sobre a teoria piagetiana: o estágio operatório concreto. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro/SP, 1 (1): 134-150, 2014. Para acessar o texto clique no link a seguir: http://bit.ly/2H4qVrm Descrição das atividades Assista o vídeo intitulado: Jean Piaget - Fases do desenvolvimento. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=EnRlAQDN2go > Realize os exercícios de fixação desta unidade. Elabore o relatório da aula a partir do que foi exposto, tendo também como base as leituras e vídeos indicados neste roteiro de estudos. 7. Referências CAMARA, Suzana A. dos Santos (Org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. CAVICCHIA, Durlei de Carvalho. O Desenvolvimento da Criança nos Primeiros Anos de Vida. UNIVESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquista Filho, s/d. GIUSTA, Agnela da Silva. Concepções de aprendizagem e práticas pedagógicas. Educação em Revista. Belo Horizonte, Nº 01, Vol. 29, Mar. 2013, p.17-36. SOUZA, Natália Moreira de; WECHSLER, Amanda Muglia. Reflexões sobre a teoria piagetiana: o estágio operatório concreto. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro/SP, 1 (1): 134-150, 2014. https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/224/1/01d11t01.pdf http://bit.ly/2H4qVrm https://www.youtube.com/watch?v=EnRlAQDN2go 1 Rota de Aprendizagem 5 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 1 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Rota de Aprendizagem 5 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 1 2. Objetivos 4. Aplicação Prática Clique no segmento para acessar o conteúdo 5. Interação 3. Conteúdos 1. Apresentação da Unidade de Aprendizagem 6. Autoestudo 2 3 Rota de Aprendizagem 5 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 1 Rota de Aprendizagem 5 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 1 Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 1 1. Apresentação da unidade de aprendizagem Esta unidade tem como principal objetivo, apresentar dados biográficos de Lev Seminovich Vygotsky bem como os principais conceitos de suas teorias acerca do desenvolvimento psicológico do ser humano. Num primeiro momento, serão apresentadas informações sobre sua vida, suas percepções de mundo e de relações, e em seguida, focaremos, nas principais teorias de Vygotsky acerca do desenvolvimento e aprendizagem. Nesse sentido, ao iniciarmos a explanação sobre a vida e obra de Vygotsky, é possível perceber a congruência existente entre aquilo que foi produzido e a vida do próprio autor que viveu em um momento histórico e social, bastante conturbado. O contexto em que o autor viveu, contribui para entender os rumos do seu trabalho, considerando que suas ideias e principais teorias, foram desenvolvidas na União Soviética, na ocasião da Revolução Russa de 1917. As premissas de sua obra desvelam a intenção em produzir conhecimento sobre a Psicologia a partir da perspectiva do materialismo histórico dialético. De acordo com Rego (1995): Para compreender o contexto e as razões do direcionamento da obra de Vygotsky, suas ideias centrais e contribuições, será útil ao leitor saber um pouco da sua biografia, do percurso intelectual e das condições da sociedade e da psicologia na Rússia pós-revolucionária que lhe forneceram o cenário inicial e as questões principais para suas teorias (p. 19). Nesse sentido, nesta unidade, iremos analisar alguns eventos relacionados ao percurso de sua vida e às inúmeras influências recebidas de familiares, amigos bem como, da atmosfera intelectual e social presentes no momento histórico em que viveu. Na sequência, abordaremos sobre a proposição de uma nova psicologia a partir da perspectiva do autor e concluiremos a unidade, discutindo sobre os principais postulados presentes na obra do autor: • À relação indivíduo/sociedade. • À origem cultural das funções psíquicas. • À base biológica do funcionamento psicológico. • À mediação presente em toda atividade humana. Encerraremos a unidade, possibilitando uma análise geral e introdutória de alguns temas centrais do pensamento desse importante teórico. 2. Objetivos • Apresentar informações biográficas de L. S. Vygotsky • Compreender as intenções de Vygotsky ao propor um novo modo de estudar os processos psicológicos humanos. • Descrever sobre os principais postulados presentes na obra do autor. 