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S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá EVANGELHOS Básico em Teologia Seminário Teológico Interdenominacional Efatá S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 1 Seminário Interdenominacional Efatá Evangelhos O que são os Evangelhos Se fossemos engajar-nos em um pequeno debate sobre a palavra evangelho, muitas ideias diferentes surgiriam. Muitos leitores pensariam imediatamente na “Estrada de Romanos”, ou “Quatro Leis Espirituais”, ou em alguma outra explicação evangélica protestante básica do evangelho, que é “a mensagem de salvação”. Para outros, uma resposta óbvia teria a ver com as quatro histórias sobre Jesus, encontradas na Bíblia.1 Alguns podem até ir mais longe, observando que, em toda a época de Jesus, essa palavra grega era frequentemente usada para referir-se ao anúncio de “boas notícias”, especialmente quando um novo imperador nascia ou ascendia ao trono.2 Podemos observar que, consistentemente ao longo do Novo Testamento, o evangelho se refere à proclamação oral sobre Jesus, o Cristo ou seja quem Ele era; O que Ele realizou por meio de Sua vida, morte e ressurreição, a promessa de seu futuro retorno para estabelecer o reino de Deus; e o concomitante chamado para arrependimento e fé3. Essa não é uma mensagem de moralismo ou apelo a uma maior 1 PENNINGTON, Jonathan T. Lendo os Evangelhos com sabedoria.1.Edição: 2019. Editora Central Gospel. Pag. 14. 2 Um exemplo citado disso é uma inscrição de cerca de 9 a.C. sobre o nascimento do imperador Augusto, que marcou para o mundo o início de boas novas mediante sua vinda. Citado em WENHAM, David; WALTON, Steve. Explorando o Novo Testamento: Um Guia para os Evangelhos e Atos. Downers Grove, IL: InterVarsity,2001. Pag. 48. 3 Outro texto que define o evangelho é 1 Coríntios 15. 1-11, que também enfatiza particularmente a conexão dessa mensagem com a história do AT por meio do seu refrão “Segundo as Escrituras”. S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 2 obediência religiosa, mas, sim, uma proclamação da graça de Deus e do convite à esperança.4 Porque precisamos dos Evangelhos? 5 motivos que nos fazem precisar dos Evangelhos 1. Porque ele tem sido tema central para a Igreja ao longo se sua História: Muitas das orações, liturgia e visão da Igreja vieram do Tetraevangelho. O problema dentro do protestantismo conservador, com seu desejo de superdoutrina e o ato de tentativa de suplantar a forma como os Evangelhos apresenta Jesus. 2. Porque Paulo e os outros escritores do Novo Testamento pressupõem e constroem a história e o ensino de Jesus: A história de Jesus e Seus ensinamentos formam a base para a pregação do evangelho na Igreja primitiva. Podemos também mencionar o que sabemos da experiência de adoração das Igrejas primitivas, a saber, o papel que as histórias sobre Jesus representavam.5 3. Porque no Evangelho obtemos um sentido mais direto da grande linha da história da Bíblia: É essencial que percebamos que a mensagem do Novo Testamento não vem a nós no vácuo, mas é o ponto focal da grande história da Bíblia. Os apóstolos compreendem que sua proclamação não é apenas algo novo, mas é a consumação de algo antigo. 6 4 PENNINGTON, Jonathan T. Lendo os Evangelhos com sabedoria.1.Edição: 2019. Editora Central Gospel. Pag. 16. 5 IBDEM. 