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TCC - Ostentação e Direito

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PIAUÍ - UNIFAPI 
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
Ana Katriny da Guia Dias 
Benn hur Kalleo Albuquerque Estrela
Camila Paula Barros de Oliveira
Naane Adria Pereira
Viviane Ruanita Savitskaia dos Santos Rodrigues
O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS PARA OSTENTAÇÃO DOS BENS MATERIAIS DO ADVOGADO E A LEGALIDADE ENTRE PADRÕES ÉTICOS
Teresina
2021
Ana Katriny da Guia Dias
Benn hur Kalleo Albuquerque Estrela
Camila Paula Barros de Oliveira
Naane Adria Pereira
Viviane Ruanita Savitskaia dos Santos Rodrigues
O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS PARA OSTENTAÇÃO DOS BENS MATERIAIS DO ADVOGADO E A LEGALIDADE ENTRE PADRÕES ÉTICOS
Artigo Cientifico apresentado ao Centro Universitário do Piauí – UNIFAPI Como requisito parcial para obtenção do título de bacharelado em Direito.
Orientador: Prof. Francisco de Sousa Vieira Filho
 
Teresina
2021
Ana Katriny da Guia Dias
Benn hur Kalleo Albuquerque Estrela
Camila Paula Barros de Oliveira
Naane Adria Pereira
Viviane Ruanita Savitskaia dos Santos Rodrigues
O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS PARA OSTENTAÇÃO DOS BENS MATERIAIS DO ADVOGADO E A LEGALIDADE ENTRE PADRÕES ÉTICOS
Artigo cientifico apresentado ao Centro Universitário do Piauí – UNIFAPI Como requisito parcial para obtenção do título de bacharelado em Direito.
Resultado:____________________________
Teresina, _____ de _____________ de ____________
____________________________________________
Francisco de Sousa Vieira Filho
____________________________________________
Gorthon Lima Moritz
O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS PARA OSTENTAÇÃO DOS BENS MATERIAIS DO ADVOGADO E A LEGALIDADE ENTRE PADRÕES ÉTICOS
Ana Katriny da Guia Dias
Benn hur Kalleo Albuquerque Estrela
Camila Paula Barros de Oliveira
Naane Adria Pereira
Viviane Ruanita Savitskaia dos Santos Rodrigues
Resumo:
	
O presente trabalho teve como objetivo a apresentação do marketing jurídico e da ética do advogado brasileiro, visando discutir sobre suas limitações. Portanto, foi apresentado o Código de Ética do Advogado, tendo em vista que é possível observar, através dele, os limites que são impostos ao advogado em relação a divulgação do seu trabalho. Foi feito, ainda, uma correlação com a "ostentação" praticada por certos advogados, da qual o código de ética começou recentemente a abominar, a partir de novos provimentos. O trabalho evidenciou os conceitos e apresentou o Artigo 6º, do novo Provimento nº 205/21, propondo, também, algumas formas de marketing viáveis para o advogado.
Palavras chaves: Marketing jurídico, publicidade, ostentação, ética
Abstract:
The aim of this work was to present the legal marketing and the ethics of the Brazilian lawyer, with the purpose of discussing of its limitations. Therefore, the Lawyer's Code of Ethics was presented, considering that it is possible to observe, through it, the limits that are imposed on the lawyer with regard to the disclosure of his work. A correlation was also made with the "ostentation" practiced by certain lawyers, which the code of ethics has recently begun to abhor, with new provisions. The work highlighted the concepts and presented the Article 6 of the new Proviment nº 205/21, and it, also, proposed some viable forms of marketing for lawyers.
Key-worlds: Juridic Marketing, publicity, ostentation, ethics
 
Introdução
Com a evolução das redes sociais, novas plataformas com diversas funções e recursos, que possibilitam a maior interação interpessoal. Em verdade, as redes sociais não estão sendo usadas apenas para descontração, empresários e profissionais em geral observaram que o acelerado crescimento das mídias sociais era e é, um campo de grande expansão, podendo ser utilizado para crescimento da marca, posicionamento profissional, aumento nas vendas e serviços. 
Nesse contexto de inovação tecnológica, o marketing jurídico digital invadiu a todas as plataformas (blogs, Youtube, Instagram, Linkedin, Facebook, Twitter e páginas eletrônicas) as barreiras enfrentadas para cativar clientes se tornaram menos densas, pois há cada vez mais chances de crescimento profissional visto que o advogado tem facilidade para se tornar autoridade no meio jurídico.
Embora pareça simples falar sobre o marketing jurídico, é muito complexo analisar observando o estabelecido no Código de Ética da OAB, pois há limitações de conteúdo à serem publicados. 
Nesse embalo, a Constituição Federal e o Código de Ética da OAB, põem a advocacia como indispensável na administração da justiça, sendo assim, vai além de uma profissão, e sim, segue a função social.
Técnicas de Marketing no contexto jurídico podem ser associadas a técnicas utilizadas em empresas, pois se usada de forma errônea demonstra a intenção de apenas aferir lucros, intenção essa que muito é discutida pela ética do advogado, ao tempo que o verdadeiro objetivo do Operador do Direito está expresso no Art. 03 do Código de Ética e Disciplina da OAB, a qual fala que, o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos.
