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Técnica operatória - UFU ACESSOS CIRÚRGICOS: FARINGOSTOMIA, TRAQUEOTOMIA E ESOFAGOTOMIA Faringostomia: É a abertura cirúrgica da faringe para colocação da sonda esofágica. Suas principais indicações são processos traumáticos ou patológicos localizados em região maxilofacil que impede/prejudica a alimenração pela via oral. As causas mais frequentes são: fístulas, fraturas de mandíbula, fissuras palatinas (felinos). Nestes casos utiliza-se a alimentação por sonda faringeana utilizando o acesso cirúrgico chamado faringostomia. Outras indicações menos frequente são: alterações de deglutição secundária a desordens neuromusculares, mas nestes casos normalmente é utilizado a sonda gástrica. PRÉ-OPERATÓRIO: Jejum, se necessário, normalmente o paciente está com anorexia/hiporexia por causa da lesão. Tricotomia ampla e bem feita. Anti-sepsia da região (álcool e PVPI, na boca pode ser utilizado solução oral de clorexidine aquoso). Posicionar o paciente em decúbito lateral do lado direito ou esquerdo. Técnica operatória - UFU 5 4 3 2 A n y S t r e e t W e s t T o w n s v i l l e , S t a t e 5 4 A técnica - faringostomia Anatomicamente a faringe localiza-se caudal ao osso epióide, é possível palpar com o dedo inserindo-o na cavidade oral. A veia jugular corre abaixo da traqueia e se ramifica na região maxilar e mandibular, recomenda- se realizar o garrote para observar o fluxo da jugular para evitar essa região. Deve-se medir a sonda, ela não pode passar do cárdia, em felinos até aproximadamente o 9º EIC e em cãe até o 8º EIC. Utiliza-se uma pinça hemostática (Craile ou Kelly, curva) e introduz na cavidade oral até que a ponta ultrapasse o osso epióide, empurra-se essa ponta contra a parede da faringe e será possível observar a região da incisão. Realiza-se uma pequena perfuração contra a região de pressão da pinça. Não dever-se entrar direto com a sonda, recomenda-se puxar ela no sentido retrógrado em direção a cavidade oral para que a glote feche evitando que a sonda entre na traqueia ou no espaço entre a traqueia e o esôfago, pois a membrana fina pode se romper e levar a sonda para o tórax. Pode-se colocar o esteto abaixo do processo xifóide e administrar 5-10mL de líquido com pressão para auscultar o líquido passando ou radiografar para observar se a sonda não está no tórax. A sonda é fixada com a sutura tipo sapatilha grega (fio monofilamentoso inabsorvível nº 3-0 ou 2-0). O pescoço deve ser coberto com bandagem para impedir contaminação da sonda e a troca do curativo é feita a cada 24 horas. Técnica operatória - UFU PÓS-OPERATÓRIO: Antibioticoterapia (Amoxiciclina), anti-inflamatórios (Meloxicam – 0,1mg/kg/3dias). Anti-sepsia com soro e polvidine a cada 48 horas. Manter gaze estéril na região da sutura para evitar contaminação com água ou alimento. Lavar a sonda com 5ml de solução fisiológica antes e depois das refeições. Respeitar o volume gástrico na alimentação, em cães 20ml/kg e em felinos 10ml/kg dividido por 3x ao dia. A dieta deve ser líquida oferecendo 60kcal/kg/dia diluído e dividido em 2-3x ao dia, respeitando a capacidade máxima estomacal. Entre as refeições a sonda deve ser mantida ocluída. As complicações mais comuns são infecção do campo cirúrgico, principalmente por erros nos curativos, esofagite causada principalmente por sondas com diâmetros superior ao do esôfago e perfurações inadequadas, pneumonias aspirativas, obliteração das vias aéreas por não respeitar o volume gástrico, vômitos, gastrite, hemorragias por lesão na artéria carótida. 3 2 1 E U A ( 5 4 3 ) 5 4 3 - 5 4 3 2 ( 8 0 0 ) 5 4 3 - 5 4 3 2 w w w . o s e u s i t Técnica operatória - UFU Traqueotomia: É a abertura da traqueia, outros termos cirúrgicos são: traqueostomia (cria-se um novo aceso para a traqueia) e traquectomia (remove-se parte da traqueia). É indicada para remoção de obstruções das vias aéreas superiores, facilitar o fluxo da respiração, e principalmente a correção de ruptura traumática de traqueia principalmente em cães e rompe o anel traqueal ou o ligamento anular. Nestes casos de ruptura observa-se muitos enfisemas subcutâneos (presença de gás) que podem surgir desde o pescoço até o tórax, nem sempre observa- se insuficiência respiratória, muitas vezes o enfisema surge antes. Na radiografia observa-se má delimitação da traqueia. No acesso cirúrgico muitas vezes não se observa a região de ruptura que pode estar dorsal ao acesso cirúrgico, utiliza-se o teste onde cobre-se a região com soro fisiológico e faz a deambulação (força o animal a respirar) e observa onde sai bolhas que é a perfuração. Em rupturas de traqueia que é emergencial, não pode esperar a cirurgia, não é possível jejum. Também pode ser feito para facilitar o fluxo da