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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/344291704 A COMUNICAÇÃO COMO FACTOR FUNDAMENTAL NO PROCESSO DE SUPERVISÃO PEDAGÓGICA. CASO: FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E Article · September 2020 CITATIONS 0 READS 315 1 author: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: O Contributo do Conselho de Escola na Melhoria da Qualidade do Processo de Ensino e Aprendizagem na Escola Primária Completa 24 de Julho View project I'Medy Condelaque Catholic University of Mozambique - Faculty of Social and Political Sciences 4 PUBLICATIONS 0 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by I'Medy Condelaque on 17 September 2020. The user has requested enhancement of the downloaded file. https://www.researchgate.net/publication/344291704_A_COMUNICACAO_COMO_FACTOR_FUNDAMENTAL_NO_PROCESSO_DE_SUPERVISAO_PEDAGOGICA_CASO_FACULDADE_DE_CIENCIAS_SOCIAIS_E?enrichId=rgreq-618a7c13e8ba9203ca2cad9a4ff93076-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0NDI5MTcwNDtBUzo5MzY4NjE3NDg5Njk0NzNAMTYwMDM3NjY1NTI1OA%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/publication/344291704_A_COMUNICACAO_COMO_FACTOR_FUNDAMENTAL_NO_PROCESSO_DE_SUPERVISAO_PEDAGOGICA_CASO_FACULDADE_DE_CIENCIAS_SOCIAIS_E?enrichId=rgreq-618a7c13e8ba9203ca2cad9a4ff93076-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0NDI5MTcwNDtBUzo5MzY4NjE3NDg5Njk0NzNAMTYwMDM3NjY1NTI1OA%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/O-Contributo-do-Conselho-de-Escola-na-Melhoria-da-Qualidade-do-Processo-de-Ensino-e-Aprendizagem-na-Escola-Primaria-Completa-24-de-Julho?enrichId=rgreq-618a7c13e8ba9203ca2cad9a4ff93076-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0NDI5MTcwNDtBUzo5MzY4NjE3NDg5Njk0NzNAMTYwMDM3NjY1NTI1OA%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-618a7c13e8ba9203ca2cad9a4ff93076-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0NDI5MTcwNDtBUzo5MzY4NjE3NDg5Njk0NzNAMTYwMDM3NjY1NTI1OA%3D%3D&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Imedy-Condelaque?enrichId=rgreq-618a7c13e8ba9203ca2cad9a4ff93076-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0NDI5MTcwNDtBUzo5MzY4NjE3NDg5Njk0NzNAMTYwMDM3NjY1NTI1OA%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Imedy-Condelaque?enrichId=rgreq-618a7c13e8ba9203ca2cad9a4ff93076-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0NDI5MTcwNDtBUzo5MzY4NjE3NDg5Njk0NzNAMTYwMDM3NjY1NTI1OA%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Imedy-Condelaque?enrichId=rgreq-618a7c13e8ba9203ca2cad9a4ff93076-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0NDI5MTcwNDtBUzo5MzY4NjE3NDg5Njk0NzNAMTYwMDM3NjY1NTI1OA%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Imedy-Condelaque?enrichId=rgreq-618a7c13e8ba9203ca2cad9a4ff93076-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0NDI5MTcwNDtBUzo5MzY4NjE3NDg5Njk0NzNAMTYwMDM3NjY1NTI1OA%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf 1 A COMUNICAÇÃO COMO FACTOR FUNDAMENTAL NO PROCESSO DE SUPERVISÃO PEDAGÓGICA. CASO: FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS, UCM. Maura RODRIGUÊS - Doutorada em Inovação Educativa na Faculdade de Educação e Comunicação (UCM); Mestre em Gestão e Administração Educacional (UCM). E-mail: mauradicaprio@gmail.com I'medy CONDELAQUE - https://orcid.org/0000-0001-7410-1320 Luís TANG - Doutorando em Humanidades pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná em agregação com Universidade Católica de Moçambique; Mestre em Gestão e Administração Educacional (UCM). E-mail: ltang2006@yahoo.es Albertina dos Santos CAETANO - albertina.caetano14@gmail.com Resumo: Partindo de uma perspectiva funcional do uso da língua, investigamos as estratégias linguísticas do supervisor pedagógico e sua aceitação pelos docentes. Tal estudo visa a oferecer insights sobre a modalização da linguagem em interacções profissionais. Assim, utilizamos princípios da Teoria da Polidez (1978) aliados à Teoria dos Actos de Fala (1962) para chegar à relação inversamente proporcional entre o grau de polidez e o conteúdo positivo dos comentários: quanto mais polidos os comentários, menos positivo seu conteúdo, e vice-versa. Testes de atitude aplicados aos professores revelam alto grau de aceitação dos comentários tecidos pelo supervisor, o que pode indicar que alto grau de polidez e modalização da linguagem em situações de supervisão escolar são altamente desejáveis para se alcançar actuações profissionais mais eficazes. Importa referir que a comunicação é um dos factores preponderantes no processo de supervisão