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1 
 
 
 
 
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO PARTICULAR BRASILEIRO 
CURSO TÉCNICO EM VETERINÁRIA 
 POLO: 
 
 
 
 
 
FISIOLOGIA ANIMAL I e II 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
A fisiologia animal é definida como o ramo da 
biologia que estuda o funcionamento do organismo animal, 
permitindo nesse aspecto o entendimento dos mecanismos 
pelos quais os animais mantem-se vivos, como os órgãos e 
sistemas desempenham suas inúmeras funções, como 
ocorre ainda a interação dos vários órgãos e sistemas, 
como as funções mudam ao longo da história evolutiva dos 
animais, e como os mesmos interagem com o meio 
ambiente que os circundam. 
Existem determinantes da variação biológica e no 
que tange a fisiologia animal, que são a genética, ambiente e desenvolvimento. 
Ainda cabe ressaltar os princípios da teoria da evolução, seleção natural e especiação. Estes parâmetros 
delineiam a fisiologia e a morfologia animal. 
A história da fisiologia animal é um rico estudo sobre as adaptações das espécies, as limitações 
e demandas ambientais, e tais estudos tem produzido um grande conhecimento matriz de ambiente e 
adaptações. 
Baseando-se na definição simplificada, entende-se por fisiologia animal como o estudo da função 
dos tecidos, dor órgãos e dos sistemas orgânicos dos animais multicelulares, com o entendimento em 
termos físicos e químicos dos mecanismos que operam nos organismos vivos em todos os níveis, 
variando desde do nível sub-celular ao organismo integrado. 
Os fisiologistas estudam muitos níveis de organização dos organismos vivos, estes níveis se 
enquadram dessa forma: 
 
 1° Nível químico: compostos por átomos que juntos 
formam as moléculas; 
 2° Nível celular: compostos por células (menor unidade 
funcional do corpo humano, é formada pelo conjunto de 
moléculas); 
 3° Nível tecidual: composto pelos tecidos (conjunto de 
células que possuem funções relacionadas; 
 4° Nível orgânico: composto pelos órgãos (estruturas 
formadas por tecidos diferentes, como o pulmão); 
 5° Nível sistêmico: composto pelos sistemas orgânicos; 
 6° Nível organísmico: que é o próprio corpo do animal. 
 
 
 A fisiologia animal é tida como uma ciência integrativa, 
pois estuda como os diferentes sistemas do corpo coordenam 
o ser como um todo, e a mesma é baseada nas leis e nos 
conceitos da química e da física, tais como: Lei de Ohm, Lei de 
Boyle e do gás ideal, gravidade, energia cinética e potencial, princípios da evolução e outros. 
 A fisiologia animal apresenta várias subdivisões, tais como a fisiologia comparativa (é uma área 
que utiliza a fisiologia de várias espécies, comparando-as, como demonstra o exemplo a seguir quanto 
a circulação sanguínea de diferentes espécies. 
 
 
Fonte: Google imagens 
Fonte: Google imagens 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A circulação sanguínea nesses animais em questão é diferenciada, pois os corações apresentam 
estruturas morfológicas distintas, gerando como consequências modificações na circulação sanguínea. 
Outra subdivisão da fisiologia, é a fisiologia ambiental, que consiste no estudo de animais em 
função do meio ambiente em que eles habitam, por exemplo, um urso polar, apresentam características 
morfométricas e fisiológicas compatíveis com o habitat, a exemplo de seus pelos densos e brancos que 
o protegem do frio e o protegem da neve. 
A fisiologia evolutiva usa 
métodos e técnicas da biologia 
evolutiva e sistemática, como por 
exemplo, na construção de árvores 
taxonômicas familiares ou 
cladogramas, para entender a 
evolução de animais do ponto de 
vista fisiológico, usando marcadores 
fisiológicos. 
Um dos termos mais 
empregados para o estudo da 
fisiologia animal é a homeostasia, ou 
homeostase, e define-se por ser a manutenção constante do meio interno, apesar das alterações 
contínuas do ambiente externo. Em outras definições, reporta-se que é a condição de equilíbrio no 
ambiente interno do corpo, produzida pela incessante interação de todos os processos reguladores do 
corpo. Para conservar constante as condições da vida, o organismo mobiliza os mais diversos sistemas, 
como o sistema nervoso central, o endócrino, o excretor, o circulatório, o respiratório etc. É considerado 
que um organismo está em homeostasia quando substâncias químicas estão em concentrações 
adequadas, a temperatura é estável e a pressão é apropriada. 
Para manutenção da homeostasia ou homeostase, os animais dependem de mecanismos de 
controle, mais conhecidos como feedback, cuja definição reporta-se a um ciclo de eventos no qual o 
estado de uma condição corporal é continuamente monitorado, avaliado, alterado, re-monitorado e 
reavaliado. O mecanismo de feedback possui três componentes básicos: o receptor (ex. receptores 
localizados na pele, que captam as informações do meio ambiente), centro de controle (é o sistema 
nervoso e o sistema endócrino) e os efetores (ex. músculos). 
Fonte: Google imagens 
Fonte: Google imagens 
4 
 
Existem dois tipos de feedback, o 
negativo e o positivo. O feedback negativo é 
quando a resposta inverte o estímulo original, 
por exemplo: diminuindo a temperatura 
ambiente gera como consequência a diminuição 
da temperatura corpórea em processo de 
hipotermia, por sua vez, os receptores da pele 
captam essa informação da temperatura 
ambiente enviando ao centro de informações 
(sistema nervoso) que por sua vez envia 
informações aos músculos, e como resposta 
desencadeia o estímulo de vibrações das fibras 
musculares, que gera aumento da temperatura 
corpórea em função do calor gerado entre as fibras. Desse modo, verifica-se que o estímulo inicial era a 
baixa temperatura corpórea e o estímulo final foi aumentar a temperatura corpórea. 
Já o feedback positivo, é quando a resposta aumenta, ou intensifica o estímulo original, a exemplo 
da contração do parto dos mamíferos: ocorre contrações na parede uterina, e essas contrações forçam 
o filhote ir em direção ao colo do útero ou cerviz; forçando essa distensão as células nervosas presentes 
nessa região mandam informações para o centro de controle, que por sua vez manda uma informação 
para produção de ocitosina (hormônio), este cai na corrente sanguínea e gera mais contrações uterinas 
empurrando cada vez mais o filhote. Essa contração muscular é intensificada cada vez mais, 
caracterizando um feedback positivo. 
Para facilitar o estudo da fisiologia a mesma é dividida em vários sistemas, sistemas esses que 
são formados por diferentes órgãos que possuem funções finais semelhantes, órgãos esses que por sua 
vez são formados por inúmeros tecidos. Com isso, o organismo dos animais é dividido em sistemas 
(nervoso, digestivo, circulatório, endócrino, urinário, respiratório, sensorial, reprodutivo e outros). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google imagens 
Fonte: Google imagens 
5 
 
ESTUDO DA FISIOLOGIA DENTRO DOS SISTEMAS 
 
FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO 
 
Todos os seres vivos são dotados de funções básicas que garantem a sua sobrevivência e a 
perpetuação das espécies: nutrição, reprodução, irritabilidade e contractilidade. Nos organismos 
unicelulares, todas estas funções são realizadas, obviamente, por uma única célula, que não é, portanto, 
especializada em nenhuma delas. Com a evolução os seres vivos adquiriram complexidade crescente e 
suas células passaram a ser especializadas em uma ou mais funções. Assim, as células musculares 
especializaram-se na contractilidade, enquanto que as células nervosas ou neurônios, por exemplo, 
tornaram-se especializadas na irritabilidade, isto é, na captação e condução de estímulos. 
A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que possui duas 
partes funcionais: os axônios e as conexões sinápticas. O que muda, passando de um organismo simples 
para um mais complexo, é o número das células nervosas e a organização sempre mais complexa das 
mesmascélulas em estruturas especializadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tecido nervoso é constituído de células e de fibras. As células nervosas, os neurônios possuem 
um corpo central do qual se bifurca um número variável de ramificações (dendritos), por meio dos quais 
impulsos nervosos são transmitidos ao corpo celular dos próprios neurônios, através das sinapses. 
As fibras nervosas, são os prolongamentos dos neurônios e seu comprimento varia, podendo 
chegar a vários metros em grandes animais, esses axônios tem a função de transmitir os estímulos 
nervosos de uma a parte a outra do organismo. O que é conhecido como um nervo ou tronco nervoso, 
na verdade é um conjunto de centenas ou milhares de axônios. 
O neurônio constitui, assim, a base morfológica e funcional de um sistema especializado – o 
sistema nervoso. Este pode ser conceituado como um conjunto de órgãos periféricos encarregados de 
captar estímulos tanto externos como internos e conduzi-los através do organismo, e de órgão centrais, 
onde os estímulos chegam e de onde partem respostas que permitem ao organismo, reagindo aos 
estímulos, integrando-se no ambiente e recriar suas próprias funções orgânicas. 
Os neurônios encarregados de conduzir os estímulos até o SNC são denominados neurônios 
sensitivos e aferentes enquanto que os neurônios motores ou eferentes conduzem os estímulos deste 
Fonte: Google imagens 
6 
 
até o órgão efetuador. Os neurônios de associação são aqueles que estabelecem a comunicação entre os 
diversos segmentos do corpo e servem para coordenar as atividades do sistema nervoso. 
Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células glia, ou células 
gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar seu funcionamento. Essas células 
constituem cerca de metade do volume do encéfalo. 
 
Arco reflexo 
 
Ao se estimular adequadamente a superfície corporal de um 
animal seja ele qualquer observa-se imediatamente a contração do 
segmento envolvido. O arco reflexo simples consiste na possibilidade de 
se responder segmentar e involuntariamente a um estímulo apropriado. 
Os elementos envolvidos no arco reflexo simples são o receptor, o 
neurônio sensitivo, o gânglio (centro modular onde ocorre a sinapse), o 
neurônio motor e o órgão efetuador. 
Como a concentração se efetua apenas num segmento, este reflexo 
é conhecido como intra-segmentar. Quando o reflexo envolve mais de 
um segmento ele recebe o nome de Inter segmentar e o neurônio de 
associação é o responsável pela difusão do impulso para aos diversos segmentos envolvidos. 
 
