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AD1 2020.2
 Patrimônio Cultural
	Nome: Daniel Ferreira Marques dos Santos
	Matrícula: 16116090135
	Polo: Miguel Pereira
1ª etapa:
1 - Explique por que as noções de nação e patrimônio estão imersas na História.
Resposta:
A esperança acalentada no alvorecer o século XX de que o progresso da humanidade tornaria o planeta como um lugar melhor, em uma visão utópica em relação ao desenvolvimento experimentado a época, em diversas áreas do conhecimento, trazia um si um sentimento nacional.
Nas feiras mundiais, seus pavilhões eram apresentados aos expectadores e a toda a imprensa em uma rivalidade acirrada para se exibir ao mundo como uma grande nação. Para tanto, a história nacional de cada uma teve que ser consolidada, construída, para ser apresentada na forma de edificações e de uma perspectiva cultural de novidade, de um progresso que se afastava do “atraso” e que transmutavam esse novo ideal de nação.
Para dar sustentação a esse ideal, o novo a ser criado precisaria de uma proteção para que as gerações futuras testemunhassem esse momento ímpar da construção de um novo paradigma, ainda que com imbuída de certa linha de continuidade da história. 
E essa proteção por sua vez estava intrinsicamente ligada a um pensamento que, uma vez formulado esse novo paradigma e o esforço para a identificação de uma nova identidade, ela não seria perdida e os esforços não seriam em vão, daí a preocupação com a preservação do patrimônio.
Já em um segundo momento, durante a virada no novo milênio que surge um novo paradigma que propunha superar e contrapor-se ao anterior, pois dentro do contexto histórico vivido no século XX, aquele futuro antes cheio de esperança transformou-se em dúvidas e incertezas. 
Esta perspectiva é a que vivemos atualmente onde o resguardo da “memória do futuro” passa a ser o norte. O texto traz a referencia de Hartog (2003), onde a noção de patrimônio está intrínseca a “memória do futuro”. O presente é poderoso e único, gerando o antes e o depois dos fatos.
Assim ao longo da historia, a palavra patrimônio se destina a preservação, conservação para que o futuro seja melhor aos seres humanos. Chegamos então ao termo, definido por Handler (1988) como “fetichismo da cultura material”, que seria a transformação que o significado da palavra patrimônio viveu ao longo dos tempos.
Dessa forma, segundo a autora, foi introduzida à questão do patrimônio com base na noção de referência cultural, deslocando-se o foco dos bens para a dinâmica de atribuição de sentidos e valores condicionados historicamente.
Sobre esse questão, Chuva (2015) acrescenta:
Embora nesse processo se dê a incorporação de profissionais de diversas áreas, a característica do momento de fundação das práticas de preservação do “patrimônio nacional” no mundo ocidental foi a sua
monumentalização, tendo sido consagrados como monumentos, essencialmente, os objetos arquitetônicos. Isso engendrou, a longo prazo, uma área de atuação profissional específica na qual o arquiteto assumiu o papel de “especialista”. Essa categoria profissional mantém-se ainda hoje hegemônica, no que tange a gerir os diversos patrimônios, conforme se pode verificar, especialmente no caso da França e do Brasil (CHUVA, 2015, p.3).
2 - Caracterize as origens da preservação do patrimônio cultural na França.
Resposta:
	No contexto histórico da Revolução Francesa, e de todos as mudanças que trouxe para a França e para o resto do mundo, a questão do patrimônio se insere na busca da formação de uma nova nação, rompendo com o passado e dando grande importância ao nacionalismo como um dos alicerces dessa nova ordem revolucionária.
	Busca-se a formação de um nacionalismo a partir de uma linhagem ancestral, em uma verdadeira invenção do que era ser francês, como Chuva (2015) nos ensina: 
O momento imediatamente subsequente, no entanto, de acordo com Dominique Poulot (1997), delineava novas representações a respeito do assunto, inaugurando uma leitura genealógica do nacionalismo como a expressão de uma tradição histórica de continuidade serial, iniciando-se, assim, a produção de uma história ancestral da nação (ou seja, anterior mesmo à sua existência). Esse processo levou os franceses a “relembrarem” antigos fatos como uma história própria e familiar, passando a reconhecer, nessa história, guerras e disputas ocorridas há trezentos anos ou mais como “antigos fratricídios” (Anderson, 1991, p. 199 ss.). Como uma inversão do tempo, os recém-constituídos “irmãos” franceses foram levados a atuar num tempo em que nem
sequer existiam. (CHUVA, 2015, p.4-5).
