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Hérnias de parede abdominal

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CAMILA JOINHAS QUEREMOS 
1 
(Complicação) 
A complicação mais temida das hérnias 
abdominais é o estrangulamento que ocorre 
quando o órgão que passa através da hérnia 
fica “preso” (encarcerado) no anel herniário. 
 
O estrangulamento representa uma 
EMERGÊNCIA CIRÚRGICA, aumenta 
significativamente a complexidade da cirurgia e 
complicações pós-operatórias. 
 
(Hérnias) 
PAREDE ABDOMINAL 
 
 
 
Hérnias 
 Hérnia é um termo médico utilizado para 
descrever quando um órgão interno se desloca e 
acaba ficando saliente por baixo da pele, devido a 
uma fragilidade, o que pode acontecer em qualquer 
parte do corpo, como umbigo, abdômen, coxa, 
virilha ou coluna, por exemplo. 
 
Hérnias de parede abdominal 
 A hérnia da parede abdominal ocorre quando 
parte de um órgão (normalmente alças do intestino 
delgado) se desloca através de um orifício (chamado 
de anel herniário – “DEFEITO NA PAREDE”) na 
parede abdominal, causando alteração da forma do 
abdome. 
 
 Esse deslocamento somente é possível devido a 
pontos ou regiões de fraqueza na musculatura da 
parede abdominal (responsável pela proteção dos 
órgãos internos do abdômen). Esta fraqueza pode 
ocorrer em consequência de um problema congênito 
ou pode estar associada a condições que deixam a 
parede abdominal fragilizada e/ou aumentam 
excessivamente a pressão intra-abdominal, como 
cirurgia prévia, gestação, obesidade, idade 
avançada, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
© Ocorrem em 80% dos casos em homens; 
© Sendo 65% em maiores de 40 anos; 
© Sobretudo na porção direita do corpo; 
© Segundo dados do Ministério da Saúde, 
cerca de 3 a 8% dos brasileiros apresentam 
algum tipo de hérnia na região do abdômen. 
 
Fatores de Risco 
INATOS: 
© Persistência do processo vaginal - 
persistência do conduto peritoniovaginal 
(CPV) 
© Prematuridade e baixo peso; 
© Deficiências do colágeno. 
 
ADQUIRIDOS: 
© Tabagismo; 
© Aumento constante / repetitivo da pressão 
intra-abdominal: prostatismo, DPOC (doença 
pulmonar obstrutiva crônica), neoplasia 
intra-abdominal, constipação crônica, ascite, 
obesidade, diabetes. 
 
 
 
CAMILA JOINHAS QUEREMOS 
2 
DIAGNÓSTICO 
 É essencialmente CLÍNICO! Pelo exame físico 
completo da parede abdominal e anamnese 
adequada. 
 
ANAMNESE 
 Tem o objetivo de avaliar e identificar fatores de 
riscos. 
© Fatores causais: de alívio e piora; 
© Intensidade dos sintomas; 
© Presença ou não de irradiação; 
© Alterações urinárias e do habito intestinal; 
© Causas de aumento da pressão intra-
abdominal; 
© História Patológica Pregressa: cirurgias 
prévias, recorrências. 
 
EXAME FÍSICO 
© Deve ser realizado na posição em pé e 
deitada; 
© Palpac ̧ão de todos os eventuais locais de 
hérnias. 
 
 
 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
© Neoplasias benignas e malignas; 
© Linfonodos; 
© Torc ̧ão do testículo; 
© Varicocele; 
© Hidrocele não comunicante; 
© Orquite. 
 
 
 
 
 
TIPOS 
 Esse grupo de hérnias surge, como o próprio 
nome já demonstra, na região abdominal e próximo 
à virilha e se dividem em três principais grupos: 
1. Umbilicais 
2. Inguinais 
3. Femorais 
 
 Além dessas três, existem também 
algumas variações de maior raridade, como as: 
hérnias 
© Epigástricas; 
© Spiegel; 
© Richter; 
© Incisionais (causadas sobre cicatrizes de 
outros procedimentos cirúrgicos realizado 
na região do abdômen). 
 
HÉRNIA UMBILICAL 
 Surge exatamente na região da cicatriz umbilical. 
 