 
Sistema nervoso de animais vertebrados 
 
 Relembrando a anatomia do Sistema nervoso 
 
Sistema Nervoso Central - O encéfalo se aloja no interior do crânio, 
e a medula espinhal no interior de um canal existente na coluna 
vertebral. Ambos são formados por células da glia, corpos 
celulares de neurônios e por feixes de dentritos e axônios. A 
camada mais externa do encéfalo tem cor cinzenta sendo formada 
por corpos celulares de neurônios. A região interna é branca e 
constituída principalmente por fibras nervosas. 
⇒ Tálamo e Hipotálamo: Todas as mensagens sensoriais, 
com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam 
pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. O tálamo atua 
como estação retransmissora de impulsos nervosos para o 
córtex cerebral. Ele é responsável pela condução dos impulsos às 
regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser 
processados. 
O hipotálamo é o principal centro integrador das 
atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais 
responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o 
sistema nervoso e o endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas 
endócrinas. 
Fonte: Google imagens 
Fonte: Google imagens 
Fonte: Google imagens 
7 
 
⇒ Tronco Encefálico: Formado pelo mesencéfalo, ponte e 
medula oblonga (ou bulbo raquidiano), o tronco encefálico conecta o 
cérebro à medula espinhal. Além de coordenar e integrar as 
informações que chegam ao encéfalo, ele controla a atividade de 
diversas partes do corpo. O mesencéfalo é responsável por certos 
reflexos. A ponte é constituída principalmente por fibras nervosas 
mielinizadas que ligam o córtex cerebral 
ao cerebelo. O bulbo raquidiano participa 
na coordenação dos movimentos 
corporais e possui importantes centros 
nervosos. 
⇒ Cerebelo: responsável pela 
manutenção do equilíbrio corporal. O cérebro recebe as informações de 
diversas partes do encéfalo sobre a posição das articulações e o grau de 
estiramento dos músculos, bem como informações auditivas e visuais. 
O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos e gânglios 
nervosos e sua função é conectar o sistema nervoso central às diversas partes 
do corpo humano. Nervos são feixes de fibras nervosas envoltas por uma capa de tecido conjuntivo. Nos 
nervos há vasos sanguíneos, responsáveis pela nutrição das fibras nervosas. As fibras presentes nos 
nervos podem ser tanto dendritos como axônios que conduzem, respectivamente, impulsos nervosos 
das diversas regiões do corpo ao sistema nervoso central e vice-versa. 
O SNP autônomo (SNPA) é dividido em dois ramos: simpático e parassimpático, que se 
distinguem tanto pela estrutura quanto pela função. Enquanto os gânglios da via simpática localizam-
se ao lado da medula espinhal, os gânglios das vias parassimpáticas estão longe do sistema nervoso 
central e próximos ou até dentro do órgão efetuador. As fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas 
inervam os mesmos órgãos, mas trabalham em oposição. Enquanto um dos ramos estimula 
determinado órgão, o outro o inibe, mantendo o funcionamento equilibrado dos órgãos internos 
CONTINUANDO A FISIOLOGIA NERVOSA ... 
O sistema simpático é formado por cordões nervosos 
com diversos gânglios, dispostos ao longo da coluna 
vertebral. Desses gânglios partem numerosos ramos 
laterais que penetram fora das vertebras e se ligam ao 
nervo da medula espinhal que pertence ao SNC. Existe uma 
estreita ligação entre o SNA e os centros nervosos 
superiores. O SNA regula a manutenção da estabilidade do 
ambiente interno: controla os mecanismos 
cardiovasculares, as secreções das glândulas, as atividades 
motoras dos músculos lisos. 
Todos os órgãos conectados com o sistema 
autônomo têm uma dupla inervação: uma proveniente do 
simpático, a outra do parassimpático. Na regulação do ritmo 
cardíaco, o parassimpático desenvolve uma ação inibidora 
ou de freio, enquanto o simpático aumenta a atividade 
Fonte: Google imagens 
Fonte: Google imagens 
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cardíaca. Existe então um controle recíproco entre os dois sistemas, mas, evidentemente, eles são 
condicionados pelo SNC que decide, sobre a base de estímulos externos, se acelera ou diminui 
determinados processos. 
As fibras simpáticas liberam nos órgãos sobre os quais atuam um mediador químico 
denominado adrenalina, e as fibras parassimpáticas liberam acetilcolina. O sistema nervoso periférico 
tem a função de transmitir da medula espinhal e do encéfalo as sensações provenientes dos órgãos dos 
sentidos e enviar aos grupos musculares periféricos os impulsos. A transmissão nervosa segue direções 
opostas e é efetuada por fibras nervosas de duas espécies: fibras sensitivas, que dos órgãos dos sentidos 
seguem para a medula espinhal e ao encéfalo; fibras motoras, que do cérebro e da medula espinhal 
seguem para os músculos. 
Do encéfalo dos peixes e anfíbios derivam os pares de nervos cranianos, enquanto dos répteis, 
aves e mamíferos derivam doze. A maioria desses nervos partem do bulbo. Os nervos cranianos podem 
ser sensitivos, motores ou mistos. 
 
O IMPULSO NERVOSO 
 
Os impulsos nervosos constituem uma 
modalidade de transmissão de sinais que se 
baseia na alteração do normal equilíbrio de 
cargas elétricas presentes na superfície interna 
e externa da membrana.Os impulsos são conhecidos por serem 
uma corrente elétrica que propaga-se pela 
membrana do neurônio, e torna-se fundamental 
para garantir a comunicação entre as células 
nervosas. Porém, para que o impulso seja 
propagado, é necessário que o neurônio 
apresente a membrana em potencial de 
repouso. Fase essa conhecida como polarização 
Em repouso, a membrana plasmática do 
axônio bombeia Na+ para o meio externo e, ao 
mesmo tempo, transfere íons K+ para o interior da célula. Nesse momento, pode ocorrer também a 
difusão passiva de sódio para o interior da célula e de potássio para fora. O potássio passa para o meio 
externo com maior rapidez do que o sódio entra, fazendo com que mais cargas positivas permaneçam 
fora da célula. São essas ações que determinam o potencial de repouso. 
Quando o neurônio sofre estímulo, ocorre uma mudança transitória do potencial de membrana. 
Nesse momento, acontece a abertura dos canais iônicos e a entrada rápida de Na+, que estava em grande 
quantidade, no meio extracelular. Quando esse íon entra, ocorre a mudança de potencial e o interior do 
axônio passa a ser positivo (despolarização). 
Esse conjunto de alterações sequenciais que garante a transição de potencial é chamado 
de potencial de ação. Essa mudança faz com que os canais de Na+ fechem-se e provoca a abertura dos 
canais de K+. O íon K+ começa a sair por difusão, e o potencial de repouso da membrana retorna ao 
normal (repolarização). 
A velocidade de deslocamento de um impulso ao longo de um nervo depende da intensidade do 
estímulo e da propriedade do mesmo. Para que ocorra um potencial de ação o estímulo deve ter uma 
intensidade que é chamada limiar. A grandeza do potencial de ação (impulso) provocado em alguma 
9 
 
fibra é independente da força do estímulo excitante, sempre que este seja adequado. Um estímulo 
elétrico abaixo do limiar não provoca nenhum potencial de ação desencadeado; se ocorrer um estímulo 
e valor maior que o limiar, é gerado um potencial de ação (impulso nervoso) de grandeza máxima. 
Então, ou a fibra não responde, ou dar a resposta com toda a sua capacidade. Isto porque potencial de 
ação é produzido pela concentração de íons do lado interno e externo da membrana e, portanto, gera 
um potencial de ação total ou nada ocorre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neurônicos e sinapses 
 
 
Definição: As sinapses são zonas ativas de contato entre 
uma transmissão nervosa e outros neurônios, células 
musculares ou células glandulares. A sinapse é 
constituída de membrana da célula pré-sináptica, fenda 
sináptica e membrana pós-sinaptica. 
 As sinapses nervosas podem ser de dois tipos: química 
ou elétricas. 
 Química: Forma de comunicação dos neurônios com 
outros neurônios ou com as células efetuadoras por meio 
de mediadores químicos denominados 
neurotransmissores (NT). Os NT são sintetizados pelos 
próprios neurônios e armazenados dentro de vesículas. A 
membrana do terminal que libera os NT denomina-se membrana pré-sináptica e a 
imediatamente vizinha, membrana póssinaptica. Entre elas há um espaço em torno de 100-500A 
chamado fenda sináptica. A interação dos NT com a membrana pós-sinaptica é realizada por 
meio de receptores protéicos altamente específicos. Além dos NT, os neurônios sintetizam 
mediadores conhecidos como neuromoduladores cujo efeito é o modular (controlar, regular) a 
transmissão sináptica. 
 Elétrica: Comunicação nervosa que dispensa mediadores químicos; a neurotransmissâo é 
estabelecida através da passagem direta de íons por meio das junções abertas ou comunicantes. 
A transmissão da informação é muito rápida, mas oferece quase nenhuma versatilidade quanto 
ao controle da neurotransmissão. São particularmente úteis nas vias reflexas rápidas e nas 
respostas sincrônicas de alguns neurônios do SNC. 
Fonte: Google imagens 
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10 
 
