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Relembrando...Relembrando... ANTICORPOS • Os anticorpos podem se apresentar em duas formas: - secretada: no sangue e em outros fluidos- secretada: no sangue e em outros fluidos extracelulares; - ligada: ligada somente na membrana celular de linfócitos B que sintetizam anticorpos. ESTRUTURA DOS ANTICORPOS • Também conhecidos como imunoglobulinas (Ig); • Os Ac possuem as mesmas características estruturais básicas, mas apresentam uma grande variedade nasbásicas, mas apresentam uma grande variedade nas regiões que ligam os antígenos; • O que confere a capacidade de ligação a um número enorme de antígenos estruturalmente diversos; Níveis Séricos Normais e Meia-Vida das Imunoglobulinas Classe (isótipo) Concentração Sérica (mg/dL) Meia-Vida (dias) IgM 150 5 IgG 1350 23IgG 1350 23 IgA 350 6 IgE <0,05 2 IgD traços 3 RELAÇÃO ENTRE ESTRUTURA E FUNÇÃO DOS ANTICORPOS • Existem muitas características dos anticorpos que são críticas no reconhecimento de antígenos: - Especificidade;- Especificidade; - Diversidade; - Afinidade e Avidez. TESTES SOROLÓGICOS REAGENTES NÃO MARCADOS Professora: Natália Malavasi Vallejo INTRODUÇÃO • Testes empregados para detectar anticorpos e antígenos; • Avaliação quantitativa e qualitativa das respostas imunológicas do hospedeiro; • Antígenos molecularmente clonados � precisão da detecção• Antígenos molecularmente clonados � precisão da detecção de anticorpos; • Formação do complexo antígeno-anticorpo � imunocomplexo INTERAÇÃO ANTÍGENO-ANTICORPO • Esta ligação é a base de grande parte dos testes imunológicos; • De forma simples: a formação do imunoclomplexo é• De forma simples: a formação do imunoclomplexo é monitorada pela ocorrência de precipitação do complexo ou pela presença de um marcador. • Os antígenos possuem estruturas químicas que favorecem a complementaridade com o anticorpo, através de ligações não- covalentes; • São reversíveis e possuem afinidades diferentes com diversas substâncias; • Como um anticorpo pode se relacionar com antígenos com INTERAÇÃO ANTÍGENO-ANTICORPO • Como um anticorpo pode se relacionar com antígenos com afinidades diversas, ele pode ligar-se com um que não seja seu antígeno de melhor complementaridade através de ligações mais fracas com regiões semelhantes, mas não idênticas, àquele que o induziu; • Essa ligação é chamada de reação cruzada (glicoproteína das hemácias x bactérias intestinais, vírus e bactérias possuem determinantes antigênicos semelhantes da célula hospedeira). • A interação entre um anticorpo e seu antígeno pode ser rompida por altas concentrações de sal, pH extremo, detergentes e, algumas vezes, por competição com altas concentrações do próprio epítopo puro. A ligação portanto é uma interação não covalente reversível. INTERAÇÃO ANTÍGENO-ANTICORPO • Para ocorrer a eficiente ligação Ag-Ac é preciso que eles estejam em concentrações ótimas: - zona de equivalência: precipitação máxima (concentrações de Ag e Ac são equivalentes); LIGAÇÃO DE ANTÍGENO E ANTICORPO NO IMUNODIAGNÓSTICO - zona de excesso de Ag ou Ac: formam quantidades decrescente de precipitado ou precipitados pequenos (podendo resultar em uma interpretação incorreta dos testes); - fenômeno pró-zona: formação subótima de imunocomplexos quando os Ac ou Ag estão presentes em excesso (podendo resultar em uma interpretação incorreta dos testes). TESTES SOROLÓGICOS • Reagentes não-marcados: - Reação de precipitação: - Imunodifusão simples; - Imunodifusão dupla; - Imunoeletroforese;- Imunoeletroforese; - Imunofixação; - Imunocromatografia. - Reação de aglutinação: - Direta: Detecção de determinantes antigênicos ligados a superfície de células; - Indireta: Detecção de partículas inerentes que se ligam a superfície de células. REAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO • Interação entre Ac e Ag – solúvel; • Depende da concentração relativa de Antígeno e