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Psicanálise (resenha e fichamento)

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Universidade Paulista – UNIPVISTO
DO
PROFESSOR
Curso: Psicologia – Campus Pinheiros
Disciplina: Teoria Psicanalítica
Professor: Prof.ª Rita Gabriades
Aluno(a): Maria Luiza Blanco 
 RA: D66BEB-2
ATIVIDADE DOMICILIAR 
“Freud e o Inconsciente” 
– A Primeira Tópica
	Em “Freud e o Inconsciente”, Garcia-Rosa nos ajuda a sistematizar a maneira que Freud construiu a sua teoria da mente. Logo no início do capítulo somos informados de que o pai da Psicanálise não usava qualquer referencial anatômico para explicar sua teoria, se tratando essencialmente de lugares metafóricos. Tal informação é deveras importante, pois, antigamente se achava que a histeria era uma doença do cérebro que provocava reações fisiológicas, ainda que nenhum exame neurológico provasse essa afirmação. 
	Garcia-Rosa se comprometeu a esmiuçar a primeira tópica freudiana, isto é, a concepção do aparelho psíquico formado por instâncias ou sistemas: o sistema inconsciente, o pré-consciente e o consciente. O autor frisa a importância de compreender o sentido progressivo-regressivo do funcionamento dessa aparelhagem, pois o que importa não são os lugares ocupados por esses sistemas, mas a posição relativa que cada um mantém com os demais. Nisso, é importante esclarecer que, este conjunto de sistemas tem um sentido, uma direção, e nossa atividade psíquica inicia-se a partir de estímulos (internos ou externos) e termina numa descarga motora (fisiológica). 
	Tendo conhecimento desses dois pilares vitais da teoria, Garcia-Rosa explica o funcionamento de cada sistema dentro de uma representação do fenômeno. Muitos esboços levaram a uma versão final do complexo aparelho, onde agora, o Inconsciente deixa de ser empregado como adjetivo. Essa substituição da noção descritiva da palavra inconsciente pelo conceito de inconsciente sistemático é um marco fundamental da construção teórica do Freud, sendo mostrada agora como uma construção topológica com o objetivo de oferecer uma descrição do funcionamento deste aparelho. 
“Por que a Psicanálise?” 
– A Sociedade Depressiva
	Depois de se perguntar o porquê de a psicanálise ser tão atacada nos dias de hoje, mesmo após cem anos de existência, Elisabeth Roudinesco faz a análise de uma sociedade que já não acredita mais na validade da terapia, passando por diversos processos terapêuticos sem antes pensar na origem daquele sofrimento. “Assim a era da individualidade substitui a da subjetividade”, Roudinesco comenta, mostrando que o homem de hoje se transformou no contrário do sujeito, um alguém sem história, ligando-se a redes, grupos, a coletivo e a comunidades, sem conseguir afirmar sua verdadeira diferença. A busca pelo significado é o objetivo principal do livro. Uma sociedade depressiva: não por que as circunstâncias fazem aumentar os episódios depressivos, mas por ser ela a produtora direta da depressão.
	A hostilidade com a psicanálise vem em diversas formas: a rejeição epistemológica à sua pretensão a um estatuto científico, ou a oposição moralista, que pega a dinâmica inconsciente da sexualidade, mas adota a “teoria da sedução”, ou mesmo a alegação da baixa rentabilidade terapêutica. Mas por trás dessa hostilidade está a verdadeira doença da sociedade: a negação da subjetividade. Com essa lúcida análise da sociedade depressiva, tem-se a percepção de que a causa está fora do homem: está no neurônio , no gene, na cultura ou etnia, pois não há razão para uma percepção de si mesmo como sujeito nem para descobrir suas motivações pessoais. E isso é alarmante
	O antidepressivo abole o sintoma, reduz a angústia e livra o homem da sua responsabilidade por seu mal. E ainda temos a ideia da psiquiatria biológica que, desinteressada dos processos casuais do sofrimento psíquico, afasta o homem do encontro de si mesmo, o jogando no redemoinho dos fármacos-dependentes. Pois já que o a solução está no medicamento, volta-se a ele sempre que o conflito aflorar, certo?

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