respiração em alguns casos. PRÉ-OPERATÓRIO: Jejum se necessário e se possível (não é possível em emergências). Tricotomia ampla e bem feita. Posicionamento em decúbito dorsal. Antissepsias de 2 fases com álcool seguido de PVPI ou clorexidine alcóolico. e a q u i . c o m Técnica operatória - UFU A técnica - traqueostomia O acesso é feito na linha médio do pescoço (visualizar os músculos esternoióideo e dilvulsioná-los com a tesoura metsenbowen romba-romba). Observa-se ao lado da traqueia a artéria carótida e o tronco vago-simpático (estimulação excessiva do tronco pode causar bradicardia por estimulação vagal). Separar a traqueia do esôfago com o indicador e o polegar e passa uma pinça para isolar a traqueia. Se o objetivo é traqueostomia para passagem do tubo traqueal é feito incisão no ligamento anular, evitando o anel traqueal (cartilagem é avascular, quem nutri é o tecido peritraqueal, assim, ela não cicatriza adequadamente). Em casos de traumas de anéis traqueais remove- se os anéis, podem ser removidos até 3 anéis de uma vez. Aproxime as bordas traqueais com suturas simples (traqueorafia) separadas com nylon 2-0 a 4-0. As suturas são feitas no ligamento anular evitando perfurar os anéis traqueais, deve-se evitar que os anéis traqueais se encontrem. Retornar os músculos para o lugar e suturar com pontos simples separado ou contínuo (preferível contínuo), com fio absorvível (2-0 a 4-0), para a pele utiliza-se o fio de nylon 2-0 a 4-0. PÓS-OPERATÓRIO: Antibioticoterapia (Amoxiciclina, nunca optar por antibióticos de muito largo espectro e de últimas gerações), anti-inflamatórios (Meloxicam – 0,1mg/kg/3dias). Curativo local por 10 dias com soro e PVPI. Retirada dos pontos com 12 dias, se não ocorrem complicações. Técnica operatória - UFU Esofagotomia: Abertura do esôfago, indicada para corpos estranhos, muito frequente em cães, grandes animais e filhotes, raramente em felinos. Os sintomas associados são: falta de apetite, ânsia de vômito frequente e normalmente não produtivo, aumento da região obstruída. Técnica operatória - UFU A técnica - esofagotomia • Se o corpo estranho for obstrutivo e demorar para a intervenção pode ocorrer isquemia local piorando o prognóstico, pois não é possível remover parte do esôfago que pode necrosar. Nunca empurrar o corpo estranho para dentro do tórax que pode necessitar toracotomia que é um procedimento complexo. A incisão nunca deve ser feito em cima da obstrução como normalmente ocorre na entrada do tórax se faz a incisão caudalmente. Caso o esôfago tenha necrosado pode ser tentado enxerto, mas raramente funciona, caso nãofuncione deve ser feito alimentação por sonda gástrica ou duodenal. • Acesso similar ao da traqueia. Depois de identificar a traqueia afasta-se a traqueia para o lado direito, antes de desloca-la utiliza-se uma pinça hemostática para afastar a traqueia. • Coloca-se um instrumental abaixo do esôfago para elevá-lo. Fazer incisão cranial ao corpo estranho e nunca diretamente em cima dele, retirar o corpo estranho. Todo material que entrar em contato com o esôfago deve ser descartado, por ser um órgão contaminado. O esôfago demora a cicatrizar por não apresentar camada serosa, apenas adventícia, portanto é menos vascularizado. Fazer a sutura no esôfago com fio monofilamentoso absorvível sintético. • A sutura do esôfago é específica para evitar isquemia e promover cicatrização adequada, é feito pontos SWIFT, ponto intraluminal pegando a mucosa e submucosa, e depois a adventícia com a muscular é feito pontos separados com nós estraluminais. A primeira sutura é contaminante e a segunda não contaminante, lavar a região após a primeira sutura, troca-se as luvas, pano de campo (coloca-se 2 panos de campo), fios, agulha e todos os instrumentais. Caso o paciente seja muito pequeno a parede será Técnica operatória - UFU muito delgada é feito uma sutura em um padrão simples separado nó extraluminal, é contaminante, utiliza-se fios monofilamentosos. Em seguida sutura o músculo esternoiódeo, sutura pontos simples, separados ou contínuos, abolir o espaço morto, pontos contínuos na pele com nylon. PÓS-OPERATÓRIO: Antibioticoterapia (Amoxiciclina, nunca optar por antibióticos de muito largo espectro e de últimas gerações), anti-inflamatórios (Meloxicam – 0,1mg/kg/3dias). Curativo local por 10 dias com soro e PVPI. Retirada dos pontos com 12 dias, se não ocorrem complicações. Dieta: não ingerir nada nas primeiras 48 horas, administrar solução glicofisiológica 5% (40ml/kg/dia/IV, canular bem e evitar extravasamento pois pode causar necrose tecidual). No 3 e 4 dia oferecer alimentação líquida e água à vontade. A partir do 5º e por 10 dias oferecer alimento úmido ou pastoso, depois a ração normalmente. Para grandes animais a primeira alimentação