 
Todas as funções do sistema nervoso são executadas por dois tipos de célula: os neurônios e as células 
gliais. Há centenas de tipos morfológicos diferentes de neurônios. Não obstante, as capacidades do 
cérebro surgem não apenas do formato dos neurônios, mas também das conexões que fazem entre sim, 
da seletividade dos canais de íons e receptores em suas membranas, bem como dos padrões de 
atividade para os quais esses canais de íons contribuem. 
Como ocorre com a maioria das células, o corpo celular do 
neurônio consiste num núcleo, retículo endoplasmático, 
ribossomos, aparelho de golgi e mitocôndrias. Ao contrário de 
outras células do corpo, um neurônio tem dendritos e um axônio. 
Os dendritos surgem do corpo celular e servem de locais para 
receber informação de outros neurônios. A maioria dos neurônios 
possui um único axônio que emerge do corpo celular no cone de 
implantação do axônio. O axônio é a principal via pela qual uma 
célula nervosa envia sinais para outros neurônios. Na 
extremidade distal de um axônio, estão especializações 
denominadas botões terminais ou sinápticos, e ao longo de alguns 
tipos de axônio também pode haver especializações sinápticas 
denominadas botões de passagem. Os botões sinápticos são 
tumefações que contêm vesículas cheias de neurotransmissor e 
formam sinapses químicas com outros neurônios. Os neurônios 
comunicam-se mediante a liberação de um neurotransmissor a 
partir do neurônio pré-sináptico, que se liga a receptores no neurônio pós-sináptico, causando uma 
alteração no potencial de membrana denominada potencial pós-sináptico. 
As sinapses podem ser encontradas nos corpos celulares, nos dendritos, no segmento inicial dos 
axônios, nos botões sinápticos e nas gêmulas dos axônios, mas também são encontradas nos músculos, 
bem como em certos órgãos, como o coração. 
Os axônios podem ser circundados por um envoltório de mielina formado por células gliais, que 
serve como um isolante e impede a passagem de corrente. A velocidade com que um impulso nervoso 
segue pelo axônio depende do diâmetro deste e da intensidade do seu isolamento. 
Em geral, os axônios encontram-se unidos em um feixe tanto no SNC como no SNP. Os termos trato 
e fascículo são usados para descrever um feixe de axônios paralelos no cérebro e na medula espinhal, e 
os feixes similares de axônios na periferia podem ser chamados de nervo, fibra nervosa ou feixe 
nervoso. Com base em seu formato, os neurônios são classificados como pseudo-unipolares, bipolares 
e multipolares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google imagens 
Fonte: Google imagens 
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Seus corpos celulares estão localizados no gânglio, e um único processo estende-se do corpo 
celular, dividindo-o em ramos central e periférico. O processo central funciona como um axônio, 
levando informação para as células no SNC. O processo periférico também funciona como um axônio, 
conduzindo informação a partir de um receptor especializado em sua extremidade distal. A grande 
maioria dos neurônios no SNC é multipolar, tendo um axônio e vários dendritos. 
Os neurônios podem ser classificados, com base em sua função, em sensoriais (aferentes) ou 
motores (eferentes), e se emitem projeções localmente ou a distância. Os neurônios também são 
descritos com base no neurotransmissor que contêm. 
 
Quanto as sinapses ... 
 
 CURIOSIDADE 
 
 
As sinapses elétricas são verificadas em vários artrópodes, anelídeos, celenterados e moluscos e, 
provavelmente, é comum em algumas partes do sistema nervoso central de vertebrados. Sendo que 
muitas das sinapses conduzem igualmente bem nas duas direções, porém em outras, a região de contato 
permite apenas que a corrente seja transmitida da área pré-sináptica para a pós-sináptica e não no 
sentido inverso. 
Nos peixes a reação de fuga, geralmente acontece com a batida repentina da cauda, seguida por a 
natação ondulatória. Isso ocorre devido a atuação das células nervosas, de tamanho grande, que são 
denominadas células de Mauthner, que estão localizadas no cérebro dospeixes teleósteos. Essas células 
recebem um intenso suprimento de células nervosas, e a maioria formando sinapses elétricas ao invés 
de químicas. 
As células de Mauthner integram e retransmitem informações dos órgãos sensoriais e do cérebro 
para os nervos motores. Elas reagem às informações sensoriais, principalmente, produzidas por 
distúrbios mecânicos na água, e em resposta aos distúrbios, a célula de Mauthner descarrega um único 
impulso para o grande axônio, (principal via de saída da célula de Mauthner) e provoca uma contração 
muscular rápida e vigorosa. 
 
Ênfase na SINAPSE QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Google imagens 
12 
 
A extremidade de um axônio é arredondada e tem a forma de um botão, que é denominado botão 
do axônio. Essa parte é que fica em contato com um dendrito de um outro neurônio. O axônio com a 
célula não se funde, porque existe um estreito espaço que é a fenda sináptica. O botão é uma estrutura 
pré-sináptica que contém pequenas vesículas que estão presentes em todas as sinapses química. Em 
todo o reino animal a fenda sináptica e sua largura são semelhantes. Quando ocorre a transmissão de 
um impulso elétrico do botão pré-sináptico para o neurônio pós-sináptico, uma substância química 
transmissora é liberada, e se difunde através da fenda sináptica, afetando a membrana pós-sináptica. 
No momento em que um impulso elétrico alcança o botão pré-sináptico ocorre alteração no 
potencial de membrana que permite o influxo de cálcio na terminação nervosa. Os íons atravessam 
canais de cálcio que normalmente estão fechados, mas se abrem em resposta a alteração da membrana. 
O aumento de cálcio estimula as vesículas presentes na membrana pré-sináptica a liberar as substâncias 
químicas transmissoras. Na falta do cálcio, pouco ou nenhum transmissor é liberado. 
A acetilcolina é o transmissor na junção muscular, que rapidamente se difunde através da fenda 
sináptica em direção membrana pós-sináptica onde as moléculas de acetilcolina ligam-se a receptores 
específicos. As proteínas de membrana pós-sináptica, são moléculas receptoras que formam canais, 
considerados portões químicos ou de ligantes, que normalmente estão fechados, mas se abrem em 
respostas à acetilcolina e possibilitam o influxo de sódio e potássio. 
Para cada molécula do canal deve ter duas de acetilcolina para que a abertura possa ocorrer. Nas 
sinapses químicas, os impulsos ocorrem em apenas uma direção, no sentido da propagação do impulso 
em um neurônio, porque a transmissão depende da liberação de substância transmissora, que só se 
encontra no botão pré-sináptico, por isso não tem como a transferência de impulsos ocorrer na direção 
oposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOLOGIA DO SISTEMA SENSORIAL 
 
Os receptores sensoriais existentes nos animais, ponto de contato entre o mundo externo e o 
sistema nervoso, permitem a captação e a transdução de todo tipo de estímulos ambientais, sejam ondas 
eletromagnéticas, ondas mecânicas ou moléculas (estímulos químicos). Os mecanismos de transdução 
das diferentes modalidades sensoriais serão revistos, juntamente com as regiões encefálicas envolvidas 
com o processamento primário dos estímulos ambientais, ainda evidenciando a relação do habitat e 
estilo de vida de diferentes organismos com seus sistemas sensoriais. 
Fonte: Google imagens 
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O sistema nervoso de qualquer organismo pode ser modelado em sua forma mais simples como 
um sistema que possui entrada de dados (células receptoras), nenhum ou algum processamento do 
sinal (interneurônios) e um sistema de saída (células efetoras) (Fig. 1). 
 
 
 
 
 
 
O arranjo mais simples possível é chamado arcorreflexo, em que uma única célula recebe o 
estímulo em um ponto do organismo e diretamente atua como uma célula efetora. Esse arranjo já 
permite uma série de respostas comportamentais úteis à sobrevivência. Eventualmente, modificou-se 
para um arranjo com duas células: uma receptora e outra efetora, formando um arcorreflexo 
monossináptico (e.g. reflexo patelar). Ressalta-se que a comunicação entre as duas células já poderia 
representar uma forma de modulação do sinal e, portanto, flexibilizar o comportamento. 
As células receptoras, de agora em diante chamadas receptores sensoriais, são responsáveis por 
transduzir (isto é, transformar uma forma de energia em outra) o estímulo ambiental em um sinal 
elétrico que possa ser processado pelo SNC. Os receptores tendem a ser muito específicos e, somado ao 
arranjo no qual estão dispostos, respondem preferencialmente a um tipo de estímulo. 
A luz tem excelentes propriedades direcionais e a maior velocidade de deslocamento conhecida, 
sendo muito fiel para retratar mudanças no ambiente, especialmente mudanças rápidas. Dois terços 
dos filos animais tem órgãos sensíveis à luz, como os olhos (órgãos especializados para captação de luz). 
O sistema somático sensorial fornece informações sobre as sensações corporais. O estado dos 
ambientes interno e externo de um animal é detectado e interpretado por esse sistema. Receptores 
especializados ‘traduzem’ as sensações de toque, pressão, temperatura e dor. Impulsos sensoriais são 
transmitidos ao longo dos neurônios que se conectam à medula espinhal, ao tronco cerebral e, por fim, 
ao córtex, onde as sensações físicas são ‘percebidas’. 
O sistema somático sensorial está envolvido perpetuamente no funcionamento diário dos 
animais. O contato físico entre os animais, bem como entre eles e as pessoas, envolve a ativação dos 
receptores de toque e pressão. O toque é parte essencial da socialização normal entre os animais e na 
formação da ligação entre eles e os seres humanos. O desempenho atlético de um equino de corrida e 
um cão da raça Greyhound requer interações complexas de receptores que detectam as posições 
musculares e articular instantânea com os sistemas visual e vestibular. O sucesso da predação por um 
felino requer a participação desses sistemas. 
A detecção da dor avisa quanto ao dano tecidual iminente e pode refletir lesão interna crônica. 
Qualquer que seja a causa, a expressão da dor varia muito entre os animais e, comumente, confunde a 
interpretação humana. É evidente que os animais ‘sentem’ dor. Não há dúvida de que a cólica aguda 
grave (p. ex., em decorrência de torção intestinal) de um equino é dolorosa e debilitante. Contudo, a 
percepção da dor pode ser modificada pelos sistemas endógenos de supressão da dor, estando 
implicados tanto mecanismos neuronais como hormonais. Por exemplo, um equino pode ‘ignorar’ a sua 
Fonte: Google imagens 
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dor e fugir de um predador, apesar de ter uma lesão externa grave. A ativação desses sistemas pode 
contribuir para garantir a sobrevivência de um animal em condições adversas. 
 
