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CAMILA JOINHAS QUEREMOS 1 (Complicação) A complicação mais temida das hérnias abdominais é o estrangulamento que ocorre quando o órgão que passa através da hérnia fica “preso” (encarcerado) no anel herniário. O estrangulamento representa uma EMERGÊNCIA CIRÚRGICA, aumenta significativamente a complexidade da cirurgia e complicações pós-operatórias. (Hérnias) PAREDE ABDOMINAL Hérnias Hérnia é um termo médico utilizado para descrever quando um órgão interno se desloca e acaba ficando saliente por baixo da pele, devido a uma fragilidade, o que pode acontecer em qualquer parte do corpo, como umbigo, abdômen, coxa, virilha ou coluna, por exemplo. Hérnias de parede abdominal A hérnia da parede abdominal ocorre quando parte de um órgão (normalmente alças do intestino delgado) se desloca através de um orifício (chamado de anel herniário – “DEFEITO NA PAREDE”) na parede abdominal, causando alteração da forma do abdome. Esse deslocamento somente é possível devido a pontos ou regiões de fraqueza na musculatura da parede abdominal (responsável pela proteção dos órgãos internos do abdômen). Esta fraqueza pode ocorrer em consequência de um problema congênito ou pode estar associada a condições que deixam a parede abdominal fragilizada e/ou aumentam excessivamente a pressão intra-abdominal, como cirurgia prévia, gestação, obesidade, idade avançada, etc. EPIDEMIOLOGIA © Ocorrem em 80% dos casos em homens; © Sendo 65% em maiores de 40 anos; © Sobretudo na porção direita do corpo; © Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 3 a 8% dos brasileiros apresentam algum tipo de hérnia na região do abdômen. Fatores de Risco INATOS: © Persistência do processo vaginal - persistência do conduto peritoniovaginal (CPV) © Prematuridade e baixo peso; © Deficiências do colágeno. ADQUIRIDOS: © Tabagismo; © Aumento constante / repetitivo da pressão intra-abdominal: prostatismo, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), neoplasia intra-abdominal, constipação crônica, ascite, obesidade, diabetes. CAMILA JOINHAS QUEREMOS 2 DIAGNÓSTICO É essencialmente CLÍNICO! Pelo exame físico completo da parede abdominal e anamnese adequada. ANAMNESE Tem o objetivo de avaliar e identificar fatores de riscos. © Fatores causais: de alívio e piora; © Intensidade dos sintomas; © Presença ou não de irradiação; © Alterações urinárias e do habito intestinal; © Causas de aumento da pressão intra- abdominal; © História Patológica Pregressa: cirurgias prévias, recorrências. EXAME FÍSICO © Deve ser realizado na posição em pé e deitada; © Palpac ̧ão de todos os eventuais locais de hérnias. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS © Neoplasias benignas e malignas; © Linfonodos; © Torc ̧ão do testículo; © Varicocele; © Hidrocele não comunicante; © Orquite. TIPOS Esse grupo de hérnias surge, como o próprio nome já demonstra, na região abdominal e próximo à virilha e se dividem em três principais grupos: 1. Umbilicais 2. Inguinais 3. Femorais Além dessas três, existem também algumas variações de maior raridade, como as: hérnias © Epigástricas; © Spiegel; © Richter; © Incisionais (causadas sobre cicatrizes de outros procedimentos cirúrgicos realizado na região do abdômen). HÉRNIA UMBILICAL Surge exatamente na região da cicatriz umbilical. PODE ACONTECER POR UM DEFEITO: © Congênito (não fechamento adequado do orifício de passagem do cordão umbilical) – diagnosticado na 1ª infância; © Adquirido: fraqueza fisiológica associado a aumento de pressão intra-abdominal (especialmente devido a gestação ou obesidade) - desenvolve-se em uma fase posterior da vida (normalmente na meia- idade). SINTOMAS: No início, o principal sintoma é dor local ao toque ou quando é feito algum esforço. Ao longo do tempo, surge um abaulamento. EPIDEMIOLOGIA: © Os bebês estão mais vulneráveis a este tipo de hérnia, mas neles normalmente desaparece (“fecha”) espontaneamente ao longo dos primeiros anos de vida - 80% fecham-se espontaneamente em 4-6 anos. ATENÇÃO Somente na dúvida diagnóstica, se recorre a exames complementares, como: ultrassonografia e ressonância magnética. CAMILA JOINHAS QUEREMOS 3 © Frequente em afrodescendentes (o tipo congênito é 8x mais comum em afro- americanos); © Frequente no sexo feminino - o tipo adquirido é mais comum em mulheres. TRATAMENTO: HÉRNIA CONGÊNITA: Opta-se pelo tratamento somente se a hérnia for grande, sintomática ou persistente (> 5 anos de idade). HÉRNIA ADQUIRIDA: as hérnias pequenas e assintomática não são corrigidas; já as grandes, sintomáticas e encarceradas necessitam de correção cirúrgica. HÉRNIA INGUINAL Uma hérnia inguinal consiste na protrusão de parte do intestino ou outro órgão abdominal através de uma abertura na parede abdominal na virilha. Ocorre na virilha (zona de junção entre a coxa e a parte inferior do abdome) e representa o tipo mais comum de hérnia (corresponde a 75% de todas as hérnias). EPIDEMIOLOGIA: © Os homens são mais vulneráveis a esse tipo de hérnia devido a fraqueza na parede muscular criada pela passagem do testículo para a bolsa escrotal. TIPOS: Há dois tipos de hérnia inguinal, DIRETA e INDIRETA, dependendo exatamente de onde ela ocorre. 1. DIRETA: decorrente de uma fraqueza da parede abdominal e ocorre mais comumente em pacientes mais idosos. Estas hérnias raramente causam complicações. Hérnia atravessa o triângulo de Hesselbach (limitado pelo ligamento inguinal, pela margem lateral do reto do abdome e pela artéria epigástrica inferior) Apesar do menor risco de encarceramento/ estrangulamento, possui indicação de correção cirúrgica sobretudo nos adultos. Hérnias grandes ou volumosas podem descer em direção aos testículos e são chamadas de HÉRNIA INGUINOESCROTAL. CAMILA JOINHAS QUEREMOS 4 2. INDIRETA: é o tipo mais comum e ocorre no local da fraqueza causada pela passagem do testículo para a bolsa escrotal. Podem crescer e chegar até a bolsa escrotal. Estas hérnias têm maior risco de complicações. SINTOMAS: De forma geral, as hérnias inguinais provocam uma protuberância indolor na virilha ou no escroto. No entanto pode causar abaulamento e/ou dor na região inguinal principalmente relacionada a atividade física, levantamento de peso. Sintomas geralmente pioram quando a pessoa está de pé, ergue peso ou faz esforço A protuberância pode aumentar de tamanho quando o indivíduo se levanta e diminuir quando se deita, devido ao fato de o intestino se mover para trás e para frente por efeito da gravidade. Às vezes, uma parte do intestino fica presa no escroto (encarceramento). Se o intestino ficar preso, o fornecimento de sangue pode ser cortado (estrangulamento). Em poucas horas, pode-se verificar a morte do intestino estrangulado (gangrena). HÉRNIA INGUINAL (VIRILHA DIREITA) TRATAMENTO: © O tratamento de maneira geral consiste no reparo cirúrgico na maioria das vezes com colocação de uma tela para reforço da musculatura da região inguinal. Hérnias inguinais em mulheres e aquelas que causam sintomas em homens devem ser reparadas cirurgicamente. Em homens que têm hérnia inguinal que não causa sintomas, não precisa ser feita cirurgia, a menos que se desenvolvam sintomas. A cirurgia pode ser feita quando for conveniente para a pessoa. No caso de hérnias estranguladas e encarceradas, é necessária uma cirurgia de emergência em que se remove o intestino do canal inguinal. HÉRNIA FEMORAL Protrusão do conteúdo abdominal para o interior do canal femoral através do anel femoral. TRADUZINDO: Ela acontece pela passagem utilizada pelos grandes vasossanguíneos, a artéria e a veia femoral. Não existe uma causa específica para o aparecimento desta hérnia. No entanto, o aumento da pressão na região abdominal pode causar esse vazamento para a região femoral. Pessoas que estão com sobrepeso, que tem tosse crônica ou prisão de ventre podem ter maior tendência a desenvolver o problema. Assim como aquelas que levantam muito peso. Como há esforço excessivo no abdômen, as chances de surgirem hérnias femorais aumentam. Além disso, a idade e a gravidez aumentam a possibilidade de este problema aparecer. EPIDEMIOLOGIA: A hérnia femoral é um tipo de hérnia que pode aparecer em qualquer fase da vida. Sendo mais frequente em mulheres, aparecendo principalmente após a gravidez ou em idosas. CAMILA JOINHAS QUEREMOS 5 SINTOMAS: Pode ser assintomática