3. Conteúdos • Lev S. Vygotsky – informações biográficas. • Uma nova Psicologia. • Principais postulados presentes na obra de Vygotsky. 4. Aplicação Prática Como vimos nesta unidade, Vygotsky e seu grupo: Alexander Romanovich Luria (1902- 1977) e Alexei NikolaievichLeontiev (1904-1979), se propuseram a desenvolver uma nova Psicologia, ou seja, criar um modo, mais abrangente de estudar os processos psicológicos humanos (Galvão, 1995, p. 30). Pensando nisso, pesquise na internet, mais especificamente em sites de reconhecida seriedade, em termos da publicação, de artigos acadêmicos (Ex. Scielo, Periódicos da CAPES, etc.), um artigo que descreva acerca da proposição dessa nova Psicologia. Faça uma síntese de no máximo 15 linhas acerca do conteúdo lido. 4 5 Rota de Aprendizagem 5 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 1 Rota de Aprendizagem 5 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 1 5. Interação Convido-lhe a participar do nosso fórum compartilhando os resultados encontrados na pesquisa sugerida no item anterior, principalmente os principais argumentos em termos da proposição de uma nova Psicologia (inaugurada por Vygotsky e seu grupo). 6. Artigos norteadores CAMARA, Suzana A. dos Santos (org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. p. 17-18; 80-85. Descrição das atividades a) Sugiro a leitura do artigo: Vygotsky: sua teoria e a influência na educação. (Luana Coelho e Silene Pisoni) Para acessar o texto clique no link a seguir: http://bit.ly/2PNPX0t Assista aos vídeos propostos: a) Lev S. Vygotsky – por Marta Kohl de Oliveira Acesse o vídeo clicando no link: https://www.youtube.com/watch?v=T1sDZNSTuyE Elabore o relatório da aula a partir do que foi exposto, tendo também como base as leituras e vídeos indicados neste roteiro de estudos. 7. Referências CAMARA, Suzana A. dos Santos (org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 1995. COELHO, Luana; PISONI, Silene. Vygotsky: sua teoria e a influência na educação. Revista e-Ped. – FACOS/CNEC Osório Vol.2 – Nº1 – AGO/2012. 1 Rota de Aprendizagem 6 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 2 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Rota de Aprendizagem 6 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 2 2. Objetivos 4. Aplicação Prática Clique no segmento para acessar o conteúdo 5. Interação 3. Conteúdos 1. Apresentação da Unidade de Aprendizagem 6. Autoestudo 2 3 Rota de Aprendizagem 6 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 2 Rota de Aprendizagem 6 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 2 Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 2 1. Apresentação da unidade de aprendizagem Esta unidade dará continuidade aos conhecimentos relativos à abordagem sócio-histórica de Vygotsky, com ênfase na interação entre aprendizagem e desenvolvimento. Nesse sentido, serão trabalhados de maneira mais aprofundada, os conceitos de desenvolvimento e aprendizagem, que na perspectiva vygotskyana, figura de maneira diferente em comparação aos demais autores que desenvolveram estudos sobre o mesmo objeto do conhecimento. Sobre esse aspecto, Moraes (2008), esclarece que, para Vygotsky, a aprendizagem influencia o desenvolvimento, assim como o desenvolvimento influencia a aprendizagem. Isto ocorre, não apenas em um espaço reservado e único, mas na vivência social. [...] a boa aprendizagem é aquela que se adianta e conduz o desenvolvimento. Desta forma, ele, além de valorizar a aprendizagem como a promotora do desenvolvimento humano, delega à educação e ao ensino um importante papel nesse processo. Este pressuposto é de fundamental importância para a educação escolar por colocá-la em um grau de extrema relevância na constituição do desenvolvimento humano. (MORAES, 2008, p.7) Ainda segundo Moraes (2008), isto ocorre porque, de acordo com a perspectiva vygotskyana, a aprendizagem sai do contexto da mecanização e do treinamento de habilidades, condição que, por si mesma, não conduz o aluno a uma reflexão e apropriação efetiva do objeto do conhecimento, além disso, na maioria das vezes, ficam restritas às