Visão geral 
 
 As sensações somáticas e viscerais são 
detectadas por neurônios anatomicamente 
‘equipados’ com órgãos dos sentidos e os seus 
terminais periféricos. Esses órgãos dos sentidos são 
específicos, porque respondem a certos tipos de 
estímulos (ex., toque leve e pressão). Eles não 
conhecidos como receptores sensoriais. Os axônios 
dos neurônios sensoriais são denominados aferentes 
sensoriais, porque conduzem os impulsos nervosos 
na direção da medula espinhal e do cérebro. Os 
receptores sensoriais podem ser encontrados na 
pele, na parede corporal, nos músculos, nos tendões, 
nas articulações, no tentório (Def. superfície que 
envolve, cobrindo a face superior do cerebelo, 
sustentando os lobos occipitais do cérebro) e nos 
órgãos viscerais. 
A maioria dos receptores sensoriais corresponde a mecanorreceptores, sensíveis a 
manipulações físicas, como estiramento, endentação e tensão. Os termorreceptores respondem a 
alterações na tensão e na articulação musculares, bem como sinalizam a posição corporal. Os 
nociceptores respondem a estímulos prejudiciais que incluem extremos de temperatura, distensão 
súbita ou grave, substâncias químicas,bem como ao excesso de íons de hidrogênio. Coletiva ou 
individualmente, esses receptores medeiam às sensações somáticas de toque, pressão, temperatura, 
posição corporal e dor. Exemplos de vários tipos de receptor encontrados na pele. 
 
 Manorreceptores: Estes respondem ao deslocamento do tecido. Eles estão presentes na pele, 
nos órgãos digestivos, no coração, nos vãos sanguíneos e na gengiva. Foram identificados quatro 
manorreceptores histologicamente distintos na pele: o disco de Merkel, a terminação de Ruffini, o 
corpúsculo de Meissner e o corpúsculo de Pacini, os quais contribuem para as sensações de toque, 
pressão e vibração. Os mecanorreceptores podem ser encontrados tanto na pele como pêlos como na 
glabra. Sem dúvida, a pele é o maior órgão sensorial do corpo e proporciona tanto proteção como uma 
Fonte: Google imagens 
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enorme área superficial para receber informação tátil. 
 Nociceptores: São terminações livres não-mielizadas nos neurônios sensoriais. Tais receptores 
sinalizam lesão tecidual iminente ou em andamento. Os nociceptores são seletivos quando aos tipos de 
estímulo nocivo ou ‘doloroso’ aos quais respondem. Os três principais tipos de nociceptor parecem ser 
os mecânicos, térmicos e químicos. Eles respondem a estímulos mecânicos deformantes, como 
beliscões, apertões e extremos de pressão. Tipicamente, não respondem a substâncias químicas nocivas 
ou temperatura, a menos que sejam sensibilizados. Os nociceptores são encontrados na pele, nos 
músculos, nas articulações, na maioria dos órgãos internos e nos vasos sanguíneos. 
 
 Termorreceptores: Praticamente todos os 
neurônios são afetados pela temperatura. A temperatura 
altera a excitabilidade das membranas hiperemia local e 
inflamação induzidas pelo congelamento. A frequência de 
disparo dos termorreceptores típicos de frio e calor é 
vista na figura 03. (45.6). Os termorreceptores 
geralmente adaptam-se a temperaturas constantes por 
vários segundos. No entanto, respondem de maneira mais 
significativa a alterações súbitas na temperatura cutânea. 
Depois da exposição inicial, a maioria dos individuos se 
adapta a alterações climáticas súbitas. Esses exemplos 
servem para ilustrar a siginificativa experiência sensorial 
mediada pelor termorreceptores. 
 
 
SENSIBILIDADE: “É a capacidade de detectar e processar 
a informação sensorial que é gerada por um estímulo proveniente do ambiente 
interno e externo ao corpo”. 
 
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA SENSIBILIDADE: Identificar e se proteger em ambientes de perigo; 
desenvolver instrumentos que otimizam a percepção; desenvolver instrumentos para as pessoas com 
déficits sensoriais. 
 
TIPOS DE SENSIBILIDADE: Sensibilidade especial (visão, audição, olfato, gustação, equilíbrio) e 
sensibilidade somática (tato, temperatura, dor e propriocepção). 
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 A sensibilidade somática estuda como os 
diferentes tipos de sensibilidade somática (tato, 
propriocepção, temperatura e dor) são detectados, 
transmitidos e processados no SNC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
VISÃO 
 
 A faixa de radiação eletromagnética utilizável pelos animais como luz é relativamente estreita, 
como vista na imagem a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É o processo fisiológico por meio do qual se distinguem as formas e as cores dos objetos. Em 
linhas gerais o olho funciona como uma câmara fotográfica que projeta uma imagem invertida no 
mundo exterior em sua porção interna posterior, onde existe um revestimento fotossensível, a retina, 
que envia informações codificadas ao SNC, dando ao indivíduo a sensação da visão. 
O olho é uma estrutura fotossensível de alta complexidade capaz de detectar com enorme 
precisão a forma, a cor e a intensidade de luz refletida dos mais diversos objetos. O olho é constituído 
de três túnicas dispostas concentricamente: Camada externa (fibrosa): formada pela esclera e pela 
córnea. Camada média ou túnica vascular: Constituída pela coroide, pelo corpo ciliar e pela íris. Camada 
interna nervosa (fotossensitiva): Composta pela retina, que se comunica, através do nervo óptico, com o 
cérebro. 
 
Fonte: Google imagens 
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Camada externa ou túnica fibrosa: opaca, 
esbranquiçada nos seus cinco sextos 
posteriores. 
Esclera: formada por tecido conjuntivo rico em 
fibras colágenas que se entrecruzam e seguem 
direções paralelas a superfície do olho. 
 
Camada média ou túnica vascular: Constituída 
de coroide, o corpo ciliar e a íris. A coroide é 
uma camada rica em vasos sanguíneos. O 
corpo ciliar é uma dilatação da coroide na 
altura do cristalino, tem aspecto de um anel 
espesso, contínuo revestindo a superfície interna da esclera. A íris é um prolongamento da coroide que 
cobre parte do cristalino. A íris tem um orifício circular central, a pupila. A sua superfície anterior é 
irregular, apresentando fendas e elevações, ao contrário da superfície posterior, que é lisa. 
 
Camada interna nervosa: a retina fica na parte interna do globo ocular e é formada por duas porções: 
posterior sensitiva e anterior não-sensitiva ou cega. A parede mais externa da retina originará uma fina 
camada de epitélio cúbico simples, composta de células pigmentares (epitélio pigmentar da retina). A 
outra parte da retina (mais interna) é constituída de fotorreceptores. Essas camadas não estão 
fortemente unidas uma à outra, enquanto que a camada pigmentar está muito aderida à coróide. 
 
Cristalino: É uma lente gelatinosa, elástica e convergente que focaliza a luz que entra no olho, formando 
imagens na retina. A distância focal do cristalino é modificada por movimento de um anel de músculos, 
os músculos ciliares, permitindo ajustar a visão para objetos próximos ou distantes. 
 
ESTRUTURAS ACESSÓRIAS DO OLHO 
 
 Conjuntiva: membrana mucosa que reveste a parte anterior da esclerótica e a superfície interna 
das pálpebras. 
 Pálpebras: São dobras flexíveis de tecidos, que protegem o globo ocular. Constituem-se de: pele, 
feixe de músculos estriados, camada de tecido conjuntivo e camada mucosa. 
 
 
Os animais utilizam a visão como finalidade principal de: 
 Caça; Defesa; Orientação; Reprodução. 
 
Abelhas – Elas conseguem perceber quase um círculo completo. Os olhos do 
inseto são equipados com um campo de visão de 280 graus, mais de duas vezes 
e meia os 100 graus que formam o campo de visão humano. As abelhas não 
conseguem perceber a cor vermelha, mas podem perceber ultravioleta, azul 
violeta, azul, verde, amarelo e laranja. Os olhos compostos, de superfície 
hexagonal, permitem uma visão panorâmica dos objetos afastados, aumentando-os em 60 vezes. 
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Camaleão – Esse lagarto pertence a uma espécie 
privilegiada pela natureza, porque se trata de uma 
das poucas espécies que conseguem mover os seus 
órgãos de visão em diferentes direções, o que lhe 
permitem enxergar adiante e atrás, em cima e 
embaixo, simultaneamente. O cérebro desses 
animais é capaz de interpretar duas visões ao mesmo tempo. Tal finalidade é capaz de encontrar 
alimentos e fugir de predadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ruminantes - A maioria dos ruminantes tem uma cobertura reflexiva no fundo de seus olhos que atua 
como um intensificador da luz que penetra no olho, permitindo que vejam bem em condições de luz 
escassa. Estima-se que um bovino pode ver quatro vezes melhor que um humano sob condições de 
baixos níveis de iluminação. Essa cobertura reflexiva é a que brilha quando se dirige a luz de um farol 
aos olhos do animal. 
 
AUDIÇÃO 
 
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O órgão vestíbulo-coclear é responsável pela audição e equilíbrio. As estruturas envolvidas dão-
se pelo: ouvido externo (pavilhão da orelha, meato acústico externo e membrana do tímpano), ouvido 
médio (tuba auditiva, ossículos auditivos, janela oval e redonda), ouvido interno (labirinto ósseo e 
labirintomembranáceo). 
 
 O pavilhão da orelha: é formado por cartilagem elástica, coberta por uma fina camada de pele de 
ambos os lados, contendo glândulas sebáceas. É importante na captação do som; 
 Meato acústico externo: canal que segue do pavilhão da orelha até a membrana timpânica; 
 Membrana do tímpano: é responsável pela transmissão das ondas sonoras para ossículos do 
ouvido médio. 
 
