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Técnica operatória - Acessos faringe, traqueia e esofago, enucleação, gastrotomia e esplenectomia, ovariohisterectomia e orquiectomia

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Técnica operatória - UFU 
 
 
 
 
 
 
ACESSOS CIRÚRGICOS: FARINGOSTOMIA, 
TRAQUEOTOMIA E ESOFAGOTOMIA 
 Faringostomia: É a abertura cirúrgica da faringe 
para colocação da sonda esofágica. Suas 
principais indicações são processos traumáticos 
ou patológicos localizados em região maxilofacil 
que impede/prejudica a alimenração pela via 
oral. As causas mais frequentes são: fístulas, 
fraturas de mandíbula, fissuras palatinas 
(felinos). Nestes casos utiliza-se a alimentação 
por sonda faringeana utilizando o acesso 
cirúrgico chamado faringostomia. Outras 
indicações menos frequente são: alterações de 
deglutição secundária a desordens 
neuromusculares, mas nestes casos normalmente 
é utilizado a sonda gástrica. 
 
 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
 
 
 
 
 
 
 
 Jejum, se necessário, normalmente o paciente está com anorexia/hiporexia por causa da lesão. 
 Tricotomia ampla e bem feita. 
 Anti-sepsia da região (álcool e PVPI, na boca pode ser utilizado solução oral de clorexidine aquoso). 
 Posicionar o paciente em decúbito lateral do lado direito ou esquerdo. 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
 
 
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 A técnica - faringostomia Anatomicamente a faringe 
localiza-se caudal ao osso epióide, é possível palpar com o dedo 
inserindo-o na cavidade oral. A veia jugular corre abaixo da 
traqueia e se ramifica na região maxilar e mandibular, recomenda-
se realizar o garrote para observar o fluxo da jugular para evitar 
essa região. Deve-se medir a sonda, ela não pode passar do cárdia, 
em felinos até aproximadamente o 9º EIC e em cãe até o 8º EIC. 
Utiliza-se uma pinça hemostática (Craile ou Kelly, curva) e 
introduz na cavidade oral até que a ponta ultrapasse o osso 
epióide, empurra-se essa ponta contra a parede da faringe e será 
possível observar a região da incisão. Realiza-se uma pequena 
perfuração contra a região de pressão da pinça. Não dever-se entrar 
direto com a sonda, recomenda-se puxar ela no sentido retrógrado 
em direção a cavidade oral para que a glote feche evitando que a 
sonda entre na traqueia ou no espaço entre a traqueia e o esôfago, 
pois a membrana fina pode se romper e levar a sonda para o tórax. 
Pode-se colocar o esteto abaixo do processo xifóide e administrar 
5-10mL de líquido com pressão para auscultar o líquido passando 
ou radiografar para observar se a sonda não está no tórax. A sonda 
é fixada com a sutura tipo sapatilha grega (fio monofilamentoso 
inabsorvível nº 3-0 ou 2-0). O pescoço deve ser coberto com 
bandagem para impedir contaminação da sonda e a troca do 
curativo é feita a cada 24 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
 
 
PÓS-OPERATÓRIO: 
 Antibioticoterapia (Amoxiciclina), anti-inflamatórios (Meloxicam – 
0,1mg/kg/3dias). 
 Anti-sepsia com soro e polvidine a cada 48 horas. 
 Manter gaze estéril na região da sutura para evitar contaminação com água ou 
alimento. 
 Lavar a sonda com 5ml de solução fisiológica antes e depois das refeições. 
 Respeitar o volume gástrico na alimentação, em cães 20ml/kg e em felinos 
10ml/kg dividido por 3x ao dia. A dieta deve ser líquida oferecendo 60kcal/kg/dia 
diluído e dividido em 2-3x ao dia, respeitando a capacidade máxima estomacal. 
 
 Entre as refeições a sonda deve ser mantida ocluída. 
 