PODE ACONTECER POR UM DEFEITO: 
© Congênito (não fechamento adequado do 
orifício de passagem do cordão umbilical) – 
diagnosticado na 1ª infância; 
© Adquirido: fraqueza fisiológica associado a 
aumento de pressão intra-abdominal 
(especialmente devido a gestação ou 
obesidade) - desenvolve-se em uma fase 
posterior da vida (normalmente na meia-
idade). 
 
SINTOMAS: 
 No início, o principal sintoma é dor local ao toque 
ou quando é feito algum esforço. Ao longo do tempo, 
surge um abaulamento. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
© Os bebês estão mais vulneráveis a este tipo 
de hérnia, mas neles normalmente 
desaparece (“fecha”) espontaneamente ao 
longo dos primeiros anos de vida - 80% 
fecham-se espontaneamente em 4-6 anos. 
ATENÇÃO 
Somente na dúvida diagnóstica, se recorre a 
exames complementares, como: ultrassonografia 
e ressonância magnética. 
 
 
 
CAMILA JOINHAS QUEREMOS 
3 
© Frequente em afrodescendentes (o tipo 
congênito é 8x mais comum em afro-
americanos); 
© Frequente no sexo feminino - o tipo 
adquirido é mais comum em mulheres. 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO: 
HÉRNIA CONGÊNITA: Opta-se pelo tratamento 
somente se a hérnia for grande, sintomática ou 
persistente (> 5 anos de idade). 
 
HÉRNIA ADQUIRIDA: as hérnias pequenas e 
assintomática não são corrigidas; já as grandes, 
sintomáticas e encarceradas necessitam de 
correção cirúrgica. 
 
 
 
HÉRNIA INGUINAL 
 Uma hérnia inguinal consiste na protrusão de 
parte do intestino ou outro órgão abdominal através 
de uma abertura na parede abdominal na virilha. 
 
 Ocorre na virilha (zona de junção entre a coxa e a 
parte inferior do abdome) e representa o tipo mais 
comum de hérnia (corresponde a 75% de todas as 
hérnias). 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
© Os homens são mais vulneráveis a esse tipo 
de hérnia devido a fraqueza na parede 
muscular criada pela passagem do testículo 
para a bolsa escrotal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS: 
 Há dois tipos de hérnia inguinal, DIRETA e 
INDIRETA, dependendo exatamente de onde ela 
ocorre. 
 
1. DIRETA: decorrente de uma fraqueza da 
parede abdominal e ocorre mais comumente 
em pacientes mais idosos. Estas hérnias 
raramente causam complicações. 
 
Hérnia atravessa o triângulo de Hesselbach (limitado pelo 
ligamento inguinal, pela margem lateral do reto do abdome e pela 
artéria epigástrica inferior) 
 
 
 
Apesar do menor risco de encarceramento/ 
estrangulamento, possui indicação de 
correção cirúrgica sobretudo nos adultos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hérnias grandes ou volumosas 
podem descer em direção aos 
testículos e são chamadas 
de HÉRNIA INGUINOESCROTAL. 
 
 
 
 
 
 
CAMILA JOINHAS QUEREMOS 
4 
2. INDIRETA: é o tipo mais comum e ocorre no 
local da fraqueza causada pela passagem do 
testículo para a bolsa escrotal. Podem 
crescer e chegar até a bolsa escrotal. Estas 
hérnias têm maior risco de complicações. 
 
 
 
SINTOMAS: 
 De forma geral, as hérnias inguinais provocam 
uma protuberância indolor na virilha ou no escroto. 
No entanto pode causar abaulamento e/ou dor na 
região inguinal principalmente relacionada a 
atividade física, levantamento de peso. 
 
 Sintomas geralmente pioram quando a pessoa 
está de pé, ergue peso ou faz esforço 
 
 A protuberância pode aumentar de tamanho 
quando o indivíduo se levanta e diminuir quando se 
deita, devido ao fato de o intestino se mover para 
trás e para frente por efeito da gravidade. 
 
 Às vezes, uma parte do intestino fica presa no 
escroto (encarceramento). Se o intestino ficar preso, 
o fornecimento de sangue pode ser cortado 
(estrangulamento). Em poucas horas, pode-se 
verificar a morte do intestino estrangulado 
(gangrena). 
HÉRNIA INGUINAL (VIRILHA DIREITA) 
 
 
TRATAMENTO: 
© O tratamento de maneira geral consiste no 
reparo cirúrgico na maioria das vezes com 
colocação de uma tela para reforço da 
musculatura da região inguinal. 
 
