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Práticas médicas III Lavínia Nogueira Cruz Direit�� � devere� d� pacient� Direito dos usuários da saúde: I. Todo cidadão tem direito a ser atendido com ordem e organização. quem está em estado grave e/ou maior sofrimento precisa ser atendido primeiro. É garantido a todos o fácil acesso ao postos de saúde, especialmente para portadores de deficiência, gestantes e idosos II. Todo cidadão tem direito a ter um atendimento com qualidade. Você tem o direito de receber informações claras sobre o seu estado de saúde. Seus parentes também têm o direito de receber informações sobre seu estado. Também tem o direito a anestesia e a remédios para aliviar a dor e o sofrimento quando for preciso. Toda receita médica deve ser escrita de modo claro que permita sua leitura. III. Todo cidadão tem direito a um tratamento humanizado e sem nenhuma discriminação. Você tem direito a um atendimento sem nenhum preconceito de raça, cor, orientação sexual ou nível social. Os médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde devem ter os nomes bem visíveis no crachá para que possa saber identificá-los Quem está cuidado de você deve respeitar seu corpo, sua intimidade, sua cultura e religião, seus segredos, suas emoções e sua segurança. IV. Todo cidadão deve ter respeitados os seus direitos de paciente. Você tem direito a pedir para ver seu prontuário sempre que quiser. O prontuário tem que ser guardado em papel por anos, após isso pode ser convertido em microfilme. Tem também a liberdade de permitir ou recusar qualquer procedimento médico, assumindo a responsabilidade por isso. E não pode ser submetido a nenhum exame sem saber. O SUS tem espaços de escuta e participação para receber suas sugestões e críticas, como as ouvidorias V. Todo cidadão tem deveres na hora de buscar atendimento de saúde. Você nunca deve mentir ou dar informações erradas sobre seu estado de saúde. Deve tratar com respeito os profissionais de saúde. Ter documentos e exames sempre que for pedido. Práticas médicas III Lavínia Nogueira Cruz VI. Todos devem cumprir o que diz a carta dos direitos dos usuários da saúde. Os representantes do governo federal, estadual e municipal devem se empenhar para que os direitos do cidadão sejam respeitados. Art. 3 Toda pessoa tem direito ao tratamento adequado e no tempo certo para resolver o seu problema de saúde Art. 4 Toda pessoa tem direito ao atendimento humanizado e acolhedor, realizado por profissionais qualificados, em ambiente limpo, confortável e acessível a todos Art 5 Toda pessoa deve ter seus valores, cultura e direitos respeitados na relação com os serviços de saúde Art 6 Toda pessoa tem responsabilidade para que seu tratamento e recuperação sejam adequados e sem interrupção. Art. 7 toda pessoa tem direito à informação sobre os serviços de saúde e aos diversos mecanismos de participação Art. 8 Toda pessoa tem direito a participar dos conselhos e conferências de saúde e de exigir que os gestores cumpram os princípios anteriores. Declaraçã� d� óbit�: A declaração de óbito é um documento-base do sistema de informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS). é composta de três vias autocopiativas, prenumeradas sequencialmente, fornecida pelo Ministério da saúde e distribuída pelas Secretarias Estaduais e Municipais de saúde conforme fluxo padronizado para todo o país. Além da sua função legal, os dados do óbitos são utilizados para conhecer a situação de saúde da população e gerar ações visando sua melhoria. Para tanto, devem ser fidedignos e refletir a realidade. As estatísticas de mortalidade são produzidas com base na DO emitida pelo médico. A emissão da DO é ato médico. Portanto, ocorrida uma morte, o médico tem obrigação legal de constatar e atestar o óbito, usando para isso o formulário oficial “Declaração de óbito”. O médico tem responsabilidade ética e jurídica pelo preenchimento e pela assinatura da DO, assim como