As complicações mais comuns são infecção do campo cirúrgico, 
principalmente por erros nos curativos, esofagite causada 
principalmente por sondas com diâmetros superior ao do esôfago e 
perfurações inadequadas, pneumonias aspirativas, obliteração das 
vias aéreas por não respeitar o volume gástrico, vômitos, gastrite, 
hemorragias por lesão na artéria carótida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Traqueotomia: É a abertura da traqueia, outros termos 
cirúrgicos são: traqueostomia (cria-se um novo aceso para a 
traqueia) e traquectomia (remove-se parte da traqueia). É 
indicada para remoção de obstruções das vias aéreas superiores, 
facilitar o fluxo da respiração, e principalmente a correção de 
ruptura traumática de traqueia principalmente em cães e rompe o 
anel traqueal ou o ligamento anular. Nestes casos de ruptura 
observa-se muitos enfisemas subcutâneos (presença de gás) que 
podem surgir desde o pescoço até o tórax, nem sempre observa-
se insuficiência respiratória, muitas vezes o enfisema surge 
antes. Na radiografia observa-se má delimitação da traqueia. No 
acesso cirúrgico muitas vezes não se observa a região de ruptura 
que pode estar dorsal ao acesso cirúrgico, utiliza-se o teste onde 
cobre-se a região com soro fisiológico e faz a deambulação 
(força o animal a respirar) e observa onde sai bolhas que é a 
perfuração. Em rupturas de traqueia que é emergencial, não pode 
esperar a cirurgia, não é possível jejum. Também pode ser feito 
para facilitar o fluxo da respiração em alguns casos. 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
 Jejum se necessário e se possível (não é possível em emergências). 
 Tricotomia ampla e bem feita. 
 Posicionamento em decúbito dorsal. 
 Antissepsias de 2 fases com álcool seguido de PVPI ou clorexidine alcóolico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A técnica - traqueostomia O acesso é feito na linha médio 
do pescoço (visualizar os músculos esternoióideo e dilvulsioná-los 
com a tesoura metsenbowen romba-romba). Observa-se ao lado da 
traqueia a artéria carótida e o tronco vago-simpático (estimulação 
excessiva do tronco pode causar bradicardia por estimulação 
vagal). Separar a traqueia do esôfago com o indicador e o polegar e 
passa uma pinça para isolar a traqueia. Se o objetivo é 
traqueostomia para passagem do tubo traqueal é feito incisão no 
ligamento anular, evitando o anel traqueal (cartilagem é avascular, 
quem nutri é o tecido peritraqueal, assim, ela não cicatriza 
adequadamente). Em casos de traumas de anéis traqueais remove-
se os anéis, podem ser removidos até 3 anéis de uma vez. Aproxime 
as bordas traqueais com suturas simples (traqueorafia) separadas 
com nylon 2-0 a 4-0. As suturas são feitas no ligamento anular 
evitando perfurar os anéis traqueais, deve-se evitar que os anéis 
traqueais se encontrem. Retornar os músculos para o lugar e 
suturar com pontos simples separado ou contínuo (preferível 
contínuo), com fio absorvível (2-0 a 4-0), para a pele utiliza-se o fio 
de nylon 2-0 a 4-0. 
PÓS-OPERATÓRIO: 
 Antibioticoterapia (Amoxiciclina, nunca optar por antibióticos de muito largo 
espectro e de últimas gerações), anti-inflamatórios (Meloxicam – 
0,1mg/kg/3dias). 
 Curativo local por 10 dias com soro e PVPI. 
 Retirada dos pontos com 12 dias, se não ocorrem complicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Esofagotomia: Abertura do esôfago, indicada para corpos 
 estranhos, muito frequente em cães, grandes animais e 
filhotes, raramente em felinos. Os sintomas associados são: 
falta de apetite, ânsia de vômito frequente e normalmente 
não produtivo, aumento da região obstruída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A técnica - esofagotomia • Se o corpo estranho for 
obstrutivo e demorar para a intervenção pode ocorrer isquemia 
local piorando o prognóstico, pois não é possível remover parte do 
esôfago que pode necrosar. Nunca empurrar o corpo estranho para 
dentro do tórax que pode necessitar toracotomia que é um 
procedimento complexo. A incisão nunca deve ser feito em cima 
da obstrução como normalmente ocorre na entrada do tórax se faz 
a incisão caudalmente. Caso o esôfago tenha necrosado pode ser 
tentado enxerto, mas raramente funciona, caso nãofuncione deve 
ser feito alimentação por sonda gástrica ou duodenal. • Acesso 
similar ao da traqueia. Depois de identificar a traqueia afasta-se a 
traqueia para o lado direito, antes de desloca-la utiliza-se uma 
pinça hemostática para afastar a traqueia. • Coloca-se um 
instrumental abaixo do esôfago para elevá-lo. Fazer incisão cranial 
ao corpo estranho e nunca diretamente em cima dele, retirar o 
corpo estranho. Todo material que entrar em contato com o 
esôfago deve ser descartado, por ser um órgão contaminado. O 
esôfago demora a cicatrizar por não apresentar camada serosa, 
apenas adventícia, portanto é menos vascularizado. Fazer a sutura 
no esôfago com fio monofilamentoso absorvível sintético. • A 
sutura do esôfago é específica para evitar isquemia e promover 
cicatrização adequada, é feito pontos SWIFT, ponto intraluminal 
pegando a mucosa e submucosa, e depois a adventícia com a 
muscular é feito pontos separados com nós estraluminais. A 
primeira sutura é contaminante e a segunda não contaminante, 
lavar a região após a primeira sutura, troca-se as luvas, pano de 
campo (coloca-se 2 panos de campo), fios, agulha e todos os 
instrumentais. Caso o paciente seja muito pequeno a parede será 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
muito delgada é feito uma sutura em um padrão simples separado 
nó extraluminal, é contaminante, utiliza-se fios monofilamentosos. 
Em seguida sutura o músculo esternoiódeo, sutura pontos simples, 
separados ou contínuos, abolir o espaço morto, pontos contínuos 
na pele com nylon. 
PÓS-OPERATÓRIO: 
 Antibioticoterapia (Amoxiciclina, nunca optar por antibióticos de muito largo 
espectro e de últimas gerações), anti-inflamatórios (Meloxicam – 
0,1mg/kg/3dias). 
 Curativo local por 10 dias com soro e PVPI. 
 Retirada dos pontos com 12 dias, se não ocorrem complicações. 
 Dieta: não ingerir nada nas primeiras 48 horas, administrar solução 
glicofisiológica 5% (40ml/kg/dia/IV, canular bem e evitar extravasamento pois 
pode causar necrose tecidual). No 3 e 4 dia oferecer alimentação líquida e água à 
vontade. A partir do 5º e por 10 dias oferecer alimento úmido ou pastoso, depois a 
ração normalmente. 
 Para grandes animais a primeira alimentação nas 24 horas fazer alimentação 
parenteral, depois sopão (ração, capim triturado e água) por 3 dias e depois 
utilizar o capim fresco, evitar feno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Enucleação 
Caracteriza-se pela retirada do globo ocular, indicados para casos 
de dor, desconforto ou algo similar no paciente. Um dos casos é 
glaucoma (falta de drenagem do humor aquoso causando aumento 
da pressão ótica), em humanos o glaucoma é facilmente 
controlado, mas em cães e gatos pode ser controlado por apenas 
alguns meses ou poucos anos e determinado momento é 
necessário a retirada. Neoplasia intra-oculares e extra-oculares, 
situações de proptose do globo ocular com mais de 8 horas (o olho 
sai para fora e os músculos remanescentes e o nervo óptico tende a 
puxar o globo para dentro e as margens palpebrais encarceram o 
globo ocular para fora, não deixando o globo ocular retornar, se 
passar de 8 horas ocorre isquemia e necrose nas estruturas 
oculares necessitando frequentemente de enucleação, 
braquiocefálicos possuem o globo ocular protundido e a pálpebra 
reduzida, quando puxa-se a pele dele pode ocorrer protusão, pode 
abrir as pálpebras e inverte-las e o globo ocular volta, não 
empurrar com o dedo que pode causar lesão na córnea e parada 
cardíaca por reflexo vagal, se não voltar pode ser feito uma 
pequena incisão na lateral do olho). Em casos de traumas com 
perda de conteúdo ocular também pode ser indicado a enucleação. 
Revisão anatômica: A íris com uma abertura da pupila (miose e 
midriase), músculos reto dorsal, ventral, lateral e medial, e oblíquo 
dorsal e ventral, e o músculo retrator. Em trauma com 
rompimento dos músculos leva a proptose. 
 
