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OLEOS ESSENCIAIS - TDAH


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-RESUMO DA MATÉRIA 
Por Dr. Mercola
Cerca de 11 por cento das crianças (ou 6,4 milhões) foram diagnosticadas 
com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), que é 
caracterizada por um padrão de desatenção, hiperatividade e/ou 
impulsividade que interfere na aprendizagem, funcionamento diário e 
relacionamentos. As taxas vêm aumentando em cerca de 5% ao ano.
Entre crianças muito pequenas (2 a 5 anos), terapia comportamental é o 
principal tratamento recomendado para o TDAH, de acordo com a Academia 
Americana de Pediatria (AAP).
No entanto, dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos 
EUA (CDC) revelaram que cerca de metade das crianças em idade pré-
Óleos Essenciais Podem Ajudar com o TDAH
Quando crianças com TDAH inalaram óleo essencial de vetiver três vezes ao 
dia por 30 dias, elas tiveram melhoras em seus padrões de ondas cerebrais 
e comportamento e tiveram um melhor desempenho na escola
Outra pesquisa mostrou que o óleo essencial de vetiver é particularmente 
promissor para o tratamento de TDAH, pois levou a mudanças na atividade 
cerebral que sugerem aumento do estado de alerta
Outros óleos essenciais que podem aliviar os sintomas de TDAH são cedro, 
alecrim, ylang ylang, olíbano e muito mais
escolar com TDAH estavam tomando medicamentos, e 1 em cada 4 estavam 
sendo tratados apenas com medicação.
Além disso, apenas metade das crianças com 4 a 5 anos de idade com 
TDAH recebeu terapia comportamental, apesar de ser este o tratamento 
recomendado. Aos 6 anos de idade, as chamadas "orientações das melhores 
práticas" para o TDAH incluem o tratamento com medicação e terapia 
comportamental.
É uma situação lamentável em diversos aspectos, sendo que o primeiro dos 
quais envolve a precisão dos diagnósticos de TDAH. Diagnósticos errôneos 
são comuns, o que significa que muitas crianças podem estar consumindo 
medicamentos desnecessariamente. Outra questão preocupante são os 
perigos dos medicamentos para o TDAH, que são imensos.
Crianças que consomem estes medicamentos poderosos podem sofrer de 
efeitos colaterais que vão desde problemas de sono e perda de apetite até 
convulsões e aumento da frequência cardíaca, razão pela qual opções 
alternativas de tratamento são urgentemente necessárias. Felizmente, uma 
antiga opção, óleos essenciais, tem se mostrado promissora para ajudar a 
aliviar os sintomas do TDAH.
O que são Óleos Essenciais?
Óleos essenciais são concentrados, extratos de plantas aromáticas que têm 
sido usados há milhares de anos para fins emocionais, cosméticos, médicos 
e até mesmo espirituais. O termo "óleo essencial" na verdade vem do 
conceito de "óleo quintessencial".
Aristóteles acreditava que, além dos quatro elementos físicos (fogo, ar, terra 
e água), havia um quinto elemento, a quintessência.
Este foi considerado o "espírito" ou força vital da planta, e a destilação ou 
evaporação foi usada para remover seu "espírito" para o uso humano (essa 
também é a razão de, em inglês, bebidas alcoólicas destiladas serem 
chamadas de spirits, ou seja, "espíritos").
Atualmente, óleos essenciais, que contêm misturas complexas de produtos 
químicos vegetais benéficos, são extraídos de plantas através de dois 
métodos principais: destilação, que tem sido usada desde a antiguidade; e 
expressão ou prensagem a frio, que é usada para extrair óleos essenciais 
cítricos.
Óleos Essenciais Podem Melhorar os Sintomas de TDAH
Uma pesquisa realizada pelo falecido Dr. Terry S. Friedmann, médico que 
acreditava tratar corpo, mente e espírito era uma coisa só, mostrou que o 
óleo de vetiver (vetiver é um tipo de erva indiana) foi benéfico para crianças 
com TDAH.
