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Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 Problema: Ainda chego lá Tutor: Ana Paula Relator: Taís Barbosa Coordenador: Lucas Júnior PASSO 5- LISTANDO OS OBJETIVOS: 1♡ Descrever a fisiologia do crescimento da criança e adolescente; 2♡ Conhecer os parâmetros avaliativos do crescimento (Tanner, idade óssea, PC, Vol. test., sela túrcica, exame de tireoide, função hepática, SS/SI); 3♡ Relacionar os hormônios do crescimento com o desenvolvimento, 4♡ Identificar os fatores que influenciam no crescimento (intrínsecos e extrínsecos); ♡ Definir resposta do caso clínico (constitucional ou familiar); PASSO 6- DESCREVENDO OS OBJETIVOS: 1 Fisiologia do crescimento da criança e adolescente; + 3 Relacionar os hormônios do crescimento com o desenvolvimento; OBS: Diferença entre crescimento e desenvolvimento: O crescimento é o aumento do tamanho corporal em decorrência do aumento no número e no tamanho das células e o desenvolvimento é a aquisição de novas habilidades ou o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas, dinâmicas e progressivas, que inclui, além do crescimento, a maturação, a aprendizagem e os aspectos psíquicos e sociais. - INTRODUÇÃO: ♡ O crescimento em seres humanos é um processo dinâmico e contínuo que tem início na concepção e vai até o final da vida, porém essa taxa de crescimento em crianças não é estável. Além disso, o crescimento infantil é um dos melhores indicadores de saúde e reflete as condições de vida de uma criança no passado e no presente. Os dois primeiros anos de vida e a adolescência são marcados por picos de crescimento e desenvolvimento rápidos. Mas para entender sobre isso, precisamos entender que o crescimento normal é um processo complexo que depende de inúmeros fatores: Hormônio do crescimento e outros hormônios. Sem quantidades adequadas de hormônio do crescimento, as crianças simplesmente deixam de crescer. Os hormônios da tireoide, a insulina e os hormônios sexuais na puberdade também desempenham papéis diretos e permissivos. Uma deficiência em qualquer desses hormônios leva ao Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 2 crescimento e ao desenvolvimento anormais; Uma dieta adequada que inclua proteínas, energia (ingestão calórica) suficiente, vitaminas e minerais. Muitos aminoácidos podem ser produzidos no corpo a partir de outros precursores, porém os aminoácidos essenciais devem vir de fontes alimentares. Entre os minerais, o cálcio, em particular, é necessário para a formação adequada dos ossos; Ausência de estresse crônico. O cortisol proveniente do córtex da glândula suprarrenal é liberado nos períodos de estresse e tem significativos efeitos catabólicos que inibem o crescimento. As crianças que estão sujeitas a ambientes estressantes podem apresentar uma condição conhecida como falha no crescimento, que é marcada pelo crescimento anormalmente lento; Genética. O tamanho adulto potencial de cada pessoa é determinado geneticamente na concepção; H O R M Ô N I O D O C R E S C I M E N T O Growth hormone, também chamado de somatotropina, somatotrópico, ou hormônio do crescimento humano, é um hormônio peptídico típico secretado pelo lobo anterior da glândula pituitária, chamados de somatotrofos, que liberam de 1-2mg de GH todos os dias e que também estimula o crescimento de essencialmente todos os tecidos do corpo, incluindo os ossos. Estímulo: O estímulo para a liberação do hormônio do crescimento é complexo e não está completamente esclarecido, mas inclui nutrientes circulantes, estresse e outros hormônios que interagem com o seu ritmo diário de secreção; Os estímulos para a secreção de GH são integrados no hipotálamo, o qual secreta dois neuropeptídeos no sistema porta hipotalâmico-hipófisário: hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) e hormônio inibidor do hormônio do crescimento, Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 3 mais conhecido como somatostatina (SS). Os pulsos do GHRH proveniente do hipotálamo estimulam a liberação de GH. Em adultos, o