 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
 Jejum de 12 horas para alimentos, 6 horas para líquidos (a maior preocupação é a 
anestesia que pode causar êmese, mas em casos emergenciais não é feito). 
 Tricotomia ampla periocular, anestesia geral, preferência inalatória. 
 Anti-sepsia: Solução de álcool 70% e PVPI ou clorex alcóolico (se o globo ocular 
não for ser removido não pode se utilizar esses anti-septicos, somente o PVPI na 
pele ao redor, e se necessário o polvidine oftálmico que pode ser aplicado na 
antisepsia interna, após 10 minutos deve-se remover com soro fisiológico, nunca 
usar compostos abrasivos em globo ocular que deve ser mantido intacto). 
 Em globos oculares muito grandes que dificultam a manobra cirúrgica pode ser 
feito globo centese drenando o humor aquoso para o olho reduzir seu tamanho 
para realizar a manobra cirúrgica. 
 
A técnica - enucleação  Ampliar o acesso cirúrgico com a 
cantotomia (pequena incisão na pele lateral). Com um bisturi 
lâmina 11 faz-se uma incisão 360º entre a córnea e a conjuntiva na 
transição limbo-escreral divulcionando a conjuntiva da esclera 
expondo os músculos bulbares (anatomicamente observa-se a 
esclera, músculos, cápsula de tenon e conjuntiva da esclera). 
Secciona-se os músculos liberando o globo ocular que vai se expor 
mais até que fique preso unicamente pelo nervo óptico e artéria 
óptica lado a lado com o nervo. Faz-se a ligadura artéria e nervo 
óptico com o fio de sutura multifilamentoso absovível e joga-se o 
nó para baixo, dentro da órbita. Coloca-se duas pinças 
hemostáticas rostralmente ao fio, faz-se a ligadura e secciona entre 
as duas pinças a pinça próxima ao globo ocular vai junto ao globo 
ocular evitando que qualquer conteúdo do globo ocular caia na 
órbita, e a segunda pinça é de segurança ela deve ser aberta 
lentamente, se houver sangramento indica que a ligadura foi 
ineficiente e deve ser feita a ligadura novamente. O fio de sutura é 
entre 3-0 a 4-0, dependendo do tamanho do paciente. Retira-se a 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
margem palpebral superior e inferior, identidicar e retirar a 
glândula lacrimal dorsal (responsável por 60% da produção de 
lágrima evita que a lágrima se acumule no globo ocular). Alguns 
pacientes tem deficiência da parte gordurosa da lágrima causando 
secreção contínua de lágrimas e olho seco. Sutura contínua com fio 
absorvível 3-0, com pontos contínuos, e a pele com núlon 3-0 
pontos simples separados. Deve-se manter a esclera e a conjuntiva. 
PÓS-OPERATÓRIO: 
 Antibioticoterapia (Amoxiciclina, 20mg/kg/BID), anti-inflamatórios (Meloxicam 
– 1-3mg/kg/3dias), dipirona (1gota/kg/BID, 3-4 dias), anti-inflamatórios tópicos 
como pomadas. 
 Curativo local por 10 dias. 
 Retirada dos pontos com 12-14 dias, se não ocorrem complicações. 
 
 
 Exanteração: Técnica utilizada em grandes animais, onde 
fecha-se a pálpebra do paciente, faz uma sutura contínua 
entre as margens e faz-se uma incisão elíptica ao redor, 
incidindo pele, subcutâneo, chegando na conjuntiva 
divulsiona a conjuntiva da esclera (remove-se a esclera, 
conjuntiva, observa-se o fundo do osso). O restante é a 
mesma técnica. Sutura-se apenas a pálpebra. Em casos de 
carcinoma é necessário retirar uma margem de segurança e 
tratar com a ferida aberta (coloca-se gaze e vai higienizando 
até ficar cicatrizado). Outro problema é que forma muito 
seroma saindo secreção que pode ter mal odor. Só é feito 
em última situação para pequenos animais. 
 