nas 24 horas fazer alimentação parenteral, depois sopão (ração, capim triturado e água) por 3 dias e depois utilizar o capim fresco, evitar feno. Técnica operatória - UFU Enucleação Caracteriza-se pela retirada do globo ocular, indicados para casos de dor, desconforto ou algo similar no paciente. Um dos casos é glaucoma (falta de drenagem do humor aquoso causando aumento da pressão ótica), em humanos o glaucoma é facilmente controlado, mas em cães e gatos pode ser controlado por apenas alguns meses ou poucos anos e determinado momento é necessário a retirada. Neoplasia intra-oculares e extra-oculares, situações de proptose do globo ocular com mais de 8 horas (o olho sai para fora e os músculos remanescentes e o nervo óptico tende a puxar o globo para dentro e as margens palpebrais encarceram o globo ocular para fora, não deixando o globo ocular retornar, se passar de 8 horas ocorre isquemia e necrose nas estruturas oculares necessitando frequentemente de enucleação, braquiocefálicos possuem o globo ocular protundido e a pálpebra reduzida, quando puxa-se a pele dele pode ocorrer protusão, pode abrir as pálpebras e inverte-las e o globo ocular volta, não empurrar com o dedo que pode causar lesão na córnea e parada cardíaca por reflexo vagal, se não voltar pode ser feito uma pequena incisão na lateral do olho). Em casos de traumas com perda de conteúdo ocular também pode ser indicado a enucleação. Revisão anatômica: A íris com uma abertura da pupila (miose e midriase), músculos reto dorsal, ventral, lateral e medial, e oblíquo dorsal e ventral, e o músculo retrator. Em trauma com rompimento dos músculos leva a proptose. Técnica operatória - UFU PRÉ-OPERATÓRIO: Jejum de 12 horas para alimentos, 6 horas para líquidos (a maior preocupação é a anestesia que pode causar êmese, mas em casos emergenciais não é feito). Tricotomia ampla periocular, anestesia geral, preferência inalatória. Anti-sepsia: Solução de álcool 70% e PVPI ou clorex alcóolico (se o globo ocular não for ser removido não pode se utilizar esses anti-septicos, somente o PVPI na pele ao redor, e se necessário o polvidine oftálmico que pode ser aplicado na antisepsia interna, após 10 minutos deve-se remover com soro fisiológico, nunca usar compostos abrasivos em globo ocular que deve ser mantido intacto). Em globos oculares muito grandes que dificultam a manobra cirúrgica pode ser feito globo centese drenando o humor aquoso para o olho reduzir seu tamanho para realizar a manobra cirúrgica. A técnica - enucleação Ampliar o acesso cirúrgico com a cantotomia (pequena incisão na pele lateral). Com um bisturi lâmina 11 faz-se uma incisão 360º entre a córnea e a conjuntiva na transição limbo-escreral divulcionando a conjuntiva da esclera expondo os músculos bulbares (anatomicamente observa-se a esclera, músculos, cápsula de tenon e conjuntiva da esclera). Secciona-se os músculos liberando o globo ocular que vai se expor mais até que fique preso unicamente pelo nervo óptico e artéria óptica lado a lado com o nervo. Faz-se a ligadura artéria e nervo óptico com o fio de sutura multifilamentoso absovível e joga-se o nó para baixo, dentro da órbita. Coloca-se duas pinças hemostáticas rostralmente ao fio, faz-se a ligadura e secciona entre as duas pinças a pinça próxima ao globo ocular vai junto ao globo ocular evitando que qualquer conteúdo do globo ocular caia na órbita, e a segunda pinça é de segurança ela deve ser aberta lentamente, se houver sangramento indica que a ligadura foi ineficiente e deve ser feita a ligadura novamente. O fio de sutura é entre 3-0 a 4-0, dependendo do tamanho do paciente. Retira-se a Técnica operatória - UFU margem palpebral superior e inferior, identidicar e retirar a glândula lacrimal dorsal (responsável por 60% da produção de lágrima evita que a lágrima se acumule no globo ocular). Alguns pacientes tem deficiência da parte gordurosa da lágrima causando secreção contínua de lágrimas e olho seco. Sutura contínua com fio absorvível 3-0, com pontos contínuos, e a pele com núlon 3-0 pontos simples separados. Deve-se manter a esclera e a conjuntiva. PÓS-OPERATÓRIO: Antibioticoterapia (Amoxiciclina, 20mg/kg/BID), anti-inflamatórios (Meloxicam – 1-3mg/kg/3dias), dipirona (1gota/kg/BID, 3-4 dias), anti-inflamatórios tópicos como pomadas. Curativo local por 10 dias. Retirada dos pontos com 12-14 dias, se não ocorrem complicações. Exanteração: Técnica utilizada em grandes animais, onde fecha-se a pálpebra do paciente, faz uma sutura contínua entre as margens e faz-se uma incisão elíptica ao redor, incidindo pele, subcutâneo, chegando na conjuntiva divulsiona a conjuntiva da esclera (remove-se a esclera, conjuntiva, observa-se o fundo do osso). O restante é a mesma técnica. Sutura-se apenas a pálpebra. Em