ou apresentar sintomas leves, por causa da região do corpo em que aparecer. O desconforto ao se levantar ou carregar peso é um dos sinais mais observados em quem tem este tipo de hérnia. TRATAMENTO: O tratamento da hérnia femoral sintomática é sempre cirúrgico. (Diferenças entre hérnia inguinal e femoral) INGUINAL FEMORAL Mais comum em homens Mais comum em mulheres Acontece devido a uma fraqueza da parede abdominal ou devido a uma fraqueza causada pela passagem do testículo para a bolsa escrotal. Acontece pela passagem utilizada pelos grandes vasos sanguíneos, a artéria e a veia femoral. É uma das mais comuns na população Mais rara e tem maiores índices de complicações HÉRNIA EPIGÁSTRICA As hérnias epigástricas geralmente são percebidas como abaulamentos ou "caroços" que surgem na linha média do abdômen, acima da cicatriz umbilical. Na maioria das vezes as hérnias são pequenas e apenas o peritônio (membrana que recobre a parede abdominal) ou gordura fazem parte do conteúdo herniário. Ela acontece no LOCAL DE PASSAGEM DE VASOS SANGUÍNEOS que geram fraqueza na parede. Embora habitualmente a fraqueza desta porção da parede abdominal se apresente desde o nascimento, o surgimento da hérnia propriamente dita, desenvolve-se na idade adulta, decorrente do estilo de vida e dos afazeres habituais como levantamento de objetos pesados, tosse, obstipação ou excesso de peso, o que leva ao aumento da pressão dentro do abdômen. EPIDEMIOLOGIA: © Mais comum em homens; © Sua incidência de modo geral é baixa, afetando menos de 1% da população adulta. SINTOMAS: © PROTUBERÂNCIA © DOR OU QUEIMAÇÃO - tendem a aparecer no final do dia ou quando a pessoa levanta objetos pesados, tosse, faz esforço para urinar ou evacuar e/ou fica em pé por muito tempo. © DOR FORTE - se a dor forte e contínua vir acompanhada de inchaço e vermelhidão no local do caroço, além de náuseas e vômitos, POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES O ESTRANGULAMENTO da hérnia é a principal complicação caso o problema seja ignorado. Neste caso, há interrupção do fluxo de sangue que vai para o intestino. Quando ocorre, os seguintes sintomas passam a aparecer: vômito, dor abdominal, diarreia, náuseas. O estrangulamento, que é a principal complicação das hérnias, é raro nesse caso. CAMILA JOINHAS QUEREMOS 6 o paciente precisa buscar ajuda médica imediatamente - estrangulamento da hérnia. TRATAMENTO: O tratamento desse tipo de hérnia é essencialmente cirúrgico - a cirurgia (eletiva ou emergencial) consiste na recolocação do conteúdo da cavidade abdominal e fechamento do orifício por onde houve a sua passagem, impedindo, assim, que o problema volte a se manifestar. HÉRNIA DE SPIEGEL A hérnia de Spiegel, raro defeito da parede abdominal, é caracterizada pela protrusão de órgãos, saco peritoneal ou gordura pré-peritoneal através da aponeurose de Spiegel, que compreende a região da aponeurose do músculo transverso limitada medialmente pelo reto abdominal e lateralmente pela linha semilunar. APONEUROSE DE SPIEGEL Anatomia da parede abdominal anterior: 1. Músculo transverso abdominal; 2. Bainha posterior dos músculos reto abdominais; 3. Linha arqueada ou arco de Douglas; 4. Linha semilunar de Spiegel; 5. Aponeurose de Spiegel; 6. Espinha ilíaca ântero- superior; 7 LOCALIZAÇÃO: A hérnia ocorre ao longo da borda lateral do músculo reto do abdome, inferolateralmente ao umbigo, no nível da linha arqueada. PATOLOGIA: © Etiologia provavelmente multifatorial, inclusive fraqueza congênita da fáscia spigeliana. © Normalmente, o defeito é de natureza congênita em crianças e adquirida em adultos © Histórico anterior de cirurgia abdominal e obesidade são os maiores fatores de risco em adultos. © Outros fatores de risco são múltiplas gestações, rápida perda de peso, DPOC e trauma. EPIDEMIOLOGIA: © Hérnia rara - representa 1-2% das hérnias da parede abdominal anterior © Pouco mais incidente em mulheres DIAGNÓSTICO: Como é uma entidade rara e apresenta-se de forma clínica incaracterística, seu diagnóstico é muitas vezes retardado. A ultrassonografia (US) é o exame mais indicado para início de investigação diagnóstica e a O diagnóstico clínico é