 
 
 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
Gastrotomia e Esplenectomia 
 Gastrotomia: É a abertura cirurgica a nível do estômago, 
indicado principalmente para remoção de corpos estranhos 
(80% dos casos), principalmente cães filhotes. O 
endoscópio em alguns casos não consegue retirar, e pode 
não ter o equipamento, o tamanho também pode não ser 
possível retirar. Em felinos é mais raro ocorpo estranho, por 
ser mais seletivo, mas pode ocorrer por tricobezoar. Outra 
indicação é perfuração gástrica causada principalmente por 
úlceras, principalmente causada por uso inadequado de 
anti-inflamatórios em doses grandes e por longos períodos 
(ex. cataflan, aspirina). E em casos de gastrotomia 
exploratória (estômago repleto, com sinais gástricos, sem 
alteração de raio X ou ultrassom, e sem endoscópio para 
explorar), por fim, neoplasias, mas é raro. 
 
 
 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
 O jejum deve ser feito de 12 horas para sólido e 6 horas para líquido, em situações 
de emergência realiza-se a lavagem gástrica (com tubo oral que vai para o esôfago 
e aspira, muito feito em casos de dilatação gástrica). 
 Em casos de corpo estranho não pode induzir vômito (é feito em casos de 
intoxicação, frequentemente por naftalina e outros venenos) com água morna e 
sal, medicações (morfina, alfa 2, água oxiginada – 10ml), pois pode ser um corpo 
estranho perfuro-cortante que pode dilacerar a parede gástrica, nem a lavagem 
gástrica. 
 Tricotomia ampla (pode ser necessário ampliar a cirurgia), decúbito dorsal (para 
pequenos animais) sempre que for feito cirurgia abdominal, em grandes animais é 
feito incisão no flanco em decúbito lateral, exceto em equídeos que também é 
dorsal. 
 Feito a primeira anti-sepsia (álcool e PVPI ou clorex alcóolico), segunda anti-
sepsia com PVPI ou clorex alcoolico e coloca-se o pano. Utiliza-se 2 panos de 
campo por ser uma cirurgia que envolve órgãos contaminantes (sistema digestivo 
e trato urinário). Após exteriolizar o órgão e colocar no pano de campo e abrir 
este órgão ele vai contaminar o pano e após realizar a lavagem, retirada do corpo 
estranho ou outras manobras retira-se o primeiro pano para não contiminar o 
restante da cirurgia. 
A técnica - gastrotomia  Faz-se uma incisão na posição 
mediana do abdome, pré-umbilical (prende-se o animal a mesa 
com os membros em cada canto e tenta centralizar), deve-se 
incidir pele, subcutâneo e encontrar a linha alba/linha branca e 
incidi-la junto com peritônio, utiliza-se a pinça dente de rato para 
levantar os músculos e perfura em um ângulo de 30º e completa-se 
com uma tesoura romba-romba ou romba fina com a parte romba 
para dentro evitando perfurar órgãos (fusão dos músculos do 
abdomen, onde encontra-se a fáscia dos músculos - oblíquo 
externo, interno, reto e transverso do abdomen, está localizada na 
linha média), assim incide a fáscia e não os músculos, pré-
umbilical (identificar a cicatriz umbilical), se quiser mexer com 
duodeno, jejuno, rins deve-se fazer retroumbilical, para mexer em 
IG, útero, ureter/uretra, próstata realiza-se a incisão pós-umbilical. 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
Após expor a cavidade abdominal observa-se o omento que cobre 
toda a porção ventral da cavidade abdominal (tecido 
fibroso+adiposo+vascular), ele deve ser empurrado sentido cranial 
próximo ao fígado e diafragma para possibilitar visualização das 
estruturas. Localiza-se o estomago, enrola uma gaze no dedo 
indicador e faz um movimento de vai e vem para sair da cavidade, 
ele está preso no diafragma no hilo diagragmático, mas é possível 
expó-lo aos poucos, cola-se compressas que devem ser umidificada 
(todo órgão oco deve ser umidificado com solução fisiológica 
aquecida, pois tende a desidratar) e coloca-se o órgão sobre as 
compressas). Localiza-se a curvatura maior e menor do estômago 
(observar imagem). A incisão é feita entre a curvatura menor e 
maior, para fugir de vasos sanguíneos, no sentido curvatura maior 
para menor, no sentído das fibras. Pode utilizar as pinças dente de 
rato com gaze para proteger a parede ou pontos sero-muscular em 
cada lado e fixa-se os pontos com pinças hemostáticas (chamados 
pontos auxiliares). Todo material que entrar em contato com o 
órgão deve ser descartado, a incisão será finalizada com a tesoura 
ponta romba-romba reta, em seguida identifica-se o corpo 
estranho que é retirado com uma pinça e colocado numa 
compressa que será descartada. Em seguida limpa-se as 
extremidades do estômago com gaze e solução fisiológica (quanto 
mais tempo eles ficam abertos a mucosa se inverte/aflora devido ao 
edema dificultando a sutura, quando isto ocorre remove-se uma 
parte da mucosa deixando no mesmo nível da muscular e serosa 
com uma tesoura de Metsenbalwer). Faz-se uma primeira sutura 
coaptante (posiciona as paredes regulares) e contaminante 
pegando toda a parede, em seguida pega-se uma gaze e se limpa a 
parede do estômago (em uma única direção), todos os 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
instrumentais devem ser descartados. Retira o primeiro pano de 
campo e realiza-se uma segunda sustura não contaminantes 
prefere-se suturas invaginantes (cushing, lembert, gelly), retorna o 
estômago para a cavidade e retorna o omento recobrindo toda a 
cavidade realiza-se a omentalização (fixa o omento com cerca de 3 
pontos na linha de sutura para fixar o omento/epíplopo com 
objetivo de estimular a neoangiogenese estimulando a cicatrização, 
auxilia na vedação caso algum ponto solte, e evita aderência da 
parede do estômago com os outros órgãos e parede abdominal). 
Utiliza-se o para estômago utiliza-se fio monofilamento, absorvível 
e sintético (como PDS 4-0 para animais até 10kg, e 3-0 para animais 
até 30kg), para fechar musculatura (fechar junto o peritôneo, 
muitas vezes ele se solta da musculatura e desce, ele deve ser 
puxado com a pinça de Allis e suturado junto a musculatura), pode 
ser feito pontos X, festonado, Wolff, qualquer contínuo ou simples 
separado (lembrando que todas as vísceras se apoiam neste local e 
se faz uma contínua pode romper um ponto e todo a sutura rompe, 
se fizer contínua deve-se realizar pontos simples separados de 
reforço para evitar evisceração, prefere-se ponto em X, pois a 
sustentação é maior). Usar fio absorvível, sintético que pode ser 
multifilamentoso (mais barato), 2-0 para maiores de 30kg, 3-0 para 
menores que 10kg (menor fio possível e menos nós possíveis), 
abolir espaço morto em zig-zag com mesmo fio da musculatura. E 
a sutura de pele feito com nylon (3-0 ou 2-0)e pontos separados. 
PÓS-OPERATÓRIO: 
 Antibioticoterapia (Amoxiciclina, 20mg/kg/BID), anti-inflamatórios (Meloxicam 
– 1-3mg/kg/3dias), dipirona (1gota/kg/BID, 5 dias) ou ciforal (1 gota/kg) ou 
tramadol (2-4mg/kg/BID). 
 Curativo local por 10 dias, pode-se utilizar bandagens ou roupinha, limpar com 
soro e anti-septico todos os dias. 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
 