Não obstante, à de se falar sobre a provável desigualdade social dentro da classe. Ora, um jovem advogado, em sua maioria, não tem recurso financeiro para produzir conteúdo com alta qualidade comparado a um grande escritório e muito menos expor suas conquistas profissionais e pessoais, portanto, estará sempre em desvantagem, fazendo com que seu trabalho não seja reconhecido.
Observa-se, que o presente artigo vem explanar o que é a ética para o advogado, ética profissional combinada a publicidade, publicidade e ostentação na advocacia, marketing nas mídias sociais, marketing digital, técnicas de marketing para engajamento, marketing jurídico, as limitações do marketing jurídico e provimento 205/21. 
Assim, o objetivo deste trabalho é analisar e as estratégias de marketing jurídico digital, observando os limites exigidos pelo código de ética e disciplina da OAB. 
Esse trabalho foi impulsionado pela intenção de entender o marketing jurídico digital e o provimento 205/21, em que versa sobre a ostentação do advogado nas mídias sociais.
 
Ética para o advogado
Para o bom relacionamento entre as pessoas perante a sociedade, a ética surge e se mostra necessária em todas as áreas, seja no trabalho ou na vida. De acordo com Francisco Morato, presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, afirma que no Brasil foi criado o primeiro Código de Ética Profissional, sendo este o pioneiro perante toda a América do Sul. Aprovado pelo mesmo, em agosto de 1921. Contudo, somente no ano seguinte veio a designar um projeto de código de ética, e nove anos depois, em 1931, após a criação da OAB, delegou-se ao Conselho Federal a competência do Código de Ética Profissional (para votar e alterar). Somente no mês de maio de 1933, o Conselho Federal decidiu iniciar (estudo e debate) referente ao projeto de Código de Ética, que teve à frente o relator representante da Secção do Maranhão, o Doutor João de Matos.
Ao passo que a sociedade evoluiu, surgiu a ética profissional do advogado, que possui esta competência para a confecção da norma, é o conselho federal da OAB através da previsão legal. 
Art. 54, V, da lei n° 8.906/1994 de 4 de julho de 1994.
Art. 54. Compete ao Conselho Federal:
V - Editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos que julgar necessários;
Popularmente conhecida como Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil, encontramos embasamento para tal disposto 
Capítulo VIII - Da ética do Advogado, caput do artigo 33. 
Art. 33 O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina.
Parágrafo único O Código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado para com a comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade. 
Encontramos embasamento no Resolução N. 02/2015 em alguns artigos podendo citar os artigos 39 ao 47 da resolução como.
Resolução N. 02/2015 Artigo 39 e 40
Art. 39. A publicidadeprofissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.
Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:
I - A veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
II - O uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;
IV - A divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras;
V - O fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
VI - A utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela.
Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39.
	
Os dois artigos acima falam sobre a mercantilização da profissão tal regulação se deve ao controle perante o código sendo observadas suas limitações para que a profissão não se torne agressiva nos casos de publicidade. Art. 41, 42 e 43
Podendo observar, logo em seguida os artigos: 
Art. 41. As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação de clientela.
Art. 42. É vedado ao advogado:
I - Responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social;
II - Debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado;
III - abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega;
IV - Divulgar ou deixar que sejam divulgadas lista de clientes e demandas;
V - Insinuar-se para reportagens e declarações públicas.
Art. 43. O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão.
Parágrafo único. Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado evitar insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista.
	Os artigos a cima se da a ética do advogado diante a outros profissionais novamente citando a abominação a comentários agressivos como ‘’ o melhor advogado’’ limitando também as formas de expressões dos advogados para que não se engrandeçam perante a oportunidade de aparecer em televisão e entrevistas.
	Complementando com os artigos 44, 45, 46 e 47.
Art. 44. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB.
§ 1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido.
§ 2º É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário.
Art. 45. São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico.
Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos deverá observar as diretrizes estabelecidas neste capítulo.
Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma de captação de clientela.
Art. 47. As normas sobre publicidade profissional constantes deste capítulo poderão ser complementadas por outras que o Conselho Federal aprovar, observadas as diretrizes do presente Código.
Não obstante o que norteiam os artigos supramencionados fala sobre as formas permitidas de publicidades observando também que acompanhando as tecnologias atuais o código também acompanha limitando as ações pela internet e afins.
A necessidade latente por uma dinâmica que pudesse guiar a carreira da advocacia numa nova perspectiva emergiu, vinculado com a ordem dos advogados, o então código de ética e disciplina da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), nos últimos 20 anos, os avanços tecnológicos tiveram papel fundamental no cotidiano de todos. Ocasionado pela internet e suas peculiaridades, no ano de 2000 foi lançado o provimento de número 94, referente a publicidade do advogado e pouco se sabia sobre a tecnologia da internet, mas os conselhos da época já compreendiam tratar se de algo com grande potencial mercantil. Após 20 anos de sua publicação, uma nova mudança se encontra frente a ordem dos advogados, as redes sociais, milhões de seguidores e a nova cultura do "like", então, este ano no mês de julho teve vigência o provimento 205/2021 da OAB, com o objetivo de normatizar sobre a publicidade e a informação da advocacia.