pelas informações registradas em todos os campos deste documento. Deve, portanto, revisar o documento antes de assiná-lo. As causas a serem anotadas na DO são todas as doenças, os estados mórbidos ou as lesões que produziram a morte ou contribuíram para a mesma, além das circunstâncias do acidente ou da violência que produziram essas lesões. O médico deverá declarar as causas da morte anotando apenas um diagnóstico por linha. Como preencher os quesitos relativos à causa da morte: Para preencher adequadamente a DO, o médico deve declarar a causa básica do óbito em último lugar, estabelecendo uma sequência até a causa terminal ou imediata. Na segunda parte, o médico deve declarar outras condições mórbidas pré-existentes e sem relação direta com a morte, que não entraram na sequência causal declarada. Práticas médicas III Lavínia Nogueira Cruz O que o médico deve fazer: 1. Preencher os dados de identificação com base em um documento da pessoa falecida. Na ausência de documento, caberá à autoridade policial proceder o reconhecimento do cadáver. 2. Registrar os dados na DO, sempre, com letra legível e sem abreviações ou rasuras 3. Registrar a causas da morte, obedecendo ao disposto nas regras internacionais, anotando apenas um diagnóstico por linha e tempo aproximado entre o início da doença e a morte 4. Revisar se todos os campos estão preenchidos corretamente antes de assinar O que o médico não deve fazer: 1. Assinar DO em branco 2. Preencher a DO sem, pessoalmente, examinar o corpo e constatar a morte 3. Utilizar termos vagos para o registro das causas de morte, como parada cardíaca, parada cardiorrespiratória ou falência multipla de órgãos 4. Cobrar pela emissão da DO O ato médico de examinar e constatar o óbito poderá ser cobrado desde que se trate de paciente particular a quem não vinha prestando assistência Direit� d� estudant� d� medicin�: I. Princípio da não maleficência Art 6 .Exercer suas atividades de graduação sem ser discriminado Art 11. Participar de Comissões para recepção dos ingressantes, em conjunto com os docentes e demais participantes da comunidade estudantil, garantindo ambiente saudável, congregativo, humano e não violento, promovendo atividades introdutórias ao curso e vivência médica acadêmica. Art 15. Respeitar seus pares, independente do ano, semestre, módulo ou estágio, tendo sempre como norteadores os princípios de boa convivência e crescimento acadêmico social no ambiente universitário e o fortalecimento do estamento acadêmico. Art. 49 O estudante deve manter sigilo e confidencialidade das informações e fatos, sobre o paciente, de que tenha conhecimento no exercício da atividade médico-estudantil. Art. 21 Prestar assistência médica sob sua exclusiva responsabilidade sem a supervisão de um médico. Parágrafo Único: Cabe ao Estudante de Medicina, enquanto cidadão, a observância das normas sobre omissão de socorro. Art. 27 Discriminar em qualquer esfera, acadêmica ou desportiva, Estudante cursando ano, semestre, módulo ou estágio inferior. Art. 28 Estabelecer hierarquia social discriminativa entre os Estudantes, seja por participação estudantil ou desportiva, seja por ano, semestre, módulo ou estágio na graduação. Práticas médicas III Lavínia Nogueira Cruz Art. 37 Divulgar informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico. Art. 38 Divulgar, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda não esteja reconhecido cientificamente por órgão competente. Art. 41 Divulgar material audiovisual referente à prática acadêmica com pacientes, cadáveres, animais ou peças anatômicas em qualquer meio de comunicação. Isso inclui tanto as mídias sociais existentes como também aquelas que venham a ser desenvolvidas. Parágrafo Único: Essa proibição se aplica igualmente às peças de resina e aos bonecos utilizados em simulações práticas. É vedado ao estudante de medicina: I. Prestar assistência médica sob a exclusiva responsabilidade sem a supervisão de um médico