Quando crianças inalaram o óleo três vezes ao dia por 30 dias, tiveram 
melhoras em seus padrões de ondas cerebrais e comportamento e tiveram 
melhor desempenho na escola. Oitenta por cento das crianças também 
melhoraram ao usar óleo de cedro de forma semelhante.
Óleo essencial de cedro foi escolhido para o estudo porque possui uma alta 
concentração de sesquiterpenos (eles compõem 50 por cento de seus 
constituintes), o que melhora a oxigenação das células cerebrais.
O vetiver é conhecido por acalmar e equilibrar o sistema nervoso enquanto 
estimula o sistema circulatório, de acordo com Friedmann.
Melhorias na atividade cerebral foram reveladas via eletroencefalograma 
(EEG), que mede os impulsos elétricos que movem-se através do cérebro. 
Isto permitiu que os investigadores determinassem se os cérebros das 
crianças funcionavam principalmente num estado beta (isto é, alerta) ou 
num estado teta (isto é, com falta de foco).
Melhorias na relação beta-teta foram observadas após o uso do óleo 
essencial de vetiver, ao mesmo tempo que os pais também notaram 
melhorias nos sintomas. Friedmann relatou que:
"Recebi várias cartas de pais de crianças com TDAH afirmando que 
seu comportamento em casa havia mudado para melhor.
Em vários casos, eles também afirmaram que educadores 
informaram que o desempenho delas melhorou na escola. As notas 
de algumas matérias refletiram esta melhora também."
Óleo Essencial de Vetiver Pode Melhorar o Estado de 
Alerta
Um estudo recente publicado no Journal of Intercultural Ethnopharmacology 
também mostrou que o óleo essencial de vetiver tem se mostrado promissor 
para o TDAH.
O estudo realizado com animais revelou mudanças na atividade cerebral que 
sugerem um aumento do estado de alerta, enquanto que pesquisas em 
seres humanos revelaram tempos de reação mais rápidos e estimulação da 
atividade nervosa simpática após a inalação.
Alecrim, Lavanda e Outros Óleos Essenciais
Além do vetiver e do cedro, o óleo essencial de alecrim também se mostrou 
promissor para aumentar o desempenho cognitivo. Quando participantes do 
estudo completaram tarefas em um cubículo difundido com o aroma do óleo 
essencial de alecrim, seu desempenho melhorou tanto na velocidade quanto 
na precisão.
"As relações únicas entre os aromas dos óleos essenciais das plantas e 
qualquer impacto comportamental são potencialmente devidas à 
composição molecular complexa que contém uma variedade de álcoois, 
aldeídos, ácidos, fenóis, ésteres, cetonas e terpenos", escreveram 
pesquisadores, continuando para informar que:
"Este estudo apoia a sugestão de que os compostos ativos 
presentes nos aromas podem ser absorvidos pela mucosa nasal ou 
pulmonar e, assim, fornecer potencial para atividade 
farmacológica…
O pequeno tamanho desses compostos solúveis em lipídios facilita 
a passagem através da barreira hematoencefálica e, 
consequentemente, pode produzir efeitos no nível neuronal, agindo 
diretamente nos locais de recepção ou indiretamente, impactando a 
atividade enzimática."
O óleo essencial de lavanda, por outro lado, é mais conhecido por suas 
propriedades sedativas. Algumas pessoas com TDAH têm dificuldade para 
dormir, e concluiu-se que o óleo essencial de lavanda melhora o sono. 
Outros óleos essenciais que podem aliviar vários sintomas do TDAH são 
óleo de hortelã-pimenta para melhorar o estado de alerta, assim como:
• Ylang ylang, que é conhecido por suas propriedades relaxantes
• Olíbano, valorizado por induzir sentimentos de paz mental e calma
• Bergamota, que pode ajudar a reduzir sentimentos de estresse e 
ansiedade
• Eucalipto, que pode aliviar a exaustão mental e estimular o fluxo 
sanguíneo para o cérebro
• Limão, valorizado por melhorar o humor e prevenir explosões 
emocionais
Pais Observam Melhorias Dramáticas
Uma mãe de Wellington, Flórida, Tina Sweet, conversou com a WPTV para 
compartilhar sua experiência usando óleos essenciais como tratamento 
para o TDAH do seu filho de 11 anos.