funções elementares e, consequentemente, pouco influenciam as funções psicológicas superiores (memória, atenção, pensamento, consciência). Tais funções não só se distinguem por estruturas mais complexas, como auxiliam a formação de outras absolutamente novas, possibilitando a formação de sistemas funcionais complexos. A aprendizagem aqui, é entendida como um processo dinâmico inter-relacionado com o desenvolvimento, e mobilizador deste. Finalizaremos a unidade, com reflexões acerca da aprendizagem como o aspecto necessário e universal, conforme assinala Rego (1995), “uma espécie de garantia do desenvolvimento das características psicológicas especificamente humanas e culturalmente organizadas”. (p.71). 2. Objetivos • Entender o desenvolvimento das funções psicointelectuais superiores enquanto um processo absolutamente único. • Compreender que para Vygotsky, a aprendizagem é um momento necessário e universal para o desenvolvimento, na criança, daquelas características essencialmente humanas. • Dimensionar desenvolvimento e a aprendizagem enquanto condições diferentes, porém articuladas entre si, numa relação dialética. 3. Conteúdos • A concepção de aprendizagem e desenvolvimento para Vygotsky. 4. Aplicação Prática Como vimos nesta unidade, a concepção de desenvolvimento e aprendizagem para Vygotsky diferencia-se dos demais autores que estudam o desenvolvimento humano. Pensando nisso, elabore um texto de no máximo 15 linhas cujo conteúdo expresse de maneira clara, sua compreensão sobre esses dois conceitos. Elabore um mapa conceitual das principais ideias descritas por você. 4 5 Rota de Aprendizagem 6 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 2 Rota de Aprendizagem 6 A Abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky - 2 5. Interação Convido-lhe a participar do nosso fórum compartilhando o seu texto. Aproveite a oportunidade, para emitir sua opinião sobre as produções dos demais colegas de sua turma. Considere esse, como mais um momento favorecedor do desenvolvimento de competências específicas, tais como a capacidade de análise e da articulação entre conteúdos apresentados. 6. Capítulo norteador CAMARA, Suzana A. dos Santos (org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. p. 17-18; 80-85. Descrição das atividades Sugestões de Leitura: a) Sugiro a leitura do artigo: MORAES, Silvia Pereira Gonzaga de. A concepção de aprendizagem e desenvolvimento em Vygotsky e a avaliação escolar. Texto extraído da tese de doutorado intitulada Avaliação do processo de ensino e aprendizagem em Matemática: contribuições da teoria histórico- cultural. 2008. Para acessar o texto clique no link a seguir: http://bit.ly/2PRE6yr Assista aos vídeos propostos: a) Vygotsky e o desenvolvimento a partir da cultura. Nesse vídeo, a coordenadora do curso de pedagogia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Edna Martins, evidencia que, para Vygotsky o homem não nasce humano, ele se humaniza. Essa máxima pode ser considerada uma das sínteses possíveis do pensamento do russo Lev Vygotsky (1896-1934). De acordo com ela, Vygotsky foi um dos primeiros psicólogos a enfatizar o papel da cultura, estimulada pela interação entre parceiros sociais e mediada pela linguagem, no processo de cognição. Acesse o vídeo clicando no link: http://bit.ly/303N0Oj Elabore o relatório da aula a partir do que foi exposto, tendo também como base as leituras e vídeos indicados neste roteiro de estudos. 7. Referências CAMARA, Suzana A. dos Santos (org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 1995. MORAES, Silvia Pereira Gonzaga de. A concepção de aprendizagem e desenvolvimento em Vygotsky e a avaliaçãoescolar. Texto extraído da tese de doutorado intitulada Avaliação do processo de ensino e aprendizagem em Matemática: contribuições da teoria histórico- cultural. 