maior pulso de liberação do GH ocorre nas 2 primeiras horas do sono. Especula-se que o GHRH tenha propriedades indutoras do sono, porém o papel do GH nos ciclos do sono não está claro; O GH é secretado por células da adenohipófise. Mesmo sendo um hormônio peptídico típico na maioria dos aspectos, aproximadamente metade do GH no sangue está ligado à proteína ligadora do hormônio do crescimento plasmática. A ligação com as proteínas protege o GH plasmático de ser filtrado para a urina e estende a sua meia-vida por mais 12 minutos. Alguns estudos sugerem que a concentração das proteínas ligadoras é determinada geneticamente e exerce um papel na determinação da estatura do adulto; Os tecidos-alvo para o GH incluem tanto células endócrinas como não endócrinas. O GH atua como um hormônio trófico (que estimulam o funcionamento de outras glândulas endócrinas) para estimular a secreção de fatores de crescimento semelhantes à insulina, pelo fígado e por outros tecidos, que são os IGFs (IGFs, do inglês, insulin-like growth factors) (primeiramente chamados de somatomedinas). Os IGFs têm um efeito de retroalimentação negativa na secreção do hormônio do crescimento, atuando na adenohipófise e no hipotálamo. Os IGFs atuam em conjunto com o GH para estimular o crescimento dos ossos e dos tecidos moles (vasos sanguíneos, vasos linfáticos, músculos, tecido gorduroso, aponeuroses, tendões, nervos e os tecidos sinoviais) que equivale a cerca de 50% do peso corporal de um adulto; Metabolicamente o GH e os IGFs são anabólicos para as proteínas e promovem a síntese proteica, uma parte essencial do crescimento dos tecidos. Os IGFs são responsáveis pelo crescimento das cartilagens. O GH aumenta as concentrações plasmáticas de ácidos graxos e de glicose por promover a degradação dos lipídeos e a produção de glicose hepática; -GH é vital para o crescimento físico normal em crianças; seus níveis aumentam progressivamente durante a infância e atingem o pico durante o surto de crescimento que ocorre na puberdade, logo o GH se apresenta elevado no primeiro ano de vida, decresce aos poucos e atinge valores relativamente estáveis por volta dos 4 de idade. A puberdade é o segundo período de alta secreção de GH, e consequentemente, de ganho de estatura (processo que é finalizado com o resultado da maturação óssea no indivíduo, Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 4 fazendo com que atinja sua estatura final); GH não age por meio de glândula-alvo específica, ou seja, estimulando uma segunda glândula para produzir um efeito final; Seus efeitos atuam sobre todos ou quase todos os tecidos corporais – provoca o crescimento de quase todos os tecidos corporais que são capazes de crescer; Promove o ↑ celular ↑ mitoses → resultando na multiplicação e diferenciação de tipos celulares, ex: células do tecido ósseo e muscular; aumenta a quantidade de proteína do corpo (elevando a taxa de síntese de proteínas= Síntese do crescimento tecidual), utiliza as reservas de gorduras e poupa os carboidratos. GH aumenta o transporte da maioria dos aminoácidos através das membranas celulares para o interior das células = aumenta as concentrações de aminoácidos dentro das células = aumento parcial da síntese das proteínas. As endorfinas, serotonina, e durante a fase do sono de ondas lentas estimulam a liberação de GRH; e é inibido pela somatostatina (hormônio inibidor da liberação do GH); Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 5 O GH é essencial para o crescimento normal: Os distúrbios que refletem as ações do hormônio do crescimento são mais evidentesem crianças. Deficiências graves do hormônio do crescimento na infância levam ao nanismo, que pode resultar de um problema na síntese do hormônio do crescimento ou com receptores defeituosos de GH. Infelizmente, o hormônio do crescimento de bovinos e de suínos não são eficazes como terapia de reposição, e somente o hormônio do crescimento de primatas é ativo em seres humanos. Felizmente, a deficiência grave de hormônio do crescimento é relativamente rara. No extremo