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Instituição: Faculdade Católica Recife Docente: Fátima Quintas Discente: Gilberto Portela Sobrinho Cadeira: Sociologia e Introdução à Antropologia Resenha vinculando o conto, “O Alienista. DE ASSIS, Machado. Como temas propostos em sala de aula pela docente: Fátima Quintas. Ao começar a leitura é destacado, ainda no primeiro parágrafo do conto supracitado, um cuidado do excelentíssimo autor, em relação ao detalhes, a começar pelo nome do personagem principal, Dr. Simão Bacamarte, logo no nome podemos perceber uma sugestão do autor, à mobilidade social do personagem, o sobrenome das famílias remete muitas vezes às suas origens. No sistema de Casta Indiano, por exemplo, apenas pelo sobrenome pode se identificar a Casta, exemplo disso é a família Soni, que é logo identificada como uma pessoa do grupo dos vaixás ( composto por comerciantes, artesãos e camponeses), uma vez que Soni significa “ourives”. Já no personagem, o sobrenome “Bacamarte” pode está associando a profissão de seus antepassados, uma vez que um dos significados de Bacamarte é de uma antiga arma de fogo, logo podemos fazer uma associação a uma família que talvez estivesse ligada a carreira militar e ao estudar, associando aqui ao nome de Simão, que significa “aquele que ouvi”, teve uma ascensão em seu status, prestigio, dinheiro e poder (como diria Weber), tanto em Portugal e Espanha, inclusive junto ao Rei, a tal nível que Sua Majestade tencionava manter ele ou Lisboa com negócio, ou ainda em Coimbra na universidade, já alcunha de maior dos médicos do Brasil. E relação a nobreza do personagem, ou seja um status atribuído, como é sitado logo após o nome, até por isso declinei do segundo significado do nome, que seria uma pessoa gorda e inepta. É também um indicador que a Sociedade, nem era tão aberta e nem tão fechada, mas sim, uma Sociedade Estamental. Todavia, ao 34 anos, decidiu voltar a sua origem, sua cidade natal de Itaguaí, talvez motivado pela angústia primeva, a finitude dos homens. Contudo ele tentou superar a finitude através de dois caminhos, a ciência e um filho. Sem nunca desassociar-se da ciência, até em escolhes a esposa, uma viúva como atributos, que sua ciência considerou apta a ter um filho, apesar que posteriormente não o teve. D. Evarista, que ironicamente tem como significado do nome “Ótimo” Apesar da continua utilização de seus conhecimentos não surtirem efeito. Apesar de tudo, buscou na ciência um meio de ser eternizado, ao enveredar por uma ramo ainda não explorado na época, o estudo das doenças que acometem a psiquê. Queria trocar o seu Status Principal de médico para Psiquiatra, apesar de não usar esse termo, não apenas psiquiatra, mas primeiro psiquiatra brasileiro. No princípio da empreitada, vemos que o protagonista do conto é muito preocupado com a Ordem, desde sua fidelidade ao rei, como a Câmara de Vereadores, ainda que de frente a revolta dos Canjicas, liderada pelo barbeiro Porfírio, como o objetivo de ascensão de status, que apesar de ser possível, não era tão fácil, desejando trocá-la de estática para dinâmica declarando que o único propósito era progresso cientifico e social. Podendo fazer uma clara demonstração da doutrina Positivista, que possuía muita força no Brasil. No princípio, era utilizada o padrão comum de loucura, mas o Dr. Bacamarte, que expandir esse padrão, para não apenas os sintomas clássicos que o Senso Comum concordava, mas com qualquer atitude que que fosse contra as normas implícitas da sociedade, quase tornando-as explícitas. Desde o caso do Sr. Sores, até a internação de D. Evarista. Transformando assim a Cada Verde, antes em um propagador de Enomia, agora um motivador de Anomia. Motivando assim revoltas, levantes e reviravoltas mirabolantes, aonde o interesse do líderes da revolta pelo aumento do prestigio, o barbeiro Porfírio - na Revolta das Canjicas e o outro barbeiro João Pina, em uma revolta posterior pode ser sentido. Apesar de que Dr. Bacamarte mesmo tendo menos poder na ocasião, demonstrou que tinha mais prestigio, chegando a despertar o interesse dos lideres que pretendiam derrubá-lo, a tentar alistá-lo, como aliado, mas sem êxito, demonstrando a teoria de Weber que o prestigio é o mais importantes . Porém ao perceber que tinha internado em torno de ¾ da população, ele conclui com base matemática, que o desvio de normas implícitas era o correto, não a pratica perfeita. Mas durante o estudo ainda, ele conclui que não existia nenhum paciente que ele tivesse recuperado, porque todos possuíam, pelo menos a vontade latente de ir contra as normas implícitas. Ao final, ele procurou alguém que cumprisse com todas as regras implícitas por vontade, chegando ao consenso que era o próprio era compridor das norma implícitas, sendo assim um ser fora do padrão, em sua difinição, um louco.
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