6 PENNINGTON, Jonathan T. Lendo os Evangelhos com sabedoria.1.Edição: 2019. Editora Central Gospel. Pag. 65-66. S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 3 4. Porque existem diferentes idiomas ou discursos da verdade A doutrina proposicional é um discurso crucial e necessário da verdade, mas não é o único. História e narrativa é outra forma válida de apresentar e abordar a verdade. Precisamos pensar na Bíblia não como um único mapa que apenas nos dá declarações doutrinarias ou comandos morais, mas devemos entender que a Bíblia é como um atlas, uma coleção de mapas que nos mostra o caminho, a verdade a vida, mas em uma variedade de idiomas ou discursos ou formas de comunicação.7 5. Porque encontramos nele a narrativa que nos ajuda a crescer no conhecimento experiencial com Jesus: Nos ajuda a perceber que a realidade nem sempre se encaixa em pequenas caixas de verdade. Somente a experiência traz plenitude de conhecimento, e a história nos permite ganhar experiência de vida indiretamente.8 Espalhando a boa notícia Sem necessidade de escrever Nada a respeito de Jesus foi escrito nas primeiras duas décadas depois da sua vida na terra, e muitas razões para isso devem ter existido. E podemos enumerar pelo menos três desses motivos: 1. Jesus não deixou nada escrito nem instruiu os discípulos a assim fazerem; 7 PENNINGTON, Jonathan T. Lendo os Evangelhos com sabedoria.1.Edição: 2019. Editora Central Gospel. Pag. 65-66. 8 IBDEM. S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 4 2. Os discípulos não se consideravam como parte de uma nova religião e por isso não possuíam suas próprias escrituras; 3. Os primeiros cristãos criam que Jesus voltaria em futuro bem próximo.9 Os Evangelhos Matheus Sumário do Livro 1. A infância de Jesus (1 e 2) 2. O início do ministério de Jesus (3.1; 4.11) A. João Batista (3) B. A tentação (4.1 – 11) 3. Ministério de Jesus na Galileia (4.12; 14.12) A. Início do seu ministério (4.12 – 25) B. O sermão do monte (5 -7) C. Milagres (8 – 9) D. Ministérios (10.1 – 14.12) 4. Ministério em outras regiões (14.13; 17.21) 5. Jesus retorna para a Galileia (17.22; 18.35) 6. Ministério de Jesus na Judeia e na Pereia (19 e 20) 7. Semana da paixão (21- 27) A. A entrada triunfal (21. 1 -11) B. A purificação do Templo (21. 12 – 17) C. Perguntas dos líderes judeus (21. 18; 23.39) 9 PENNINGTON, Jonathan T. Lendo os Evangelhos com sabedoria.1.Edição: 2019. Editora Central Gospel. Pag. 65-66. S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 5 D. O sermão profético (24 e 25) E. A unção dos pés de Jesus (26. 1 – 13) F. Prisão, julgamentos e morte de Jesus (26.14; 27.66) 8. A ressurreição (28)10 ➢ Fatos culturais e destaques O propósito de Mateus ressalta que: Jesus é o cumprimento da profecia do AT, conta a história de como uma repetição da história de Israel: 1. Jesus saiu do Egito - análogo do Êxodo 2. Sofreu no deserto – análogo à peregrinação no deserto 3. Promulgou sua lei numa montanha – análogo ao Sinai ➢ Temas: O evangelho de Mateus inclui os seguintes temas: 1. Jesus, o Messias: Mateus ensina que Jesus é o cumprimento das promessas do AT, especialmente a vinda do Messias (Rei). 2. Retidão: Os cidadãos do Reino dos céus são chamados para ser justos (3.15), e ele exige que seus discípulos invistam seus tesouros no Reino de Deus, não em posses terrestres. 3. O amor ao próximo. 4. A comissão dos cristãos: Em seus versículos finais (28. 16 -20). Mateus revela o plano para a expansão do Reino dos céus. Os cristãos devem ser sal e luz (5. 13 -16), espalhando as boas novas do Reino por todo o mundo. 11 10 Bíblia de estudos arqueológicas NVI. Editora Vida. 11 IBDEM. S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 6 O Evangelho de Mateus é o livro que serve de introdução ao NT. O motivo de ser o primeiro na ordem dos 27 livros que compõem o cânon do Novo Pacto não é tanto a sua antiguidade, pois não há certeza de que tenha sido o primeiro livro da Bíblia escrito na era cristã. A razão se dá pela sua identificação com o povo judeu, pois a ênfase desse evangelho recai sobre o Messias e seu Reino. A genealogia de Jesus, no início do livro, estabelece uma ponte com as Escrituras hebraicas, isto é, o AT, e apresenta solenemente o Cristo não só à naçãojudaica, mas também a toda humanidade. 