oposto, a hipersecreção do hormônio de crescimento em crianças leva ao gigantismo; Uma vez que o crescimento ósseo cessa no final da adolescência, o hormônio do crescimento não pode aumentar mais a estatura. Contudo, o GH e os IGFs podem continuar atuando na cartilagem e nos tecidos moles. Os adultos com secreção excessiva de hormônio do crescimento desenvolvem uma condição chamada de acromegalia, caracterizada pelo alongamento da mandíbula, expressões faciais grosseiras e crescimento das mãos e dos pés; Crescimento dos tecidos e dos ossos: O crescimento pode ser dividido em duas áreas gerais: o crescimento dos tecidos moles e o crescimento ósseo. Em crianças, o crescimento ósseo é geralmente avaliado pela determinação da estatura, e o crescimento dos tecidos, pelo peso. Múltiplos hormônios têm efeitos diretos ou permissivos sobre o crescimento. O crescimento tecidual requer hormônios e sinais parácrinos: O crescimento dos tecidos moles exige quantidades adequadas de GH, dos hormônios da tireoide e de insulina. O GH e os IGFs são necessários para a síntese proteica e a divisão celular nos tecidos. Sob a influência desses hormônios, as células podem sofrer hipertrofia (tamanho celular aumentado) e hiperplasia (número celular aumentado); Os hormônios da tireoide (tiroxanos T3/T4) têm um papel permissivo no crescimento e contribuem diretamente para o desenvolvimento do sistema nervoso. No tecido-alvo, os hormônios da tireoide interagem sinergicamente com o hormônio do crescimento para a síntese proteica e o desenvolvimento do sistema nervoso. Crianças com hipotireoidismo não tratado Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 6 (cretinismo) não crescem até uma estatura normal, mesmo que secretem uma quantidade normal de hormônio do crescimento; A insulina sustenta o crescimento dos tecidos, estimulando a síntese proteica e fornecendo energia na forma de glicose. Como a insulina é permissiva para o hormônio do crescimento, as crianças que têm deficiência de insulina não terão crescimento normal = sem energia (glicose) não tem como ter potencial suficiente pro crescimento tecidual, afetando em todo desenvolvimento do crescimento, mesmo que tenham concentrações normais de hormônio do crescimento e dos hormônios da tireoide; O crescimento ósseo requer quantidades adequadas de cálcio a dieta: O crescimento ósseo, assim como o desenvolvimento dos tecidos moles, requer os hormônios apropriados e quantidades adequadas de proteínas e de cálcio. Os ossos geralmente possuem duas camadas: uma camada externa de osso compacto denso e uma camada interna de osso trabecular esponjoso. Em alguns ossos, a cavidade central é preenchida com medula óssea. O osso compacto fornece força; 2 Conhecer os parâmetros avaliativos do crescimento: O comprimento é medido deitado e deve ser usado em bebês e crianças até 24 meses de idade; a altura é medida em pé e deve ser usada para crianças de dois anos ou mais (se possível); A avaliação de uma criança com suspeita de baixa estatura é orientada respondendo às seguintes perguntas: A criança é baixa? -A medição precisa do comprimento ou altura é essencial. Medições imprecisas ou plotagens aberrantes são umas das causas mais comuns de aparente falha no crescimento. As medições do comprimento ou altura devem ser plotadas nos gráficos de crescimento adequados à idade e ao sexo da criança. O peso também deve ser medido para fornecer informações adicionais sobre o estado nutricional da criança. Os percentis e os escores Z também podem ser calculados usando calculadoras específicas; Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 7 - A velocidade de crescimento da criança está prejudicada? - Qual é a altura prevista para a criança na fase adulta? Recém-nascido: Peso de nascimento: 3000g; o Perde 10% na 1ª semana de vida; o Recupera peso nascimento com 10 dias; Comprimento ao nascer: o Menino: 50cm; o Menina: 49 cm; Acompanhamento mensal de: - Peso; - Comprimento; - Perímetro cefálico; Métodos para identificar normalidade no crescimento: o Tabela: Curvas de