casos de carcinoma é necessário retirar uma margem de segurança e tratar com a ferida aberta (coloca-se gaze e vai higienizando até ficar cicatrizado). Outro problema é que forma muito seroma saindo secreção que pode ter mal odor. Só é feito em última situação para pequenos animais. Técnica operatória - UFU Gastrotomia e Esplenectomia Gastrotomia: É a abertura cirurgica a nível do estômago, indicado principalmente para remoção de corpos estranhos (80% dos casos), principalmente cães filhotes. O endoscópio em alguns casos não consegue retirar, e pode não ter o equipamento, o tamanho também pode não ser possível retirar. Em felinos é mais raro ocorpo estranho, por ser mais seletivo, mas pode ocorrer por tricobezoar. Outra indicação é perfuração gástrica causada principalmente por úlceras, principalmente causada por uso inadequado de anti-inflamatórios em doses grandes e por longos períodos (ex. cataflan, aspirina). E em casos de gastrotomia exploratória (estômago repleto, com sinais gástricos, sem alteração de raio X ou ultrassom, e sem endoscópio para explorar), por fim, neoplasias, mas é raro. Técnica operatória - UFU PRÉ-OPERATÓRIO: O jejum deve ser feito de 12 horas para sólido e 6 horas para líquido, em situações de emergência realiza-se a lavagem gástrica (com tubo oral que vai para o esôfago e aspira, muito feito em casos de dilatação gástrica). Em casos de corpo estranho não pode induzir vômito (é feito em casos de intoxicação, frequentemente por naftalina e outros venenos) com água morna e sal, medicações (morfina, alfa 2, água oxiginada – 10ml), pois pode ser um corpo estranho perfuro-cortante que pode dilacerar a parede gástrica, nem a lavagem gástrica. Tricotomia ampla (pode ser necessário ampliar a cirurgia), decúbito dorsal (para pequenos animais) sempre que for feito cirurgia abdominal, em grandes animais é feito incisão no flanco em decúbito lateral, exceto em equídeos que também é dorsal. Feito a primeira anti-sepsia (álcool e PVPI ou clorex alcóolico), segunda anti- sepsia com PVPI ou clorex alcoolico e coloca-se o pano. Utiliza-se 2 panos de campo por ser uma cirurgia que envolve órgãos contaminantes (sistema digestivo e trato urinário). Após exteriolizar o órgão e colocar no pano de campo e abrir este órgão ele vai contaminar o pano e após realizar a lavagem, retirada do corpo estranho ou outras manobras retira-se o primeiro pano para não contiminar o restante da cirurgia. A técnica - gastrotomia Faz-se uma incisão na posição mediana do abdome, pré-umbilical (prende-se o animal a mesa com os membros em cada canto e tenta centralizar), deve-se incidir pele, subcutâneo e encontrar a linha alba/linha branca e incidi-la junto com peritônio, utiliza-se a pinça dente de rato para levantar os músculos e perfura em um ângulo de 30º e completa-se com uma tesoura romba-romba ou romba fina com a parte romba para dentro evitando perfurar órgãos (fusão dos músculos do abdomen, onde encontra-se a fáscia dos músculos - oblíquo externo, interno, reto e transverso do abdomen, está localizada na linha média), assim incide a fáscia e não os músculos, pré- umbilical (identificar a cicatriz umbilical), se quiser mexer com duodeno, jejuno, rins deve-se fazer retroumbilical, para mexer em IG, útero, ureter/uretra, próstata realiza-se a incisão pós-umbilical. Técnica operatória - UFU Após expor a cavidade abdominal observa-se o omento que cobre toda a porção ventral da cavidade abdominal (tecido fibroso+adiposo+vascular), ele deve ser empurrado sentido cranial próximo ao fígado e diafragma para possibilitar visualização das estruturas. Localiza-se o estomago, enrola uma gaze no dedo indicador e faz um movimento de vai e vem para sair da cavidade, ele está preso no diafragma no hilo diagragmático, mas é possível expó-lo aos poucos, cola-se compressas que devem ser umidificada (todo órgão oco deve ser umidificado com solução fisiológica aquecida, pois tende a desidratar) e coloca-se o órgão sobre as compressas). Localiza-se a curvatura maior e menor do estômago (observar imagem). A incisão é feita entre a curvatura menor e maior, para fugir de vasos sanguíneos, no sentido curvatura maior para menor, no sentído das fibras. Pode utilizar as pinças dente de rato com gaze para proteger a parede ou pontos sero-muscular em cada lado e fixa-se os pontos com pinças hemostáticas (chamados pontos auxiliares). Todo material que entrar em contato com o órgão deve ser descartado, a incisão será finalizada com a tesoura ponta romba-romba reta, em seguida identifica-se o corpo estranho que é retirado com uma pinça e colocado numa compressa que será descartada. Em seguida limpa-se as extremidades do estômago com gaze e solução fisiológica (quanto mais tempo eles ficam abertos a mucosa se inverte/aflora