12 Nenhum outro evangelho dá tanta ênfase ao Reino. A esperança da restauração do glorioso reino de Davi era algo que ardia no coração dos judeus naqueles dias. E Mateus nos mostra claramente que essa esperança estava em Jesus ao usar nove vezes em seu Evangelho o título da realeza judaica Filho de Davi. Os judeus do primeiro século davam muita importância à justiça, e Mateus usa as palavras justo e justiça mais do que são usadas nos Evangelhos de Marcos, Lucas e João.13 Mateus trata também de assuntos como a lei, a pureza cerimonial, o Sábado, o Templo, o cumprimento das profecias do AT e Moisés, tudo isso dentro de um ponto de vista judaico. O evangelho de Mateus vai muito além de apresentar uma mera biografia de Jesus. Um de seus objetivos é provar ao povo judeu que Jesus é o Messias, o Rei que havia sido prometido. 14 A rejeição de Jesus pelos judeus é o tema principal de Mateus (Mt 11. 12-24; 12. 28-45). Por causa dessa rejeição, Deus adiou o cumprimento de Suas promessas a Israel e, por conseguinte, estendeu Sua benção aos gentios. Mateus é o único livro 12 HOUSE, Wayne H. ALLEN, Ronald B. RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento. 1 Ed. 2010 Editora Central Gospel. 13 IBDEM. 14 IBDEM. S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 7 que fala especificamente da Igreja (Mt 16.18; 18.17), mostrando aos gentios como Eclésia é formada e descrevendo vários episódios em que os gentios demostraram fé em Jesus.15 O objetivo final de Mateus é instruir a Igreja. Uma pista muito clara disso está na Grande Comissão, dada por Jesus em (Mt 28. 19-20). O processo de discipulado implica aprender e aplicar os ensinamentos de Jesus, e o Evangelho de Mateus enfatiza os principais discursos do Mestre.16 Marcos Sumário do livro 1. O início do ministério de Jesus (1. 1-13) 2. O ministério de Jesus na Galileia (1. 14 – 6.29) A. Seu ministério inicial (1. 14 – 3.12) B. Seu ministério posterior (3.13 – 6.29) 3. O ministério em outras áreas (6.30 – 9.32) 4. O ministério final na Galileia (9.33 – 50) 5. O ministério de Jesus na Judeia e na Pereia (10) 6. A paixão de Jesus (11.1 – 14. 11) A. A entrada triunfal (11. 1 -11) B. A purificação do templo (11. 12 – 19) C. Últimas perguntas dos líderes judeus (11. 20 – 12.44) D. O discurso no monte das Oliveiras (13) E. A unção de Jesus (14. 1 -11) 15 HOUSE, Wayne H. ALLEN, Ronald B. RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento. 1 Ed. 2010 Editora Central Gospel. 16 IBDEM, S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 8 7. Prisão, julgamento e morte de Jesus (14. 12 – 15.47) 8. A ressurreição de Jesus (16)17 ➢ Fatos culturais e destaques O famoso incêndio de Roma em 64 d.C., provavelmente causado pelo próprio Nero, que todavia pôs a culpa nos cristãos, resultou em perseguição disseminada e martírio. Alguns interpretes, presumindo um destinatário romano para o evangelho de Marcos e um ambiente histórico marcado pelas perseguições de Nero, acreditam que Marcos foi escrito especialmente para encorajar os cristãos para perseverar diante da perseguição (3.22; 8.34 – 38; 13. 8 – 13). No entanto, o propósito geral de Marcos parece ter sido precisamente o que Papias declarou: preservar os relatos de Pedro sobre a vida e os ensinos de Jesus. ➢ Temas: Jesus, o Filho de Deus O relato de Marcos revela a autoridade de Jesus: A. Mestre (1. 21 -22) B. Para perdoar pecados (2. 5 – 12) C. Sobre o sábado (2. 27 – 28) D. Os espíritos malignos (3. 