 Hérnias inguinais em mulheres e aquelas que 
causam sintomas em homens devem ser reparadas 
cirurgicamente. Em homens que têm hérnia inguinal 
que não causa sintomas, não precisa ser feita 
cirurgia, a menos que se desenvolvam sintomas. A 
cirurgia pode ser feita quando for conveniente para 
a pessoa. 
 
 No caso de hérnias estranguladas e encarceradas, 
é necessária uma cirurgia de emergência em que se 
remove o intestino do canal inguinal. 
 
HÉRNIA FEMORAL 
 Protrusão do conteúdo abdominal para o interior 
do canal femoral através do anel femoral. 
TRADUZINDO: Ela acontece pela passagem utilizada 
pelos grandes vasossanguíneos, a artéria e a veia 
femoral. 
 
 Não existe uma causa específica para o 
aparecimento desta hérnia. No entanto, o aumento 
da pressão na região abdominal pode causar esse 
vazamento para a região femoral. 
 
 Pessoas que estão com sobrepeso, que tem tosse 
crônica ou prisão de ventre podem ter maior 
tendência a desenvolver o problema. Assim como 
aquelas que levantam muito peso. Como há esforço 
excessivo no abdômen, as chances de surgirem 
hérnias femorais aumentam. 
 
 Além disso, a idade e a gravidez aumentam a 
possibilidade de este problema aparecer. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
 A hérnia femoral é um tipo de hérnia que pode 
aparecer em qualquer fase da vida. Sendo mais 
frequente em mulheres, aparecendo principalmente 
após a gravidez ou em idosas. 
 
 
 
 
 
CAMILA JOINHAS QUEREMOS 
5 
SINTOMAS: 
 Pode ser assintomática ou apresentar sintomas 
leves, por causa da região do corpo em que 
aparecer. 
 
 O desconforto ao se levantar ou carregar peso é 
um dos sinais mais observados em quem tem este 
tipo de hérnia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO: 
 O tratamento da hérnia femoral sintomática é 
sempre cirúrgico. 
 
 
(Diferenças entre hérnia inguinal e femoral) 
INGUINAL FEMORAL 
Mais comum em homens Mais comum em mulheres 
Acontece devido a uma 
fraqueza da parede 
abdominal ou devido a uma 
fraqueza causada pela 
passagem do testículo para 
a bolsa escrotal. 
Acontece pela passagem 
utilizada pelos grandes 
vasos sanguíneos, a 
artéria e a veia femoral. 
 
É uma das mais comuns na 
população 
 
Mais rara e tem maiores 
índices de complicações 
 
 
HÉRNIA EPIGÁSTRICA 
 As hérnias epigástricas geralmente são 
percebidas como abaulamentos ou "caroços" que 
surgem na linha média do abdômen, acima da 
cicatriz umbilical. 
 
 Na maioria das vezes as hérnias são pequenas e 
apenas o peritônio (membrana que recobre a 
parede abdominal) ou gordura fazem parte do 
conteúdo herniário. 
 
 
 
 
 
 
 Ela acontece no LOCAL DE PASSAGEM DE VASOS 
SANGUÍNEOS que geram fraqueza na parede. 
 
 Embora habitualmente a fraqueza desta porção da 
parede abdominal se apresente desde o 
nascimento, o surgimento da hérnia propriamente 
dita, desenvolve-se na idade adulta, decorrente do 
estilo de vida e dos afazeres habituais como 
levantamento de objetos pesados, tosse, obstipação 
ou excesso de peso, o que leva ao aumento da 
pressão dentro do abdômen. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
© Mais comum em homens; 
© Sua incidência de modo geral é baixa, 
afetando menos de 1% da população adulta. 
 