pedagógica, dado que influencia positiva/negativamente na compreensão e assimilação das orientações dos supervisores na medida em que a informação que se pretende deixar não é transmitida de forma eficaz, todavia a comunicação deve ser feita tendo em conta o poder da linguagem e o seu impacto face aos objectivos pretendidos. Portanto, chegou-se a conclusão que na Faculdade de Ciências Sociais e Políticas existe uma comunicação eficaz no processo de supervisão o que motiva os próprios docentes a melhorar o seu desempenho. Palavras-chave: Comunicação; Docente, Supervisão. mailto:mauradicaprio@gmail.com https://orcid.org/0000-0001-7410-1320 mailto:ltang2006@yahoo.es mailto:albertina.caetano14@gmail.com 2 Abstract: Starting from a functional perspective of language use, we investigate the language strategies of the school supervisor and their acceptance by the teachers. This study aims to provide insights into the language modalization in professional interactions. Thus, we use the principles of the Polity Theory (1978) together with the Theory of Speech Acts (1962) to arrive at the inversely proportional relationship between the degree of politeness and the positive content of the comments: the more polite the comments, and vice versa. Attitude tests applied to teachers reveal a high degree of acceptance of the supervisor's comments, which may indicate that a high degree of politeness and language modality in school supervision situations are highly desirable for more effective professional action. It should be noted that communication is one of the main factors in the process of pedagogical supervision, since it has a positive / negative influence on the understanding and assimilation of the supervisors' orientations insofar as the information to be transmitted is not transmitted effectively, be made taking into account the power of language and its impact against the intended objectives. Therefore, it was concluded that in the Faculty of Social and Political Sciences there is an effective communication in the supervision process which motivates the teachers themselves to improve their performance. Keywords: Communication; Teacher, Supervision. 3 I: Introdução Aspectos inerentes a qualidade na educação estão nas agendas de académicos, políticos, investigadores, professores e sociedade em geral. O tema é debatido em congressos, empreendem-se reformas nos sistemas educativos, realizam-se revisões curriculares, investe-se em formação, criam-se programas para a avaliação do desempenho docente. Porém, a inovação curricular e a qualidade do ensino e das aprendizagens continuam a ser um desafio para as escolas. De acordo com Hargreaves (1994), acreditamos que o professor é a chave derradeira para a mudança na educação e para a melhoria da escola. (...) É aquilo que os professores pensam, aquilo em que crêem e aquilo que fazem ao nível da sala de aula que em última análise define o tipo de aprendizagem feita pelos jovens. Desta forma, para uma monitoria das actividades lectivas sugere-se a supervisão pedagógica que surge como uma função reguladora do processo com o intuíto de corrigir os possíveis erros decorrentes do processo de ensino e aprendizagem. A questão em causa nesta vertente, é a visão dos actores educativos (professores)com relação ao entendimento sobre o papel da supervisão, mas um outro problema a destacar é o factor comnuicação neste processo, sendo que os objectivos da supervisão devem estar claramente definidos, evitando desta forma equivocos e desvios em termos de actuação dos supervisores. Nesse sentido, a supervisão da prática lectiva pode ajudar os professores a questionarem as suas práticas em contexto real, conduzindo a aprendizagens significativas, promotoras de novas abordagens curriculares. Nesta linha de pensamanto, apoiando-se ao Garmston, Lipton e Kaiser (2002), afirmam que as funções da supervisão são: melhorar a prática docente, desenvolver o potencial de cada indivíduo para a aprendizagem e promover a capacidade de autorrenovação das organizações. 