Vale ressaltar que a advocacia é uma das profissões mais antigas da história da humanidade até onde se sabe, a classe é marcada pelos ritos tradicionalmente categóricos, contrapondo com a outra face da profissão, o luxo, onde o cliente busca sempre pelo advogado mais bem-sucedido, aquele que possui um suntuoso escritório ou mesmo celulares e relógios caríssimos, no entanto este modo de vida luxuoso, trouxe mudanças significativas ao ponto de vista dos conselhos federais.
Mudanças foram necessárias, as mais importantes aconteceram nos anos 2000 e após um longo período, surpreendentemente agora no ano de 2021, enfrentamos uma situação nunca vista antes, uma evolução tecnológica humana, que avança a cada dia para o maior número de comunicação entre pessoas, alavancada a sede de comunicação humana, e às vezes a doutrina por mais positiva que pareça ainda sim poderá ir de encontro aos direitos individuais dos próprios profissionais as quais a instituição regula, ferindo a vida privada do profissional no momento em que lhe é vedada a ostentação.
Código de ética e disciplina 
A advocacia é uma das profissões mais antigas no mundo, o profissional dessa área tem como objetivo o cumprimento da ordem jurídica. Thiago Cássio D’Ávila Araújo, conceitua a advocacia como:
função essencial à justiça, que visa à garantia das liberdades humanitárias, políticas e filosóficas, e ao cumprimento da ordem jurídica vigente, solucionando conflitos com base em normas e princípios jurídicos pré-estabelecidos, através da mediação, ou por postulação perante os órgãos administrativos ou jurisdicionais, ou evitando-os, pela assessoria e consultoria jurídicas, seja na seara pública ou privada, sendo privativa de bacharel emciências jurídicas, atendidas as demais qualificações exigidas em lei, que a desempenha com múnus público em atendimento a ministério conferido pela Constituição Federal.
O profissional desta área não está isento de normas, o Código de Ética e Disciplina da OAB é um conjunto de normas que disciplina essa profissão ele vai ajudar a formar a consciência e a moral do profissional, nele contém artigos que direcionam o advogado ao que deve ou não fazer no exercício de sua profissão, de lidar com clientes até na forma da sua publicidade. 
Segundo o Código de Ética a publicidade advocatícia deve como regra ser de caráter meramente informativo, primar pela descrição, primar pela sobriedade, não podendo configurar captação de clientela, não podendo configurar mercantilização da profissão. Diante disto a publicidade é uma questão de bastante discussão e que traz bastante dúvidas, pois a captação de clientela e a mercantilização são vetadas ao profissional desta área. Mesmo com uma “recente” atualização no Código em 2015 o mundo, a tecnologia os meios de informações estão em constante mudança, o que limita o entendimento do profissional a cercar destas mudanças, frente a isso se cria o provimento 205/21, que vem não para vetar o Código de Ética, mas para implementar e auxiliar em questões mais atuais que o mesmo é insuficiente. 
Criação do Provimento 205/21
O provimento 205/21 que trata sobre a publicidade e a informação da advocacia foi publicado no dia 21 de julho de 2021 e entrou em vigor 30 dias após a sua publicação, revogando o provimento n. º 94/2000, que regulamentou a publicidade na advocacia. O novo provimento não é avaliado sozinho, ele veio complementar o Código de Ética e Disciplina da OAB.
Com o avanço tecnológico o provimento trouxe muitas novidades na sua regulamentação, esclarecendo questões que até então ainda eram incertas. Mesmo diante de muitas novidades vale ressaltar que ele não é “100% novo” pois muito se tem do Código de Ética e Disciplina da OAB e do antigo provimento 94/2000, sua mudança vem decorrente dos novos avanços no que se refere aos meios de publicidade e marketing jurídico digital que temos atualmente no mercado, ele vem com o intuito de regulamentar, especificar, limitar e informar sobre essas questões. Como forma de não gerar entendimentos diversos a respeito do marketing e publicidade, o art. 2º traz seus conceitos de forma clara e sucinto, e facilitando a forma de aplicação de cada um.	
A julgar que estamos em crescente evolução tecnológica o provimento deixa claro em seu art. 9°. §§, 1°, 2°, a criação do Comitê regulador do Marketing Jurídico e o acompanhamento da evolução dos critérios específicos sobre marketing, publicidade e informação na advocacia. 
Art. 9º. Fica criado o Comitê Regulador do Marketing Jurídico, de caráter consultivo, vinculado à Diretoria do Conselho Federal, que nomeará seus membros, com mandato concomitante ao da gestão, e será composto por:
(...)
§ 1º O Comitê Regulador do Marketing Jurídico se reunirá periodicamente para acompanhar a evolução dos critérios específicos sobre marketing, publicidade e informação na advocacia constantes do Anexo Único deste provimento, podendo propor ao Conselho Federal a alteração, a supressão ou a inclusão de novos critérios e propostas de alteração do provimento. 
§ 2º Com a finalidade de pacificar e unificar a interpretação dos temas pertinentes perante os Tribunais de Ética e Disciplina e Comissões de Fiscalização das Seccionais, o Comitê poderá propor ao Órgão Especial, com base nas disposições do Código de Ética e Disciplina e pelas demais disposições previstas neste provimento, sugestões de interpretação dos dispositivos sobre publicidade e informação.
