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GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO REPRESENTAÇÃO DE ENSINO DE JI-PARANÁ ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO JUSCELINO K. DE OLIVEIRA PLANO DE AÇÃO DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL JI-PARANÁ, 2012. 1. Identificação Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Juscelino K. de Oliveira Endereço: Avenida Coronel Jorge Teixeira de Oliveira, 827 – Bairro Nova Brasília Fone: (069) 3421-2893 Direção: Jurema Aparecida Albuquerque de Jesus e Margarete Severina Secretária: Inês Rabelo Supervisoras: Neila Kleusia e Thaize Savi Orientadores: Locimar Massalai – 1º ao 6º ano do Ensino Fundamental – matutino e vespertino Albertina Monteiro Netta – 7º Ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio – Vespertino Maria Anilda – EJA e Regular Noturno Número de alunos: • Matutino: • Vespertino: • Noturno: 2. Apresentação O plano de ação do SOE da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Juscelino K. de Oliveira deve ser um instrumento nas mãos dos orientadores para que possam racionalizar seu trabalho e desta forma não improvisar com a vida daqueles aos quais são responsáveis. Como plano ele será sempre provisório, no sentido de que precisa constantemente ser retomado, pois a realidade é dinâmica. Servirá para orientar percurso da atividade no SOE no ano letivo de 2012 e como tal, abrangerá a atuação dos orientadores no processo de seu trabalho nas seguintes dimensões: prevenção, intervenção e acompanhamento de pais, professores, alunos, enfim, de toda a comunidade escolar, de acordo com a realidade da escola. O Governador do Estado de Rondônia, Ângelo Angelim conforme consta do Decreto 2728 de 17 de setembro de 1985, no uso das atribuições que lhe eram conferidas o art. 70, inciso III da Constituição Estadual, e, além disso, o que consta do processo N.º 001147, legitimou a criação da Escola de 1º e 2º Graus Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizado na Rua Governador Jorge Teixeira, 827 no Bairro Nova Brasília. No art. 2º do mesmo decreto estabeleceu a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Ji-Paraná a responsabilidade de adotar as providências necessárias ao funcionamento da referida Escola. De acordo com o Parecer 169/CEE/RO/98 a escola passou a se chamar Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada a Rua Governador Jorge Teixeira nº. 827 – Bairro de Nova Brasília em Ji-Paraná – Rondônia - CEP 76.908-468. Atualmente a escola atende alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Médio, EJA fundamental e médio, funcionando nos três períodos: matutino, vespertino e noturno. Além de possuir professores habilitados nas mais diversas áreas, conta com os seguintes especialistas no seu quadro gestor: duas Supervisoras Escolares e três Orientadores Educacionais. Quanto à direção da escola hoje já se faz parcialmente democrática, uma vez que este processo ainda engatinha no estado de Rondônia, diante das peculiaridades do sistema que demanda muito esclarecimento a respeito do assunto em pauta e conseqüentemente, de aprendizado de como realmente conduzir algo tão novo e revolucionário em um ambiente onde a cultura impositiva imperou e impera ainda. A efetivação artigo 14 da LDB 93.94/96 ainda continua sendo um grande desafio: Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. A comunidade da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Juscelino Kubitschek de Oliveira possui uma clientela cujo padrão socioeconômico é constituído por famílias em sua grande maioria de baixa renda e que recebem Bolsa Família. É elevado o número de alunos que vivem somente com as avós, cujos pais foram trabalhar ou nos Estados Unidos, Espanha e Portugal ou mesmo em fazendas de gado nas regiões próximas. Os bairros do entorno onde a escola está inserida são muito violentos, onde a ausência do Estado é quase que absoluta quando se pensa em políticas públicas voltada para a saúde, deporto e lazer. A relação entre ausência de espaços públicos de lazer e aumento de violência e criminalidade juvenil é reforçada por Silva e Versiani (2009, p.6-21) quando