1.1. Formulação do problema e objectivos Partindo do pressuposto segundo o qual ninguém se forma apenas pelos seus próprios meios, requerendo sempre alguém ou algum dispositivo que funcione como mediador/formador (Ferry, 1987) e que existem descontinuidades entre o pensado e a acção, o professor precisa que lhe seja 4 dada oportunidade de se “ver ao espelho”, de se ver em situação, pela acção mediadora de outro docente em quem deposita confiança. Portanto, entendendo a supervisão como uma actividade de monitoria do processo educativo, há que compreender na sua essência os objectivos da mesma, tendo em vista a sua finalidade e propósito. No cenário do nosso país (Moçambique) esta actividade apresenta-se por vezes ambigua quando se faz o uso da mesma para punir e sancionar os principais actores educativos (professores) em vez de mediar e encarar as falhas decorrentes como oportunidade para novas aprendizagens e tornar o professor um profissional cada vez mais prepaparado para enfrentar os desafios da carreira. Outro tanto tem sido a falta de formação específica dos supervisores em materia de supervisão, o que de em grande medida prejudica o funcionamento e aplicabilidade das normas e procedimentos do acto supervisivo. Estes e outros factores condicionam um ambiente desfavorável dos visados no processo, propiciando sobre maneira o seu quando absentismo no local de trabalho quando se apercebem da presença de uma visita de supervisão. Outro factor associado é a deficiente comunicação, que envolve todo um processo desde os procedimentos, diálogo entre a equipe de supervisão-direcção da escola e os professores, os modos entre outros. A partir dos pressupostos acima expostos coloca-se o seguinte problema: Qual é o contributo da comunicação no processo de supervisão educativa? Diante disto e para a consecução da pesquisa definimos os seguintes objectivos: Geral: analisar o contributo da comunicação no processo de supervisão; Específicos i) identificar a influência dos factores comunicacionais no processo de supervisão; ii) verificar os procedimentos usados pelos supervisores no acto supervisivo e iii) verificar a relação entre o supervisor e o supervisionado. 1.2. Motivação do estudo Comunicar-se faz parte do cotidiano das pessoas desde o início da história da humanidade, e é através da comunicação que os relacionamentos são estabelecidos. Por ser a base de todas as relações humanas, a comunicação, quando bem gerida, traz grandes de contribuições para o mundo corporativo, desde o processo de vendas até o relacionamento entre os funcionários e 5 gestores. Para garantir o êxito da comunicação, é necessário que o fluxo desta comunicação ocorra de maneira planejada. No ambiente organizacional, o feedback assume um aspecto fundamental, uma vez que é através dele que se verifica se a mensagem foi compreendida de acordo com a pretensão inicial. Portanto, como profissional de educação, docente com muitos anos de experiência, tenho verificado algumas reclamações em torno da comunicação no processo de supervisão das actividades lectivas, sendo que, este factor condiciona um ambiente desfavorável para os supervisionados que de certa forma desmotiva e desencoraja a continuação da sua actividade. A escolha e interesse pela abordagem, surge da necessidade de procurar perceber os contornos decorrentes desta situação e sugerir maneiras adequadas de abordagem no que concerne ao aspecto comunicativo e junto dos orgãos directivos estabelecer ferramentas supervisivas e que vão de acordo com as normas e procedimentos deontológicos. Contudo, espera-se incutir e aprimorar aos supevisores uma ideia construtiva da actividade de supervisão e o seu entendimento como uma função que visa ajudar, regular e orientar os professores para uma boa prática e não uma actividade que vem para punir e sancionar os colaboradores do processo. II. Fundamentação teórica Neste capítulo da fundamentação teórica, far-se-á a apresentação das ideias de vários autores que em grande medida contribuem para o tema da pesquisa, em seguida focaliza-se a literatura empírica sobre a influência da comunicação no processo de supervisão educativa. 2.1. Contexto e abordagem sobre a influência da comunicação “Comunicare” do latim significa tornar comum. Moreira (2010) define comunicação como uma acção comum, para igualar a mensagem ao emissor e ao receptor. Fundamental em qualquer esfera das relações humanas, a comunicação mostra-se essencial também no ambiente organizacional. Moreira (2011) afirma que a comunicação nas organizações representa em síntese um conjunto de estratégias, que têm como objectivo melhorar, ou gerar uma boa imagem para a empresa, e que a cada vez mais está relacionada com seus públicos, sejam eles consumidores, fornecedores, ou funcionários. 