devido ao edema dificultando a sutura, quando isto ocorre remove-se uma parte da mucosa deixando no mesmo nível da muscular e serosa com uma tesoura de Metsenbalwer). Faz-se uma primeira sutura coaptante (posiciona as paredes regulares) e contaminante pegando toda a parede, em seguida pega-se uma gaze e se limpa a parede do estômago (em uma única direção), todos os Técnica operatória - UFU instrumentais devem ser descartados. Retira o primeiro pano de campo e realiza-se uma segunda sustura não contaminantes prefere-se suturas invaginantes (cushing, lembert, gelly), retorna o estômago para a cavidade e retorna o omento recobrindo toda a cavidade realiza-se a omentalização (fixa o omento com cerca de 3 pontos na linha de sutura para fixar o omento/epíplopo com objetivo de estimular a neoangiogenese estimulando a cicatrização, auxilia na vedação caso algum ponto solte, e evita aderência da parede do estômago com os outros órgãos e parede abdominal). Utiliza-se o para estômago utiliza-se fio monofilamento, absorvível e sintético (como PDS 4-0 para animais até 10kg, e 3-0 para animais até 30kg), para fechar musculatura (fechar junto o peritôneo, muitas vezes ele se solta da musculatura e desce, ele deve ser puxado com a pinça de Allis e suturado junto a musculatura), pode ser feito pontos X, festonado, Wolff, qualquer contínuo ou simples separado (lembrando que todas as vísceras se apoiam neste local e se faz uma contínua pode romper um ponto e todo a sutura rompe, se fizer contínua deve-se realizar pontos simples separados de reforço para evitar evisceração, prefere-se ponto em X, pois a sustentação é maior). Usar fio absorvível, sintético que pode ser multifilamentoso (mais barato), 2-0 para maiores de 30kg, 3-0 para menores que 10kg (menor fio possível e menos nós possíveis), abolir espaço morto em zig-zag com mesmo fio da musculatura. E a sutura de pele feito com nylon (3-0 ou 2-0)e pontos separados. PÓS-OPERATÓRIO: Antibioticoterapia (Amoxiciclina, 20mg/kg/BID), anti-inflamatórios (Meloxicam – 1-3mg/kg/3dias), dipirona (1gota/kg/BID, 5 dias) ou ciforal (1 gota/kg) ou tramadol (2-4mg/kg/BID). Curativo local por 10 dias, pode-se utilizar bandagens ou roupinha, limpar com soro e anti-septico todos os dias. Técnica operatória - UFU Dieta: microenteral que será um suplemento para estimular as vilosidades a cicatrizarem, iniciar de 2-12 horas após a cirurgia, 1/3 de glicose 50%+1/3 de glicopan + 1/3 ringer lactato. Oferece 0,05ml/kg/h por 2 dias, 1,5mL/kg/h durante 10 dias, após 12 horas já pode oferecer alimentação oral pastosa (manter por 15 dias). Retirada dos pontos com 12 dias, se não ocorrem complicações. Esplenectomia: Retirada total ou parcial do baço, é indicado em casos de traumatismo (principal causa, está fora do gradil-costal, passa pelo US se há presença de líquido livre suspeita-se de vesícula urinária-urina, e sangue caso rompa um órgão friável, a maioria das hemorragias é relacionada a baço, outros órgãos que podem ser rompidos são os rins e fígado), punciona o LL (se for transudato dosa-se a cratinina se for 2x maior que a cratinina sérica indica urina, do contrário é inflamatório), se for vermelho (dosa-se hematócrito se for igual ao hematócrito sérico indica hemorragia), faz uma segunda US se aumenta o LL é hemorragia ativa, senão aumentar não há necessidade de cirurgia (20 minutos após). Outras causas são neoplasias, torção gástrica (o baço está ligado ao estômago e quando ele roda o baço roda e os vasos ficam estrangulados e sem oxigenação adequada, produz excesso de radicais livres que sãotóxicos e causam infarto e outras alterações, lesão de reperfusão quando descomprime o órgão ele joga muito CO2 que é oxigenado e promove este excesso de radicais podendo vir a óbito alguns dias -2 até 5 dias após a cirurgia, portanto retira-se o baço quando ele está muito necrosado para evitar esta lesão), hematomas. Técnica operatória - UFU PRÉ-OPERATÓRIO: O jejum deve ser feito de 12 horas para sólido e 6 horas para líquido, mas normalmente é emergencial. Tricotomia ampla (pode ser necessário ampliar a cirurgia), decúbito dorsal (para pequenos animais) sempre que for feito cirurgia abdominal, em grandes animais é feito incisão no flanco em decúbito lateral, exceto em equídeos que também é dorsal. Feito a primeira anti-sepsia (álcool e PVPI ou clorex alcóolico), segunda anti- sepsia com PVPI ou clorex alcoolico e coloca-se o pano. A técnica - esplenectomia Incisão na linha média e linha alba e peritôneo (7-8 cm), joga-se o omento cranialmente. Busca localizar o baço, se tiver sangue seca, se não achar o baço basta puxar o estômago que ele vem junto. Então retira-se o baço da cavidade, que é fácil e coloca-se na compressa úmida, delimitar a área a ser retirada (esmaga-se