SINTOMAS: 
© PROTUBERÂNCIA 
© DOR OU QUEIMAÇÃO - tendem a aparecer no 
final do dia ou quando a pessoa levanta 
objetos pesados, tosse, faz esforço para 
urinar ou evacuar e/ou fica em pé por muito 
tempo. 
© DOR FORTE - se a dor forte e contínua vir 
acompanhada de inchaço e vermelhidão no 
local do caroço, além de náuseas e vômitos, 
POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES 
O ESTRANGULAMENTO da hérnia é a principal 
complicação caso o problema seja ignorado. 
Neste caso, há interrupção do fluxo de sangue 
que vai para o intestino. Quando ocorre, os 
seguintes sintomas passam a aparecer: vômito, 
dor abdominal, diarreia, náuseas. 
 
O estrangulamento, que é a 
principal complicação das hérnias, 
é raro nesse caso. 
 
 
CAMILA JOINHAS QUEREMOS 
6 
o paciente precisa buscar ajuda médica 
imediatamente - estrangulamento da hérnia. 
 
TRATAMENTO: 
 O tratamento desse tipo de hérnia é 
essencialmente cirúrgico - a cirurgia (eletiva ou 
emergencial) consiste na recolocação do conteúdo 
da cavidade abdominal e fechamento do orifício por 
onde houve a sua passagem, impedindo, assim, que 
o problema volte a se manifestar. 
 
HÉRNIA DE SPIEGEL 
 A hérnia de Spiegel, raro defeito da parede 
abdominal, é caracterizada pela protrusão de 
órgãos, saco peritoneal ou gordura pré-peritoneal 
através da aponeurose de Spiegel, que compreende 
a região da aponeurose do músculo transverso 
limitada medialmente pelo reto abdominal e 
lateralmente pela linha semilunar. 
 
APONEUROSE DE SPIEGEL 
 
Anatomia da parede abdominal anterior: 1. Músculo transverso 
abdominal; 2. Bainha posterior dos músculos reto abdominais; 3. 
Linha arqueada ou arco de Douglas; 4. Linha semilunar de 
Spiegel; 5. Aponeurose de Spiegel; 6. Espinha ilíaca ântero-
superior; 7 
LOCALIZAÇÃO: 
 A hérnia ocorre ao longo da borda lateral do 
músculo reto do abdome, inferolateralmente ao 
umbigo, no nível da linha arqueada. 
 
 
 
PATOLOGIA: 
© Etiologia provavelmente multifatorial, 
inclusive fraqueza congênita da fáscia 
spigeliana. 
© Normalmente, o defeito é de natureza 
congênita em crianças e adquirida em 
adultos 
© Histórico anterior de cirurgia abdominal e 
obesidade são os maiores fatores de risco 
em adultos. 
© Outros fatores de risco são múltiplas 
gestações, rápida perda de peso, DPOC e 
trauma. 
 
 
 
 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
© Hérnia rara - representa 1-2% das hérnias 
da parede abdominal anterior 
© Pouco mais incidente em mulheres 
 
DIAGNÓSTICO: 
 Como é uma entidade rara e apresenta-se de 
forma clínica incaracterística, seu diagnóstico é 
muitas vezes retardado. 
 
 A ultrassonografia (US) é o exame mais indicado 
para início de investigação diagnóstica e a 
O diagnóstico clínico é difícil devido à 
localização profunda, especialmente em 
pacientes obesos. 
 
 
 
CAMILA JOINHAS QUEREMOS 
7 
tomografia computadorizada (TC) é a opção quando 
persiste dúvida ou existência de complicações como 
encarceramento e estrangulamento. 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO: 
 O tratamento cirúrgico é indicado em praticamente 
todos pacientes devido ao alto risco de 
estrangulamento e encarceramento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO!!! 
Alto índice de estrangulamento, 
devido ao seu colo estreito e fibroso 
– cerca de 30% dos casos. 
 
(Caso Clínico) 
 Paciente de 66 anos, sexo masculino, 
hipertenso, diabético e obeso, vem 
referenciado ambulatoriamente ao serviço de 
cirurgia geral por hérnia abdominal volumosa 
em flanco esquerdo com início do quadro há 
15 anos, que causava recente dificuldade de 
deambulação. Ao exame físico, notava-se 
perda de domicílio e extensão da hérnia à 
parede lateral esquerda do abdome. De 
início, foi realizada uma US abdominal cujo 
laudo apontava hérnia inguinal bilateral. 
Procedeu-se à investigação diagnóstica com 
uma TC com contraste oral que evidenciou 
hérnia de Spiegel bilateral volumosa, 
contendo alças de cólon e delgado em seu 
interior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicada herniorrafia aberta: 
 
 
 
 
CAMILA JOINHAS QUEREMOS 
8 
HÉRNIA DE RICHTER 
 A hérnia de Richter, também conhecida como 
enterocele parcial, é uma condição rara, 
caracterizada pela protrusão com encarceramento 
ou estrangulamento da borda antimesentérica 
intestinal por meio de um pequeno defeito da parede 
abdominal. 
 