6 No ambiente organizacional, existem comunicações com finalidades diferentes. A finalidade da comunicação institucional é construir e manter a boa imagem da organização junto ao público externo. A comunicação mercadológica divulga os produtos e serviços, ou seja, tem como finalidade o aumento das vendas e a fidelização dos clientes, a comunicação interna, por sua vez, está directamente relacionada ao relacionamento com os funcionários. A comunicação organizacional surgiu para dar maior importância à imagem e identidade corporativa: A comunicação se transformou em ‘corporativa’, não por um capricho da linguagem ou por querer introduzir mais complexidade no mundo das empresas, mas pela força das coisas. Daí que as organizações estejam despreparadas diante de uma nova realidade emergente, que é, ela mesma, produto da complexidade generalizada e da atuação tecnológica que caracterizam nossa sociedade e nossa civilização. (Costa, 1995, p. 95 citado em Medrano, 2007). Nassar (2005, citado em Rezin 2010) também menciona que a comunicação tem um papel fundamental no processo de criação de imagem da organização, e reforça a identidade e a ambição corporativa. Ele destaca que a comunicação, no ambiente organizacional, busca estabelecer diálogo com todos os públicos com quem a empresa se relaciona: funcionários, clientes, potenciais clientes, comunidades, fornecedores, governo e a sociedade em geral. Toda actividade dentro de uma organização é mediada pela comunicação. Por isso, é necessário envolver toda a organização a fim de que esta interacção se realize com consistência, relevância e coerência. Além de envolver toda a organização, a comunicação precisa ser vista como um processo estratégico. Bueno (2010) ressalta que deveria ser prioridade incluir a comunicação nas estratégias empresariais, pois teria papel fundamental, na busca de eficácia, na interacção com os públicos de interesse e no desenvolvimento de planos e acções que trazem vantagem competitiva às organizações. Kunsch (2009) menciona que os estudos sobre mudanças organizacionais e, em especial, sobre mudanças de estratégias, afirmam que a comunicação é essencial para um processo bem sucedido. Em uma sociedade envolta constantemente em mudanças, a comunicação se configuracomo um instrumento imprescindível nas organizações. Medrano (2007) ressalta que, no mundo 7 moderno, a comunicação interna é inseparável da actividade produtiva de qualquer organização e é uma estratégia fundamental. 2.1.1. A comunicação entendida como instrumento para a avaliação do processo educativo Em toda e qualquer instituição, a comunicação interpessoal desempenha um papel crucial para a avaliação do desempenho dos colaboradores da mesma com um próposito comum, o desenvolvimento institucional e melhoria do ambiente de trabalho. Existe uma questão de base que pode ser usada para a avaliar a eficiência da comunicação no processo educativo e ou em todos os contextos institucionais que pode ser apresentada da seguinte forma: Quais são os instrumentos aplicados para a verificação da eficiência dos níveis de comunicação? Portanto, de acordo com Katz (1989) existem três métodos principais para conduzir uma auditoria sobre a eficiência da comunicação, dentre os quais destacam-se a análise da estrutura da comunicação através de entrevistas e questionários, e esta abordagem varia em função da instituição e do problema de comunicação identificado, pois para cada um dos instrumentos aplicados devem existir objectivos precisos. Nesta mesma ordem de ideias, o segundo método diz respeito a preparação do sociograma (redes de comunicação) tendo como base as redes de comunicação das organizações que transcendem os caminhos tradicionais. E, o terceiro método é a auditoria do diário pessoal, o que permite que cada departamento da empresa ou instituição saiba o que o outro faz. Em muitos casos, uma falta de comunicação direccional eficiente impede o progresso de forma significativa. Este pensamento submete-nos a uma ideia segunda a qual, cada departamento serve de indicativo que o outro departamento faz ou desenvolve, pois, a auditoria do diário destina-se a identificar informações pertinentes sobre a comunicação a instituição e suas actividades. 