o parênquima esplênico com os dedos ou com a pinça Doyan e dá-se pontos de Wolff promovendo hemostasia preventiva), faz-se ligadura dos vasos que chegam até o baço e aproximadamente 1cm após a delimitação se faz a secção da porção desejada, verifica se há hemorragia, se houver basta fazer mais ligaduras), volta-se o baço para o luga e realiza a omentalização. Após exteriorizar o órgão faz-se a ligadura de todos os vasos que chegam bem próximo ao baço (vaso por vaso, não pode fazer apenas uma ligadura, pois eles retornam ao estômago reduzindo a vascularização do estômago), então remove-se o baço, lava-se para identificar hemorragias e remover coagulos. Fecha-se a cavidade abdominal da mesma forma que na gastrotomia. Deve-se realizar transfusão sanguínea durante a cirurgia; PÓS-OPERATÓRIO: Antibioticoterapia (Amoxiciclina, 20mg/kg/BID), anti-inflamatórios (Meloxicam – 1-3mg/kg/3dias), dipirona (1gota/kg/BID, 5 dias) ou ciforal (1 gota/kg) ou tramadol (2-4mg/kg/BID). Técnica operatória - UFU Curativo local por 12 dias, pode-se utilizar bandagens ou roupinha, limpar com soro e anti-septico todos os dias. Retirada dos pontos com 12 dias, se não ocorrem complicações. Observar, pois podem ocorrer imunossupressões. Orquiectomia e Ovariohisterectomia Orquiectomia: Retirada dos testículos do macho uni ou bilateral realizada na região de bolsa escrotal, indicado para fins de manejo, terapêuticos (ex. hiperplasia de próstata, abscesso prostático ou tumor de próstata; hérnias perineais que ocorre frequentemente em cães, machos, idosos, a próstata hiperplasiada protundi a bexiga ou intestino ou a própria próstata nos músculos causando a hérnia, muitas vezes é necessário reconstruir essa região e muitas vezes a membrana do testículo é utilizada como enxerto após a castração) e controle populacional. 1. Em equinos: A partir dos 2 anos de idade, pois eles nascem com o testículo na bolsa e após 3-4 semanas o testículo volta para a cavidade e só retorna a bolsa escrotal por volta dos 2 anos. Em burros pode ser feito com uma semana ou 24-30 meses. PRÉ-OPERATÓRIO: Jejum de 12 horas, vacinar 2 semanas antes ou soro anti-tetânico na hora para evitar surgimento de tétano, pois são sensíveis aos clostridios. Lavar prepúcio, bolsa escrotal e pênis com degermante. Anti-sepsia: álcool + PVPI/clorex alcoolico na bolsa escrotal apenas. A técnica - orquiectomia Método de castração aberta, é longitudinal, de 5-8cm, paralela a rafe com distância de mais ou menos um centímetro da incisão para a rafe escrotal, duas incisões, Técnica operatória - UFU uma em cada polo. Para fazer a ligadura ou transfixação do funículo espermático (artérias, veias e ducto deferente) é feito com fio de sutura (o equino apresenta muita reação, por isso é preferível o emasculador para evitar o fio de sutura, PGA ou Vycril, (não usar nylon, Cat Gut e algodão), ou emasculador (uma lâmina é cortante e a outra não, sendo que a lâmina cortante deve ser posicionada em uma região mais ventral, para evitar que o funículo solte, a teceira manivela vai fechar a parte não cortante e segura entre 30seg a 1 minuto para promover hemostasia). Técnica testículo-cordão coberto: É feito uma incisão de pele, subcutâneo e túnica Dartos, expõe m o funículo e faz a transfixação, ligadura ou emasculador em cima do músculo cremáster. Não há comunicação do meio exterior com a cavidade abdominal, se o animal tiver histórico de hérnia inguino-escrotal nas primeiras semanas está é a técnica de escolha. Suas desvantagens é que o excesso de tecido ao redor do vaso impeça a hemostasia correta do plexo pampiniforme (artéria+veia+ducto). Técnica testículo-cordão descoberto: É incidido pele, subcutâneo, túnica Dartos, pode ser incidido o músculo cremáster, túnicas vaginais (parietal, visceral e parte visceral da parietal), desta forma é possível visualizar o plexo pampiniforme e é possível fazer a ligadura, transfixação ou emasculador diretamente no plexo, garantindo que a hemorragia será contida. Rompe o Gubernáculo/Mesórquio expondo o plexo panpiniforme, antes de romper é interessante fazer uma ligadura/emasculador, pois nesta espécie costuma sangrar. A túnica vaginal é empurrada para dentro. Técnica operatória - UFU PÓS-OPERATÓRIO: Em grandes animais não se tem o hábito de suturar a bolsa escrotal, não deve ser feito em nenhuma espécie, pois ocorre edemaciação da região de perineo. Mas em pequenos animais, cães, principalmente, é feito a sutura para evitar problemas com os tutores. Lavar todos os dias com água fria (3x/dia), passar anti-séptico e repelente (nunca dentro da ferida), exercícios leves gradativos. Antibioticoterapia (penicilina+benzatina/procaína, é feito no transcirúrgico e permanece agindo por quase 72 horas), anti-inflamatórios. É necessário sedar, pois é difícil realizar contenção física com bloqueios locorregionais. Possíveis complicações: Pode ocorrer hemorragia arterial ou da bolsa (principalmente com emasculador e técnica coberta), edema, evisceração (em casos de hérnia) e infecção. 