crescimento: Curva OMS: projeto em 6 cidades e 6 países Selecionaram crianças e acompanharam longitudinalmente até os dois anos, eram crianças que possuíam um bom nível social, que as mães não fumaram durante a gestação e que tiveram aleitamento materno exclusivo nos primeiros 4-6 meses, para avaliar o peso e crescimento com forme a idade; Brasil (pelotas); Gana (Accra); Índia (Nova Déli); Noruega (Oslo); Omã (Muscat); Estados Unidos (Davis); Estatística: o Escore Z- é uma distribuição normal, então eles tratam os dados como se fosse uma curva de gals. Na curva de gals o 0 é o pico e ele corresponde ao mesmo tempo a média, a mediana e a moda da população; Percentil - é como se colocasse todas as meninas a cada faixa etária em uma fila. Então a menina que tiver um peso no percentil 3, ela tem um peso equivalente a 3% das meninas que estão naquela fila; Curva de peso para idade de meninas até 5 anos com escore Z; -Tudo o que estiver entre 2 e -2 é considerado normal, ou seja, o desvio padrão; Curva de peso para idade com meninas até 5 anos com percentil Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 8 Equivalência: Curva de crescimento/estatura por idade MENINOS – do nascimento aos 5 anos (escore-Z) Comprimento: enquanto a criança é medida deitada; Estatura: quando já está sendo medido em pé; Estatura abaixo do Z-3= muito baixa estatura para idade; Estatura entre o Z-3 e Z-2: baixa estatura para a idade; Estatura acima de Z-2: estatura adequada para idade; Não se tem uma classificação como: alta estatura para a idade, porque não é considerado patológico ser alto; Avaliação da desnutrição: Porcentagem da mediana; - Valor do peso ou estatura do paciente x 100 / valor da mediana do peso ou estatura; - Classificação de Waterlow: Utiliza porcentagem da mediana para E/I e P/E; Classificação Gómez: - Utiliza porcentagem da mediana para P/I; Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 9 Peso A criança dobra de peso de nascimento aos 4- 5 meses, triplica aos 12 e quadruplica com 2-2 anos e seis meses; De dois até os oito anos, cada criança ganha em média 2kg/ano; Existe uma formula para o cálculo aproximado do peso que pode ser usada para crianças de três até onze anos: Peso(kg) = idade (anos) x 2 + 9.; Obs: os bebes até dois anos ou até 16kg deverão ser pesados na posição deitada ou sentados na balança mecânica pediátrica. Já as crianças maiores de dois anos e os adultos são pesados na balança tipo plataforma; Estiramento O termo comprimento é usado para determinar o crescimento linear em crianças até dois anos. A partir dos dois anos, usamos o termo altura. A “estatura, por sua vez faz referência a ambos os termos; O comprimento médio das crianças ao nascimento é de 50cm. No primeiro semestre de vida 15cm e no segundo semestre 10cm; ao final do primeiro ano a criança cresce 25cm, ou seja, cerca de 50% do seu comprimento ao nascimento; Com quatro anos a criança mede em torno de 1 metro; Fórmula de acordo com a idade (3 aos 11 anos): Altura(cm)= (idade – 3) x 6 + 95; Obs: até os dois anos o comprimento deverá ser medido com a criança na posição deitada, colocando-se a régua em contato com o vértice da cabeça e sobre a sola dos pés posicionada a um ângulo de 90º. Após dois anos, a estatura é medida com a criança na posição de pé, apoiando-se a região occipital e os calcanhares sobre a régua vertical; Perímetro cefálico É uma medida que representa o crescimento do cérebro. Nos primeiros meses d vida é muito útil para a identificação de desvios do desenvolvimento neurológico; É uma medida confiável do crescimento do cérebro, sendo um índice que menos varia para diferentes grupos etários; Obs; no recém-nascido é maior que o perímetro torácico SS/SI Segmento inferior (SI) é a distância que vai da sínfise púbica ao chão, e o segmento superior (SS) é a diferença entre a estatura e o segmento inferior; Ao nascimento, o segmento superior é maior que o inferior, mas, durante a adolescência, a proporção SS/SI deve estar entre 0,9 e 1. O aumento dessa relação pode significar alguma malformação, displasia