8 2.2. A supervisão e o papel do supervisor O conceito de supervisão insere-se num novo modelo de intervenção e acção docente, remetendo para conceitos como finalidades, competências, estratégias, responsabilidade e (co)responsabilidade, monitorização, avaliação, gestão do currículo e da qualidade (Caseiro, 2007). Também Alarcão (2000, p.18) refere que a supervisão inicialmente só pensada em termos da formação inicial e do contexto de sala de aula necessita ser repensada numa dimensão mais ampla e como melhoria “da qualidade que lhe está inerente por referência, não só à sala de aula, mas a toda a escola (….) aos professores na dinâmica das suas interacções entre si e com os outros, (…) na formação e pela educação que desenvolvem, (…), pela qualidade da escola”. Subsiste também o sentimento de controlo hierárquico e/ou de inspecção associado à supervisão, apesar de muitos profissionais, conscientes das suas responsabilidades e do seu poder, acentuarem progressivamente as dimensões éticas, sociais, políticas que os conduzem à emancipação (teachers’ empowerment in Alarcão, 2007, p.115). De um modo geral a ideia de supervisão traduz-se para muitas pessoas como inspecção, isto é, algo imposto, que vem de fora, que não considera os contextos e os intervenientes. De acordo com Schön (1994) o objectivo da supervisão visa o desenvolvimento da capacidade crítica e reflexiva sobre a acção profissional. A sala de aula é o espaço primordial da análise das estratégias e metodologias de ensino e da tomada de decisões pedagógicas: para quê observar? quem observar? o que observar? Quando observar? como observar? Ainda para o mesmo autor, na sua essência, a supervisão remete para a promoção da construção sustentada do desenvolvimento profissional do professor, despoletando capacidade de reflexão acerca da acção e sobre a acção, isto é, numa reflexividade inerente ao percurso que implica os docentes como actores primordiais das mudanças educativas, comprometidos num objectivo comum, ou seja, na promoção de um ensino/ aprendizagem de qualidade. Portanto, o papel do supervisor no estimular a colaboração, na divisão de responsabilidades mas, acima de tudo na mobilização de novos saberes e no envolvimento de todos, concorre para uma construção colectiva e para a mudança de práticas, na sala de aula, elevando o nível do sucesso académico e pessoal dos alunos. Deve assumir-se como agente de mudança, impulsionador de 9 aprendizagens, planificando actividades, observando aulas, experimentando práticas inovadoras com os docentes, devolvendo um olhar crítico sobre a acção educativa. Todavia, o supervisor deve ser capaz de liderar, orientar e estimular o professor, ou grupo de professores para a acção, promovendo o trabalho colaborativo, manifestando disponibilidade para a abertura a novas perspectivas. A partilha de experiências e de materiais, a indicação de onde e como pesquisar informação pertinente e a capacidade de provocar vontade de mudança, fomentando a crítica construtiva e a aceitação das diferenças individuais, são outras das qualidades necessárias para uma boa dinâmica de supervisão, sem descurar o saber, como uma mais-valia no processo supervisivo. 2.3. Supervisão pedagógica: uma oportunidade para novas práticas Nos últimos anos, tem-se assistido a uma crescente valorização da supervisão da prática lectiva e do trabalho colaborativo, no contexto escolar. O trabalho cooperativo entre docentes e o acompanhamento e supervisão da prática letiva são referentes que constam do quadro de referência do programa de avaliação externa das escolas, no domínio “Prestação do serviço educativo”, campos da análise “Planeamento e articulação” e “Práticas de ensino”, respetivamente. Constatou-se, pela análise dos relatórios da avaliação externa das escolas, que não constituem práticas sistemáticas em muitas das escolas/agrupamentos, sendo assinalados como uma área de melhoria, como se pode ler no relatório da Inspeção-Geral de Educação: “o fator acompanhamento da prática letiva em sala de aula reúne quase exclusivamente asserções relativas a pontos fracos, registando-se a ausência de mecanismos de acompanhamento da prática letiva em sala de aula e práticas de supervisão pedagógica limitada” (Ige, 2011, p.30). A supervisão da prática lectiva revela-se uma estratégia privilegiada para dar cumprimento a estas “exigências”, pois acentua a colaboração entre pares da mesma disciplina ou de disciplinas diferentes, promove a problematização, o questionamento e a reflexão sobre a prática docente, tornando o professor mais consciente das situações de ensino, assim como mais consciente de si próprio em ação (Estrela, 2008). “O professor apenas conhece subjectivamente a realidade da classe através das suas representações. Ele não dispõe de instrumentos ou de métodos que lhe permitam identificar os fenómenos de ordem pedagógica” (Rodrigues, 2001, p.60). 