"Todos os dias eu estava recebendo (mensagens de professores dizendo): 
ele não consegue se concentrar na tarefa. Ele não consegue focar nas 
coisas. Ele não fica sentado em seu lugar. Ele fica falando. Ele só fica de pé 
e correndo por aí. Ele não consegue ficar focado", disse ela.Depois de começar a usar a aromaterapia para tratá-lo dele, usando óleos 
essenciais, ela disse que as notas dele melhoraram de Cs e Ds para As e Bs. 
Agora, na quinta série, o aluno está em aulas avançadas e é descrito como 
uma "criança calma". Ela aplica óleos essenciais em várias áreas do corpo 
todas as manhãs e também usa uma pulseira de óleo essencial.
Descrevendo o uso de óleos essenciais como "mudança de vida", Sweet 
credita a melhora na capacidade de seu filho à redução dos medicamentos 
para o TDAH e ao uso de óleos essenciais.
Como Usar Óleos Essenciais para o TDAH
Inalação ou aplicação tópica de óleos na pele são duas maneiras eficazes de 
usar óleos essenciais para o TDAH. Colocar de três a quatro gotas de óleo 
em um difusor é um dos métodos mais simples, embora alguns dos estudos 
sobre óleos essenciais para tratar do TDAH tenham envolvido participantes 
que inalavam o aroma diretamente da garrafa (de duas ou três respirações 
profundas) três vezes ao dia.
Você também pode tentar a inalação a vapor colocando três a sete gotas de 
óleo essencial em água fervente, cobrindo a cabeça com uma toalha e 
respirando pelo nariz (mantenha os olhos fechados e tenha cuidado para 
não se queimar).
Para usar os óleos topicamente, primeiro faça um exame para ter certeza de 
que eles não irritarão a pele (aplique uma gota na pele e observe por uma a 
duas horas). Os óleos devem ser aplicados com muita parcimônia no 
pescoço, pulsos, parte inferior dos pés e/ou atrás das orelhas. Você também 
pode misturá-los com um óleo base, como óleo de coco.
Algumas pessoas gostam de pré-misturar óleos essenciais com óleo de 
coco fracionado e colocar a mistura em um dispensador. Desta forma, você 
pode usar os óleos sempre que sentir que precisa deles.
Outras Opções Naturais para Tratar o TDAH
Óleos essenciais podem aliviar os sintomas de TDAH, mas para obter os 
melhores resultados, você deve combiná-los com outras estratégias naturais 
para aliviar o TDAH. Se seu filho tiver dificuldades comportamentais ou 
outros sintomas semelhantes ao TDAH, quer ele ou ela tenha sido 
diagnosticado (a) com TDAH ou não, eu recomendo enfaticamente tratar os 
seguintes fatores:
• Açúcar em excesso — Alimentos ricos em açúcar e carboidratos ricos 
em amido levam à liberação excessiva de insulina, o que pode causar 
queda dos níveis de açúcar no sangue ou hipoglicemia. A hipoglicemia, 
por sua vez, faz com que o cérebro segregue glutamato em níveis que 
podem causar agitação, depressão, raiva, ansiedade e ataques de 
pânico.
Além disso, o açúcar promove inflamação crônica no seu organismo, e 
muitos estudos demonstraram a conexão entre dieta rica em açúcar e 
piora da saúde mental.
• Sensibilidade ao glúten — Evidência sugerindo que a sensibilidade ao 
glúten pode ser a raiz de várias doenças neurológicas e psiquiátricas, 
incluindo o TDAH, é bastante convincente.