Observam-se então duas vertentes do que seria essa idéia de patrimônio, de um lado uma historicidade atrelada ao passado, com o presente como meta, uma continuidade e um apego para a construção das tradições inerentes ao que seria determinado como povo francês. 
Outro aspecto seria a materialidade, com “monumentos” ligados a uma tradição em que busca como fonte a Grécia Antiga, para romper-se como uma ancestralidade cristã como objeto de foco, no contexto do Antigo Regime, destacando-se nesse ponto em relação a outras nações na busca pela construção dessa identidade de nação e buscando uma linha a partir da Idade Média.
De acordo com (Handler, 1988), a ideia de patrimônio é relacionada à cultura material e a uma história que se baseia no o passado a partir dos rastros. O Museu Louvre, na França, é a gênese da construção do surgimento da construção da nação que surgem ao mesmo tempo em que as questões relacionadas à proteção do patrimônio cultural. 
O famoso museu foi criado para guardar os tesouros artísticos confiscados da Coroa e da Igreja durante a Revolução Francesa e instalado, justamente, no Palácio Real da antiga corte francesa. Napoleão usou sua posição e astúcia para colocar ali obras de arte extraídas na Europa. Com a justificativa de democratizar o acesso aos tesouros culturais com uma proposta de ser o salvador de atos selvagens e vândalos. 
No período de 1789-1800, os franceses queriam – como dito acima - se tornar herdeiros da Grécia Antiga, queriam apagar a historia existente, mas isso fez com que alguns bens fossem selecionados marcando uma história remota e originária, inscrita num “tempo homogêneo e vazio”. Foi assim criado um período do termo que é usado como “embelezamento” da historia (Gouveia, 1985).
Os atos do Estado francês a respeito da valorização e da preservação do patrimônio – como vemos em 1830 com a intervenção do Estado na matéria, em 1837 com o recenseamento dos monumentos históricos e demais iniciativas que alcançaram o século XX – acabaram por ser modelo para o Brasil, como veremos a seguir.
3 - Apresente as semelhanças entre o modelo francês de organização do patrimônio cultural e o brasileiro.
Resposta:
As semelhanças entre os modelos francês e brasileiro, que teve na matriz francesa sua inspiração, entra pela seara do conceito de tombamento – o classement francês uma inovação deste país em 1837 no acima citado processo de censo dos monumentos históricos – e da própria legislação que cria o Sphan em 1937 e pela sua regulação pelo decreto-lei nº 25, de mesmo ano.
Em ambas as iniciativas, (Chuva, 2015) aponta como sendo influenciadas diretamente pela legislação francesa. A esse respeito a autora ainda aponta em comparação:
Embora a legislação brasileira tenha sido bastante abrangente ao definir subjetivamente a categoria de patrimônio histórico e artístico nacional, como se pode notar pelo texto legal, as coisas patrimoniais, inicialmente, restringiram se, à semelhança de outros países, a monumentos e peças de arte, cuja origem remontava a um tempo histórico determinado, que se pretendia sacralizar. Ainda assim, há que se notar que o decreto-lei nº 25/1937, na verdade, abrangeu como “espaço sagrado” uma amplitude até aquele momento não considerada em outros países. (CHUVA, 2015, p.15).
4 - Estabeleça as conexões entre formação dos estados nacionais e organização da preservação do patrimônio cultural no Ocidente.
Resposta:
	Na formaçãodos estados nacionais ocidentais a importância dada a preservação e organização do patrimônio cultural dessas nações reside no fato de que era preciso buscar um passado – sempre glorioso e uniforme - para que as mesmas se legitimassem como nações unas e com uma história inspiradora perante sua população a fim de despertar um sentimento nacionalista, com seus mitos, heróis e façanhas históricas.