10 A supervisão pedagógica persiste como uma exigência é um imperativo da acção profissional consciente e ponderada. A este imperativo adita-se o desafio de romper preconceitos e fazer emergir uma cultura docente que se pretende menos individualizada e evidencia-se a oportunidade de desenvolvimento profissional, mediante a partilha de experiências/práticas, que possam ser analisadas e refletidas, de forma a gerar sinergias. Quando “o professor deixa para trás o individualismo que o tem caracterizado e assume-se como parte activa do todo colectivo, aprende na partilha e no confronto com os outros, qualifica-se para o trabalho, no trabalho e pelo trabalho” (Alarcão, 2001, pp.17-18). Para que a supervisão seja plenamente assumida nas escolas, é necessário ultrapassar algumas barreiras, umas de natureza mais pessoal e outras de natureza organizacional. Uma das barreiras é a conotação, de algum modo negativa, da supervisão da práticaletiva – faz-se “só” quando se tem pouca experiência ou nenhuma, por isso há que “aprender a ser professor” (na formação inicial) ou então quando surgem problemas ligados às praticas de sala de aula e há que proceder a “averiguações”, recorrendo à observação de aulas (Stones,1984). Para além de ser necessário ultrapassar preconceitos, resistências e crenças pessoais sobre a supervisão, há outras barreiras, designadamente o não reconhecimento das potencialidades da supervisão da prática letiva na melhoria do desempenho docente, a argumentação da falta de tempo e da incompatibilidade de horários para fazer a observação de aulas e do trabalho excessivo nas escolas. O sucesso da supervisão irá sempre depender da atitude dos envolvidos perante a supervisão. Enquanto esta for conotada com a avaliação de desempenho (na sua vertente sumativa), dificilmente será assumida como uma oportunidade de formação contextualizada que melhora a prática, que contribui para a renovação curricular e que promove o desenvolvimento profissional. A supervisão da prática lectiva também é uma forma de ultrapassar as dificuldades com que as escolas se deparam em encontrar respostas para as necessidades formativas do corpo docente. A escola, que recorre aos seus professores para promover o desenvolvimento dos seus recursos humanos, pode aumentar os tipos e a frequência do desenvolvimento profissional (Gordon, 2005). 11 Sabendo que “a aprendizagem do professor é uma aprendizagem ao longo da vida e ocorre de forma continuada” (Day, 2001, p.175), deverá acontecer no quotidiano da prática docente. Tal significa reequacionar a formação dos docentes, pois os novos paradigmas de ensino e de aprendizagem exigem uma preparação pedagógica pouco compaginável com estratégias de formação em que aquilo que os profissionais de educação aprendem quando frequentam workshops, conferências e cursos tem muito pouca relação com a sala de aula e com a melhoria da qualidade do ensino (Fullan, 2011). O que realmente importa é a “aprendizagem em contexto de trabalho” e a criação de oportunidades “para que os professores se possam envolver em aprendizagem contínua e substancial sobre a sua própria prática, observando e sendo observado pelos seus colegas nas suas próprias salas de aula e nas salas de aula de outros professores” (Fullan, 2011, p. 127). A partir destas observações, é possível elaborar um manual de boas práticas, o que se reveste de capital importância no reconhecimento da qualidade do trabalho docente e na disseminação de práticas inovadoras e potenciadoras de mais e melhores aprendizagens. III. Procedimentos metodológicos O tipo de pesquisa usada no estudo em causa é de paradigma interpretativo e metodologia qualitativa. Para Coutinho (2005), o paradigma interpretativo pretende substituir as noções científicas da explicação, previsão e controlo do paradigma positivista pela compreensão, significado e acção, penetrando no mundo pessoal dos sujeitos em determinado contexto social. Tem como bases o naturalismo e os processos qualitativos. A realidade é encarada como múltipla, intangível divergente e holística, daí se procurar compreendê-la e interpretá-la. A pesquisa qualitativa compreende um conjunto de diferentes técnicas interpretativas que visam a descrever e a descodificar as componentes de um sistema complexo de significados. Tem por objectivo traduzir e expressar o sentido dos fenómenos do mundo social; trata-se de traduzir a distância entre indicador e indicado, entre a teoria e dados, entre contexto e acção (Maanen, 1979). Quanto aos objectivos, privilegiou-se a pesquisa descritiva. Que para Gil (2007), tem por objectivo descrever as características de determinadas populações ou fenómenos. Segundo Richardson, J. R (1999), existem diversas formas de recolha de informação associada ao estudo. Entre as quais destacam-se as seguintes: 12 • Entrevista: para esta pesquisa privilegiou-se a entrevista semiestruturada que de acordo com Minayo (2008), este tipo de entrevista ou roteiro pode possuir ate perguntas fechadas, geralmente de identificação ou classificação, mas possui principalmente perguntas abertas, dando ao entrevistado a possibilidade de falar mais livremente sobre o tema proposto. • A pesquisa bibliográfica: a pesquisa bibliográfica é aquela que o indivíduo desenvolve a sua investigação a partir de estudos já efectuados por outros investigadores (Alves, 2012). Neste entendimento a pesquisa bibliográfica é uma técnica de recolha de dados desenvolvida na base em matéria já elaborado constituído por livros, artigos científicos, revistas, folhetos e outro tipo de material escrito, ou seja, a revisitação de obras que versam o tema em estudo. • A análise documental: análise documental, denominada por Afonso (2005) de pesquisa arquivista, apresenta-se como uma das modalidades de recolha de dados que consiste na utilização de informação existente em documentos anteriormente elaborados. Desta forma, foram entrevistados um total de 11 participantes, dos quais 5 professores supervisionados e 6 supervisores (coordenadores e o director adjunto pedagógico). Sendo assim, o critério para a selecção dos participantes foi não probabilística por conveniência. Que no entender de Sampieri, Collado e Lucio (2006) é o sub-grupo da população no qual a escolha dos elementos não depende da probabilidade e, sim das características da pesquisa. IV: Resultados Segundo os resultados obtidos através das entrevistas feitas aos professores, pode-se considerar que estes sabem o que é supervisão pedagógica, conhecem o seu objectivo e a sua finalidade. Consideram que o acto de supervisão é continuo e que existe uma boa relação entre o supervisor e o supervisionado. Os docentes consideram que a formação tem subjacente uma nova filosofia de educação linguística, com vista ao melhoramento da comunicação necessária para o aperfeiçoamento das competências da utilização da língua, reforçando a utilidade das aprendizagens com aspectos da vida activa. Sentem que um dos objectivos da valorização da comunicação é a estabilização e a harminização das relações entre os supervisores e os professores no acto de supervisão escolar. é 13 o sucesso dos alunos através da valorização do esforço dos professores em melhorar o seu desempenho. Segundo os docentes hoje, sentem-se melhor preparados para a prática pedagógica conscientes da exigência e do empenho necessários para a sua transformação. Têm maior consciência do enfoque que devem colocar nos processos de aprendizagem dos alunos, direccionando-os à pedagogia activa usando métodos activos. Valorizam o alargar de conhecimentos, que a supervisão permite, como sustentação das suas práticas e consequentemente uma maior consciencialização da significância das aprendizagens para os alunos. A supervisão permite buscar caminhos na procura de estratégias promotoras de aprendizagens contextualizadas e significativas. Passam a apropriar-se de outros conhecimentos e muniram-se de competências que melhoraram a prática educativa e as aprendizagens dos alunos. A partir das percepções das docentes percebe-se que a frequência da acção de formação foi importante, no seu percurso formativo, por indicarem uma mudança de postura face ao processo de ensino aprendizagem, quer relativamente às aprendizagens dos alunos, quer no que respeita às suas próprias dificuldades. Portanto, a supervisão, segundo os docentes é feita pelos coordenadores dos cursos, o pedagógico e por alguns professores “especialistas” das cadeiras assistidas. A supervisão na maior parte das vezes não é avisada mas estes não consideram que isso seja um problema, visto que as aulas são preparadas com antecedência. Depois de uma supervisão, muita vezes os professores são chamados para receberem o “feedback” e algumas orientações, embora as vezes demore algum tempopara que isso aconteça. Existe de facto uma boa comunicação entres os supervisores e supervisionados. Para todos supervisores, existe uma boa colaboração entre o supervisor e o supervisionado. Evidencia-se no discurso do supervisor a necessidade de tornar impessoais as observações críticas ou sugestões, generalizando-as. Assim, em vez de se identificar como autor das observações, o supervisor passa a reportá-las. Por meio desse recurso, consegue atenuar a ameaça que sugestões directas podem causar à face do professor. O tempo verbal futuro do pretérito é bastante utilizado para apresentar sugestões 14 para a melhoria da actividade docente. Consiste em um recurso atenuador da força perlocucionária do acto de