20 – 27) E. A natureza (4. 35 – 41) F. A lei (7. 1 – 20) G. O Templo (11. 12 – 19). O Evangelho de Marcos é único pois ele relata as obras de Cristo e tudo o que Ele fez, apresentando Jesus como Rei Salvador, Aquele que venceu os demônios, a 17 Bíblia de estudos arqueológicas NVI. Editora Vida. S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 9 enfermidade e a morte. Sua ênfase nas obras poderosas e miraculosas de Cristo torna esse livro repleto de ação, expressivo e muito atraente. 18 Em uma narrativa simples, sem floreios, na linguagem do homem comum, ele apresenta aos não judeus um Cristo poderoso, capaz de curar doentes, realizar milagres e expulsar demônios. Dos dezesseis capítulos do livro, apenas quatro parágrafos são inéditos. Todo o restante aparece também em Mateus, em Lucas ou em ambos os evangelhos. Ele consegue apresentar aos seus leitores, contudo, uma imagem fascinante do filho de Deus.19 Marcos escreve para os cristãos gentios, especialmente os de Roma. Os leitores gentios de Marcos enfrentaram a perseguição e o martírio. O autor escreveu seu evangelho para fortalecer e guiar os cristãos de Roma em meio à terrível perseguição de Nero. Antes de tudo, seus leitores precisavam saber que Jesus também tinha sofrido. 20 Tendo como fonte apenas o que ouvia das pregações de Pedro, Marcos não recebeu um material organizado para trabalhar. As informações foram reunidas de modo aleatório e depois ordenadas pelo escritor. Embora, de acordo com alguns autores, os milagres relatados não sigam uma cronologia exata, a história de Cristo como um todo, iniciando com o batismo no Jordão e terminando com a ressurreição obedece a uma sequência lógica. 21 O Marcos associado ao apóstolo Pedro pela tradição é o mesmo João Marcos do NT. Ele era filho de Maria, cuja casa, em Jerusalém, servia como local de reunião dos 18 HOUSE, Wayne H. ALLEN, Ronald B. RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento. 1 Ed. 2010 Editora Central Gospel. 19 IBDEM. 20 IBDEM. 21 IBDEM. S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 10 cristãos primitivos (At 12.12), e primo Barnabé (Cl 4.10). Acompanhou Barnabé e Paulo na primeira viagem Missionária, mas desistiu no meio do caminho (At 13.13), motivo pelo qual Paulo recusou a sua companhia na segunda viagem. 22 Lucas Sumário do livro 1. O nascimento de João e o nascimento de Jesus (1 e 2) 2. O início do ministério de Jesus (3.1 – 4.13) A. João Batista (3. 1 – 20) B. Jesus é batizado (3. 21- 22) C. Genealogia de Jesus (3. 23 38) D. Jesus é tentado (4. 1 -13) 3. O ministério de Jesus na Galileia (4. 14 – 9.9) A. Ministério inicial na Galileia (4. 14 – 5.39) B. Ministério final (6.1 – 9.9) 4. Ministério em outras regiões (9. 10 – 13.21) 5. Ministério na Pereia e lugares próximos (13.22 – 19. 27) 6. A paixão de Cristo (19. 28 – 24.53) A. A entrada triunfal (19. 28 – 44) B. A purificação do Templo (19. 45 – 48) C. Últimas perguntas dos líderes judaicos (20) D. O discurso no monte das oliveiras (21) E. A última ceia (22. 1 – 38) F. A oração no Getsêmani (22. 39 – 46) 22 HOUSE, Wayne H. ALLEN, Ronald B. RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento. 1 Ed. 2010 Editora Central Gospel. S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 11 G. Prisão, julgamento e crucificação de Jesus (22. 47 – 23. 56) H. A ressurreição de Jesus (24. 1 – 49) I. A Ascenção (24. 50 – 53).23 ➢ Fatos culturais e destaques Lucas é o Evangelho endereçado a uma pessoa, Teófilo. Dois propósitos se delineiam neste Evangelho: 1. O autor declara proporcionar a transmissão fiel sobre a história de Jesus Cristo, provavelmente em oposição a outros Evangelhos facciosos da época. 