 Dieta: microenteral que será um suplemento para estimular as vilosidades a 
cicatrizarem, iniciar de 2-12 horas após a cirurgia, 1/3 de glicose 50%+1/3 de 
glicopan + 1/3 ringer lactato. Oferece 0,05ml/kg/h por 2 dias, 1,5mL/kg/h durante 
10 dias, após 12 horas já pode oferecer alimentação oral pastosa (manter por 15 
dias). 
 Retirada dos pontos com 12 dias, se não ocorrem complicações. 
 
 Esplenectomia: Retirada total ou parcial do baço, é indicado 
em casos de traumatismo (principal causa, está fora do 
gradil-costal, passa pelo US se há presença de líquido livre 
suspeita-se de vesícula urinária-urina, e sangue caso rompa 
um órgão friável, a maioria das hemorragias é relacionada a 
baço, outros órgãos que podem ser rompidos são os rins e 
fígado), punciona o LL (se for transudato dosa-se a cratinina 
se for 2x maior que a cratinina sérica indica urina, do 
contrário é inflamatório), se for vermelho (dosa-se 
hematócrito se for igual ao hematócrito sérico indica 
hemorragia), faz uma segunda US se aumenta o LL é 
hemorragia ativa, senão aumentar não há necessidade de 
cirurgia (20 minutos após). Outras causas são neoplasias, 
torção gástrica (o baço está ligado ao estômago e quando 
ele roda o baço roda e os vasos ficam estrangulados e sem 
oxigenação adequada, produz excesso de radicais livres que 
sãotóxicos e causam infarto e outras alterações, lesão de 
reperfusão quando descomprime o órgão ele joga muito 
CO2 que é oxigenado e promove este excesso de radicais 
podendo vir a óbito alguns dias -2 até 5 dias após a cirurgia, 
portanto retira-se o baço quando ele está muito necrosado 
para evitar esta lesão), hematomas. 
 
 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
 O jejum deve ser feito de 12 horas para sólido e 6 horas para líquido, mas 
normalmente é emergencial. 
 Tricotomia ampla (pode ser necessário ampliar a cirurgia), decúbito dorsal (para 
pequenos animais) sempre que for feito cirurgia abdominal, em grandes animais é 
feito incisão no flanco em decúbito lateral, exceto em equídeos que também é 
dorsal. 
 Feito a primeira anti-sepsia (álcool e PVPI ou clorex alcóolico), segunda anti-
sepsia com PVPI ou clorex alcoolico e coloca-se o pano. 
A técnica - esplenectomia  Incisão na linha média e linha 
alba e peritôneo (7-8 cm), joga-se o omento cranialmente. Busca 
localizar o baço, se tiver sangue seca, se não achar o baço basta 
puxar o estômago que ele vem junto. Então retira-se o baço da 
cavidade, que é fácil e coloca-se na compressa úmida, delimitar a 
área a ser retirada (esmaga-se o parênquima esplênico com os 
dedos ou com a pinça Doyan e dá-se pontos de Wolff promovendo 
hemostasia preventiva), faz-se ligadura dos vasos que chegam até o 
baço e aproximadamente 1cm após a delimitação se faz a secção da 
porção desejada, verifica se há hemorragia, se houver basta fazer 
mais ligaduras), volta-se o baço para o luga e realiza a 
omentalização. Após exteriorizar o órgão faz-se a ligadura de todos 
os vasos que chegam bem próximo ao baço (vaso por vaso, não 
pode fazer apenas uma ligadura, pois eles retornam ao estômago 
reduzindo a vascularização do estômago), então remove-se o baço, 
lava-se para identificar hemorragias e remover coagulos. Fecha-se a 
cavidade abdominal da mesma forma que na gastrotomia. Deve-se 
realizar transfusão sanguínea durante a cirurgia; 
PÓS-OPERATÓRIO: 
 Antibioticoterapia (Amoxiciclina, 20mg/kg/BID), anti-inflamatórios (Meloxicam 
– 1-3mg/kg/3dias), dipirona (1gota/kg/BID, 5 dias) ou ciforal (1 gota/kg) ou 
tramadol (2-4mg/kg/BID). 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
 