2008. Disponível em <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/ jornada11/artigos/9/artigo_simposio_9_1008_silvia.moraes@uol.com.br.pdf>. http://bit.ly/2PRE6yr http://bit.ly/303N0Oj http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada11/artigos/9/artigo_simposio_9_1008_silvia.moraes@uol.com.br.pdf http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada11/artigos/9/artigo_simposio_9_1008_silvia.moraes@uol.com.br.pdf 1 Rota de Aprendizagem 7 A Psicogenética de Henri Wallon - 1 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Rota de Aprendizagem 7 A Psicogenética de Henri Wallon - 1 2. Objetivos 4. Aplicação Prática Clique no segmento para acessar o conteúdo 5. Interação 3. Conteúdos 1. Apresentação da Unidade de Aprendizagem 6. Autoestudo 2 3 Rota de Aprendizagem 7 A Psicogenética de Henri Wallon - 1 Rota de Aprendizagem 7 A Psicogenética de Henri Wallon - 1 Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem A Psicogenética de Henri Wallon - 1 1. Apresentação da unidade de aprendizagem A unidade 7 tem como objetivo, apresentar os principais conceitos da abordagem psicogenética de Henri Wallon. Para isso, num primeiro momento, apresentaremos a vida e obra do autor, dados significativos de sua trajetória profissional. Na sequência, apresentaremos os principais conceitos que se destacam em sua teoria. De acordo com Souza (2011), a abordagem wallloniana, privilegia o aspecto afetivo, indicando seu papel estruturante no início da vida da criança. Para este autor, a emoção organiza a vida psíquica inicial e antecede as primeiras construções cognitivas. A gênese da cognição está, pois, para Wallon, nas primeiras emoções, as quais, por sua vez, estão estreitamente ligadas ao desenvolvimento do tônus (aspecto orgânico). O desenvolvimento nessa perspectiva é entendido como a passagem do eu orgânico ao eu psíquico, pela via das primeiras emoções que são, em essência, o instrumento para a interação com o outro, antes que a cognição seja construída. Assim, as emoções permitem, no início da vida, a construção dos conhecimentos sobre o mundo e a construção da “persona” (ideia do eu). Wallon, (1941, citado por Souza, 2011), detalha com profundidade o que considera como a sequência do desenvolvimento quanto à construção da pessoa a partir da ideia do papel estruturador das primeiras emoções em relação à cognição, para depois descrever o desenvolvimento como um movimento de alternância de predominâncias, ora afetiva, ora cognitiva, culminando com uma preponderância cognitiva. No início de sua vida, a criança possui emoções que são independentes da representação, de acordo com Galvão (2003). Essas emoções iniciais são o recurso expressivo das necessidades por excelência, diferentemente dos sentimentos e paixões que dependem de representações. Segundo Galvão (2003), as etapas da construção da pessoa postulada por Wallon, são: 1- Etapa de indiferenciação entre eu e o outro ou confucionismo (na qual, as primeiras emoções fazem a comunicação e expressão das necessidades orgânicas). 2- Diferenciação gradativa entre eu e outro com o despontar da “pessoa” (inicialmente mais para se opor ao mundo na fase de oposição, para depois, afirmar ser eu na fase do personalismo. 3- Chegando à fase categorial (aproximadamente na idade escolar), na qual, já de posse de instrumentos cognitivos tais como a representação e o pensamento racional, utiliza-os para coordenar as emoções e para construir conhecimentos. De acordo com Souza (2011), para Wallon, as emoções podem inicialmente criar operações cognitivas que permitirão a construção do conhecimento, por um lado, e, posteriormente, podem estruturar a “pessoa no início da vida”, sem a participação da cognição (nem mesmo a sensório-motora). Para Wallon portanto, existe uma relação de causalidade e alternância entre afetividade e cognição. Em síntese, para este autor, a relação entre afetividade e cognição é de alternância, podendo as primeiras emoções criar estruturas cognitivas. 2. Objetivos • Apresentar informações sobre a biografia de Henri Wallon. • Dimensionar o papel estruturante das emoções no processo de desenvolvimento infantil. • Compreender as etapas de construção da pessoa completa, segundo a perspectiva walloniana. 3. Conteúdos • Dados biográficos sobre Henri Wallon. • As emoções no processo de desenvolvimento infantil. • Wallon e as etapas de construção da psicogênese da pessoa completa. 