óssea ou raquitismo; Envergadura A envergadura é a distância entre os dedos médios de ambas as mãos estando os braços abertos. Também na adolescência a relação envergadura: estatura atinge valores próximos a 1; Alvo genético A fórmula do alvo genético permite que calculemos o canal genético de crescimento de uma criança com base na hereditariedade, ou seja, com base na estatura dos pais. Assim consegue-se prever o limite mínimo, a média e o limite máximo de estatura que a criança pode alcançar até o fim da puberdade; Aproximadamente 20% das crianças poderão apresentar ao final da puberdade uma estatura inferior ou superior ao alvo genético. MENINAS = ALTURA DA MÃE (cm) + ALTURA DO PAI (cm) – 13/2; Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 0 MENINOS = ALTURA DA MÃE (cm) + ALTURA DO PAI (cm) + 13/2; O resultado desse cálculo indica o canal de crescimento da família, Considera-se normal uma variação de mais ou menos 5cm; Curva de crescimento/Z SCORE As curvas de crescimento apresentam 7 percentis: percentil 5; percentil 10; percentil 25; percentil 50; percentil 75; percentil 90; percentil 95; Além dos percentis, existe outra forma de comparar peso e estatura de um paciente especificamente com a média populacional. Esta forma depende do cálculo do desvio padrão, que é feito através da seguinte fórmula: Escore Z + 3= percentil 99,8 Escore Z + 2= percentil 97,7; Escore Z + 1= percentil 84,2 * Média: percentil 50 (Mediana) - Escore Z – 1= percentil 15,8; Escore Z – 2= percentil 2,28; Escore Z - 3: percentil 0,15; Idade óssea O potencial de crescimento de um indivíduo pode ser presumido por meio da progressão da ossificação das epífises ósseas; Os centros de ossificação do esqueleto aparecem e progridem em uma sequência conhecida nas crianças normais, permitindo assim que a maturação esquelética possa ser comparada com a idade cronológica. Logo, o grau de maturação óssea característico para uma determinada idade cronológica é definido como idade óssea; Após o período neonatal, quando geralmente se utiliza a radiografia do joelho para estimar a idade do esqueleto, a radiografia de mão e punho esquerdo é a mais utilizada para determinar a idade óssea; Como o fechamento completo das epífises indica que a pessoa parou de crescer, o que esses métodos é quanto ainda o paciente pode crescer; O crescimento estatural tem uma importante relação com a idade óssea, visto que a menina cresce até atingir uma idade óssea de 15 a 16 anos e o menino até 17 e anos 4 Identificar os fatores que influenciam no crescimento (intrínsecos e extrínsecos); Introdução - Todo ser humano nasce com um potencial genético de crescimento que poderá ou não ser alcançado, dependendo das condições de vida a que esteja exposto desde a concepção até a idade adulta. Portanto, o processo de crescimento está influenciado por fatores intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (ambientais), dentre os quais destacam-se a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança, que atuam acelerando ou retardando esse processo. FATORES EXTRÍNSECOS: - Socioeconômicos: Crianças que vivem em comunidades de baixa renda , tendem a apresentar um estado nutricional mais baixo, isso está associado aos maiores déficits antropométricos (peso/idade e peso/altura) das crianças. - Ambientais/ Baixa poluição ambiental: Um indivíduo ou uma população que vive em ambiente satisfatório, os genes terão a oportunidade de expressar seu máximo potencial. Isso explica a importância cada vez mais evidenciada das investigações entre crescimento e condições externas; - domiciliar: número satisfatório de cômodos por pessoa, tipo adequado de sanitário, espaço para Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 1 desenvolvimento físico e motor; Saneamento básico : A falta de saneamento básico pode potencializar os riscos de doenças infecto- parasitárias, consequentemente influenciar os indicadores nutricionais, que estão ligados diretamente com o crescimento. A influência do saneamento, em relação a ausência de abastecimento d'água