Anticorpo; • A reação pode ser afetada pelo número de sítios de ligação que cada Ac possui para seu Ag � Valência.que cada Ac possui para seu Ag � Valência. PRECIPITADOPRECIPITADO IMUNODIFUSÃO • Difusão de Ag ou Ac solúveis em meio ágar (semi sólido), com Ag ou Ac incorporado a agarose; - Simples: incorpora-se o soro (Ac) no ágar e em orifícios é aplicado o antígeno � complexo (precipitação e formaçãoaplicado o antígeno � complexo (precipitação e formação do halo); - Dupla: ambos solúveis � complexo (encontro do Ag com o Ac); IMUNODIFUSÃO SIMPLES IMUNODIFUSÃO DUPLA • Teste utilizado para detecção da presença de Ac ou Ag com mais de uma amostra teste (Ac ou Ag). IMUNOELETROFORESE • Combina a eletroforese em gel, seguida da imunodifusão e precipitação das proteínas; • Duas etapas: 1ª - Separação eletroforética das proteínas; 2ª - Imunodifusão de cada componente. • Formação de uma linha ou arco de precipitação na região de• Formação de uma linha ou arco de precipitação na região de equivalência; • Caracterização de uma substância é feita a partir: - propriedades eletroforéticas (mobilidades diferentes devido a cargas elétricas diferentes); - coeficientes de difusão; - propriedades imunológicas (especificidade). IMUNOELETROFORESE A imunoeletroforese pode ser utilizada para detecção de proteína-M (monoclonal). É tecnicamente mais fácil e de menor custo quando comparada à técnica de imunofixação, no entanto não é tão sensível IMUNOFIXAÇÃO • Realizada quando um pico ou banda é encontrada na eletroforese de proteínas séricas ou quando há suspeita de gamopatia monoclonal (condição patológica); • Combinação da eletroforese e a imunoprecipitação; • Procedimento com dois estágios: - a amostra é aplicada em seis posições diferentes do gel de- a amostra é aplicada em seis posições diferentes do gel de agarose e as proteínas são separadas por eletroforese de acordo com a carga; - os soros mono específicos para IgG, IgA, IgM, cadeia kappa e cadeia lambda impregnados numa fita de papel ou acetato de celulose são colocados individualmente sobre cada posição, seguidos da aplicação de solução fixadora de proteínas; • Identificação dos complexos formados com corante específico. IMUNOFIXAÇÃO Eletroforese com imunofixação. SPE é a eletroforese de referência e, a seguir, cada campo foi analisado com o anti-soro respectivo (anti-IgG, antiIgA, anti-IgM, anti- kappa e anti-lambda). Notamos neste paciente a presença de proteína M monoclonal em IgM-kappa. (Fonte: Testes Laboratoriais Aplicados à Imunologia Clínica) IMUNOCROMATOGRAFIA REAÇÃO DE AGLUTINAÇÃO • Formação de agregados visíveis como resultado da interação de anticorpos específicos e partículas insolúveis que contêm determinantes antigênicos em sua superfície. • Pode ocorrer: - partículas que apresentam determinantes antigênicos naturais em sua superfície (hemácias, bactérias, protozoários, etc.) � aglutinação direta; - partículas inertes (partículas de látex, poliestireno, etc.) � aglutinação indireta. • Diagnóstico laboratorial de doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e fungos, doenças auto-imunes, na detecção de hormônios, na tipagem de grupos sanguíneosdetecção de hormônios, na tipagem de grupos sanguíneos dos sistemas ABO e Rh, etc. AGLUTINAÇÃO DIRETA • O antígeno faz parte naturalmente da célula, haverá aglutinação destas células promovida por anticopos contra estes antígenos; • Células bacterianas também podem ser utilizadas como antígeno para a pesquisa de anticorpos em amostras de soro de pacientes, como por exemplo na leptospirose, brucelose e salmonelose. Anticorpo + Sangue negativo positivo Reação da ligação antígeno-anticorpo Detecção da Samonelose por aglutinação direta, utilizando soro do paciente. AGLUTINAÇÃO INDIRETA • Emprega a absorção de antígenos solúveis na superfície de micropartículas inertes, sem interferir na interação antígeno- anticorpo; • Por exemplo: plásticos, gelatina, carvão