De acordo com um estudo realizado em 2011, a doença celíaca é 
"acentuadamente super-representada entre pacientes com TDAH", e 
demonstrou-se que aderir a uma dieta sem glúten melhora 
significativamente o comportamento das crianças. O estudo chegou ao 
ponto de sugerir que a doença celíaca deveria ser adicionada à lista de 
verificação dos sintomas de TDAH.
• Intestino insalubre — Como explicado pela doutora Natasha Campbell-
McBride, médica com pós-graduação em neurologia, a toxicidade no 
intestino pode fluir por todo o organismo e entrar no cérebro, onde pode 
causar sintomas de autismo, TDAH, dislexia, dispraxia, depressão, 
esquizofrenia e outros transtornos mentais. Reduzir a inflamação 
intestinal é vital quando se está tratando problemas de saúde mental, 
portanto otimizar a flora intestinal de seu filho é um passo importante.
Isso inclui não apenas evitar alimentos processados e refinados, mas 
também consumir alimentos tradicionalmente fermentados. Legumes 
fermentados são, talvez, um dos alimentos fermentados mais 
saborosos, embora muitas crianças gostem de produtos lácteos 
fermentados, como kefir, especialmente se você misturá-lo em 
vitaminas saudáveis.
Se você não conseguir que seu filho consuma alimentos fermentados 
regularmente, um suplemento probiótico de alta qualidade pode ser 
altamente benéfico na correção da flora anormal do intestino que pode 
contribuir para a disfunção cerebral.
• Deficiência em ômega-3 de origem animal — Pesquisa realizada 
demonstrou que crianças com baixo teor de gorduras ômega-3 estão 
significativamente mais propensas a ser hiperativas, a ter distúrbios de 
aprendizagem e a exibir problemas comportamentais. Um estudo 
clínico publicado em 2007 também examinou os efeitos do óleo de krill 
em adultos diagnosticados com TDAH.
Nesse estudo, pacientes melhoraram sua capacidade de concentração 
em média de mais de 60 por cento após o consumo de uma dose diária 
de 500 miligramas (mg) de óleo de krill por seis meses. Eles também 
relataram melhoria de 50 por cento nas habilidades de planejamento e 
melhoria de quase 49 por cento nas habilidades sociais.
• Aditivos alimentares e ingredientes OGM — Considera-se que uma série 
de aditivos alimentares agravem o TDAH, e muitos foram 
posteriormente banidos na Europa. Os potenciais culpados a ser 
evitados são corantes azuis nº 1 e nº 2; Verde No. 3; Laranja B; 
Vermelho No. 3 e No. 40; Amarelo No. 5 e No. 6; e benzoato de sódio, 
conservante.
Pesquisa realizada também demonstrou que o glifosato, ingrediente 
ativo do herbicida Roundup da Monsanto, usado em grandes 
quantidades em plantações geneticamente modificadas com Roundup 
Ready, limitam a capacidade do organismo de desintoxicar compostos 
químicos estranhos.
Como resultado, os efeitos prejudiciais desses produtos químicos e 
toxinas ambientais são ampliados e podem resultar em uma vasta 
gama de doenças, incluindo distúrbios cerebrais que podem afetar o 
comportamento.
Há muitas outras opções naturais que também demonstraram ser capazes 
de melhorar os sintomas de TDAH, incluindo as seguintes. Para mais 
informações, consulte um médico holístico com experiência no tratamento 
de TDAH usando métodos naturais.
• Tratar deficiências nutricionais, incluindo vitamina B6, zinco e magnésio
• Exercício e/ou brincadeiras ativas
• Passar tempo ao ar livre na natureza
• Limitar a exposição à radiação por micro-ondas, por radiofrequência, 
telefones celulares e portáteis e poluição elétrica
• Reduzir exposições tóxicas a pesticidas, adoçantes artificiais, 
glutamato monossódico (MSG), produtos de limpeza, detergentes, 
perfumes e mais