 Curativo local por 12 dias, pode-se utilizar bandagens ou roupinha, limpar com 
soro e anti-septico todos os dias. 
 Retirada dos pontos com 12 dias, se não ocorrem complicações. 
 Observar, pois podem ocorrer imunossupressões. 
 
Orquiectomia e Ovariohisterectomia 
 Orquiectomia: Retirada dos testículos do macho uni ou 
bilateral realizada na região de bolsa escrotal, indicado para 
fins de manejo, terapêuticos (ex. hiperplasia de próstata, 
abscesso prostático ou tumor de próstata; hérnias perineais 
que ocorre frequentemente em cães, machos, idosos, a 
próstata hiperplasiada protundi a bexiga ou intestino ou a 
própria próstata nos músculos causando a hérnia, muitas 
vezes é necessário reconstruir essa região e muitas vezes a 
membrana do testículo é utilizada como enxerto após a 
castração) e controle populacional. 
1. Em equinos: 
A partir dos 2 anos de idade, pois eles nascem com o testículo na 
bolsa e após 3-4 semanas o testículo volta para a cavidade e só 
retorna a bolsa escrotal por volta dos 2 anos. Em burros pode ser 
feito com uma semana ou 24-30 meses. 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
 Jejum de 12 horas, vacinar 2 semanas antes ou soro anti-tetânico na hora para 
evitar surgimento de tétano, pois são sensíveis aos clostridios. 
 Lavar prepúcio, bolsa escrotal e pênis com degermante. 
 Anti-sepsia: álcool + PVPI/clorex alcoolico na bolsa escrotal apenas. 
A técnica - orquiectomia  Método de castração aberta, é 
longitudinal, de 5-8cm, paralela a rafe com distância de mais ou 
menos um centímetro da incisão para a rafe escrotal, duas incisões, 
 
 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
uma em cada polo. Para fazer a ligadura ou transfixação do 
funículo espermático (artérias, veias e ducto deferente) é feito com 
fio de sutura (o equino apresenta muita reação, por isso é 
preferível o emasculador para evitar o fio de sutura, PGA ou Vycril, 
(não usar nylon, Cat Gut e algodão), ou emasculador (uma lâmina 
é cortante e a outra não, sendo que a lâmina cortante deve ser 
posicionada em uma região mais ventral, para evitar que o funículo 
solte, a teceira manivela vai fechar a parte não cortante e segura 
entre 30seg a 1 minuto para promover hemostasia). 
Técnica testículo-cordão coberto: É feito uma incisão de pele, 
subcutâneo e túnica Dartos, expõe 
m o funículo e faz a transfixação, ligadura ou emasculador em cima 
do músculo cremáster. Não há comunicação do meio exterior com 
a cavidade abdominal, se o animal tiver histórico de hérnia 
inguino-escrotal nas primeiras semanas está é a técnica de escolha. 
Suas desvantagens é que o excesso de tecido ao redor do vaso 
impeça a hemostasia correta do plexo pampiniforme 
(artéria+veia+ducto). 
Técnica testículo-cordão descoberto: É incidido pele, 
subcutâneo, túnica Dartos, pode ser incidido o músculo cremáster, 
túnicas vaginais (parietal, visceral e parte visceral da parietal), 
desta forma é possível visualizar o plexo pampiniforme e é possível 
fazer a ligadura, transfixação ou emasculador diretamente no 
plexo, garantindo que a hemorragia será contida. Rompe o 
Gubernáculo/Mesórquio expondo o plexo panpiniforme, antes de 
romper é interessante fazer uma ligadura/emasculador, pois nesta 
espécie costuma sangrar. A túnica vaginal é empurrada para 
dentro. 
 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
PÓS-OPERATÓRIO: 
 Em grandes animais não se tem o hábito de suturar a bolsa escrotal, não deve ser 
feito em nenhuma espécie, pois ocorre edemaciação da região de perineo. Mas em 
pequenos animais, cães, principalmente, é feito a sutura para evitar problemas 
com os tutores. 
 Lavar todos os dias com água fria (3x/dia), passar anti-séptico e repelente (nunca 
dentro da ferida), exercícios leves gradativos. 
 Antibioticoterapia (penicilina+benzatina/procaína, é feito no transcirúrgico e 
permanece agindo por quase 72 horas), anti-inflamatórios. 
 É necessário sedar, pois é difícil realizar contenção física com bloqueios 
locorregionais. 
 Possíveis complicações: Pode ocorrer hemorragia arterial ou da bolsa 
(principalmente com emasculador e técnica coberta), edema, evisceração (em 
casos de hérnia) e infecção. 
2. Em bovinos: 
A idade nesta espécie não é um fator limitante, e eles aceitam a 
contenção física com bloqueios locorregionais, é importante evitar 
a região de funículo, pois os tecidos se expandem e podem 
prejudicar os nós de sutura. 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
 Jejum de 12 horas. 
 Lavar prepúcio, bolsa escrotal e pênis com degermante. 
 Anti-sepsia: álcool + PVPI/clorex alcoolico na bolsa escrotal apenas. 
A técnica - orquiectomia  Método de castração fechada 
com Burdizio, os bovinos possuem os testículos penduculares e 
com o Burdizio é possível esmagar a artéria e veia e cortar o ducto 
deferente. Com o tempo os testículos atrofiam. 
Método de castração aberta: Pode ser feito incisão longitudinal 
(no polo ventral, vertical, nos dois antímeros da bolsa para escorrer 
qualquer líquido), transversal (paralelo ao tecido e envolve ambos 
os antímeros), remoção da extremidade inferior ou tampa (coloca-
se a mão e empurra o testículo dorsalmente e tira toda a “tampa” 
 
