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DIREITO ADMINISTRATIVO No Brasil, o Presidente da República é o Chefe de Estado, do Governo Federal e da Administração Pública Federal - Sociedade política e juridicamente organizada em determinado território. - Pessoa jurídica territorial soberanda - Estado é PJDireito Público -> possui relação com outros Estados e também com seus administrados - Estado de direito é aquele juridicamente organizado e obediente às suas próprias leis – ao mesmo tempo que cria a lei, o Estado a ela se sujeita - ELEMENTOS DO ESTADO: povo, território e governo soberano - FORMA DE ESTADO: Brasil é um estado FEDERADO (descentralização política, entes federados possuem poderes distintos e autônomos, com capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração) - Poderes independentes e harmônicos entre si - Possuem funções típicas e atípicas EXECUTIVO: ➔ Funções típicas: administrar e governar, com objetivo de implementar as políticas, metas e objetivos do Estado. ➔ Funções atípicas: jurisdicionar, como no CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), que julga infrações tributárias em última instância, ou no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que julga as ações contra a ordem econômica. Também, função de legislar, quando da edição de medidas provisórias. Obs: o PAD (processo administrativo disciplinar), independente de quem inicia, possui função administrativa, e não jurisdicional! LEGISLATIVO: ➔ Funções típicas: legislar e fiscalizar. Fiscalização política-administrativa (CPIs) e econômico-financeira (auxílio dos tribunais de contas) ➔ Funções atípicas: função administrativa, como na nomeação de servidor, licitação e contrato. Também, função jurisdicional, como no julgamento do Presidente da República por crimes de responsabilidade Obs: as LEIS devem ter generalidade e abstração. A lei é feita para toda a sociedade, não é feita para regular um caso e ali se esgotar. ATENÇÃO: LEIS DE EFEITO CONCRETO! É uma lei que tem apenas forma de lei, mas com natureza de ato administrativo – não possuem generalidade nem abstração – ela se aplica em um caso para uma pessoa ou pessoas determinadas e se esgota com o fim do caso. O nosso Poder Legislativo cria leis normais e leis de efeito concreto. A criação de leis de efeito concreto pelo Legislativo é uma função atípica, pois é uma função administrativa. São exemplos de leis de efeito concreto: leis que criam parques, reservas naturais, lei que desapropria propriedade. É uma lei com cara de lei, mas conteúdo de ato administrativo. JUDICIÁRIO: ➔ Funções típicas: julgar, assegurando a supremacia da CF. ➔ Funções atípicas: administrativa, como quando realiza um concurso; e também legislativa, quando como estabelece um regimento interno. - Núcleo decisório do Estado -> é quem define as metas e políticas públicas que o Estado irá perseguir - No Brasil, o governo é temporário - SISTEMA DE GOVERNO: no Brasil o sistema de governo é o PRESIDENCIALISMO (independência entre os poderes) - FORMA DE GOVERNO: no Brasil a forma de governo é a REPÚBLICA (eletividade e temporalidade do chefe do executivo, que deve prestar contas) DIREITO ADMINISTRATIVO - Aparelhamento do Estado que executa/implementa as políticas públicas definidas pelo governo - “QUEM” desempenha “O QUE” 1) Conceito subjetivo/orgânico/formal: QUEM a compõe? Conjunto de órgãos públicos, entidades públicas, agentes públicos e pessoas jurídicas que tenham a incumbência de executar atividades administrativas 2) Conceito objetivo/funcional/material: O QUE são as suas atividades? Fomento, serviço público, poder de polícia e intervenção na atividade comercial - É o ramo do direito público, autônomo, com princípios e regras próprias, não codificado, que estuda o conjunto de normas jurídicas que regem a organização e o funcionamento da Adm. Pública e as relações jurídicas decorrentes de sua atuação, quando no uso da Supremacia do Poder Público - Maria Sylvia Zanella Di Pietro: é o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativistas que integram a administração pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública a) Escola do Serviço Público: Direito Administrativo é o ramo do Direito que estuda a gestão dos serviços públicos; qualquer atividade prestada pelo Estado é serviço público. Defensores: Duguit, Jèze, Bonnard. Perdeu força porque nem todas as atividades estatais são serviços públicos (p.ex. o poder de polícia), e também porque é possível, com a ampliação das atividades estatais, o exercício da atividade econômica, que não se confunde com serviço público. Teoria muito abrangente b) Critério do Poder Executivo: Direito Administrativo se esgota nos atos praticados pelo Poder Executivo. Perdeu força porque exclui os atos do Poder Legislativo e Judiciário na atividade administrativa. Essa teoria não considera a função política exercida pelo Poder Executivo, que não se confunde com a função administrativa. Teoria muito restritiva c) Critério teleológico/finalístico: Direito Administrativo é o conjunto de normas e princípios que norteia o atendimento dos fins do Estado d) Critério negativista/residual: Direito Administrativo é aquilo que não for pertinente às funções legislativa e jurisdicional. Teoria não define com exatidão e) Critério da