afirmam que: O lazer transcende as esferas do descanso e do divertimento para se firmar, por meio de sua vivência, também como um instrumento de resistência à realidade desigual em que vivem os homens e como um veículo propulsor de desenvolvimento humano, principalmente quando sua prática se orienta a partir de valores educacionais. E que quando o jovem não tem muitas opções para se ter uma vida saudável, quando o mesmo não quer (ou não pode) estudar, não trabalha (ou trabalha informalmente fazendo os chamados ‘bicos’), alimenta-se mal, dorme mal, é discriminado socialmente, não pratica esportes porque não tem como entrar na escola (porque não estuda nela) e em seu bairro (ou na região) não possui espaços públicos para a prática de atividades físicas, culturais, de lazer, a única alternativa para não ficar totalmente ‘à toa’ é assistir televisão, quando não acessar a internet, ou passar um bom tempo com as ‘turmas’ juvenis, como as gangues, por exemplo. A escola, dentro deste microcosmo, se torna uma ilha de paz e um dos poucos lugares humanos. Existem centenas de igrejas evangélicas, cada uma com suas peculiaridades e com ênfase na teologia da prosperidade. O bairro onde está inserida a escola não tem rede de esgotos e as ruas são de terra batida. Em muitas casas faltam até mesmo água tratada e serviço de coleta de lixo. Em meio a este contexto a escola atende atualmente mil e quatrocentos e sessenta e sete alunos, aproximadamente, que vivem nos bairros próximos à escola: Nova Brasília, São Francisco, Val Paraíso e Juscelino Kubitschek. 3. Justificativa A presença do Orientador educacional é de fundamental importância na escola, como mediador das interações, tanto nas questões de aprendizagem, como de relacionamentos em grupo, família, ou instituições a que tem acesso. É a pessoa que deve dar voz e vez ao aluno, pois muitas vezes ninguém o escuta, seja no âmbito familiar, social ou escolar. Inicialmente a Orientação Educacional, (década de 60 a 70), se preocupava majoritariamente com “alunos problemas”. Esta visão foi sendo superada lentamente e hoje a mesma está voltada para ajudar os alunos a ver-se, ver o outro e ver o mundo dentro de um tempo cada vez mais complexo. Esta tarefa de ajudar os alunos compreender a si mesmos os outros e o mundo devem acontecer em um processo educacional reflexivo e dinâmico em que o orientador trabalhe questões de aprendizagem, alfabetização e convívio social, levando em conta que estes estão inseridos em um contexto social, nem sempre favorável ao respeito pelo outro e pela dignidade da vida como valor maior. Percebe-se que o orientador educacional como referência de adulto, desempenha papel relevante na formação cidadã do aluno em todas as dimensões, seja ela social, intelectual e afetiva. A desestruturação familiar é hoje um dos fatores que tem contribuído de maneira significativa para as dificuldades que os orientadores estão enfrentados nas escolas. Através da intervenção que o orientador educacional faz, muitos dos alunos atendidos passam a se integrar melhor na escola. Pode-se perceber que a forma de intervenção e atuação do Orientador Educacional depende de vários fatores como: formação, embasamento teórico, conhecimento de mundo, capacidade de trabalho em equipe, dentre outros. Desta forma, atuação do SOE tem se voltado para promover a ação-reflexãoe da prática escolar, integrando as ações educativas de forma a facilitar as relações de aprendizagem, promover a socialização do conhecimento, ampliando as possibilidades do aluno de compreender e agir no mundo como cidadão crítico e participativo, elementos essenciais para a democratização da escola pública. O SOE tenta, de alguma forma, abrir espaço no sentido de garantir o direito à voz do educando, por entender que só ocorre o processo educativo a partir de uma relação na qual o aluno entra, não apenas como objeto, mas também como sujeito do processo ensino-aprendizagem. Enquanto sujeito, ele deve ter o direito de participar ativamente do processo, tornando-se co- produtor da atividade pedagógica, bem como ter seus deveres como força geradora do seu ser como pessoa. 