 
 
 É uma condição rara, com sintomas e sinais 
atípicos, de instalação insidiosa, que podem levar a 
diagnósticos errôneos ou tardios, podendo 
progredir rapidamente para necrose e perfuração. 
 
LOCALIZAÇÃO: 
 O anel femoral é o local mais comum e o íleo, o 
segmento intestinal mais envolvido. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
© A hérnia de Richter é mais incidente entre a 
sexta e sétima décadas de vida; 
© Representa 5-15% de todas as hérnias 
estranguladas 
© Ocorre, principalmente, associadas a hérnias 
femorais. 
 
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO: 
 Suas manifestações clínicas são bastante variadas 
porque na maioria das vezes não ocorre obstrução 
completa do intestino e o diagnóstico é feito no ato 
operatório e já se encontra estrangulamento 
intestinal. 
 
 Então, o paciente pode apresentar: sintomas 
sistêmicos (febre e mal-estar), abdominais (cólicas, 
dor intensa, náuseas, vômitos e distensão 
abdominal) ou localizados (massa dolorosa 
inguinal). 
 
TRATAMENTO: 
 O tratamento é cirúrgico, por laparotomia ou 
laparoscopia, consistindoem correção do defeito 
herniário com ou sem ressecção intestinal. 
 
HERNIA INSICIONAL 
 As hérnias chamadas incisionais são aquelas que 
aparecem justamente no local de uma cirurgia 
anterior na parede abdominal. 
 
 São normalmente identificadas como 
abaulamentos ou protuberâncias que aparecem 
exatamente ou próximo as cicatrizes (local da 
incisão) de cirurgias anteriores. Podem surgir tanto 
em poucas semanas como também vários anos 
depois da realização da cirurgia. 
 
PATOLOGIA: 
 As hérnias incisionais, como são conhecidas, 
resultam da fraqueza da musculatura abdominal no 
local das incisões cirúrgicas. Isso acontece por 
causa de uma tensão excessiva e uma 
cicatrização inadequada na parede 
abdominal. 
 
 Devido ao corte dos músculos, a parede do 
abdome fica enfraquecida, e faz com que o intestino, 
ou qualquer outro órgão que esteja por baixo do 
local da incisão, tenha maior facilidade para se 
deslocar e pressionar o local da cicatriz, levando à 
formação de um pequeno inchaço nessa região. 
 
FATORES DE RISCO: 
 Várias são as causas que facilitam a sua formação: 
© Tabagismo ativo; 
 
 
CAMILA JOINHAS QUEREMOS 
9 
© Deixar de seguir as orientações de repouso 
nos primeiros dias de pós operatório; 
© Obesidade; 
© Gravidez; 
© Ou qualquer fator que aumente a pressão 
intra-abdominal. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
© Ocorrem em aproximadamente 12% das 
incisões realizadas, sendo então 
relativamente frequentes. 
 
© Embora as hérnias incisionais sejam uma 
complicação relativamente comum em 
qualquer pessoa que faça uma cirurgia 
abdominal, são mais frequentes em pessoas 
com obesidade, que tiveram uma infecção da 
ferida operatória ou que têm algum 
problema de saúde anterior, como diabetes, 
doenças pulmonares ou qualquer doença 
que aumente a pressão dentro do abdome. 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
 O sintoma mais comum da hérnia incisional é o 
surgimento de um inchaço junto da cicatriz da 
cirurgia abdominal, no entanto, também é frequente 
que surjam outros sintomas associados, como: 
© Dor ou desconforto no local da hérnia; 
© Náusea e vômitos; 
© Febre abaixo de 39ºC; 
© Dificuldade em urinar; 
© Alterações do trânsito intestinal, com prisão 
de ventre ou diarreia. 
 