Portanto diante do exposto o provimento ampara questões que venham a surgir a respeito das evoluções não apenas tecnológicas, mas de outros meios de informações, marketing e publicidade. 
Ética profissional combinada a publicidade. 
Em face dos fatos narrados pode se observar com clareza determinados marco temporais no cotidiano e nas jurisprudências nacional, após diversas polêmicas, os preceitos éticos, por conseguinte intrinsecamente vinculado ao exercício da profissão do advogado se voltaram a evoluções sociais, tidas como uma espécie de obstáculo social, que deve ser assimilado ou cerceado, porém, a Ordem dos Advogados, mesmo com todo o seu tradicionalismo há de convir que modernidade e sociedade andam lado a lado, e como todo órgão institucional deve-se evoluir com as mudanças de acordo com o sistema social em que vivemos, inobstante desta realidade está o código de ética.
O estatuto da OAB e o Código de Ética combinados não condenam postagens em suas redes sociais, salvo quando se tratar de conteúdos jurídicos, ou dúvidas sobre sua profissão. É frequentemente comum vermos advogados realizando entrevistas para redes sociais, chamadas de podcast, vlogs, reality e afins, antes de tudo não é tido como irregular, esta participação do profissional de Direito, contudo a forma com que ele se apresenta perante o meio social será analisada e regulada pela ordem dos advogados, visando manter a integridade da classe, possíveis arbitrariedades que possam vir a ser cometidas pelos palestrantes, em qualquer mídia social poderá ser julgada pelos Tribunais de Ética e Disciplina da OAB. 
Marketing nas mídias sociais- Conceito
O surgimento da palavra marketing, de acordo com Marcelo Boschi, coordenador de marketing estratégico da ESPM Rio, foi retratado em um livro americano em meados de 1922 que tratava da distribuição de alimentos. Sendo essa técnica uma herança da revolução industrial, entre os séculos 18 e 19. Ainda segundo Boschi: ‘‘Em paralelo ao surgimento do marketing, houve o surgimento das grandes indústrias, principalmente automobilísticas. E elas começaram a se deparar com um problema central: vender o que e para quem``. Ou seja, com a chegada das grandes indústrias os métodos de administração de empresas surgiram em busca de eficiência e produtividade. No Brasil o marketing se deu em dois grandes momentos, em 1919 com a chegada da Forbes e em 1950 com a criação das primeiras graduações. Nos últimos anos o marketing nas redes sociais tem crescido bastante e sendo um dos grandes aliados das empresas de todo o ramo, tendo as mesmas que se adaptarem e se moldarem a esse novo meio digital. A cada dia cresce o número de empresas que buscam através das redes sociais divulgação da sua imagem e com isso criam laços com o consumidor e necessitam cada vez mais de soluções para os novos desafios que aparecem. O marketing nada mais é que atrair clientes novos e fidelizar os antigos, tendo as vendas e os negócios juntos como um só.
De acordo com a American Marketing Association (AMA) ‘‘Marketing é a atividade, o conjunto de instituições e os processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para os consumidores, cliente, parceiros e sociedade em geral. ’’ Aduz o The Chartered Institute of Marketing que define o marketing como ‘‘O processo de gerenciamento responsável por identificar, antecipar e satisfazer as necessidades do cliente com lucro’’.
Pode-se observar nas duas definições sobre como é importante e definitivo para o marketing o interesse e as necessidades do cliente, sendo também uma troca de bens e serviços com fins lucrativos. 
De acordo com Philip Kotler: O marketing não para: ele está em constante evolução, porque acompanha as mudanças de comportamento da sociedade, as mídias sociais são os sites construídos na internet para permitir a criação de conteúdos e para a interação social, tendo o compartilhamento de várias informações em formatos diferentes, sendo muito importante para o marketing ou qualquer outra estratégia. No Brasil a grande maioria participa de alguma rede social, por tanto, elas devem ser consideradas em qualquer atividade empresarial, pois as mídias sociais são pessoas falando com pessoas.
Marketing digital
Philip Kotler explica em seus livros sobre as diferentes fases do marketing, a evolução do mercado,da sociedade, das tecnologias e o mais importante o comportamento do consumidor. Ele deixa claro que quem souber se adaptar a cada momento tem mais chances de sucesso no mercado.
 De acordo com Cláudio Torres:
Quando você ouve falar de marketing digital, estamos falando em utilizar efetivamente as tecnologias digitais como uma ferramenta de marketing, envolvendo comunicação, publicidade, propaganda e todo o arsenal estratégico e de conceitos já conhecidos (Torres, 2018, p. 45)
A internet entra em cena e a sociedade se torna digital, dando poder às pessoas de se manifestarem através de blogs, sites e redes sociais por todo o mundo em instantes, chegando ao estágio em que a internet está em todo momento da sua vida. Foi a partir dos anos 90 que surgiu uma onda de crescimento para as principais empresas do mundo através da internet, foi o marco também para muitas empresas que não se adaptaram desaparecer de cena, nesse período surgiu o chamado marketing digital. Comunicações por vias múltiplas, comunicação ativa, participação do público, interesses na comunidade, mesmo falando de marketing digital não se pode esquecer que ele ainda é o marketing, e também é importante o conceito dos 4ps que são: Produto; preço; praça e promoção. Contudo com a chegada do digital foram incluídos mais 4 ps que são: pessoas; processos; posicionamento e performance. Sendo as pessoas o primeiro a ser acrescentado como a valorização do consumidor e dando mais importância a interatividade com o público e os três últimos a ser determinantes para as ações de sucesso, tendo o digital permitindo que as pessoas avaliem os resultados obtidos. 