 
Técnica operatória - UFU 
ventral, feito em rebanhos grandes de animais jovens, 
principalmente). 
Técnica testículo cordão coberto ou descoberto (similar aos 
equinos).Fazer a incisão 1-2cm após a ligadura, coloca-se pinças 
hemostáticas para avaliar se a ligadura foi eficiente, abrindo 
lentamente a pinça. 
PÓS-OPERATÓRIO: 
 Não há necessidade de muitos cuidados, é feito curativo local e aplicação de 
repelentes. 
 Antibioticoterapia (penicilina+benzatina/procaína,é feito no transcirúrgico e 
permanece agindo por quase 72 horas), anti-inflamatórios. 
 Possíveis complicações: Principalmente hemorragias arteriais ou da bolsa escrotal 
e infecção. 
OBS: Algumas pessoas utilizam a técnica de arrancamento, que 
funciona bem em animais jovens principalmente, abaixo dos 6 
meses. Mas é dolorida e esdruxula, machucando o paciente, 
principalmente pois não é feito anestesia. 
3. Em cães: 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
 Jejum de 12 horas. 
 Anti-sepsia: álcool + PVPI/clorex alcoolico na bolsa escrotal apenas. 
A técnica - orquiectomia  A incisão pode ser feita pré-
escrotal (entre o final do osso peniano e antes da bolsa escrotal, 
uma incisão, faz pressão no testículo para ele saltar, não incide 
túnica Dartos, apenas as demais), ou longitudinal (mais ventral da 
bolsa escrotal, uma em cada segmento). Técnica tésticulo-cordão 
descoberto, incide e vai fazendo pressão para o testículo saltar, 
visualiza o plexo pampiniforme faz ligadura/transfixação, pode 
usar duas pinças de segurança e corta abaixo 2 cm. Cães e gatos 
não se sutura devido a edemaciação, mas acostumou a se suturar, 
principalmente em cães que vivem em campo, em felinos não é 
suturado. 
PÓS-OPERATÓRIO: 
 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
 
 Antibioticoterapia (Amoxiciclina, 20mg/kg/BID), anti-inflamatórios (Meloxicam 
– 1-3mg/kg/3dias), dipirona (1gota/kg/BID, 5 dias) ou ciforal (1 gota/kg) ou 
tramadol (2-4mg/kg/BID). 
 Evitar que o paciente fique lambendo ou machucando a área com o colar 
elizabetano ou roupinha cirúrgica, aplicar repelentes e antissepticos. 
 
 Ovarioesterectomia: É indicada em casos terapêuticos como 
cistos ovarianos, piometra (existem outros tipos de 
tratamentos conservadores quando está bem no começo e 
não há muita dilatação uterina), neoplasias, e casos não 
terapêuticos como controle populacional e cães guias 
(sempre castrar para evitar a reprodução onde a mãe se 
dedica aos filhotes). Quando castrar? Os trabalhos 
mostram que a melhor idade para castrar é entre o primeiro 
e segundo cio, se castrar o animal pré-púbere as epífises não 
se fecham adequadamente e o animal cresce mais, pode 
causar alterações hormonais causando vulva infantil, 
estenose urinária (em felinos, há trabalhos que contrariam, 
mas deve-se atentar a isso, principalmente nas fêmeas que 
ocorrem vulva infantil). Antes do primeiro cio a castração 
reduz a probabilidade de tumores de mama, após os 4 anos 
a diferença é pequena entre a castração ou não, mas possui 
desvantagens como a hipoplasia vaginal, obesidade, falhas 
no crescimento, incontinência urinária. Em algumas raças 
tem sido provado que castração é contraindicado, em 
Rotwailler já foi comprovado que as alterações hormonais 
predispõe osteossarcoma, Pastor Alemão frouxidão do 
ligamento do joelho, Labrador predispõe a linfoma. Pode 
castrar o animal no cio ou próximo a parição (esperar entre 
2-3 meses), quando está no cio o volume sanguíneo na 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
região está aumentado devido a ação do estrógeno, é apenas 
importante para o cirurgião que deve cuidar para evitar 
hemorragias. 
PRÉ-OPERATÓRIO: 
 Jejum é de 12 horas para sólidos e 6 horas líquidos. 
 Recomenda-se dar banho poucos dias antes da cirurgia (1-2 dias). 
 Tricotomia ampla. 
 