O ouvido médio é dividido em Labirinto ósseo (revestido por endósteo e está separado do labirinto 
membranoso pelo espaço perilinfático que está cheio de um líquido claro denominado perilinfa. 
Compõem: Canais semicirculares, o vestíbulo e a cóclea. Já o ouvido interno em canais 
semicirculares: epitélio pavimentoso simples e tecido conjuntivo; vestíbulo: comunica-se com 
canais semicirculares e cóclea; Órgãos de corti: são sensíveis a vibrações. Formados por células 
pilosas externas e internas. Ficam cobre a membrana basiliar, com estereicílios ligados a membrana 
tectória. 
 
FUNÇÕES 
Vestibular: movimento que mudam ângulo da cabeça, deslocam otólicos que por sua vez movem 
camada gelatinosa. Esse movimento, dependendo da orientação, movimentará estereocílios num 
sentido em que gerará despolarização destas células ou inibição. Nos canais semicirculares, o 
movimento da endolinfa devido a rotação, movimentará cúpula, deslocando estereocílios das células 
que irão gerar também uma resposta por parte destas células. 
Coclear: quando estímulos sonoros entram pela janela oval da cóclea, ocorre uma movimentação do 
fluido coclear. Este por sua vez, vibra membrana basilar que se desloca em relação à tectória. Isso 
movimenta cílios, provocando despolarização, com consequente ativação ou inibição de neurônios 
que transmitirão esses impulsos gerando, posteriormente uma resposta auditiva. 
 
Como ouvimos? As ondas sonoras, depois de atingirem o pavilhão auricular, são conduzidas pelo 
canal auditivo externo até a membrana do tímpano. As vibrações do tímpano são amplificadas pelos 
ossículos, no ouvido médio, e transmitidas ao caracol ou cóclea, no ouvido interno. As vibrações são 
convertidas em impulsos elétricos, nas células nervosas da cóclea, que são enviados ao cérebro 
através do nervo auditivo. A cóclea transforma o som em sinais elétricos; os axônios conduzem estes 
sinais para núcleos cocleares; a vida ascendente projeta-se para o tálamo e os sinais chegam então 
ao lobo temporal. 
 
GUSTAÇÃO 
 
A gustação está presente na maioria dos vertebrados e depende de receptores específicos na 
língua, que detectam cinco qualidades: amargor, acidez, doçura, salinidade e umami. Há claras razões 
adaptativas para a seleção de tais receptores. Curiosamente, felinos não possuem receptores para 
doçura. 
Os animais tendem a ingerir rapidamente tudo o que é doce ou salgado; doçura indica presença 
de açúcares, claramente um alimento. Já receptores para sal, indicam a presença de cloreto de sódio, 
20 
 
extremamente importante para o equilíbrio eletroquímico do organismo. Por outro lado, substâncias 
amargas ou azedas serão evitadas. Acidez é um indicativo de decomposição, resultado da ação 
bacteriana. Já o amargor é um excelente indicativo da presença de alcalóides potencialmente venenosos 
produzidos por plantas. Umami é um sabor relacionado à presença de glutamato monossódico, 
substância naturalmente presente em carnes, queijos e alguns vegetais. Um sexto tipo de receptor 
poderia também detectar a presença de ácidos-graxos nos alimentos; de fato, trabalhos recentes 
indicam respostas celulares causadas pela presença de ácidos graxos 
Específicos. 
As vias neurais da gustação se dão através do núcleo posteromedial ventral do tálamo para a 
base do córtex frontal e para o córtex insular. Outras projeções se dão para a amígdala e hipotálamo. 
Sugere-se que a via hipotalâmica sirva para mediar efeitos reforçadores de sabores doces e salgados. 
 
 
FISIOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
 A fisiologia cardiovascular consiste no estudo das funções do coração, bem como dos vasos 
sanguíneos e do sangue, e o funcionamento de todo esse sistema diante o transporte do sangue 
juntamente com nutrientes para todo o organismo animal, bem como a eliminação de resíduos. 
 A função primária do sistema cardiovascular é o transporte. A corrente sanguínea transporta 
numerosas substâncias essenciais a vida do animal e a saúde, incluindo oxigênio e nutrientes. Também 
executa importante função, como através do sangue, permitir a remoção de dióxido de carbono e outros 
produtos resultantes de cada célula, e os envia aos pulmões, rins ou ao fígado, onde assim serão 
eliminados. 
 O sangue transporta os substratos metabólitos necessários para cada célula do organismo, 
incluindo oxigênio, glicose, aminoácidos, ácidos graxos e vários lipídeos. Também transporta de cada 
célula vários metabólitos a serem eliminados, incluindo dióxido de carbono, ácido lático, resíduos 
nitrogenados do metabolismo de proteínas e calor. O sistema cardiovascular também transporta 
mensageiros químicos, os hormônios, que são sintetizados e liberados pelas células de um órgão e são 
carreados por intermédio da corrente sanguínea a outras células num outro órgão, onde alteram a 
função deste. O sangue também transporta água e eletrólitos, incluindo sódio, potássio, cálcio, 
hidrogênio, bicarbonato e íons cloreto. 
 
Mas RELEMBRANDO, o que é ANGIOLOGIA? 
 
 É a descrição dos órgãos da circulação do sangue e da linfa; o 
coração e os vasos. 
 
ESTRUTURAS 
 
CORAÇÃO: é o órgão central, muscular, oco que funciona como uma 
bomba contrátil-propulsora. O tecido muscular que forma o coração é do 
tipo estriado cardíaco, e constitui sua camada média, o miocárdio, 
internamente ao miocárdio existe o endocárdio e externamente ao miocárdio há uma serosa 
revestindo-o, denominada epicárdio. A cavidade do coração é subdividida em 4 câmaras (2 átrios e 2 
ventrículos) e entre estes existem 2 orifícios com dispositivos orientadores da corrente sanguínea: são 
21 
 
as válvulas. Ao átrio direito chegam às veias cava cranial e caudal e a veia coronária. Do ventrículo 
direito sai à artéria pulmonar. Ao átrio esquerdo chegam às veias pulmonares. Do ventrículo esquerdo 
sai à artéria aorta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VASOS: os vasos sanguíneos lembram as ramificações de uma árvore. As artérias se dividem em ramos 
menores, as arteríolas que por sua vez se dividem em ramos menores, os capilares. Estes se unem para 
formar as vênulas, que por sua vez formam as veias que desembocam no átrio direito do coração. 
 
ARTÉRIAS: são estruturas tubulares que levam sangue do coração para os órgãos. As maiores artérias 
são conhecidas como artérias elásticas, porque uma grande porção de sua parede se compõe de tecido 
elástico. As artérias menores contêm maior quantidade de músculo liso em suas paredes, o que controla 
o calibre dos vasos. 
 
CAPILARES: são tubos de diâmetro minúsculo, compostos quase que exclusivamente de endotélio. A 
parede do capilar atua como uma membrana semipermeável permitindo que água, oxigênio e 
nutrientes deixem a corrente sanguínea. 
VEIAS: os capilares se unem para formar vênulas, que por sua vez foram veias cada vez maiores. As 
veias apresentam um diâmetro interno maior do que as artérias que acompanham, com aparência mais 
finas, com pequena quantidade de tecido muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA 
 
Para o funcionamento da circulação sanguínea a presença de uma bomba, em condições de 
colocar o sangue em circulação, é de fundamental importância. A função de bomba é desenvolvida pelo 
Fonte: Google imagens 
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coração, um órgão central do aparelho circulatório. Nos animais inferiores, o coração é simples, 
aumentando a complexidade estrutural e funcional de acordo com a progressão da escala zoológica. 
Nos invertebrados mais simples a circulação ocorre por difusão:a substância necessária ao organismo 
e as que devem ser eliminadas passam através da membrana que envolve o corpo do animal. 
O sistema circulatório, nos diversos organismos, pode ser aberto ou fechado. O sistema aberto é 
típico de muitos invertebrados, os quais a maioria tem o sistema circulatório bem desenvolvido, a 
exemplo dos moluscos, anelídeos, equinodermos e artrópodes. No sistema aberto, o ciclo não é 
completo, pois existem interrupções nos vasos sanguíneos fazendo com que o sangue flua mais ou 
menos livre entre os tecidos antes de retornar ao coração, de onde o sangue inicialmente foi bombeado. 
Isto significa que o sangue (hemolinfa) não segue um caminho claramente definido, mas é distribuído 
diretamente nas células nas quais ele entra em contato. 
Nos vertebrados, entre eles o homem, o sistema circulatório é do tipo fechado, formado de um 
circuito vascular completo, com um sistema de distribuição, um sistema capilar, e um sistema de 
recolhimento. Este tipo de sistema circulatório é chamado de fechado porque o sangue permanece 
dentro dos vasos, sem sair, e o sangue realiza trocas através das paredes dos capilares. 
 
Sistema aberto Sistema fechado 
Normalmente sistemas de baixa pressão Normalmente sistemas de alta pressão 
Pressões moderadas e baixas Pressão alta requer grande resistência periférica 
Possível manutenção da pressão Pressão alta mantida entre as batidas do coração, 
requer paredes elásticas 
Semelhante aos sistemas fechados Sangue transportado diretamente para os órgãos 
Distribuição de sangue regulada menos 
facilmente 
Distribuição bem regulada para diferentes órgãos 
O sangue retorna ao coração frequentemente de 
forma lenta 
O sangue retorna rapidamente para o coração 
 
 
 
CURIOSIDADES DO SANGUE 
 
O sangue consiste em plasma sanguíneo e de células sanguíneas. 
Nas células sanguíneas diferencia-se os glóbulos vermelhos 
(eritrócitos) e os glóbulos brancos (leucócitos) assim como as 
plaquetas sanguíneas. O sangue apresenta inúmeras funções, tais 
como: 
 Função respiratória: com o auxílio da hemoglobina dos 
eritrócitos, dá-se o transporte de oxigênio do pulmão para 
dentro dos tecidos. O sangue também serve para o transporte 
de ácido carbônico para os pulmões. 
 Função de nutrição: com o auxílio do sangue ocorre um 
transporte de substâncias nutritivas a partir do canal 
intestinal para as células, ocorrendo ainda um suprimento 
uniforme de todos os tecidos com ligações indispensáveis à 
vida. 
 Função de excreção: transporte de produtos finais do metabolismo para os órgãos excretórios. 
23 
 
 Função de defesa: com o auxílio dos anticorpos, das enzimas e dos leucócitos, o sangue está em 
condições de participar nos processos de defesa contra microrganismos, corpos estranhos e 
toxinas, entre outros. 
 Função de regulação do equilíbrio hídrico do organismo: a água que entre em excesso é 
depositada nos espaços intersticiais, para em seguida ser eliminada pelos rins, pulmões e pele. 
 Função de regulação de pH: com base na alta capacidade de tamponamento, o sangue está em 
condições de manter o pH dentro de limites muitos estreitos. 
 Função de regulação da pressão osmótica: em consequência da regulação da concentração 
protéica e salina no sangue, a pressão osmótica é mantida dentro de limites muito estreitos. 
Isto é importante para os processos de trocas nos capilares e para o equilíbrio hídrico dos 
tecidos. 
 Função de transporte hormonal: o sangue transporta os hormônios e, portanto, juntamente 
com o sistema nervoso, serve para a coordenação das funções orgânicas em todo o organismo. 
 Função de distribuição do calor: o sangue assimila o calor formado durante os processos 
metabólicos e distribui por todo este calor. 
 Regulação da pressão sanguínea: neste caso, são importantes as alterações do volume 
sanguíneo. Uma redução do volume sanguíneo leva geralmente a uma redução da pressão 
sanguínea e vice-versa. 
 