Tendo o marketing digital vários conceitos e especificações que trabalha baseado nos seus consumidores reais, ou seja, ele filtra as pessoas que podem ter interesse nos seus produtos, para assim se direcionarem exclusivamente a elas e com isso poupando dinheiro e tempo, sendo a persona diferente de público alvo pois o mesmo não se refere a alguém específico. 
Na internet o controle de tudo é do consumidor, os internautas são os responsáveis por mudar os sites e não o contrário. Ou seja, mesmo que você não participe os consumidores em potencial estão lá buscando formas de se relacionar com a sua marca, portanto é fundamental o investimento em marketing digital, pois a internet afeta os seus negócios mesmo que você não esteja nela, então o primeiro passo é entender todo o contexto e só então planejar ações eficientes. 
 Assim, o modelo de marketing digital centrado no consumidor e baseado em seu comportamento será eficaz e flexível, principalmente porque está baseado nos princípios corretos e naquilo que realmente importa para as empresas e para o marketing: o consumidor. Esse modelo mostra que, embora as ações estratégicas, táticas e operacionais de uma campanha de marketing digital possa ser diferente, dependendo da empresa e de cada cenário, as técnicas de marketing que se baseiam no comportamento do consumidor são igualmente aplicáveis ao marketing digital, desde que aplicadas corretamente a cada um dos ambientes e atividades presente naquele momento na internet. (Torres, 2018, p. 68)
Técnicas de marketing para engajamento- estratégias
Muitos negócios e empresas estão migrando para os meios digitais e com isso aumentando ainda mais a concorrência, então é preciso um método eficaz para alcançar os seus objetivos e principalmente a interatividade com o público.
No livro do Cláudio Torres, o mesmo define como 6 as estratégias de marketing, que são elas: Marketing de conteúdo; marketing nas mídias sociais; e-mail marketing; marketing viral; publicidade online e pesquisa online. Sendo todas elas interdependentes, devendo trabalhar cada uma delas de forma coordenada. 
Uma estratégia não é um documento, nem um planejamento, mas uma forma de chegar a um objetivo, a um destino, você pode chegar a um destino sem nenhum planejamento e ainda assim ter uma estratégia para isso. O planejamento somente organiza a estratégia e facilita a sua execução. Uma estratégia somente é útil, se temos um destino claro. Uma estratégia sem um objetivo claro é como seguir qualquer caminho sem destino ou, como disse Lewiss Carrol, autor de Alice no País das Maravilhas: ‘’Se você não sabe aonde está indo, qualquer caminho o levará ali. (Torres, 2ª edição 2018, p. 97)
Portanto, é preciso um objetivo claro para contribuir de alguma forma para o seu negócio, traçar metas e defini-los de forma clara, definir aonde quer chegar e somente depois pensar em como chegará e assim começar a caminhar em direção ao rumo desejado. 
Com o início do marketing digital não se deve mais pensar em ações isoladas na internet, pois a maioria dos consumidores estão conectados e tendo acesso a todas as mídias, pois como já foi dito, é um ambiente que afetará direta ou indiretamente os marketings de diversas empresas.
Marketing Jurídico
O marketing jurídico é uma estratégia de posicionamento para os advogados, é uma execução que fará com que o advogado mostre as suas especializações e os seus serviços aos seus futuros clientes. Não fará a captação do cliente, mas sim a conquista de cada um.
 De acordo com Paola Regina Carloni
Nos dias atuais através da influência do advento e da globalização e com a massificação das mais vastas formas de informações, na atualidade o cenário se fez totalmente propício para o advogado que pretende manter-se como destaque na sua profissão. Vez que, proporciona as ferramentas de planejamento estratégico, de forma a traçar caminhos através da construção de objetivos e metas de melhor aplicação frente ao marketing jurídico, que busca não somente o êxito dos resultados, mas também potencialização desses. (CARLONI; OLIVEIRA, 2016, p.135)
 Na publicidade do marketing jurídico o advogado irá de forma interativa mostrar conhecimento ao cliente com artigos relevantes e úteis, resolvendo problemas na prática, falando de assuntos relevantes para as pessoas, assim eles aumentam os lucros e fidelizam os seus clientes sem infringir nenhuma lei que trata a respeito do exercício da profissão. 
No direito brasileiro, no novo código de ética da OAB trouxe no seu capítulo XIII o tema sobre a ‘’publicidade’’ inaugurada no artigo 39 que afirma: ‘‘A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão’’. Ou seja, não é toda forma de marketing que a OAB permite, para estar dentro dos padrões deve se utilizar do marketing de conteúdo, ou seja, criar conteúdo informativos relevantes e educacionais. Dessa forma a capitalização de cliente é expressamente proibido, mas a conquista de cliente não. Portanto o advogado para conquistar deverá mostrar o seu valor e se mostrar disponível para quando o cliente precisar. 