II. Discriminar emqualquer esfera, acadêmica ou desportiva, estudante cursando semestre inferior. III. Divulgar informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico Prontuári� médic�: O médico tem o dever de elaborar o prontuário para cada paciente a que assiste conforme previsto no Código de Ética. Prontuário → O que deve conter: - Registro correto e completo - Simples e objetivo - Clareza e legibilidade do texto Nunca admitir que o prontuário representa uma peça meramente burocrática para fins da contabilização da cobrança dos procedimentos ou das despesas hospitalares. Pensar sempre em possíveis complicações de ordem técnica, ética ou jurídica que possam ocorrer. Quando o prontuário seria um elemento de valor probante nas contestações sobre possíveis irregularidades, um dos deveres de conduta mais cobrados pelos que avaliam um procedimento médico contestado. É vedado ao médico: 1. Deve conter os dados clínicos necessários para a boa conduta do caso, sendo preenchido em ordem cronológica com data, hora e assinatura e número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina 2. O que não deve conter: 1. Escrita a lápis Práticas médicas III Lavínia Nogueira Cruz 2. Usa líquido corretor 3. Deixar folha em branco 4. Registrar anotações que não se refere ao paciente 5. Evitar abreviaturas e siglas Razões de falha: 1. Preguiça, pressa e medo de escrever 2. Fluxo elevado de pacientes 3. Múltiplas atividades 4. Desinteresse 5. Prontuários preenchidos por pessoas não médicas Contém: 1. Capa ou envelope do prontuário 2. Ficha de identificação do paciente 3. Formulário ou pauta de diagnósticos 4. Folha de anamnese e exame físico 5. Ficha de pronto-socorro 6. Formulário de internação e alta 7. Ficha obstétrica 8. Ficha de recém-nascido 9. Ficha de odontologia 10. Folhas de evolução 11. Folha de pedidos de parecer 12. Guias e relatórios de encaminhamentos 13. Laudos de exames complementares 14. Folhas especiais de procedimentos terapêuticos: Ficha de hemodiálise, relatório de quimioterapia etc 15. Ficha de descrições cirúrgicas 16. Ficha anestésica 17. Folhas de prescrição 18. Relatório de enfermagem, folhas de prescrição e de informação da enfermeira e folhas de dados vitais (temperatura, pulso e respiração), balanço. 19. Relatórios de profissionais não-médicos 20. Atas de esterilização (vasectomia e ligadura tubária) 21. Folha de resumo de alta, óbito ou de transferência 22. Relatório de necropsia e cópia da declaração de óbito 23. Ficha de controle de infecção hospitalar 24. Folha de termo de consentimento livre e esclarecido Práticas médicas III Lavínia Nogueira Cruz Prescriçã� Dados da prescrição: Essenciais: 1. Cabeçalho: Impresso, inclui nome e endereço do profissional ou da instituição onde trabalha, registro profissional de pessoa física ou jurídica desde que registrada em um CRM 2. Superinscrição: Constituída por nome e endereço do paciente, idade, quando pertinente, sem a obrigatoriedade do símbolo, que significa “receba”. 3. Inscrição - Compreende o nome do fármaco, a forma farmacêutica e sua concentração 4. Subscrição - designa a quantidade total fornecida; para fármacos de uso controlado esta quantidade deve ser expressa em algarismos arábicos, escrito por extenso, entre parênteses. 5. Adscrição: é composta pelas orientações do profissional para o paciente 6. Data, assinatura e número de inscrição no respectivo conselho de Medicina Facultativos: 1. Peso, altura e dosagens específicas 2. O verso do receituário pode ser utilizado tanto para dar continuidade à prescrição como registrar as orientações de repouso, dietas, possíveis reações adversas ou outras informações referentes ao tratamento. 3. Sobre o “ ”é um símbolo usado por alguns médicos no início da sua prescrição. Não há obrigatoriedade de seu uso na receita médica . 4. Sobre o símbolo : Indica o nome comercial do produto, e não o seu princípio ativo
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