	Nesse esforço o conceito de tradição nacional é de enorme importância, pois demandam uma formulação que faça povo ter o sentido de pertencimento a um território. A esse respeito Chuva (2015), citando e buscando lastro no pensamento de Hobsbawm (1984), nos esclarece:
Hobsbawm, contudo, ao utilizar a expressão “visam inculcar”, leva a uma possível redução desse processo a um projeto consciente de manipulação dos cidadãos por um grupo ou pelo Estado, justamente porque atrela à noção de invenção uma concepção de ideologia como falseamento ou mascaramento da realidade. Na perspectiva de uma reflexão que privilegie as capacidades inventivas dos agentes como parte integrante do tecido social, a noção de
habitus, conforme Bourdieu (1982), parece mais adequada para dar conta da idéia de “invenção” como criação e/ou apropriação, pertencente, assim, à própria dinâmica social, que coloca em movimento inúmeras relações, em meio a diferentes interesses em jogo. . (CHUVA, 2015, p.6).
	Desse modo, um passado teve que ser “inventado”, uma passado ancestral com continuidade, que a diferenciaria de outras nações, em um processo que seria feito antes mesmo das mesmas se tornaram politicamente nações constituídas.
	Exemplos disso foram a já citada em outra resposta iniciativa francesa -que se diferenciou de outras que buscaram no cristianismo sua inspiração - mas podemos acrescentar outras como a brasileira, inglesa e estadunidense citadas em detalhes no texto e que buscam a mesma intenção de unidade nacional tendo como alicerce o patrimônio cultural
	
2ª etapa:
1 - Apresente como cada um dos textos demonstra que o valor de patrimônio não está contido nos objetos patrimonializados.
Resposta:
	
	Podemos observar no texto de Meneses (2009) uma explicação onde o valor do patrimônio está contido nos olhos do observador e não naquilo que o é apresentado.
	Já no texto de Chuva (2015) ao lermos sobre a construção e “invenção” de nações e do sentimento nacionalista observamos que o mesmo foi criado artificialmente e não é algo natural
	
2 - Com base nos textos, mostre as mudanças de status de um mesmo monumento, no tempo ou de acordo com os grupos sociais envolvidos
Resposta:
Para atender a questão podemos citar o exemplo dado por Meneses (2009), onde coloca o exemplo de uma Catedral, onde podemos extrair no tempo e grupos sociais envolvidos múltiplas interpretações. 
No caso de uma Catedral gótica medieval, o contexto histórico envolvendo o campesinato católico de então e a opulência e magnitude da mesma, levava os mesmos a ter uma representação divina, quase uma propaganda católica do que seria um ambiente celestial.
	No dias atuais, mesmo que impressionados pela gigantesca construção e sua beleza, certamente não causa a mesma impressão nos fiéis católicos que a visitam, acostumados com construções igualmente de grande escala, ainda que a considerem igualmente sagrada.
	Temos ainda o exemplo de turistas de outros credos, interessados mais no valor histórico do monumento somente.
	No texto de Chuva (2015) podemos observar a mudança de status que teve o Louvre, antes um monumento identificado com o Antigo Regime e que após a Revolução Francesa se transformou em museu, mudando inteiramente seu propósito enquanto construção.
3 - Apresente suas considerações finais sobre os sujeitos de atribuição de valor aos monumentos e bens patrimonializados.
	Consideremos que a atribuição de valor a um monumento e bem de patrimônio, ainda que exista um esforço estatal para dar um significado uno aos mesmos, ainda está sujeito a interpretação individualizada de que o observa e grupo social em que o observador está inserido.
Bibliografia
CHUVA, Márcia. Os Arquitetos da Memória: sociogênese das práticas de preservação do patrimônio cultural no Brasil (anos 1930-1940). Rio de Janeiro; ed. UFRJ, 2009. pp. 43-89.
LEAL, C. F. B.; TEIXEIRA, L.S.; CHUVA, Márcia. Patrimonio Cultura Vol1. Fundação CECIERJ, 2015.
MENESES, Ulpiano. O campo do patrimônio cultural: uma revisão de premissas. Conferência Magna no 1º Fórum Nacional de Patrimônio Cultural. Ouro Preto, 2009. vol.1.

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