Portanto, o advogado no seu exercício deve agir de forma responsável e dentro dos padrões e das regras de conduta mesmo dentro do marketing digital, pois sendo o mesmo um profissional liberal o exercício da sua profissão não se moldam no conceito de atividade empresarial. 
De acordo com Paulo Medina:
 Ademais, do profissional liberal exigem-se atributos de competência, independência e probidade, que se refletem na conduta profissional e constituem o penhor da confiança que os usuários dos seus serviços - os clientes - nele hão de depositar. A sociedade passar a ter, assim, o direito de exigir que a conduta profissional seja pautada por normas éticas uniformes e que a infração dessas normas determine a responsabilidade do profissional perante o orgão competente para exercer o controle de seus serviços. (MEDINA, 2016, p2)
Oscar Ivan Prux:
[...] uma categoria de pessoas, que no exercício de suas atividades laborais, é perfeitamente diferenciada pelos conhecimentos técnicos reconhecidos em diploma de nível superior, não se confundindo com a figura do autônomo [...] sempre que atuem de forma independente no sentido de não serem funcionários de um empregador. (prux, 1998, p 107)
A éticaentão adquire grande importância para os profissionais liberais, surgindo assim a necessidade dessas regras de comportamento que funcionam como elementos de direção para a prática da advocacia. 
O novo código de ética traz também algumas vedações a respeito do marketing sobre fazer referência, mesmo que indireta, a valores de honorários e formas de pagamento cobradas pelo profissional, expor informações capazes de induzir a erro ou causar danos a clientes, divulgar especialidades em relação às quais não possua título certificado ou notória especialização, empregar orações ou expressões persuasivas de auto engrandecimento ou de comparação, como, por exemplo, ‘‘o melhor advogado do mundo’’ ou o ‘‘o advogado que representa determinado segmento religioso’’, distribuir brindes, cartões de visita e materiais em geral de forma indiscriminada em locais públicos, exceto em eventos de interesse jurídico.
São orientações claras a respeito da publicidade, é necessário então observar os limites descritos, Kotler esclarece que:
O marketing Jurídico tem como função identificar necessidades e desejos não satisfeitos, definir e medir sua magnitude, determinar a que mercado-alvo a organização pode atender melhor, lançar produtos, serviços e programas apropriados para atender a esses mercados e pedir às pessoas da empresa que pensem e sirvam o cliente. (KOTLER,1993, p 21)
As limitações do marketing jurídico e a " parede " frente ao progresso
 O progresso em relação ao direito não se deve a propaganda, marketing jurídico ou publicidade mas sim a competência dos seus operadores do direito, porém os pequenos escritórios de direito diante a tantas ´´paredes´´ encontram-se com dificuldade no seu desenvolvimento em relação à os grandes e médios escritórios de direito, encontrando assim um dilema do retrocesso, já que escritórios pequenos e sem qualquer tipo de possibilidade de se promover através do marketing ficam para trás de escritórios grandes e renomados.
Diante disto pode se ser citado o artigo 170, inciso IV da Constituição Federal
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
IV - Livre concorrência.
Tem como seu principal fundamento a justa concorrência o artigo 170 da constituição assegura que toda e qualquer concorrência advinda de trabalho humano seja de forma justa e de forma que não se limitam e nem restrinja os agentes com mais ou com menos recurso somente uma concorrência igualitária entre ambos, a livre concorrência poderia ser de forma mais igual se não encontrasse tanta limitação diante do marketing jurídico.
O ponto e o artigo 6 do provimento tentou nivelar o grande o pequeno e o médio pois em relação a bens o grande se sairia por cima de todos, porém a limitação exorbitante em cima de marketing ou a propaganda se perfaz ineficiente em relação ao nivelamento.
Vale lembrar que marketing e publicidade não são sinônimos e não representam as mesmas coisas o marketing engloba tudo desde a publicidade até mesmo a criação da necessidade do cliente e a adequação ao produto, então quando se fala em limitação no marketing jurídico pode se englobar todas as limitações impostas pelo código
Marketing jurídico provimento 205/21
A respeito do marketing de conteúdo jurídico o art. 2º, inc. II, do provimento 205/21, conceitua: 
Marketing de conteúdos jurídicos: estratégia de marketing que se utiliza da criação e da divulgação de conteúdos jurídicos, disponibilizados por meio de ferramentas de comunicação, voltada para informar o público e para a consolidação profissional do(a) advogado(a) ou escritório de advocacia;
Com a proibição da mercantilização da profissão as estratégias de marketing se tornam indispensáveis. Uma das ferramentas usadas pelo marketing é a publicidade, ela pode ser divulgada por meios de comunicação sejam redes sociais, sites entre outros, e deve ser de caráter meramente informativo podendo o advogado apresentar o domínio em determinada área do direito e ganhar reconhecimento levando informações relativas ao exercício profissional.
Em princípio, o provimento tem a finalidade de ordenar de forma sistemática e de especificar adequadamente a compreensão da publicidade na advocacia e tem por objetivo regulamentar a visibilidade do advogado, seja ela nas mídias sociais, pessoais, ou profissionais sendo ela de qualquer outra forma de mídia, além disso a nova resolução não tem finalidade de coibir o trabalho dos profissionais, haja vista, que a instituição visa regulamentar todos a seguir um padrão ético. O novo provimento harmoniza-se com o Código de Ética e Disciplina da OAB, seja ele complementando, ou seja, ele repetido, de qualquer modo todos coadunam para o bom relacionamento do profissional perante a sociedade.