4. Aplicação Prática Como vimos nessa unidade, Henri Wallon atribuiu grande importância ao papel das emoções no processo de desenvolvimento humano. Em toda a extensão da obra de Wallon, 4 5 Rota de Aprendizagem 7 A Psicogenética de Henri Wallon - 1 Rota de Aprendizagem 7 A Psicogenética de Henri Wallon - 1 encontra-se a preocupação de concentrar suas análises em processos, por considerar que é no confronto do indivíduo com a sociedade que se dá a construção da inteligência. Pensando nisso, elabore um esquema que represente o pensamento de Wallon acerca do papel das emoções no processo de desenvolvimento humano. Se preferir, use cores diferentes na apresentação do esquema. Poste o esquema no wiki para ser compartilhado com os demais colegas da turma. 5. Interação Convido-lhe a participar do nosso fórum compartilhando o esquema sugerido no item anterior. 6. Capítulo norteador GALVÃO, Izabel. HENRI WALLON Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis: Vozes, 1995. Para acessar o livro clique no link a seguir: http://bit.ly/2H3VHR5 Descrição das atividades Sugestões de Leitura: PEREIRA, Zildene Francisca. Afetividade e aprendizagem escolar: reflexões acerca do processo ensino-aprendizagem. Periódicos da UFPA. P.145-162, s/d. Para acessar o artigo, clique no link a seguir: http://bit.ly/2Y7aWhH Sugiro a leitura do artigo: SOUZA, Maria Thereza Costa Coelho de. As Relações entre Afetividade e Inteligência no Desenvolvimento Psicológico. Psicologia: Teoria e Pesquisa Abr-Jun 2011, Vol. 27 n. 2, pp. 249-254. Este texto apresenta considerações sobre as relações entre afetividade e inteligência no desenvolvimento psicológico, a partir de quatro modelos teóricos: as perspectivas psicogenéticas de Piaget, Wallon, Vygotsky e Freud. O objetivo é apontar as ênfases de cada abordagem para os aspectos afetivos e cognitivos e seu papel no desenvolvimento psicológico. Para acessar o texto clique no link a seguir: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v27n2/a05v27n2.pdf Assista aos vídeos propostos: a) No vídeo a seguir, a vice-coordenadora do Programa de Psicologia da Educação da PUC-SP Laurinda Ramalho de Almeida, apresenta aspectos importantes sobre a teoria walloniana, sobretudo no que tange o papel das emoções no processo de desenvolvimento humano. Acesse o vídeo clicando no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=ZfXIkidkFQI Realize os exercícios de fixação dessa unidade. Elabore o relatório da aula a partir do que foi exposto, tendo também como base as leituras e vídeos indicados neste roteiro de estudos. 7. Referências CAMARA, Suzana A. dos Santos (org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 1995. http://bit.ly/2H3VHR5 http://bit.ly/2Y7aWhH http://www.scielo.br/pdf/ptp/v27n2/a05v27n2.pdf https://www.youtube.com/watch?v=ZfXIkidkFQI 6 Rota de Aprendizagem 7 A Psicogenética de Henri Wallon - 1 MORAES, Silvia Pereira Gonzaga de. A concepção de aprendizagem e desenvolvimento em Vygotsky e a avaliação escolar. Texto extraído da tese de doutorado intitulada Avaliação do processo de ensino e aprendizagem em Matemática: contribuiçõesda teoria histórico- cultural. 2008. Disponível em <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/ jornada11/artigos/9/artigo_simposio_9_1008_silvia.moraes@uol.com.br.pdf>. http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada11/artigos/9/artigo_simposio_9_1008_silvia.moraes@uol.com.br.pdf http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada11/artigos/9/artigo_simposio_9_1008_silvia.moraes@uol.com.br.pdf 1 Rota de Aprendizagem 8 A Psicogenética de Henri Wallon - 2 PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM Rota de Aprendizagem 8 A Psicogenética de Henri Wallon - 2 2. Objetivos 4. Aplicação Prática Clique no segmento para acessar o conteúdo 5. Interação 3. Conteúdos 1. Apresentação da Unidade de Aprendizagem 6. Autoestudo 2 3 Rota de Aprendizagem 8 A Psicogenética de Henri Wallon - 2 Rota de Aprendizagem 8 A Psicogenética de Henri Wallon - 2 Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem A Psicogenética de Henri Wallon - 2 1. Apresentação da unidade de aprendizagem Essa unidade continuará a priorizar o pensamento de Wallon, iniciado na unidade 7. Para tanto, iremos focalizar mais especificamente, sobre os conflitos Eu- outro na constituição da pessoa. Aqui, o propósito é entender as intensões de Wallon em compreender o ser humano a partir de uma perspectiva global, e