CIRCULAÇÃO NOS VERTEBRADOS 
 
A circulação sanguínea nos mamíferos é 
definida como dupla e completa, porque o coração 
apresenta uma completa separação entre parte 
direita e a esquerda, onde passam, respectivamente, 
sangue pobre de oxigênio e sangue oxigenado, que 
não se misturam entre eles porque as duas metades 
do coração funcionam autonomamente. 
São vários os tipos de circulação sanguínea 
nesses animais, e são classificados como: circulação pulmonar, circulação sistêmica, circulação porta-
hepática e circulação fetal. 
Circulação Pulmonar: o sangue desoxigenado é conduzido para o átrio direito através das veias 
cava cranial e caudal, passando daí para o ventrículo direito que o bombeia dentro da artéria pulmonar. 
Esta se divide em dois ramos que se dirigem para cada um dos pulmões enviando sangue nos capilares 
pulmonares. Nos pulmões ocorre às trocas gasosas, e o sangue passa de desoxigenado á oxigenado. O 
sangue vai então para as veias pulmonares. Estas entregam o sangue ao átrio esquerdo, completando 
assim a circulação pulmonar. O conjunto circulação pulmonar e coração recebem a denominação de 
circulação central. 
 
24 
 
 Circulação Sistêmica: deixando o coração, 
a aorta dirige-se dorsal e depois 
caudalmente. As suas primeiras 
ramificações são as artérias coronárias, 
direita e esquerda, que se encarregam da 
irrigação do tecido cardíaco. A ramificação 
seguinte é o tronco braquiocefálico que 
irriga o pescoço, a cabeça e os membros 
anteriores. 
Após atravessar o diafragma, a aorta 
dá origem á artéria celíaca que, através 
dos ramos gástrico, esplênico e hepático, 
irriga respectivamente estômago, baço e 
fígado. Em seguida aparecem as artérias 
mesentéricas cranial e caudal, irrigando o 
intestino; artérias renais, que irrigam os rins e órgãos da 
reprodução. Finalmente, a aorta dá origem às artérias ilíacas, que 
suprem a região pélvica, genitália e membros posteriores e cauda. Com algumas exceções 
as veias que retornam ao coração acompanham as artérias do mesmo nome. O sangue da 
região posterior do corpo é drenado pela veia cava caudal, sendo entregue ao átrio direito. 
Os vasos sanguíneos entre a aorta e a veia cava, são denominados coletivamente circulação 
sistêmica. A circulação pulmonar e a sistêmica estão dispostas em série, isto é, o sangue 
tem de passar através dos vasos pulmonares a cada passagem pela circulação sistêmica. 
 
 Circulação Porta-hepática: o sangue que 
deixa os capilares gástricos, esplênicos ou 
mesentéricos entre na veia porta. A veia porta 
carreia sangue venoso vindo do sistema digestivo 
para o fígado, onde o sangue passa através de outro 
conjunto de capilares antes de retornar ao coração. 
Esta disposição de dois sistemas de leitos capilares 
em série é conhecida por sistema porta. Este 
sistema permite que os nutrientes que foram 
absorvidos no trato gastrintestinal sejam levados 
diretamente para o fígado, onde são transformados 
para armazenamento ou passam para a circulação geral. O fígado também recebe alguma 
quantidade de sangue diretamente da aorta por intermédio da artéria hepática. Os rins 
contêm um segundo exemplo de sistema porta. O sangue adentra o rim através da artéria 
renal e passa por dois conjuntos de capilares (glomerular e tubular) antes de retornar à 
parte venosa da circulação sistêmica. Grandes quantidades de água, eletrólitos e outros 
solutos são filtrados no sangue conforme passa pelos capilares glomerulares. A maioria 
desse material filtrado é reabsorvida para a corrente sanguínea enquanto flui pelos 
capilares peritubulares. O restante passa a fazer parte da urina. O terceiro sistema porta é 
encontrado no cérebro e é importante no controle da secreção hormonal da glândula 
ptuitária. Depois de passar por capilares, no hipotálamo, o sangue entra nos vasos que 
levam à glândula ptuitária anterior (adenohipófise). Substâncias que foram liberadas pelo 
Fonte: Google imagens 
Fonte: Google imagens 
25hipotálamo atuam na hipófise para estimular ou inibir a secreção de hormônios 
específicos. 
 
 Circulação Fetal: durante a gestação, o feto 
depende da mãe para o fornecimento de 
nutrientes, água e oxigênio e para a 
eliminação do gás carbônico e outros 
metabólitos. A maior parte destas trocas 
ocorre entre o sangue fetal e o materno, ao 
nível da placenta, sem que haja mistura dos 
mesmos. O sangue da aorta é transportado 
para a placenta através de duas artérias 
umbilicais. Após circular pelos capilares 
placentários, o sangue retorna pela veia 
umbilical. Esta atravessa o anel umbilical e 
penetra no fígado do feto, ramificando-se. 
Um ramo da veia umbilical liga-se a um 
ramo da veia porta, formando o duto 
venoso que se dirige diretamente para a 
veia cava caudal. 
Os demais ramos da veia umbilical 
capilarizam-se no fígado, ligando capilares 
da artéria hepática e da veia porta; este 
sangue através das veias hepáticas ganha a 
veia cava caudal. A veia cava caudal penetra o átrio direito do 
coração onde uma grande parte deste sangue, relativamente rico em oxigênio, dirige-se por 
uma elevação da parede do átrio e através do forame oval para o átrio esquerdo. Do átrio 
esquerdo o sangue da veia cava caudal e das veias pulmonares passa através do orifício 
auriculoventricular, para o ventrículo esquerdo sendo então forçado para o arco aórtico, 
de onde vai irrigar o coração, cabeça, pescoço e membros anteriores, antes de se misturar 
com o sangue da veia cranial. O sangue da porção cranial do feto chega ao átrio direito 
através da veia cava cranial, juntamente com a porção de sangue da veia cava caudal que 
não atravessou o forame oval, passa para o ventrículo direito e daí é forçado para a artéria 
pulmonar. 
A maior porção do sangue contido na artéria pulmonar passa diretamente para a aorta 
através do duto arterioso, que entra na aorta caudalmente à ramificação braquiocefálica. O 
restante do sangue contido na artéria pulmonar passa pelos pulmões e retorna ao 
ventrículo esquerdo através das veias pulmonares e átrio esquerdo. Logo após o 
nascimento ocorre o fechamento do forame oval e dos dutos arterioso e venoso. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google imagens 
26 
 
FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDOCRINO 
 
 O sistema endócrino age através de mensageiros químicos denominados hormônios, e são 
definidos como substâncias químicas liberadas no sangue em pequenas quantidades e transportadas 
através do sistema circulatório por todo o corpo até atingir as mais distantes células alvos, onde iniciam 
as respostas fisiológicas. 
As glândulas podem ser definidas como órgão ou grupo de células especializado ne síntese e 
segregação de certas substâncias que são lançadas no sangue ou para o exterior. 
 
Hormônios são agentes químicos sintetizados e secretados por glândulas isoladas e 
especializadas, e que circulam pelo sangue para outra parte do corpo para estimular tecidos específicos. 
Em algumas literaturas, essa definição não é plenamente aplicável, porque a fonte do hormônio nem 
sempre é uma glândula bem definida (ex. hormônios secretados por diferentes células localizadas no 
intestino); os hormônios nem sempre são transportados pelo sangue até as células-alvo, uma vez que 
eles podem difundir-se para tecidos adjacentes pelo líquido extracelular; e os hormônios podem não 
ser somente estimuladores mas também inibidores de determinado processo. As prostaglandinas e o 
dióxido de carbono não são considerados hormônios, por não serem produzidos por células específicas. 
Este sistema do organismo é composto por glândulas endócrinas que sintetizam secreções 
internas e atuam juntamente com o sistema nervoso no envio de informações para células. Da mesma 
forma que o sistema nervoso pode controlar a função endócrina, existem hormônios que também 
podem agir em funções nervosas. 
Algumas das glândulas endócrinas são isoladas e outras estão contidas em diferentes órgãos. 
Aquelas de ação dupla se classificam como exócrinas e endócrinas. As glândulas que os secretam são 
responsáveis pelo crescimento, funcionamento e regulação de vários órgãos, atuando no 
comportamento dos animais. Sendo assim, considera-se que os hormônios são responsáveis pela 
homeostase, ou seja, equilíbrio e completo funcionamento do organismo. 
O princípio da fisiologia endócrina é o conhecimento da maneira exata em que os diferentes 
hormônios excitam ou inibem as células e tecidos. Os hormônios, provavelmente atual de forma que 
aceleram ou retardam o ritmo que as enzimas influenciam nas reações intercelulares. 
Existe quatro grupos químicos de hormônios: peptídeos, esteroides, aminas e eicosanoides. Os 
mais de 50 hormônios (Tabela 01) têm diferentes características quanto a sua forma de síntese, 
armazenagem, meia-vida, forma de transporte no sangue e mecanismo de ação (Tabela 02). 
 