fala. Algumas vezes, o professor procura explicar por que tomou determinadas decisões durante a aula. Para demonstrar seu entendimento e sua concordância com a prática adoptada, o supervisor dá um feedback positivo sobre a prática em questão. Isso é feito por meio de expressões como “entendi”, “está certo”, que demonstram aprovação da prática pedagógica adoptada. No que concerne a observação de uma aula por parte do supervisor, após a observação, o par reúne, preferencialmente no prazo máximo de três dias dependendo de aula para aula; normalmente é mais cedo quando o professor apresenta muitos problemas durante a sua leccionacção. Para que a observação de aulas promova verdadeiramente a aprendizagem docente, a análise dos registos das aulas deve ser realizada conjuntamente pelo observador e pelo observado. O observador pode iniciar o diálogo questionando o professor sobre o modo como se sentiu, sobre se notou alterações no comportamento da turma, se há algum aspecto da aula que queira destacar…; depois deve passar para a análise dos dados, já que “os registos realizados durante a aula constituem uma importante fonte de feedback” (Braga, 2011), procurando salientar primeiro os aspectos mais positivos e só depois os menos positivos (se for esse o caso). observador deve incitar a reflexão e não os juízos de valor, no sentido de levar o professor observado a refletir sobre a sua prática. Verifica-se a característica de directividade no discurso do supervisor ao elogiar e encorajar os docentes, com isso, predomina o uso de tempos verbais como o presente simples e o pretérito perfeito do indicativo, que denotam a ocorrência de acções que efectivamente se realizaram. Por outro lado, o supervisor tenta tornar o discurso “menos real”, menos categórico ou até mesmo mais distante de si ao fazer críticas e sugestões ao trabalho dos professores, o que é conseguido através do uso de tempos verbais mais distantes na mente do falante/ouvinte (sendo este o caso de frases com verbos no futuro do pretérito, que encerram acções que, em princípio, só ocorreriam caso fosse preenchida determinada condição). O uso de locuções adverbiais como “de repente” também imprime esse tom casual descomprometido com a efectiva ocorrência dos factos. Assim sendo, segundo os supervisores, verifica-se que os professores têm acatado as recomendações deixadas por eles e que o dialógo é bastante favorável para trabalho de ambos. 15 Considerações finais A supervisão pode desempenhar um papel fundamental na melhoria do ensino e da aprendizagem. O envolvimento em processo de supervisão colaborativa afigura-se como uma oportunidade de formação partilhada e de desenvolvimento profissional em contexto laboral, sendo a observação, o questionamento e a reflexão entre pares propulsores de aprendizagens muito significativas e de desenvolvimento curricular. Da análise dos resultados obtidos, este estudo permite concluir que as mudanças em termos de alterações das práticas pedagógicas, destes docentes, são evidentes. A apropriação de novas metodologias e estratégias mobilizou os saberes e facultou um desenvolvimento profissional e pessoal, referido por todos graças a forma como os supervisores têm colaborado no processo de supervisão. Quando há falhas ou barreiras na comunicação interna organizacional, os resultados podem ser desastrosos, cujos impactos negativos podem ser irreversíveis. Problemas de comunicação podem levar uma organização ao descrédito ou ao completo descomprometimento de seu corpo interno. Falta de comunicação ou informação passada de forma incorrecta, seja por não utilização do meio de comunicação mais apropriado, ou simplesmente pelo despreparo em gerenciar os fluxos internos de comunicação comprometem a eficiência produtiva da organização. Pode-se concluir que no processo de supervisão, na Faculdade de Ciênciais Sociais e Políticas existe uma grande colaboração entre os professores e os supervisores, visto que a comunicação é bastante satisfatória e que contribui de grande forma para o desempenho eficaz dos professores. 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Afonso, N. (2005). Investigação Naturalista em educação. Porto, Portugal: Asa Editores Alarcão, I. & Roldão, M.C (2008). Supervisão: um contexto de desenvolvimento profissional dos professores. Mangualde: Edições Pedago. Alarcão, I. & Tavares, J. (2007). Supervisão da prática pedagógica. Coimbra: Almedina. Alarcão, I. (org.)(2000). Escola reflexiva e supervisão - uma escola em desenvolvimento e aprendizagem. 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