difícil devido à localização profunda, especialmente em pacientes obesos. CAMILA JOINHAS QUEREMOS 7 tomografia computadorizada (TC) é a opção quando persiste dúvida ou existência de complicações como encarceramento e estrangulamento. TRATAMENTO: O tratamento cirúrgico é indicado em praticamente todos pacientes devido ao alto risco de estrangulamento e encarceramento. ATENÇÃO!!! Alto índice de estrangulamento, devido ao seu colo estreito e fibroso – cerca de 30% dos casos. (Caso Clínico) Paciente de 66 anos, sexo masculino, hipertenso, diabético e obeso, vem referenciado ambulatoriamente ao serviço de cirurgia geral por hérnia abdominal volumosa em flanco esquerdo com início do quadro há 15 anos, que causava recente dificuldade de deambulação. Ao exame físico, notava-se perda de domicílio e extensão da hérnia à parede lateral esquerda do abdome. De início, foi realizada uma US abdominal cujo laudo apontava hérnia inguinal bilateral. Procedeu-se à investigação diagnóstica com uma TC com contraste oral que evidenciou hérnia de Spiegel bilateral volumosa, contendo alças de cólon e delgado em seu interior. Indicada herniorrafia aberta: CAMILA JOINHAS QUEREMOS 8 HÉRNIA DE RICHTER A hérnia de Richter, também conhecida como enterocele parcial, é uma condição rara, caracterizada pela protrusão com encarceramento ou estrangulamento da borda antimesentérica intestinal por meio de um pequeno defeito da parede abdominal. É uma condição rara, com sintomas e sinais atípicos, de instalação insidiosa, que podem levar a diagnósticos errôneos ou tardios, podendo progredir rapidamente para necrose e perfuração. LOCALIZAÇÃO: O anel femoral é o local mais comum e o íleo, o segmento intestinal mais envolvido. EPIDEMIOLOGIA: © A hérnia de Richter é mais incidente entre a sexta e sétima décadas de vida; © Representa 5-15% de todas as hérnias estranguladas © Ocorre, principalmente, associadas a hérnias femorais. SINTOMAS E DIAGNÓSTICO: Suas manifestações clínicas são bastante variadas porque na maioria das vezes não ocorre obstrução completa do intestino e o diagnóstico é feito no ato operatório e já se encontra estrangulamento intestinal. Então, o paciente pode apresentar: sintomas sistêmicos (febre e mal-estar), abdominais (cólicas, dor intensa, náuseas, vômitos e distensão abdominal) ou localizados (massa dolorosa inguinal). TRATAMENTO: O tratamento é cirúrgico, por laparotomia ou laparoscopia, consistindoem correção do defeito herniário com ou sem ressecção intestinal. HERNIA INSICIONAL As hérnias chamadas incisionais são aquelas que aparecem justamente no local de uma cirurgia anterior na parede abdominal. São normalmente identificadas como abaulamentos ou protuberâncias que aparecem exatamente ou próximo as cicatrizes (local da incisão) de cirurgias anteriores. Podem surgir tanto em poucas semanas como também vários anos depois da realização da cirurgia. PATOLOGIA: As hérnias incisionais, como são conhecidas, resultam da fraqueza da musculatura abdominal no local das incisões cirúrgicas. Isso acontece por causa de uma tensão excessiva e uma cicatrização inadequada na parede abdominal. Devido ao corte dos músculos, a parede do abdome fica enfraquecida, e faz com que o intestino, ou qualquer outro órgão que esteja por baixo do local da incisão, tenha maior facilidade para se deslocar e pressionar o local da cicatriz, levando à formação de um pequeno inchaço nessa região. FATORES DE RISCO: Várias são as causas que facilitam a sua formação: © Tabagismo ativo; CAMILA JOINHAS QUEREMOS 9 © Deixar de seguir as orientações de repouso nos primeiros dias de pós operatório; © Obesidade; © Gravidez; © Ou qualquer fator que aumente a pressão intra-abdominal. EPIDEMIOLOGIA: © Ocorrem em aproximadamente 12% das incisões realizadas, sendo então relativamente frequentes. © Embora as hérnias incisionais sejam uma complicação relativamente comum em qualquer pessoa que faça uma cirurgia abdominal, são mais frequentes em pessoas com obesidade, que tiveram uma infecção da ferida operatória ou que têm algum problema de saúde anterior, como diabetes, doenças pulmonares ou qualquer doença que aumente a pressão dentro do abdome. SINAIS