Fonte: Google imagens 
27 
 
Tabela 1. Principais hormônios que agem na função reprodutiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2. Características de vários tipos de hormônios 
 
As funções dos hormônios, resumidamente podem ser: 
 
 Regulação do metabolismo dos carboidratos e de outros metabólitos (insulina, glucagon); 
 Adaptação ao estresse (catecolaminas, glicocorticoides); 
 Regulação do crescimento e da maturação (GH); 
 Regulação da função reprodutiva (hormônios do eixo hipotálamo-hipofisiário, hormônios 
gonadais, prostaglandinas); 
A complexidade do sistema endócrino deve-se principalmente aos fatores: 
 O sistema é composto de nove glândulas endócrinas bem definidas (pineal, hipotálamo, hipófise, 
tireoide, paratireoide, pâncreas, supra-renais, testículos e ovários) e quatro órgãos (coração, 
28 
 
intestino, rim e placenta), em que as secreções endócrinas constituem uma função secundária. 
Aproximadamente de 50 a 60 diferentes ‘hormônios’ são secretados por 13 diferentes fontes, o 
que perfaz uma média de 4 hormônios por ‘glândula’. 
 Dentro de uma glândula, cada hormônio é secretado por um grupo especifico de células 
controladas separadamente por impulsos periféricos. 
 As glândulas endócrinas são funcionalmente inter-relacionadas. A disfunção (doença) em uma 
glândula provoca distúrbio e alterações em outras secreções de glândulas endócrinas. 
 
Principais glândulas endócrinas 
 
 HIPÓFISE: uma pequena glândula que ocupa uma depressão central em forma de um corpo ovóide do 
osso esfenoide, chamada fossa hipofisiária. Com tamanho semelhante a uma ervilha, é também 
conhecida como glândula pituitária. Ela possui duas partes: uma anterior, a adenohipófise, e outra 
posterior, a neurohipófise. A hipófise secreta oito hormônios e, por isso a função fisiológica do sistema 
endócrino depende do estado em que se encontra a hipófise. 
 
 Adenohipófise 
 
Sintetiza e libera pelo menos oito hormônios importantes: 
 
 Somatotropina (STH), também conhecido como GH (Grow Hormone) e está envolvido 
controle do crescimento do corpo; 
 Mamotropina (LTH), que estimula o crescimento e a secreção da mama feminina; 
 Adrenocorticotropina (ACTH), que controla a secreção de alguns hormônios corticais da 
glândula supra-renal; 
 Tirotropina (TSH), que estimula a atividade da glândula tireóide; 
 Hormônio estimulador do folículo (FSH), que estimula o crescimento e a secreção de 
estrógenos nos folículos ováricos e a espermatogênese nos testículos; 
 Hormônio das células intersticiais (ICSH), que ativa a secreção de andrógenos através do 
testículo; 
 Hormônio Luteinizante (LH), que induz a secreção de progesterona pelo corpo lúteo; 
 Hormônio estimulador de melanócitos (MSH), que aumenta a pigmentação cutânea. 
 
 Neurohipófise 
 
Sintetiza dois hormônios: * Vasopressina (ADH), 
antidiurético, que controla a absorção de água através 
dos túbulos renais; 
* Ocitocina, que promove a contração do músculo não 
estriado do útero e da mama (Fig. 6). 
Os dois hormôniosda neurohipófise são 
produzidos no hipotálamo e transportados no interior 
do infundíbulo (haste hipofisária) e armazenados na 
glândula até serem utilizados. Os impulsos nervosos 
Fonte: Google imagens 
29 
 
para o hipotálamo estimulam a liberação dos hormônios da neurohipófise. 
 
 
 TIREOIDE: Na maioria dos mamíferos está localizada na traqueia, na parte caudal da laringe. É formada 
por numerosos folículos revestidos por células cuboides simples, preenchidas por um líquido conhecido 
como: colóide. 
A glândula tireóidea é composta por muitas unidades secretoras chamadas folículos. As células 
foliculares secretam e armazenam dois hormônios tireoideanos: 
* Triiodotironina (T3); 
* Tetraiodotironina (T4 ou tiroxina). 
Dos dois hormônios tireóideos, a T3 é provavelmente o estimulador principal do ritmo 
metabólico da célula, com ação muito poderosa e imediata, enquanto a T4 é poderosa, porém menos 
rápida. 
A liberação ocorre em resposta ao hormônio liberador de tireotropina (TRH) da adenohipófise. 
O iodo é acumulado ativamente pelo tecido tireóideo no sangue. Os hormônios tireóideos agem no 
fígado, rim, coração, sistema nervoso e no músculo esquelético, sensibilizando esses tecidos à 
adrenalina e estimulando a respiração celular, o consumo de oxigênio e a taxa metabólica e a geração 
de calor. 
Os efeitos do desenvolvimento dos hormônios tireóideos ocorrem na presença do hormônio do 
crescimento (GH) e vice-versa. A falta de iodo na dieta durante os primeiros estágios do 
desenvolvimento em pássaros, peixes e mamíferos resulta no hipotiroídismo que nos humanos provoca 
a doença que é chamada de cretinismo. 
 
 PARATIREOIDE: As glândulas paratireóides são pequenas estruturas ovóides e semelhantes a 
um feijão. São glândulas localizadas na região posterior da tireóide e secretam o paratormônio (PTH), 
que estimula a remoção de cálcio da matriz óssea, aumentando o cálcio plasmático. Esse hormônio é 
antagonista, a calcitonina, que é secretada pelas células parafoliculares, ou C, na tireóide em resposta a 
altos níveis plasmáticos de cálcio, com a funçao de reduzir a concentração plasmática de cálcio. 
A retirada das glândulas paratireóides causa a redução da concentração sanguínea de cálcio, 
seguida por cãimbras musculares tetânicas, resultantes do baixo nível de cálcio sanguíneoGeralmente 
situam-se entre as margens do lobo posterior da glândula tireóide e sua cápsula. 
* Suínos: 1 par; 
* Gatos, Ruminantes, Cães e Equinos: 2 pares; 
As glândulas paratireóides secretam o hormônio paratireóideo (PTH) que está relacionado com 
o controle do nível e da distribuição de cálcio e fósforo. O PTH atua em três órgãos-alvo: ossos, trato 
digestório (intestino) e rins. O efeito geral do PTH é o aumento dos níveis plasmáticos de cálcio e a 
diminuição dos níveis plasmáticos de fosfato. 
 
 GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS: As glândulas supra-renais são pequenos corpos amarelados, achatados. 
Estão situadas na parte superior dos rins. 
 
 Córtex supra-renal 
O córtex secreta os hormônios chamados esteróides. Na zona glomerulosa, é produzida 
aldosterona (mineralocorticóide), que tem função importante na regulação do volume e da pressão 
do sangue, e na concentração do equilíbrio eletrolítico do sangue. Na zona fasciculada são 
30 
 
produzidos hormônios que mantêm o equilíbrio dos carboidratos, proteínas e gorduras. Já na zona 
reticulada são produzidos hormônios sexuais (progesterona, estrógenos e andrógenos). 
 
 Medula supra-renal 
A medula supra-renal, a parte interna da glândula, é considerada uma extensão da parte 
simpática do sistema nervoso autônomo. Ela secreta dois hormônios: Epinefrina (adrenalina) 
possui efeito acentuado sobre o metabolismo de carboidratos; Norepinefrina (noradrenalina) 
provoca aceleração do coração, vasoconstrição e pressão sanguínea elevada. 
 
 PÂNCREAS: O pâncreas é uma das principais glândulas digestivas e produz importantes enzimas 
digestivas e hormônios que não apresentam função direta na digestão. O pâncreas secreta dois 
hormônios: a insulina e o glucagon. As células que produzem esses hormônios são denominadas ilhotas 
pancreáticas (Langerhans). As ilhotas são constituídas de aglomerações esferóides ou elipsóides de 
células, dispersas no tecido exócrino, juntamente com células endócrinas esparsas, frequentemente 
solitárias. Essas ilhotas possuem dois tipos de células: os endocrinócitos alfa, que produzem glucagon e 
os endocrinócitos beta que produzem insulina. Esses dois hormônios ajudam a controlar os níveis de 
glicose no sangue. 
O glucagon, o hormônio do crescimento, peptídeo inibitório gástrico, adrenalina e níveis elevados 
de aminoácidos, também estimulam a liberação da insulina. O efeito mais evidente da insulina é a 
estimulação da formação e deposição de glicogênio no músculo e fígado a partir da glicose sanguínea. A 
insulina tem efeitos importantes no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. O efeito da 
insulina é baixar os níveis de glicose enquanto que o glucagon aumenta esses níveis. 
 