2. O autor apresenta que o reino inaugurado por Cristo nos Evangelhos, e o mesmo que alcança todos os gentios e chega ao coração do Império Romano, com a viagem de Paulo a Roma. 24 ➢ Temas: O evangelho de Lucas inclui os seguintes temas: A. Interesse pelas classes sociais desprezadas (4. 16 – 21) B. Arrependimento (15. 11 – 32; 18. 9 – 14; 19. 1 -10) C. Riqueza (3. 10 – 14). O tamanhoda beleza e riqueza de detalhes do evangelho de Lucas é do tamanho das dificuldades que perfazem a composição do texto. São muitas as questões textuais suscitadas por Lucas-Atos. Não há um versículo sequer que não problematize alguma questão. A riqueza de detalhes suscita variações textuais que desconcertam exegetas 23 Bíblia da Escola Bíblica Dominical. Editora Cristã Evangélica. 24 IBDEM. S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 12 habilitados. Não há como negar, o evangelho de Lucas é original. Dentre os Sinóticos, Lucas apresenta aproximadamente 500 versículos próprios (Sondergut). Enquanto Marcos e Mateus se concentram basicamente na vida de Jesus, Lucas divide seu trabalho em dois volumes: o Evangelho e os Atos. Lucas-Atos trata sobre o tempo de Jesus e os primórdios da Igreja.25 Lucas dirige-se aos cristãos, mas pensa também nos leitores profanos. O seu evangelho tem um enfoque universal. Mesmo ajustando-se aos esquemas de Mateus e de Marcos, o texto de Lucas tem um caráter missionário e apologético, é muito próximo das obras apologéticas dos Pais da Igreja do século II. Graças ao domínio do idioma e da riqueza do vocabulário, Lucas pôde polir o seu texto com especial esmero.26 Os enfoques temáticos e a teologia de Lucas apontam para uma “comunidade que atenua fortemente a expectativa escatológica e corre o risco de uma volta à vida pagã. Ela parece cansada de viver a vontade de Deus no dia-a-dia. Além disso, o evangelho realça temas que apontam para uma igreja em dificuldades diante da: 1. Apostasia; 2. Enfraquecimento pela procura do reino (16,8); 3. Comportamento mundano (11,24-26); 4. Pouco senso de responsabilidade dos líderes da comunidade (12,48).27 Lucas, mais do que Marcos e Mateus, narra Jesus expressando o amor de Deus pelos desprezados deste mundo, tanto com atitudes, como com a sua mensagem. Vemos 25 www.teologiadefronteira.wordpress.com/2012/10/03/introducao-ao-evangelho-de-lucas- caracteristicas-gerais>extraído dia 07/09/2020 às 12:22. 26 IBDEM. 27 IBDEM. http://www.teologiadefronteira.wordpress.com/2012/10/03/introducao-ao-evangelho-de-lucas-caracteristicas-gerais%3eextraído http://www.teologiadefronteira.wordpress.com/2012/10/03/introducao-ao-evangelho-de-lucas-caracteristicas-gerais%3eextraído S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 13 expressa a sua simpatia pelos: pecadores (5,1; 7,36; 15,1 etc.); samaritanos (10,30; 17,11); mulheres (7, 12.15; 8,2; 10,38 etc.). Isso expressa também a rejeição dos ricos (12,15; 16,19). Lucas acentua mais fortemente a influência exercida sobre Jesus pela “piedade feita de pobreza” 28 João Sumário do livro 1. Prólogo 2. Início do ministério de Jesus (1. 19 – 51) 3. Ministério de Jesus (2 – 11) 4. A semana da paixão (12 -19) A. A unção dos pés de Jesus por Maria (12. 1 – 11) B. A entrada triunfal (12. 12 – 19) C. Os gregos procuram Jesus (12. 20 – 36) D. A rejeição pelos judeus 912. 37 – 50) E. Discursos de despedida (13 – 17) F. A traição, prisão e julgamento de Jesus (18. 1 – 19.15) 5. A ressurreição (20. 1 – 29) 6. Declaração de Propósito (20. 30 – 31) 7. Epílogo (21).29 ➢ Fatos culturais e destaques 28 www.teologiadefronteira.wordpress.com/2012/10/03/introducao-ao-evangelho-de-lucas- caracteristicas-gerais>extraído dia 07/09/2020 às 13:10. 