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1 Biotécnicas da Reprodução e Obstetrícia – Amaríntia Rezende Araujo RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO GESTAÇÃO Vai do momento da fecundação até o parto Fatores que influenciam na duração da gestação: o Fatores maternos – idade da mãe (quanto mais velha a fêmea, dura mais a gestação) o Fatores fetais – tamanho da ninhada, fêmeas nascem antes que machos (em gestação de apenas um filhote) o Fatores genéticos o Fatores externos – estresse, machucado, medicamentos Quanto ao número de filhotes o Unípara = 1 filhote por gestação o Multípara = vários filhotes por gestação Quando ao número de gestações o Nulípara (nunca pariu), primípara (primeiro parto) e plurípara (mais de 1 parto). FECUNDAÇÃO 1- O espermatozoide penetra entre as células foliculares 2- Parte da zona pelúcida é degradada pela reação acrossomal 3- As membranas plasmáticas do espermatozoide e do óvulo se fundem 4- O núcleo do espermatozoide é liberado no citoplasma 5- Os grânulos corticais liberam enzimas que endurecem e incham a zona pelúcida 6- Após a liberação do citoplasma do núcleo, outros espermatozoides não podem penetrar 7- Os pronúcleos são colocados em um envelope celular, onde ocorre a carlogamia. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO CORPÚSCULO POLAR Corpúsculo polar: o óvulo retira o material genético proveniente da meiose 1 e 2 que não é necessário. Quando ovula já está presente o primeiro corpúsculo polar. Ao fecundar, o óvulo completa a meiose II e descarta mais uma parte do material genético e forma o segundo corpúsculo polar. ZIGOTO Presença de pronúcleo feminino e pronúcleo masculino Cariogamia ou sincariose: união dos nois pronúcleos dentro do zigoto 2 Biotécnicas da Reprodução e Obstetrícia – Amaríntia Rezende Araujo Clivagem: Após a formação do zigoto, começa a divisão celular (divisão mitótica). As células são chamadas de blastômeros). Mórula: Aglomerado de células mais compactadas (em torno de 16 células). Mórula compactada: Mais mitose, quando não dá para distinguir uma célula da outra. Blastocisto: As células começam a secretar um líquido para dentro da cavidade (blastocele). Embrioblasto: células que se concentram no topo do óvulo que dá origem ao embrião Trofoblasto: células periféricas do embrião que dá origem a placenta. O embrião chega no útero entre a fase de mórula e blastocisto. O embrião eclode do blastocisto (rompendo a zona pelúcia) e continua o seu desenvolvimento no útero. Na fase de embrião, as glândulas endometriais produzem um líquido chamado “leite uterino”, que vão dar suporte para sobrevivência. Em ruminantes e suínos: trofoblastos começam a se alongar. (13 dias no bovino, 11 dias no suíno, 11 dias nos ovinos) – isso é feito para sinalizar sua presença no útero, ocupando mais espaço. Equinos, caninos e felinos NÃO sofrem alongamentos. ALONGAMENTO EMBRIONÁRIO BOVINOS Vaca: No dia 13, o embrião tem uma forma esférica de 3mm. Já no dia 17, o embrião toma uma forma filamentosa e possui cerca de 25cm. O embrião se desenvolve no corno uterino do mesmo lado do corpo lúteo. No 18 dia o trofoblasto cresce para o outro corno. 3 Biotécnicas da Reprodução e Obstetrícia – Amaríntia Rezende Araujo Se o embrião se desenvolve no lado oposto do corpo lúteo, não há sinalização de gestação e o corpo não reconhece o feto. RECONHECIMENTO MATERNO RUMINANTES Período que o feto sinaliza sua presença para a mãe Ele ocupa espaço no útero e libera uma substância (esteróides ou proteínas) Essa substância modula a síntese ou a liberação de PGF2a Ruminantes: o trofoblasto libera a proteína interferon-tau bovino o Liberado entre 16-19 dia Peq. Ruminantes: produz interferon-tau ovino (14-16 dias do ciclo estral). Inibe a produção de PGF2a. Entre 14-16 dias há liberação de 5 pulsos de PGF2a em 24h (7,6 pulsos) Quando há gestação há liberação de 1,3 pulsos entre os dias 14 e 15. NO ÚTERO NÃO GESTANTE Diestro: Corpo lúteo está no ovário produzindo progesterona (P4). Nessa fase há um bloqueio dos receptores de estrógeno e de ocitocina. Fase do bloqueio da progesterona: os receptores de P4 param de funcionar, liberando o estrógeno, o E2 estimula a produção de ocitocina, aumentando a produção de PGF2a. Liberação de PGF2a NO ÚTERO GESTANTE Diestro: Corpo lúteo está no ovário produzindo progesterona (P4). Nessa fase há um bloqueio dos receptores de estrógeno e de ocitocina. Fase do bloqueio da progesterona: os receptores de P4 param de funcionar, porém, o interferon- tau, secretado pelo feto, mantém o estrógeno bloqueado, bloqueando a ocitocina e a PGF2a. PGF2a não é liberado. Corpo lúteo permanece. SUÍNOS As porcas liberam vários oócitos e há desenvolvimentos de vários embriões ao mesmo tempo. Entre os dias 5-12, ocorre a migração e o espaçamento dos embriões no corpo uterino. No 12º dia começa o alongamento, o alongamento é muito intenso (dia 10 com 2mm e dia 11 com 20cm. No dia 16 já com 80 a 100cm). O alongamento nas porcas é competitivo, o embrião que ocupa mais espaço é o que sobrevive. Para porca chegar até o final da gestação é necessário no mínimo 2 filhos de cada lado (4 total). 4 Biotécnicas da Reprodução e Obstetrícia – Amaríntia Rezende Araujo O embrião começa a secretar estrógeno para sinalizar a gestação, entre os dias 11 e 12 Bloqueio da progesterona: porém os filhotes vão liberar estrógeno – mediando as ações dos receptores. As altas concentrações de estrógeno dentro do útero retém a PGF2a, impedindo-a de chegar à circulação e lisar o corpo lúteo. EQUINOS Blastocistos equinos não sofrem alongamento, a forma esférica é mantida. No 5º dia, há formação de uma cápsula acelular que não impede o crescimento do embrião (que vai crescer 2-3mm por dia), após o rompimento da zona pelúcida o embrião eclode junto com a cápsula. O óvulo migra dentro do útero, para sinalizar a gestação, e libera E2 e PGE (prostaglandina E). Onde ele passa gera uma leve contração uterina, que movimenta o embrião dentro do útero. (Entre 10 e 16 dias de gestação). Ele passa pelo útero inteiro até 13 vezes por dia. No 16º dia o embrião para de se movimentar e se fixa em um lugar no útero (geralmente na bifurcação). A PGE e o E2 impedem a luteólise. CÃES E GATOS Tem migração uterina e espaçamento dos embriões Não sofrem alongamento, mantém estrutura esférica. Pelo diestro ser muito longo, não há reconhecimento dos embriões pois não é necessário, o corpo lúteo permanece, tendo ou não gestação, durante todo o diestro. Embrião fixa-se as camadas superficiais do epítélio uterino. 5 Biotécnicas da Reprodução e Obstetrícia – Amaríntia Rezende Araujo
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