2. Em bovinos: A idade nesta espécie não é um fator limitante, e eles aceitam a contenção física com bloqueios locorregionais, é importante evitar a região de funículo, pois os tecidos se expandem e podem prejudicar os nós de sutura. PRÉ-OPERATÓRIO: Jejum de 12 horas. Lavar prepúcio, bolsa escrotal e pênis com degermante. Anti-sepsia: álcool + PVPI/clorex alcoolico na bolsa escrotal apenas. A técnica - orquiectomia Método de castração fechada com Burdizio, os bovinos possuem os testículos penduculares e com o Burdizio é possível esmagar a artéria e veia e cortar o ducto deferente. Com o tempo os testículos atrofiam. Método de castração aberta: Pode ser feito incisão longitudinal (no polo ventral, vertical, nos dois antímeros da bolsa para escorrer qualquer líquido), transversal (paralelo ao tecido e envolve ambos os antímeros), remoção da extremidade inferior ou tampa (coloca- se a mão e empurra o testículo dorsalmente e tira toda a “tampa” Técnica operatória - UFU ventral, feito em rebanhos grandes de animais jovens, principalmente). Técnica testículo cordão coberto ou descoberto (similar aos equinos).Fazer a incisão 1-2cm após a ligadura, coloca-se pinças hemostáticas para avaliar se a ligadura foi eficiente, abrindo lentamente a pinça. PÓS-OPERATÓRIO: Não há necessidade de muitos cuidados, é feito curativo local e aplicação de repelentes. Antibioticoterapia (penicilina+benzatina/procaína,é feito no transcirúrgico e permanece agindo por quase 72 horas), anti-inflamatórios. Possíveis complicações: Principalmente hemorragias arteriais ou da bolsa escrotal e infecção. OBS: Algumas pessoas utilizam a técnica de arrancamento, que funciona bem em animais jovens principalmente, abaixo dos 6 meses. Mas é dolorida e esdruxula, machucando o paciente, principalmente pois não é feito anestesia. 3. Em cães: PRÉ-OPERATÓRIO: Jejum de 12 horas. Anti-sepsia: álcool + PVPI/clorex alcoolico na bolsa escrotal apenas. A técnica - orquiectomia A incisão pode ser feita pré- escrotal (entre o final do osso peniano e antes da bolsa escrotal, uma incisão, faz pressão no testículo para ele saltar, não incide túnica Dartos, apenas as demais), ou longitudinal (mais ventral da bolsa escrotal, uma em cada segmento). Técnica tésticulo-cordão descoberto, incide e vai fazendo pressão para o testículo saltar, visualiza o plexo pampiniforme faz ligadura/transfixação, pode usar duas pinças de segurança e corta abaixo 2 cm. Cães e gatos não se sutura devido a edemaciação, mas acostumou a se suturar, principalmente em cães que vivem em campo, em felinos não é suturado. PÓS-OPERATÓRIO: Técnica operatória - UFU Antibioticoterapia (Amoxiciclina, 20mg/kg/BID), anti-inflamatórios (Meloxicam – 1-3mg/kg/3dias), dipirona (1gota/kg/BID, 5 dias) ou ciforal (1 gota/kg) ou tramadol (2-4mg/kg/BID). Evitar que o paciente fique lambendo ou machucando a área com o colar elizabetano ou roupinha cirúrgica, aplicar repelentes e antissepticos. Ovarioesterectomia: É indicada em casos terapêuticos como cistos ovarianos, piometra (existem outros tipos de tratamentos conservadores quando está bem no começo e não há muita dilatação uterina), neoplasias, e casos não terapêuticos como controle populacional e cães guias (sempre castrar para evitar a reprodução onde a mãe se dedica aos filhotes). Quando castrar? Os trabalhos mostram que a melhor idade para castrar é entre o primeiro e segundo cio, se castrar o animal pré-púbere as epífises não se fecham adequadamente e o animal cresce mais, pode causar alterações hormonais causando vulva infantil, estenose urinária (em felinos, há trabalhos que contrariam, mas deve-se atentar a isso, principalmente nas fêmeas que ocorrem vulva infantil). Antes do primeiro cio a castração reduz a probabilidade de tumores de mama, após os 4 anos a diferença é pequena entre a castração ou não, mas possui desvantagens como a hipoplasia vaginal, obesidade, falhas no crescimento, incontinência urinária. Em algumas raças tem sido provado que castração é contraindicado, em Rotwailler já foi comprovado que as alterações hormonais predispõe osteossarcoma, Pastor Alemão frouxidão do ligamento do joelho, Labrador predispõe a linfoma. Pode castrar o animal no cio ou próximo a parição (esperar entre 2-3 meses), quando está no cio o volume sanguíneo na Técnica operatória - UFU região está aumentado devido a ação do estrógeno, é apenas importante para o cirurgião que deve cuidar para evitar hemorragias. PRÉ-OPERATÓRIO: Jejum é de 12 horas para sólidos e 6 horas