e hemácias formolizadas e taninizadas deaves e de carneiro; • Permite a interação com proteínas e precipitação. AGLUTINAÇÃO POR LÁTEX • Partículas de látex (poliestireno) sofrem adsorção de Ag polissacarídeos ou proteínas solúveis; • Detecta IgG e IgM; • Uso: diagnóstico da toxoplasmose, rotavírus, fator + • Uso: diagnóstico da toxoplasmose, rotavírus, fator reumatóide (FR), proteína C reativa (PRC), Anti-estreptolisina O (ASLO); • Ag são adsorvidos na superfície da hemácia; • Ag proteicos são adsorvidos através de tratamento com ácido tânico; • Utilizado para teste de Doença de Chagas e toxoplasmose. Aglutinação ou Hemaglutinação Indireta Hemácias não ligadas a anticorpos ���� precipitação Hemaglutinação Indireta para Toxoplasmose Microplaca de Hemaglutinação, onde: as amostras 1,5,7,8,10 e 11 Reagentes, ou seja, apresentam anticorpos contra T. gondii e amostras 2,3,4,6 e 9 Não reagentes; C- refere-se a controle Negativo e c+ a controle Positivo + Soro anti - hCGUrina São incubados e Adicionam-se Partículas revestidas com hCG Inibição da Aglutinação Passiva ou Indireta Resultado negativo (ausência de hCG na urina): -Ocorre aglutinação, pois os anticorpos anti-hCG Exemplo: presença de hCG na urina (gravidez) São incubados e colocados numa placa revestidas com hCG Resultado positivo: (presença de hCG na urina): não ocorre aglutinação. Ac se ligaram no hCG da urina, (ficando bloqueados), na incubação inicial os anticorpos anti-hCG não são bloqueados na incubação inicial, porque não havia o hormônio na urina; -Livres, podem aglutinar as partículas revestidas de hCG. • Reação semelhante a precipitação; - Os imunocomplexos estão dissolvidos. • Visualização através de lupa ou microscópio; FLOCULAÇÃO OU MICROFLOCULAÇÃO • VDRL (Veneral Disease Research Laboratory); • RPR (Rapid Plasm Reagin); - Sífilis; FLOCULAÇÃO OU MICROFLOCULAÇÃO • Produção de microfoculação das reagininas IgG e IgM entre as cardiolipinas (teste). CONCEITOS BÁSICOS EM SOROLOGIA • Anticorpos Policlonais; • Anticorpos Monoclonais; • Título; • Teste de referência; • Sensibilidade; • Especificidade;• Especificidade; • Falso-positivo e falso-negativo; • Reação cruzada; • Precisão; • Acurácia ou exatidão; • Reprodutibilidade; • Limiar de reatividade (cut off). • Os anticorpos séricos resultantes são heterogêneos, compreendendo uma mistura de anticorpos, cada um específico para um epítopo; • Resposta imunológica do anticorpo policlonal facilita a localização, a fagocitose e lise do antígeno mediada pelo complemento, tendo vantagens claras para o organismo in vivo; ANTICORPOS POLICLONAIS vantagens claras para o organismo in vivo; • Etapas para produção: - Purificação do antígeno para o qual queremos produzir um anticorpo; - Imunização do animal com o antígeno de interesse por injeção; - Coleta do sangue do animal após alguns dias e procedimento de separação e purificação dos anticorpos produzidos. ANTICORPOS MONOCLONAIS • Pesquisa, diagnóstico e terapêuticos (derivam de um único clone, sendo específicos para um único epitopo); • Em 1975, Georges Köhler e Cesar Milstein desenvolveram um método para a preparação de anticorpos monoclonais: - Após imunizarem ratinhos com determinado antígeno, as células do baço são coletadas; - são selecionadas as células B normais (produtoras de anticorpos),- são selecionadas as células B normais (produtoras de anticorpos), que são fundidas com uma célula de mieloma (plasmócito tumoral), gerando uma célula híbrida (hibridoma); - este hibridoma possui as propriedades de crescimento das células imortais do mieloma e segrega o anticorpo produzido pela célula B em grande quantidade e cultivados indefinidamente; - seleção e sobrevivência das células híbridas; • Os hibridomas que produzem anticorpos da especificidade desejada são identificados e clonados para uma cultura de células individuais.
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