eleger as dimensões afetividade, ato motor e inteligência enquanto campos funcionais entre os quais se subdividem a atividade da criança. De acordo com Galvão (1995), esses campos funcionais “aparecem pouco diferenciados no início do desenvolvimento e só aos poucos, vão adquirindo independência um do outro, e constituindo-se como domínios distintos de atividade. (p.49) Para essa perspectiva teórica, a pessoa deve ser concebida como um todo, que congrega diferentes campos funcionais e ela mesma, se configura como um campo funcional. Segundo Wallon, o estado da consciência pode ser comparado a uma nebulosa, uma massa difusa, na qual confundem-se o próprio sujeito e a realidade exterior. O recém-nascido não se percebe como indivíduo diferenciado. Num estado de simbiose afetiva com o meio, parece misturar-se a sensibilidade ambiente e, a todo instante, repercutir em suas reações, as de seu meio. A distinção entre o eu e o outro só se adquire progressivamente, num processo que se faz nas e pelas interações sociais. (GALVÃO, 1995, p.50) Esse processo de não diferenciação entre o Eu e o Outro, figura no decorrer do desenvolvimento até a chegada do momento em que a criança vai alargando gradualmente suas percepções e adquirindo uma consciência que sai do plano estritamente individual para o plano de uma consciência social, onde ela se percebe enquanto um ser distinto do outro, e torna-se capaz de manter relações de reciprocidade. Em outros termos, a etapa inicial de indiferenciação é de fundamental importância para que, pouco a pouco, a criança consiga perceber-se como um ser independente e que pode promover relações sociais de aproximação com o Outro. Para o entendimento desse processo, Wallon apresenta dois conceitos que se correlacionam: O Eu corporal e o Eu psíquico, nessa unidade, iremos trabalhar mais especificamente esses dois conceitos. 2. Objetivos • Compreender as implicações dos conflitos Eu-Outro na constituição da pessoa completa. • Refletir sobre as dimensões afetividade, ato motor e inteligência na perspectiva walloniana. • Internalizar os conceitos: Eu corporal e Eu psíquico desenvolvidos por Wallon. 3. Conteúdos • A presença do Outro na constituição do Eu. • Afetividade, Motricidade e Inteligência na perspectiva walloniana. • A importância construção do recorte corporal na constituição do Eu psíquico. 4. Aplicação Prática Conforme os conteúdos apresentados nesta unidade, foi possível perceber, que para Wallon, inicialmente o recém-nascido não se diferencia do outro, ou seja, existe um inacabamento do recorte corporal, que pouco a pouco, vai se construindo e oferecendo elementos para a diferenciação Eu – Outro. Além disso, esse movimento que ocorre por meio de etapas, conduz a constituição de um Eu psíquico. Elabore um esquema que represente simbolicamente como se dá essa passagem do Eu corporal para o Eu psíquico. 4 Rota de Aprendizagem 8 A Psicogenética de Henri Wallon - 2 5. Interação Após a elaboração do esquema solicitado, poste no fórum de discussões para que os demais colegas que frequentam a disciplina possam fazer comentários sobre a sua produção, do mesmo modo, que você poderá emitir feedbacks sobre as elaborações deles. 6. Artigo norteador A importância do outro na transmissão e apropriação do conhecimento e na construção da consciência de si e no mundo. (Sandra Francesca Conte de Almeida) Temas em Psicologia (1997), Nº 3 Descrição das atividades Realize os exercícios de fixação dessa unidade. Elabore o relatório da aula a partir do que foi exposto, tendo também como base as leituras e vídeos indicados neste roteiro de estudos. 7. Referências CAMARA, Suzana A. dos Santos (org.). Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. GALVÃO, I. (2003). Expressividade e emoções segundo a perspectiva de Wallon. In V.A. Arantes & J. G. Aquino (Eds.), Afetividade na escola. Alternativas teóricas e práticas (pp. 71-88). Campinas/SP: Ed. Summus. PEREIRA, Zildene Francisca. Afetividade e aprendizagem escolar: reflexões acerca do processo ensino aprendizagem. Periódicos da UFPA. P.145-162, s/d. Page 2 page 3 Page 2 page 3 Page 2 page 3 Page 2 page 3 Page 2 page 3 Page 2 page 3 Page 2 page 3
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