e de esgotamento público, aumenta em 2,5 vezes o risco de retardo de crescimento nas crianças. - imunizações e internações hospitalares/ calendário de vacinação: Manter um calendário de vacinação completo é essencial para evitar doenças preveníeis e colaborar para um crescimento saudável, bem como a existência d unidades hospitalares disponíveis para possíveis internações; - etilismo: (- tabagismo, etilismo ou uso de drogas ilícitas e uma dieta pouco saudável;) Pode não apenas trazer complicações na gestação (diabetes gestacional, aumento da pressão arterial, doenças infecciosas), como também potencializar o retardo de crescimento intrauterino; e sabe-se que o período de crescimento intrauterino é quando se observa a maior velocidade de crescimento. Então nesse fase, o pré-natal ajuda a identificar um retardo de crescimento intrauterino. - tabagismo; - dieta; alimentação adequada ( desde aleitamento materno, alimentação pós-desmame, ingestão de micronutrientes, são fundamentais pro desenvolvimento do crescimento; - os micronutrientes (minerais e vitaminas) também exercem uma ação evidente sobre o processo de crescimento das crianças e que a sua carência tem implicações severas sobre o crescimento e desenvolvimento infantil, assim como, na resistência às infecções. A influência da suplementação de ferro e de zinco isolada ou combinada sobre o crescimento, o desenvolvimento, a morbidade (diarreia e infecção respiratória) e a função imune, tem se constituído preocupação de muitos pesquisadores que comprovaram a associação positiva entre essas variáveis. Nos países em desenvolvimento, o atraso no crescimento inicia-se, em geral, entre quatro e seis meses de vida, quando o aleitamento materno é substituído por alimentos de baixo valor nutricional e, frequentemente, contaminados. Como consequência, ocorre uma maior propensão para as infecções, especialmente as diarreicas. - Mobilidade (sedentarismo x atividades físicas) - culturais - Educação: Grau de escolaridade materna: muitas vezes se apresenta como fator independente da renda e que tem contribuído para aumentar significativamente as chances das crianças apresentarem retardo de crescimento, principalmente, no caso de mães de baixa escolaridade e/ou sem instrução. Está diretamente relacionado com uma melhor compreensão da prática dos cuidados infantis, além de que, um maior nível de instrução certamente contribuirá para uma melhor oportunidade de emprego e, por conseguinte, melhor nível salarial. Isso porque a escolaridade formal e informal, contribuemsignificativamente para a melhoria das condições de vida e de saúde das populações. - Sociais: Quesito coabitação com o pai da criança também constitui fator de favorecimento ao adequado crescimento da criança. Além do fator ausência da participação efetiva da mãe nos primeiros anos de vida infantil, onde se destaca o trabalho feminino fora do lar, também se considera como um risco para o estado nutricional das crianças nos países pobres, consequentemente do crescimento infantil. FATORES INTRÍNSCOS: - O baixo peso materno e a estatura dos pais (GENETICA), mais especificamente da mãe, indicaram maior severidade de déficit estatural entre as crianças. A prevalência de baixo peso ao nascer e de déficit de crescimento aos seis e 24 meses foram significativamente maiores nos filhos das adolescentes, representando a idade materna um importante preditor de déficit de crescimento intrauterino e nos primeiros anos de vida; - Gravidez que ocorre em mulheres abaixo de 19 anos ou acima de 35 anos, ou casos de gestações múltiplas (gêmeos) e de anomalias congênitas (INTRÍNSECOS); são fatores que podem interferir no crescimento do feto e devem ser acompanhados de perto. - Com relação ao crescimento linear, pode-se dizer que a altura final do indivíduo resulta da interação entre sua carga genética e os fatores do meio ambiente, os quais permitirão a maior ou menor expressão de seu potencial genético. Thaiane Barros – MEDICINA P3 - @thaianebarros__ 1 2
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