Por consequência podemos observar com destreza dois pontos importantes: O primeiro ponto se dá que a partir de agora será aceita parceria junto a plataformas de pesquisa em rede, o advogado poderá incluir seu nome ou escritório em anúncios em rede, por exemplo como pesquisa regional, sendo assim se um cliente em Teresina, por exemplo, busca por um advogado em um site de pesquisas, este está em busca de serviços advocatícios como se presencial fosse, assim o entendimento se dá desta forma, não configurando uma forma de captar clientes. 
O segundo ponto aprovado se trata de impulso patrocinados, estes devem constar em suas postagens informações referentes ao direito, sendo vetado de forma expressa a ostentação nas redes sociais, quando não há demanda o profissional poderá gerar sua própria demanda, podendo se valer de artigos ou direitos em imagens ou vídeos postados nas redes sociais. No Brasil já se encontrava alguns estados onde já se adotavam medidas mais modernizadas, todavia lugares mais conservadores como Brasília ainda tinham normas específicas. Portanto, se torna válida a publicidade desde a não promoção do serviço e sim a ação com fim social atentando-se a atualizar as redes sociais constantemente de acordo com o código de ética e disciplina.
E então o que seriam as práticas de publicidade adotadas perante as redes sociais? De acordo com o entendimento do novo provimento, o conteúdo jurídico publicitário poderá a partir de agora conter a identificação do advogado, referência a sociedade advocatícia, como por exemplo poderá citar seus títulos acadêmicos. As mesmas regras também trazem mais vantagens como a publicidade na advocacia através de vídeos, imagens ou áudios com fins de relatar a realidade da atuação profissional, incluindo materiais como audiências e sustentações orais. Salvo respeitando o sigilo e a dignidade profissional, sendo ainda sigiloso a dignidade do profissional, são também vedadas as citações a resultados referentes a processos aos quais o mesmo tenha sido patrocinado.
O novo provimento da OAB elenca em seus artigos situações nas quais um profissional ético da área de direito deve se nortear, a fim de um bom desenvolvimento de sua carreira e uma boa apresentação social, haja vista que esta classe ainda é cercada de muitos ritos tradicionalistas e tem por finalidade proteger a integridade da instituição e aqueles assistidos por ela, e como acontece em toda doutrina, temos pontos positivos e negativos.
Por certo, os órgãos regulamentadores de doutrinas a serem seguidas por conseguinte pelos referidos atuantes desta área, por vezes os advogados se encontra em uma situação desconfortável por muitas situações não sabem se portar perante a publicidade na carreira, de um lado da doutrina, pontua-se que esta resolução é omissa ao tratar do assunto da vida privada, a parte minoritária, afirma que este provimento atenta contra a liberdade de individualismo, referidos na constituição federal e em tratados assinados, como por exemplo o Tratado de São José na Costa Rica que foi recepcionado pelo Brasil, a partir do Decreto 678/1992, o tratado proporciona a todos as pessoas tuteladas por ele a Proteçãoda Honra e da Dignidade, que dispões: “Toda pessoa tem direito ao respeito da sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade", a partir do ano de 92 é assegurado a todos, através do disposto que: "Ninguém pode ser objeto de reconhecimento de sua dignidade; Ninguém pode ser objeto de ingerências arbitrárias ou abusivas em sua vida privada, nem de ofensas ilegais à sua honra ou reputação”. Esta face da doutrina, por sua vez, aborda a ideia de que as instituições deveriam ater-se apenas a vida profissional, e pouco adentrar na vida privada tangenciando apenas a atos referente a sua profissão, partindo deste ponto de vista, seria necessária uma revisão da resolução 205/2021 de acordo com os anseios da sociedade como um todo, sendo ímpar, ouvindo atentamente os profissionais, contudo não se abstendo de manter a ordem, a descrição e o tradicionalismo.
Não distante dessa realidade, a parte positiva da doutrina afirma ser uma mudança necessária ao ver da instituição, a nova resolução traz mudanças significativas, aumentando o leque de possibilidades do advogado, abrange redes sociais e sites de busca, ampliando a visibilidade da publicidade, estas ferramentas aplicadas ao bom senso irão alavancar as demandas do profissionais em sua jurisdição, será bom para o trabalhador e bom para quem busca por serviços em sua região, e com isso todos os profissionais e a população se valerão de vantagens como esta, da participação social e assim trazer benefícios para ambos os lados.
 Algo que gerou bastante repercussão a respeito do provimento 205/21 é o que se refere a publicidade. 
Artigo 6º. Do provimento 205/21
Art. 6º Fica vedada, na publicidade ativa, qualquer informação relativa às dimensões, qualidades ou estrutura física do escritório, assim como a menção à promessa de resultados ou a utilização de casos concretos para oferta de atuação profissional. 
Parágrafo único. Fica vedada em qualquer publicidade a ostentação de bens relativos ao exercício ou não da profissão, como uso de veículos, viagens, hospedagens e bens de consumo, bem como a menção à promessa de resultados ou a utilização de casos concretos para oferta de atuação profissional.