Administração Pública: Direito Administrativo é o conjunto de normas e princípios que rege a Administração Pública. Teoria muito abrangente. Teoria que se destacou no Brasil. f) Conceito de Hely Lopes Meirelles: Direito Administrativo é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, agentes e as atividades públicas tendentes a realizar, concreta, direta ou indiretamente, os fins desejados pelo Estado g) Critério das atividades jurídicas e sociais do Estado: Direito Administrativo é o conjunto de princípios que regula a atividade jurídica não contenciosa do Estado e a constituição dos órgãos e meios de sua atuação em geral h) Critério das Relações Jurídicas: Direito Administrativo é o conjunto de normas que rege as relações entre a administração e os administrados i) Escola da puissance publique ou potestade pública: há a distinção entre atividades de autoridade e atividades de gestão. O Direito Administrativo atua nas atividades de autoridade – o Estado atua com autoridade sobre os particulares, com poder de império, um direito exorbitante do comum. Já nas atividades de gestão, trata-se de direito privado, em que o Estado atua em posição de igualdade com os cidadãos. - Todas as relações internas à administração pública; todas as relações entre a administração e os administrados; as atividades de administração pública em sentido material exercidas por particulares sob regime de direito público 1) Lei: fonte primordial (as demais são secundárias). A lei aqui é em sentido amplo (tanto as leis quanto os atos administrativos) CF – Leis (LO e LC), MP, Resoluções pelo Poder Legislativo – Atos administrativos de caráter normativo DIREITO ADMINISTRATIVO Lei é ato normativo primário (com base na CF). Ex: decreto legislativo feito pelo Congresso Nacional; resolução do Senado; decreto legislativo Ato administrativo é ato normativo secundário (com base em lei). Ex: decreto regulamentar (decreto do Executivo); resolução da Anvisa 2) Doutrina 3) Jurisprudência As súmulas vinculantes do STF vinculam todo o Poder Judiciário e toda a Administração Pública, mas NÃO vinculam o próprio STF e não vinculam o Poder Legislativo. Súmula vinculante não é atividade de legislar, e sim uma atividade jurisdicional, pois o Supremo está interpretando a CF A regra (doutrina majoritária) é que a única fonte primária é a lei, mas alguns autores entendem que a súmula vinculante seria fonte primária e estariano mesmo nível de uma lei. 4) Costumes 5) Princípios gerais do direito – A) SISTEMA DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO/SISTEMA FRANCÊS/DUALIDADE DE JURISDIÇÃO: separação entre justiça administrativa (para julgar os litígios em que o Estado é parte) e justiça comum (para particulares). Não pode ir para a justiça comum recorrer de uma decisão da justiça administrativa. O Judiciário não pode intervir nas funções administrativas; a jurisdição é exercida pela própria administração B) SISTEMA JUDICIÁRIO/SISTEMA INGLÊS/SISTEMA DE CONTROLE JUDICIAL/JURISDIÇÃO ÚNICA: adotado no Brasil. Não há separação clara entre justiça administrativa e justiça comum. É possível ajuizar ação na justiça comum ainda que não esgotada a via administrativa. Art. 5º, XXXV, CF. Todos os litígios podem ser levados ao Judiciário, que é o único que dispõe de competência para dizer o direito e dar a palavra definitiva na solução dos conflitos A Administração Pública faz julgamentos, mas as decisões administrativas não fazem coisa julgada. Os atos administrativos podem ser revistos na esfera jurisdicional. Quem dá a palavra final, quando provocado, é o Judiciário Poder Judiciário ------ Poder Judiciário | | nglês | ------ Administração Pública - O princípio da inafastabilidade da jurisdição assegura ao administrado a possibilidade de se socorrer ao Judiciário ainda que não buscada a tutela administrativa, SALVO: ➔ Exceções: o Justiça desportiva (o Poder Judiciário somente admite ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotadas as instâncias da justiça desportiva, que é uma via administrativa) o Súmula 2 do STJ (não cabe habeas data se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa – para ter interesse de agir p/ entrar no Judiciário deve ter prova da negativa na via administrativa) o Lei 11.417/2006 (somente cabe reclamação para assegurar a aplicação de súmula vinculante, em caso de omissão/ato da adm. pública, após o esgotamento das vias administrativas) o Lei 12.019/09 (não cabe MS quando há recurso administrativo com efeito suspensivo – não pode entrar com o MS até que seja julgado o recurso) o Inf. 757 STF, 2014 (somente é possível postular judicialmente a concessão de benefício previdenciário, desde que tenha havido prévio requerimento administrativo, no INSS, como condição para o direito de ação – somente ingressa na via judicial após a negativa administrativa. Exceção: nos casos de revisão, reestabelecimento ou manutenção de benefício anteriormente concedido, o pedido pode ser formulado diretamente ao Judiciário, pois a conduta do INSS já configuraria o não acolhimento da pretensão – quando já foi dado o benefício e quer rever; quando quer reestabelecer o benefício que foi cancelado; ou quando quer pedir DIREITO ADMINISTRATIVO manutenção se corre risco de ser cancelado)
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