TRATAMENTO: 
 O tratamento será cirúrgico, sempre que o 
paciente não tiver contraindicação para tal, e pode 
ser realizado via aberta (convencional), ou 
minimamente invasiva (videolaparoscopia ou 
robótica). 
 
 A decisão do tipo de tratamento, cabe ao cirurgião 
especialista, que levará em consideração o tipo da 
hérnia e seu tamanho, para a melhor proposta 
terapêutica. Hérnias com cicatrizes grandes e 
aspecto estético ruim, estas podem ser ressecadas 
no mesmo ato operatório, com rotação de retalho 
cutâneo local. 
 
(Técnicas operatórias) 
ABORDAGEM ANTERIOR 
© Herniorrafia anterior + reforço posterior 
© O que muda de uma técnica para outra é a 
forma como você fará o reforço posterior 
 
1 - SHOULDICE 
© Reforço da parede posterior através da 
imbricação de músculos; 
© Costura os músculos: Oblíquo Externo, 
Interno e Transverso um em cima do outro; 
© É a técnica de escolha, quando você opta 
por uma cirurgia sem o uso de tela. 
	
2 - LICHTENSTEIN 
© PADRÃO OURO! 
© Não é necessário realizar sutura de tensão; 
© Utilização de tela livre de tensão 
© Ao realizar a colocação da tela é realizado 
uma sutura contínua ao longo do ligamento 
inguinal; 
© Técnica rápida; 
© Baixos índices de recidivas. 
© É feita abertura na tela para a passagem do 
cordão espermático, que é "abraçado" pela 
tela 
 
 
CAMILA JOINHAS QUEREMOS 
10 
© Não deixa tensão – por isso o paciente não 
sente muita dor. 
 
 
 
3 – MC VAY 
© Escolha para hérnia femoral (Ligamento de 
Cooper); 
© Tendão conjunto levado até o ligamento de 
Cooper, isso faz com que haja uma estenose 
no canal femoral, evitando a recorrência 
 
 
4 – BASSINI 
© O reforço é realizado através da sutura do 
tendão conjunto e o arco músculo 
aponeurótico do transverso no ligamento 
inguinal; 
© Apresenta maiores índices de recidiva. 
 
 
5 - ZIMMERMAN 
© Fazemos a sutura da fascia transversalis à 
cinta iliopectínea, iniciando-se no nível do 
púbis e terminando na borda do anel inguinal 
interno, estreitando-o. 
 
ABORDAGEM POSTERIOR 
 Acesso é realizado no pré-peritoneal, ou seja, por 
dentro 
 
INDICAÇÕES: 
© Recidivas; 
© Hérnias bilaterais 
 
TÉCNICA OPERATÓRIA: 
1 - STOPPA 
© Incisão infra umbilical, descolando o espaço 
pré-peritoneal até o tubérculo púbico; 
© Redução do saco herniário 
© Tela bilateral grande, da cicatriz umbilical até 
o pube, cobrindo a parede posterior das 
regiões inguinais e do hipogástrio. 
 
2 - VIDEOLAPAROSCOPIA 
© Hoje pode ser a abordagem de escolha 
inicial e escolha nas mulheres; 
© Recuperação mais rápida; 
 
o TAAP→TRANSABDOMINAL PRÉ-
PERITONEAL: O espaço pré-
peritoneal é acessado depois da 
penetração na cavidade do 
peritôneo, faz a redução do saco 
herniário e insere a tela. 
 
o TEP → TOTALMENTE 
EXTRAPERITONEAL: Não penetra a 
cavidade abdominal, o espaço pré-
peritoneal é alcançado diretamente 
através de uma incisão infraumbilical 
e a penetração de um endoscópio 
com balão; este, ao ganhar o espaço 
pré-peritoneal é insuflado, 
permitindo um alargamento da 
região. 
 
 
 
 
CAMILA JOINHAS QUEREMOS 
11 
(Classificação de Nyhus) 
 
 
(Referências) 
https://sbhernia.org.br/hernia/ 
https://sbhernia.org.br/hernia-direta-x-indireta-
qual-a-diferenca/ 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-
digestivos/emergências-gastrointestinais/hérnia-
inguinal 
https://sbhernia.org.br/hernia-femoral-x-inguinal-
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