O provimento é direcionado a publicidade da atividade jurídica, ou seja, difere da vida privada do advogado, contudo deve-se lembrar que o Código de Ética e Disciplina da OAB regulamenta como deveres do advogado preservar em sua conduta a honra, nobreza, dignidade da profissão, decoro, velar por sua reputação pessoal e profissional. 
Diogo Giesta em um de seus vídeos explica:
É vedado você exibir o seu veículo, suas férias, seus bens de uma forma como você traga uma exibição no sentido de luxo de riqueza e que seja utilizado para fins de profissão, que seja utilizado para fins de publicidade profissional, publicidade profissional esta que é incompatível com a mercantilização, incompatível com essa glória com o prestígio exacerbado e indevido. 
Ao ponto de vista social não é condenável postar fotos do escritório onde sobretudo é o local de trabalho, ou viagens precipuamente não significam apenas ostentação, ao passo que o advogado pode ter clientes em todo o Brasil, seguindo as normas estabelecidas pela ordem, contudo não é lícito fazer menção de patrimônios devido ao exercício da advocacia, ostentar, segundo o dicionário do vernáculo nacional, é “apresentar algo a outrem de modo intencionalmente hostil”.
Partindo destes fatos, adentramos na esfera do marketing pessoal do advogado, chegando à discussão sobre até que ponto o advogado pode se autopromover, até que ponto é considerado publicidade e a partir de quando se torna ostentação? A resolução 205/2021, veio com a finalidade de solucionar esta questão.
Em princípio, a resolução citada tem por objetivo regulamentar a visibilidade do advogado, seja ela nas mídias sociais, pessoais, ou profissionais sendo ela de qualquer outra forma de mídia, além disso a nova resolução não tem finalidade de coibir o trabalho dos profissionais, haja vista, que a instituição visa regulamentar todos a seguir um padrão ético. Em suma, as regras novas não foram inventadas, foram apenas repaginadas a fim de modernizar, como por exemplo poder citar que hoje é expressamente permitido o “marketing jurídico”, onde antes a expressão era " é permitida a publicidade informativa do advogado", com a modificação desta expressão, muito pode se observar, e obscuridades trazidas pelas normas enfim puderam ser esclarecidas,
Em face disso, a Ordem dos Advogados encontrou-se frente a um dilema: assimilar ou cercear o obstáculo? Embora o tradicionalismo seja uma marca latente dentro da instituição, a modernidade deve ser assimilada com um novo olhar para o futuro, onde poderão existir infinitas possibilidades, onde o advogado poderá atuar de forma harmônica com as normas reguladoras. E assim primeiramente, os obstáculos devem ser cerceados, haja vista que as normas similares eram pré-existentes na jurisprudência de determinados locais do Brasil, e em segundo devem ser limitados e assim serem utilizados da forma correta, de modo que ambas as partes tenham suas pretensões atendidas. 
Diante disto o que se pode entender é que o provimento tenta de certa forma traze uma certa igualdade publicitária para os que iniciam na carreira jurídica e concorrem com quem já está nela a alguns anos e tem uma vida bem estruturada materialmente. Haja vista que atualmente muito se ver pessoas colocando mais credibilidade no que o “profissional” tem materialmente ao invés de intelectualmente. Portanto o provimento em seu atual texto, por entendimentos maiores, visa assegurar a igualdade e justiça diante do marketing e publicidade jurídica, mostrando limitações e ampliando informações a respeito do assunto.
Considerações finais 
Objetivando falar sobre marketing, publicidade e ostentação o trabalho contextualizou a dificuldade do advogado e suas limitações em relação a publicidade e também na ostentação como pode ser visto no caso da ostentação que e limitado o que pode ser ostentação e o que não é, apresentando como foi limitado as ações do advogado para com a publicidade.
Como estudado exaustivamente o direito e um estudo dinâmico e conforme ele vai mudado as formas de comercializar também vai se atualizando junto a modernização, por este motivo a ética tem e deve ser atualizada junto as evoluções, forçando assim que os advogados se destaquem cada vez mais pelo seu trabalho e não por motivos de seu desenvolvimento em redes sociais ou em sua melhor propaganda.
Desta forma os escritórios usam várias maneiras de conquista clientes seguindo o código de ética e utilizando algumas táticas da publicidade para tal, um deles seria conhecer seu mercado de trabalho e saber o que o cliente precisa assim se especializando.
Mesmo que observando uma dificuldade aos pequenos advogados se vê um pequeno atraso em relação a igualdade, que seria o objetivo do código de ética dos advogados, por tanto acontece um certo monopólio de escritórios maiores e mais renomados, mesmo que o novo provimento apresentado acima tente limitar a ostentação não pode se deixar negar que um escritório mais antigo com mais nome no mercado mesmo que não tenha igualdade com sua competência seja mais bem visto do que um escritório pequeno com mais competência.
Com tudo exposto o que pode se ver e uma tentativa de controlar a mercantilização da profissão mesmo prejudicando o escritório pequeno dificultando o seu início, mesmo com essa dificuldade tem se, a necessidade da mudança para um futuro promissor visando ao aumento da competência entre os advogados da profissão onde a competência se torna mais importante do que a propaganda.
	 
Referencias:
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