29 Bíblia da Escola Bíblica Dominical. Editora Cristã Evangélica. http://www.teologiadefronteira.wordpress.com/2012/10/03/introducao-ao-evangelho-de-lucas-caracteristicas-gerais%3eextraído http://www.teologiadefronteira.wordpress.com/2012/10/03/introducao-ao-evangelho-de-lucas-caracteristicas-gerais%3eextraído S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 14 O propósito e João ao escrever este Evangelho é explicado em João 20.31 que é confirmar a fé dos cristãos e levar outros a crer, por meio dos sinais do poder de Jesus, que este é o filho de Deus. Esse propósito pode ser compreendido como evangelístico, anunciando a obra de Jesus para nos dar a vida eterna, bem como apologético, averiguando uma compreensão real de quem era Jesus e do que ele fez em defesa da fé frente às heresias emergentes.30 ➢ Temas O Evangelho de João inclui os seguintes temas: 1. Jesus é Deus (1. 1 – 18; 5. 18; 8.58; 9. 35 – 37; 10.36; 14.9) 2. A escolha entre fé ou incredulidade: 31 Os milagres de Jesus estimulavam fé em alguns (2.11; 9. 1-39; 11. 1 – 44), mas só fez reforçar a oposição de outros (11. 46 – 57). Costumamos afirmar que ver e crer, mas em João crer e ver. O Apóstolo João escreveu esse livro. Em todo o livro ele se refere a si mesmo como “o discípulo a quem Jesus amava” (ver João 13:23; 19:26; 20:2; 21:7, 20). João e seu irmão Tiago eram pescadores (ver Mateus 4:21). Antes de se tornar um discípulo e apóstolo de Jesus Cristo, João provavelmente foi discípulo de João Batista (ver João 1:35–40; Guia para Estudo das Escrituras, “João, Filho de Zebedeu”).32 Cerca de 92 por cento do material contido no Evangelho de João não se encontra em nenhum outro relato dos evangelhos. Isso se deve provavelmente ao fato de que o 30 Bíblia da Escola Bíblica Dominical. Editora Cristã Evangélica. 31 IBDEM. 32 www.churchofjesuschrist.org> Extraído dia07/09/2020 às 13:45. https://www.churchofjesuschrist.org/study/scriptures/nt/matt/4.21?lang=por#p21 https://www.churchofjesuschrist.org/study/scriptures/nt/john/1.35-40?lang=por#p35 http://www.churchofjesuschrist.org/ S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 15 público alvo de João — os membros da Igreja que já tinham um entendimento sobre Jesus Cristo — era incontestavelmente diferente do público alvo de Mateus, Marcos e Lucas. Dos sete milagres relatados por João, cinco não foram registrados em nenhum outro evangelho. 33 Enquanto Mateus, Marcos e Lucas dão muitas informações sobre o ministério de Jesus na Galileia, João registra muitos acontecimentos ocorridos na Judeia. O Evangelho de João é ricamente doutrinário, sendo alguns dos principais temas a divindade de Jesus como o Filho de Deus, a Expiação de Cristo, a vida eterna, o Espírito Santo, a necessidade de nascer de novo, a importância do amor ao próximo e de acreditar no Salvador.34 João enfatizou a divindade de Jesus como Filho de Deus. João registrou mais de 100 referências de Jesus ao Seu Pai com mais de 20 referências somente em João 14. Uma das maiores contribuições de João é a inclusão dos ensinamentos do Salvador a Seus discípulos horas antes de ser preso, inclusive a grande Oração Intercessória, oferecida na noite em que sofreu no Getsêmani. Essa parte do relato de João (João 13–17) representa mais de 18 por cento das páginas do livro de João, dando-nos um entendimento maior da doutrina do Salvador e do que Ele espera de Seus discípulos.35 33 www.churchofjesuschrist.org> Extraído dia07/09/2020 às 13:45. 34 IBDEM. 35 IBDEM. https://www.churchofjesuschrist.org/study/scriptures/nt/john/14?lang=por https://www.churchofjesuschrist.org/study/scriptures/nt/john/13?lang=por http://www.churchofjesuschrist.org/ S em in ár io In te rd en o m in ac io n al E fa tá 16