E SINTOMAS: O sintoma mais comum da hérnia incisional é o surgimento de um inchaço junto da cicatriz da cirurgia abdominal, no entanto, também é frequente que surjam outros sintomas associados, como: © Dor ou desconforto no local da hérnia; © Náusea e vômitos; © Febre abaixo de 39ºC; © Dificuldade em urinar; © Alterações do trânsito intestinal, com prisão de ventre ou diarreia. TRATAMENTO: O tratamento será cirúrgico, sempre que o paciente não tiver contraindicação para tal, e pode ser realizado via aberta (convencional), ou minimamente invasiva (videolaparoscopia ou robótica). A decisão do tipo de tratamento, cabe ao cirurgião especialista, que levará em consideração o tipo da hérnia e seu tamanho, para a melhor proposta terapêutica. Hérnias com cicatrizes grandes e aspecto estético ruim, estas podem ser ressecadas no mesmo ato operatório, com rotação de retalho cutâneo local. (Técnicas operatórias) ABORDAGEM ANTERIOR © Herniorrafia anterior + reforço posterior © O que muda de uma técnica para outra é a forma como você fará o reforço posterior 1 - SHOULDICE © Reforço da parede posterior através da imbricação de músculos; © Costura os músculos: Oblíquo Externo, Interno e Transverso um em cima do outro; © É a técnica de escolha, quando você opta por uma cirurgia sem o uso de tela. 2 - LICHTENSTEIN © PADRÃO OURO! © Não é necessário realizar sutura de tensão; © Utilização de tela livre de tensão © Ao realizar a colocação da tela é realizado uma sutura contínua ao longo do ligamento inguinal; © Técnica rápida; © Baixos índices de recidivas. © É feita abertura na tela para a passagem do cordão espermático, que é "abraçado" pela tela CAMILA JOINHAS QUEREMOS 10 © Não deixa tensão – por isso o paciente não sente muita dor. 3 – MC VAY © Escolha para hérnia femoral (Ligamento de Cooper); © Tendão conjunto levado até o ligamento de Cooper, isso faz com que haja uma estenose no canal femoral, evitando a recorrência 4 – BASSINI © O reforço é realizado através da sutura do tendão conjunto e o arco músculo aponeurótico do transverso no ligamento inguinal; © Apresenta maiores índices de recidiva. 5 - ZIMMERMAN © Fazemos a sutura da fascia transversalis à cinta iliopectínea, iniciando-se no nível do púbis e terminando na borda do anel inguinal interno, estreitando-o. ABORDAGEM POSTERIOR Acesso é realizado no pré-peritoneal, ou seja, por dentro INDICAÇÕES: © Recidivas; © Hérnias bilaterais TÉCNICA OPERATÓRIA: 1 - STOPPA © Incisão infra umbilical, descolando o espaço pré-peritoneal até o tubérculo púbico; © Redução do saco herniário © Tela bilateral grande, da cicatriz umbilical até o pube, cobrindo a parede posterior das regiões inguinais e do hipogástrio. 2 - VIDEOLAPAROSCOPIA © Hoje pode ser a abordagem de escolha inicial e escolha nas mulheres; © Recuperação mais rápida; o TAAP→TRANSABDOMINAL PRÉ- PERITONEAL: O espaço pré- peritoneal é acessado depois da penetração na cavidade do peritôneo, faz a redução do saco herniário e insere a tela. o TEP → TOTALMENTE EXTRAPERITONEAL: Não penetra a cavidade abdominal, o espaço pré- peritoneal é alcançado diretamente através de uma incisão infraumbilical e a penetração de um endoscópio com balão; este, ao ganhar o espaço pré-peritoneal é insuflado, permitindo um alargamento da região. CAMILA JOINHAS QUEREMOS 11 (Classificação de Nyhus) (Referências) https://sbhernia.org.br/hernia/ https://sbhernia.org.br/hernia-direta-x-indireta- qual-a-diferenca/ https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios- digestivos/emergências-gastrointestinais/hérnia- inguinal https://sbhernia.org.br/hernia-femoral-x-inguinal- quais-as-diferencas/ https://www.tuasaude.com/hernia/ http://gastrobariatrica.com.br/hernia-epigastrica- sintomas/ http://drjorgematheus.com.br/hernia- epigastrica.aspx https://sbhernia.org.br/como-identificar-uma- hernia-epigastrica/ http://relatosdocbc.org.br/detalhes/135/hernia-de- spiegel-bilateral-volumosa https://relatosdocbc.org.br/detalhes/171/hernia- femoral-de-richter https://www.researchgate.net/publication/3380548 88_Hernia_de_Richter http://drjorgematheus.com.br/hernia-incisional.aspx
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