 Anti-sepsia: álcool + PVPI/clorex alcoolico na bolsa escrotal apenas. 
A técnica - ovariohisterectomia  Incisão deve ser feita 
mediana retroumbilical (2 dedos caudal a cicatriz umbilical), 
incide pele, subcutâneo, linha alba e peritôneo, ampliar a incisão 
com tesoura de ponta romba, afasta o omento. Procura o ovário, 
caudal ao rim, expor os lados, o ligamento suspensor do ovário liga 
ao rim, colocar uma pinça hemostática no pedículo cranialmente 
ao ovário, utiliza-se o fio absorvível sintético multifilamentoso 
(Vycril), ou monofilamentoso (nylon, pode se desfazer facilmente, 
dar mais nós), deve-se extirpar todo o ovário para evitar síndrome 
do ovário remanescente. Perfura-se o mesométrio 
e faz-se a ligadura de nó duplo ou cirurgião, alguns livros falam 
sobre transfixar o pedículo, mas é arriscado, em cadelas gordas ou 
de tórax profundo que dificulta a exposição do pedículo pode-se 
romper o ligamento suspensor, o espaço da ligadura não pode ser 
muito pequeno, pois ela pode soltar devido ao pulso de sangue, 
então a incisão deve ser feita entre 2 pinças hemostáticas deixando 
uma parte de tecido remanescente. Faz a ligadura do mesométrio 
de ambos os lados, faz-se a ligadura do coto do útero sempre 
cranial a cérvix, nunca em cima ou caudal, pois ela é feita de anéis 
cartilaginosos que podem soltar a ligadura, caudal a cérvix tem a 
 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
saída do ósteo-utetral correndo o risco de ligá-lo (importante: 
existe uma artéria uterina de cada lado, indica-se transfixar a 
artéria uterina de cada lado, sem o útero), depois coloca-se 3 
pinças hemostáticas e incide entre as duas primeiras cranialmente. 
A mucosa uterina prolapsada deve ser cortada com tesoura e 
cauterizada com iodo, faz-se a sutura invaginante (Parker Kerr – 
muito indicado para piometra e fetos macerados para evitar o 
contato da mucosa contaminada com órgãos da cavidade 
abdominal ou Cushing). Em casos de piometra coloca-se duas 
pinças e incide entre elas para evitar extravasamento de conteúdo 
contaminado na cavidade. Investiga a cavidade buscando por 
sangramento, visualiza os cotos nos 3 pontos (útero e pedículos) 
garantindo que estejam sem sangramento. Pode-se fechar com 
pontos em X, festonado, Wolff, simples separado ou contínuos 
(usar simples de reforço). Usar fios absorvíveis para musculatura nº 
0 para animais grandes e nº2-0 para animais menores (se fizer com 
fio absorvível e o animal for obeso, inquieto e outros o fio 
absorvível será absorvido e abrirá a ferida, também é usado fio 
inabsorvível em casos de contaminação, pois a inflamação acelera 
essa absorção). Abolição do espaço morto em ziguezague com o 
mesmo tipo de fio, exceto nos casos citados, sutura de pele com 
nylon 3-0 (gatas e cadelas pequenas) ou 2-0 (animais maiores) 
pode ser ponto simples separado ou Wolff. 
Acesso pelo flanco: decúbito lateral com o lado esquerdo voltado 
para cima, faz o triangulo onde uma ponta é o trocanter maior do 
fêmur, a tuberosidade ilíaca e última costela. É indicada para 
fêmeas obesas, que estejam com mastite ou patologia mamária, 
incide no triângulo (pele, subcutâneo e músculos oblíquo externo, 
oblíquo interno, transverso do abdômen e peritôneo), o útero 
 
 
Técnica operatória - UFU 
 
 
 
estará logo abaixo. A localização da ligadura deve ser feita com 
espaço, enquanto coloca-se a ligadura e o tecido estiver pinçado 
pode se romper, inicialmente é preferível pinças, mas evitar mexer 
a pinça para não dilacerar o pedículo (coloca-se 3 pinças de forma 
similar com a primeira pinça um pouco afastada da ligadura, a 
segunda pinça vem próxima a primeira e entre elas será feita a 
incisão e a terceira pinça após a bolsa ovariana). Pode-se abrir a 
bolsa ovariana para conferir se todo o ovário foi pinçado entre a 
segunda e terceira pinça para evitar ovário remanescente. 
Recomenda-se síntese em camadas dos músculos, o espaço não 
deve ser muito próximo e não muito longe. 
CUIDADOS: Observar os nós que não devem estar frouxos, 
cuidado para não ligar o ureter!!! 
PÓS-OPERATÓRIO: 
 Antibioticoterapia (Amoxiciclina, 20mg/kg/BID), anti-inflamatórios (Meloxicam 
– 1-3mg/kg/3dias), dipirona (1gota/kg/BID, 5 dias) ou ciforal (1 gota/kg) ou 
tramadol (2-4mg/kg/BID). 
 Evitar que o paciente fique lambendo ou machucando a área com o colar 
elizabetano ou roupinha cirúrgica. 
 A retirada de pontos de cães é feito entre 7-10 dias e em felinos 12 dias, pois esta 
espécie apresenta uma cicatrização de subcutâneo mais lenta, assim ocorre a 
cicatrização superficial na pele, mas sem cicatrizaçãodo subcutâneo. 
 
 
 
Autor (a): Daniela Fonte Boa Melo, Graduanda de Medicina Veterinária 
da UFU. 
Instagram: @daniela.f.b.m 
 
 
 
 
 
 
Técnica operatória - UFU

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