O hormônio do crescimento (GH) estimula a secreção de insulina, tanto 
pela sua ação sobre as células pancreáticas beta, quanto indiretamente, pelo 
seu efeito na elevação dos níveis de glicose plasmática. O hormônio do 
crescimento e os hormônios tireóideos trabalham de modo sinérgico para 
promover o crescimento do tecido durante o desenvolvimento. Distúrbios 
na secreção do hormônio do crescimento pode resultar em anomalias, tais 
como: 
GIGANTISMO 
ACROMEGALIA 
NANISMO 
 
 
 
Fonte: Google imagens 
31 
 
 GÔNADAS (OVÁRIOS E TESTÍCULOS): As gônadas são glândulas sexuais, que constituem os ovários e 
testículos. Essas gônadas, além de produzirem os gametas (óvulos e espermatozóides), também 
secretam hormônios. Os ovários produzem dois hormônios sexuais femininos: o estrógeno e a 
progesterona. Esses hormônios participam do desenvolvimento e do funcionamento dos órgãos 
genitais femininos e da expressão das características sexuais femininas, sendo que tais características 
se desenvolvem principalmente em resposta ao estrógeno. 
Os testículos estão localizados dentro do escroto e o principal hormônio secretado é a 
testosterona, um esteroide produzido por suas células intersticiais. O estímulo para secreção da 
testosterona é o hormônio luteinizante (LH), proveniente da adenohipófise. A testosterona auxilia na 
maturação dos espermatozóides e é responsável pelas características sexuais masculinas. 
A produção de testosterona é controlada por um feedback negativo. A hipófise produz o LH que 
estimula a produção da testosterona; quando o nível desta aumenta a hipófise deixa de secretar LH. A 
testosterona estimula o desenvolvimento dos caracteres sexuais masculinos secundários. O hormônio 
FSH estimula a produção de espermatozóides. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TIMO: O timo possui determinadas funções secretoras hormonais e linfáticas (produzindo linfócitos T). 
Ele varia de tamanho e atividade, dependendo da idade, doença e do estado fisiológico, mas permanece 
ativo mesmo na idade avançada. 
O timo tem a função de produzir diversas substâncias (inclusive hormônios) que regulam a 
produção de linfócitos, a diferenciação e as atividades no timo. Essas substâncias incluem quatro 
polipeptídeos principais quimicamente bem distribuídos: timulina, timopoetina, timosina alfa I e 
timosina beta IV. 
 
 
AÇÃO HORMONAL 
 
Muitos hormônios modificam ou influenciam as atividades dos tecidos ou órgãos alvos. Os 
produtos do sistema endócrino são lançados na corrente sanguínea e irão atuar em outra parte do 
Fonte: Google imagens 
32 
 
organismo, mas apenas as células que contenham receptores específicos para determinado hormônio 
particular são afetadas por ele, porque cada hormônio é específicos e age sobre determinado órgão alvo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em todas as classesde vertebrados os hormônios são semelhantes ou idênticos, mas outros têm 
funções específicas que se diferem de um grupo para outro. A prolactina estimula a secreção de leite em 
mamíferos, em pombos estimula a formação do “leite” do papo e em peixes exerce ação sobre a função 
renal e permeabilidade das brânquias. 
Os hormônios podem ser distinguidos da seguinte forma: 
 Hormônios esteroides: são derivados do colesterol e compreendem testosterona, estrógeno e 
corticosteroides, tais como a cortisona e aldosterona; 
 Hormônios proteicos e peptídicos: diversos hormônios do hipotálamo agem provocando a 
liberação de outros hormônios de suas respectivas glândulas endócrinas, e são os maiores hormônios 
e os mais complexos. Os principais hormônios que tem origem na adenohipofise são de natureza 
proteica e podem conter várias centenas de aminoácidos. 
 Hormônios derivados da tirosina: incluindo as catecolaminas adrenalina e noradrenalina. A 
formação das catecolaminas tem início com o aminoácido tirosina e em poucas etapas ocorre a 
formação de adrenalina. A tirosina é também a matéria prima para síntese dos hormônios da tireoide, 
triiodotironina e tiroxina 
 
 
FISIOLOGIA DO SISTEMA EXCRETOR 
 
A excreção compreende ao conjunto de mecanismos fisiológicos utilizados para a remoção de 
substâncias inúteis ou prejudiciais ao organismo, além de promover a eliminação dos resíduos que 
resultam do metabolismo. A excreção é, também, responsável pela regulação da concentração dos íons 
e controle do volume de água no organismo. Algumas dessas substâncias, como o dióxido de carbono, 
estão, em estado gasoso, e podem ser eliminados através da respiração. O restante de substância, 
sobretudo aquelas que contém nitrogênio e provêm da decomposição de proteína animal, requerem um 
tratamento e um sistema excretor especializado que varia de organismo para organismo. Na maioria 
dos casos, no entanto, a eliminação dos restos a base de nitrogênio segui duas vias de eliminação: 
sistema urinário e a pele. 
33 
 
 Duas principais funções dos rins são excretar produtos de resíduos metabólicos bem como 
regular o volume e composição do ambiente interno do organismo, como o fluido extracelular. Outras 
funções essenciais são a secreção de hormônios e a hidrólise dos pequenos peptídeos. Os hormônios 
participam na regulação das dinâmicas sistêmica e renal, na produção de hemácias e no metabolismo 
do cálcio, fosforo e ossos. A hidrólise dos pequenos peptídeos conserva os aminoácidos, destoxifica os 
peptídeos tóxicos e regula os níveis efetivos do plasma de alguns hormônios peptídicos. 
 A fisiologia renal dá-se por ser o estudo do funcionamento dos rins, e suas principais funções; 
reporta-se a excreção de subprodutos metabólicos; regulação do volume e composição do líquido 
extracelular (LEC); manutenção do equilíbrio ácido-básico e da pressão sanguínea e estimulo para 
produção de hemácias. 
 
Estrutura dos rins 
 
Macroestrutura 
 Órgãos pares e suspensos na parede dorsal da cavidade abdominal por uma dobra peritoneal; 
 A nutrição é feita pela artéria renal que emerge diretamente na aorta e a drenagem é feita pela 
veia renal que drena diretamente na cava. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Apresenta forma variável entre as espécies. Na maioria das espécies têm formato de feijão. No 
cavalo têm forma de coração e no bovino é lobulado; 
 Apresenta a córtex externamente, a medula internamente e um hilo renal onde penetram vasos 
sanguíneos e nervos e emergem vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e ureteres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 O principal nervo que chega ao rim é de origem simpática e suas fibras terminam na maioria das 
vezes nas arteríolas glomerulares; 
 Ureter é um tubo muscular que conduz a urina até a vesícula urinária; 
 A união do ureter na vesícula urinária é feita de forma obliqua (junção ureterovesicular) 
permitindo o funcionamento como uma válvula que evita o refluxo da urina quando do 
enchimento; 
 A vesícula urinária (Bexiga) é um órgão muscular (musc. liso), oco e complacente, formado por 
um epitélio de transição; 
 A vesícula urinária apresenta um colo que se liga à uretra através do esfincter externo (músculo 
esquelético). 
 
Microestrutura 
 
 A unidade funcional renal é o néfron. É composto pelo 
glomérulo, cápsula de Bowman, Túbulo contorcido 
proximal (TCP), Alça de Henle (Ramo descendente 
delgado, Ramo ascendente delgado, Ramo ascendente 
espesso), Túbulo contorcido Distal, Túbulo coletor cortical 
e Ducto Coletor. Este último deságua na Pelve Renal; 
 Número de néfrons entre as espécies Bovinos - 4 milhões 
Suíno – 1,25 milhões Humanos – 1 milhão Cão – 500 mil 
Gato 250 mil; 
 Dentro das espécies, quando ocorre variação do tamanho 
do animal, não ocorre variação no número de néfrons, 
ocorre um aumento do tamanho do néfron; 
 Dois tipos principais de néfrons podem ser evidenciados 
considerando-se a localização do glomérulo e a 
profundidade de penetração da alça de Henle na medula: 
- Néfrons corticais ou corticomedulares associados 
com alça de Henle curta 
- Néfrons justamedulares associados com alça de 
Henle longa. 
 
 
 A unidade funcional do rim é o néfron, sendo a compreensão do seu funcionamento essencial à 
da função renal. Os números de néfrons variam consideravelmente entre as espécies, e os números 
aproximados para as várias espécies são observadas no quadro a seguir. Dentro de uma espécie, os 
números de néfrons são relativamente constantes. Considerando as diferenças de tamanho entre as 
várias raças caninas, é natural pensar que os rins dos cães das raças de grande porte conteriam mais 
néfrons do que os rins daqueles de pequeno porte. Entretanto, este não é o caso, e o tamanho renal 
maior nos cães maiores é compensando por possuir néfrons maiores em vez de mais nefrons. 
 
Espécie Nefrons/rim 
Bovinos 4.000.000 
Suínos 1.250.000 
35 
 
Caninos 415.000 
Felinos 190.000 
Humanos 1.000.000 
 
TIPOS DE NEFRÓNS 
 
 O rim dos mamíferos possui dois tipos 
principais de néfron, identificados pela localização 
dos seus glomérulos e profundidade da penetração 
das alças de Henle dentro da medular. Os néfrons 
com glomérulos nos córtices externo e médio são 
denominados de néfrons corticais, estando 
associados com uma alça de henle que se estende 
atá a junção do córtex e da medular, ou para dentro 
da zona externa da medular. Os néfrons com 
glomérulos no cortez próximos à medular são 
conhecidos como néfrons justamedulares, sendo 
associados às alças de henle que se estendem mais 
profundamente para dentro da medular; alguns 
estendem-se tão profundamente quanto a crista 
renal dos rins unipiramidais (pequenos 
ruminantes, carnívoros e o equino) e até as papilas 
dos rins multipiramidais (grandes ruminantes e o 
suíno). A relação de cada tipo de néfron para o 
córtex e a medular pode ser observada na figura a 
seguir. 
 Os néfrons justamedulares são mais instrumentais no desenvolvimento e manutenção do 
gradiente osmótico do baixo para o elevado na medular externa para a meduçar interna, 
respectivamente. Entretanto, é importante notar que o fluido tubular de todos os néfrons (corticais e 
justamedulares) é drenado nos ductos coletores compartilhados que prosseguem pela medular até a 
pelve renal. Assim, independente da influência dos tipos diferentes de néfrons sobre o fluido tubular, o 
débito final de cada néfron está sujeiro aos mesmos fatores que afetam a concentração urinária 
(influência medular). A porcentagem de néfrons que possui longas alças de henle (nefrons 
justamedulares) varia entre as espécies de animais e desde 3% no suíno a 100% no felino. 
 
 COMPONENTE DO NEFRON 
 
36 
 
A cápsula glomerular (cápsula de Bowman) é 
a extremidade cega lilatada do néfron. 
Corpúsculo renal refere-se à invaginação 
combinada de um tufo capilar, o glomérulo, 
dentro da cápsula glomerular.

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