líquidos. Recomenda-se dar banho poucos dias antes da cirurgia (1-2 dias). Tricotomia ampla. Anti-sepsia: álcool + PVPI/clorex alcoolico na bolsa escrotal apenas. A técnica - ovariohisterectomia Incisão deve ser feita mediana retroumbilical (2 dedos caudal a cicatriz umbilical), incide pele, subcutâneo, linha alba e peritôneo, ampliar a incisão com tesoura de ponta romba, afasta o omento. Procura o ovário, caudal ao rim, expor os lados, o ligamento suspensor do ovário liga ao rim, colocar uma pinça hemostática no pedículo cranialmente ao ovário, utiliza-se o fio absorvível sintético multifilamentoso (Vycril), ou monofilamentoso (nylon, pode se desfazer facilmente, dar mais nós), deve-se extirpar todo o ovário para evitar síndrome do ovário remanescente. Perfura-se o mesométrio e faz-se a ligadura de nó duplo ou cirurgião, alguns livros falam sobre transfixar o pedículo, mas é arriscado, em cadelas gordas ou de tórax profundo que dificulta a exposição do pedículo pode-se romper o ligamento suspensor, o espaço da ligadura não pode ser muito pequeno, pois ela pode soltar devido ao pulso de sangue, então a incisão deve ser feita entre 2 pinças hemostáticas deixando uma parte de tecido remanescente. Faz a ligadura do mesométrio de ambos os lados, faz-se a ligadura do coto do útero sempre cranial a cérvix, nunca em cima ou caudal, pois ela é feita de anéis cartilaginosos que podem soltar a ligadura, caudal a cérvix tem a Técnica operatória - UFU saída do ósteo-utetral correndo o risco de ligá-lo (importante: existe uma artéria uterina de cada lado, indica-se transfixar a artéria uterina de cada lado, sem o útero), depois coloca-se 3 pinças hemostáticas e incide entre as duas primeiras cranialmente. A mucosa uterina prolapsada deve ser cortada com tesoura e cauterizada com iodo, faz-se a sutura invaginante (Parker Kerr – muito indicado para piometra e fetos macerados para evitar o contato da mucosa contaminada com órgãos da cavidade abdominal ou Cushing). Em casos de piometra coloca-se duas pinças e incide entre elas para evitar extravasamento de conteúdo contaminado na cavidade. Investiga a cavidade buscando por sangramento, visualiza os cotos nos 3 pontos (útero e pedículos) garantindo que estejam sem sangramento. Pode-se fechar com pontos em X, festonado, Wolff, simples separado ou contínuos (usar simples de reforço). Usar fios absorvíveis para musculatura nº 0 para animais grandes e nº2-0 para animais menores (se fizer com fio absorvível e o animal for obeso, inquieto e outros o fio absorvível será absorvido e abrirá a ferida, também é usado fio inabsorvível em casos de contaminação, pois a inflamação acelera essa absorção). Abolição do espaço morto em ziguezague com o mesmo tipo de fio, exceto nos casos citados, sutura de pele com nylon 3-0 (gatas e cadelas pequenas) ou 2-0 (animais maiores) pode ser ponto simples separado ou Wolff. Acesso pelo flanco: decúbito lateral com o lado esquerdo voltado para cima, faz o triangulo onde uma ponta é o trocanter maior do fêmur, a tuberosidade ilíaca e última costela. É indicada para fêmeas obesas, que estejam com mastite ou patologia mamária, incide no triângulo (pele, subcutâneo e músculos oblíquo externo, oblíquo interno, transverso do abdômen e peritôneo), o útero Técnica operatória - UFU estará logo abaixo. A localização da ligadura deve ser feita com espaço, enquanto coloca-se a ligadura e o tecido estiver pinçado pode se romper, inicialmente é preferível pinças, mas evitar mexer a pinça para não dilacerar o pedículo (coloca-se 3 pinças de forma similar com a primeira pinça um pouco afastada da ligadura, a segunda pinça vem próxima a primeira e entre elas será feita a incisão e a terceira pinça após a bolsa ovariana). Pode-se abrir a bolsa ovariana para conferir se todo o ovário foi pinçado entre a segunda e terceira pinça para evitar ovário remanescente. Recomenda-se síntese em camadas dos músculos, o espaço não deve ser muito próximo e não muito longe. CUIDADOS: Observar os nós que não devem estar frouxos, cuidado para não ligar o ureter!!! PÓS-OPERATÓRIO: Antibioticoterapia (Amoxiciclina, 20mg/kg/BID), anti-inflamatórios (Meloxicam – 1-3mg/kg/3dias), dipirona (1gota/kg/BID, 5 dias) ou ciforal (1 gota/kg) ou tramadol (2-4mg/kg/BID). Evitar que o paciente fique lambendo ou machucando a área com o colar elizabetano ou roupinha cirúrgica. A retirada de pontos de cães é feito entre 7-10 dias e em felinos 12 dias, pois esta espécie apresenta uma cicatrização de subcutâneo mais lenta, assim ocorre a cicatrização superficial na pele, mas sem cicatrizaçãodo subcutâneo. Autor (a): Daniela Fonte Boa Melo, Graduanda de Medicina Veterinária da UFU. Instagram: @daniela.f.b.m Técnica operatória - UFU
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