4. Objetivo Geral: Prestar atendimento de orientação a partir de uma abordagem educacional que envolva todas as pessoas relacionadas com o processo educacional, visando assim promover na escola um clima de diálogo e confiança, onde favoreça o desenvolvimento humano de todos os envolvidos no processo da ação educativa dos Orientadores Educacionais, como mediadores. Objetivos específicos: • Desafiar os pais para acompanhar com mais interesse e responsabilidade, a vida escolar dos filhos; • Assistir o aluno na análise de seu desempenho escolar e no desenvolvimento de atitudes responsáveis em relação ao estudo e demais situações da vida escolar; • Planejar e elaborar o plano de ação, projetos, documentos e os relatórios que dizem respeito ao serviço de orientação educacional; • Sensibilizar os gestores e professores para trabalharem no contexto escolar de forma interdisciplinar; • Ajudar na organização de espaços e tempos de formação continuada; • Refletir com os alunos quanto ao aumento do uso indevido das drogas e seus malefícios causados na sociedade; • Desenvolver atividades de forma integrada com os professores; • Desenvolver no aluno atitudes compatíveis com a vida em sociedade; • Colaborar com a equipe escolar na integração do aluno à escola; • Desenvolver no aluno atitudes de cooperação, sociabilidade, respeito, consideração, responsabilidade, tolerância e respeito às diferenças individuais; • Estimular a cooperação dos professores na identificação, encaminhamento e ajuda a alunos, com dificuldades, sejam elas quais forem; • Oferecer espaço de orientação profissional quanto às escolhas; • Ajudar os alunos do 3º ano do ensino médio a se preparar para o ENEM; • Organizar espaço de avaliação da prática dos Orientadores Educacionais da escola, bem como momentos de formação continuada. 5. Estratégias - SERIAM AS ATIVIDADES – PRECISAMOS APONTAR! Reuniões com pais, professores e demais funcionários da escola sobre atendimento aos alunos; Desenvolver projetos como Pró-funcionário; Eleições de líderes e professores conselheiros como objetivo de maior e melhor acompanhamento do desenvolvimento de cada turma. Elaboração de documentos de acompanhamento em geral, reforço escolar, participação no conselho escolar. Palestra sobre “Hábitos de Estudos”... APONTAR OUTRAS, ALBERTINA! 6. Metodologia Nosso trabalho será pautado por uma atitude dialógica e participativa, entendo como afirma Grinspun (2011, p. 37), que: O principal papel da Orientação será ajudar o aluno na formação de uma cidadania crítica, e a escola, na organização e realização de seu projeto pedagógico. Isso significa ajudar nosso aluno ‘por inteiro’: com utopias, desejos e paixões. A escola, com toda sua teia de relações, constitui o eixo dessa Orientação, isto é, a Orientação trabalha na escola em favor da cidadania, não criando um serviço de orientação para atender os excluídos (do conhecimento, do comportamento, dos procedimentos etc.), mas para entendê-los, através das relações que ocorrem (poder/saber,fazer/saber) na instituição Escola. E sem uma postura que dialoga e tenta entender acima de tudo como se dá o processo de escolarização destes alunos, dificilmente a Orientação atingirá seus objetivos e aportará sua riqueza na comunidade escolar. 7. Avaliação Este projeto será avaliado no decorrer do processo do fazer da orientação escolar levando em consideração cada ponto aqui elencado com a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar, que através de feedbeck darão sua contribuição para possíveis análises e mudanças de postura a partir dos resultados alcançados usando os instrumentais descritos anteriormente. Os Orientadores Educacionais da escola irão sentar de dois em dois meses sempre na segunda feira a tarde para avaliação do seu fazer e também para partilha de leituras sobre a educação e em específico sobre a Orientação Educacional. Referências • GRINSPUN, Mírian Paura S. Zippin. A Orientação Educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a escola. 5ª Ed. São Paulo: Cortez, 2011. • Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 5ª edição, Ministério da Educação e Cultura, 2010. •
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