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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Neviton Trindade Jesus dos Santos Utilização da Gestão de Custos no processo decisorial das MEs da cidade de Cáceres Cáceres 2019 Neviton Trindade Jesus dos Santos Utilização da Gestão de Custos no processo decisorial das MEs da cidade de Cáceres Monografia apresentada como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II (TCC II) do curso de bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Ciências Contábeis. Orientadora: Profª Ma. Claudia Alves Perez Cáceres 2019 2 Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha vida, autor dе mеυ destino, mеυ guia, socorro e presente nа hora dа angústia, e a minha mãе Lindalci Trindade de Jesus que me educou e me ajudou a chegar aqui. 3 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pоr ser essencial еm minha vida, autor dе mеu destino, mеu guia, socorro e presente nа hora dа angústia, aos meus pais Lindalci Trindade de Jesus e Netival Jesus dos Santos que me educaram e me incentivaram e ajudaram a alcançar meus objetivos. Agradeço aos meus avós Laurita Trindade Cachiado e Valdemar Alves Cachiado que me ajudaram alcançar os meus sonhos. Agradeço a toda minha família seja a Família Trindade quanto a Família de Jesus, obrigado por tudo. Agradeço a minha namorada Laura Jaine Bazan da Silva, por sempre está ao meu lado, companheira que sempre acreditou em mim. Agradeço a minha orientadora Prof.ª Ma. Claudia Alves Perez, que aceitou me orientar apesar do convite em cima da hora, teve paciência е mе ajudou a concluir este trabalho. Agradeço aos professores que tive durante o curso e terem contribuído para minha formação acadêmica. Agradeço aos meus colegas e amigos que tive durante essa trajetória acadêmica e me ajudaram de alguma forma durante o curso. 4 RESUMO O Presente trabalho objetivou compreender como as MEs da cidade de Cáceres utilizam a gestão de custos no processo decisorial. Buscou-se uma contextualização sobre contabilidade de custos, os métodos de custeio, Microempresas, Formação do preço de venda e a margem de contribuição. A pesquisa caracteriza-se quanto aos seus objetivos como exploratória e quanto a abordagem do problema, quantitativa. A população deste estudo é formada pelos microempresários associados a Associação Comercial de Cáceres – ACEC. A amostra foi composta de 30 microempresários escolhidos aleatoriamente, que correspondem a 57,69% de toda a população. Utilizou-se para a coleta de dados, aplicação de questionário de forma presencial. O perfil dos Microempresários se mostra semelhantes a outras encontrados nas pesquisas do SEBRAE. Os microempresários entendem a importância de conhecer os seus custos para tomada de decisões, e mensurar os custos através de programas, que pode gerar informações que podem auxiliar no planejamento, controle e nas tomadas de decisões. Eles entende a importância e os benefícios da margem de contribuição para dentro da sua empresa. Além do que Microempresários acreditam que houve muita mudança no faturamento da empresa após a implementação de sistema de controle. Eles concordam que com a utilização da gestão de custos, houve maior facilidade seja nas compras, vendas ou prestação de serviços. O objetivo deste trabalho foi alcançado ao compreender como as MEs da cidade de Cáceres utilizam a gestão de custos no processo decisorial. Os microempresários entendem a importância da gestão de custos e os benefícios que proporcionam em sua empresa. Palavras-chave: Microempresários. Gestão de Custos. Tomadas de decisões. Custos. 5 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Custeio Absorção ...................................................................................... 15 Figura 2 - Custeio ABC.............................................................................................. 18 Figura 3 - Formação do Preço de Venda .................................................................. 20 Figura 4 – Margem de Contribuição Total ................................................................. 21 Figura 5 – Margem de Contribuição Unitária ............................................................. 22 6 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Cenário da participação dos Microempresários na entrevista .................. 24 Tabela 2 - Gênero ..................................................................................................... 25 Tabela 3 - Faixa etária............................................................................................... 26 Tabela 4 - Nível de formação .................................................................................... 26 Tabela 5 – Nível de Conhecimento em gestão de custos ......................................... 27 Tabela 6 - Conhecimento dos MEs sobre os custos em sua empresa ...................... 28 Tabela 7 – Meios de mensurar os custos .................................................................. 29 Tabela 8 - Fatores são considerados para determinar o preço de venda ou serviço 29 Tabela 9 - Utilização da margem de contribuição para tomada de decisão .............. 30 Tabela 10 - Utiliza a gestão de custos para tomada de decisões tais como: ............ 31 Tabela 11 – Se a utilização da gestão de custos para a tomada de decisão, trouxe alguma melhora no empreendimento ........................................................................ 31 Tabela 12 – Se houve mudança no faturamento da empresa após a implementação de sistema de controle .............................................................................................. 32 Tabela 13 – Se com a utilização da gestão de custos, houve maior facilidade em compras, vendas ou prestação de serviços .............................................................. 32 7 LISTA DE QUADRO Quadro 1 - Conceitos utilizados na contabilidade e Organizações ........................... 13 8 LISTA DE SIGLAS SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ME Microempresa EPP Empresa de Pequeno Porte CSLL Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 1.1 Problema ............................................................................................................. 11 1.2 Objetivo Geral ..................................................................................................... 11 1.3 Objetivo Específicos ........................................................................................ 11 1.4 Justificativa .......................................................................................................... 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 13 2.1 Contabilidade de custos ...................................................................................... 13 2.2 Métodos de Custeios ........................................................................................... 15 2.2.1 Custeio Absorção ............................................................................................. 15 2.2.2 Custeio Direto ...................................................................................................16 2.2.3 Custeio Padrão ................................................................................................. 17 2.3 Microempresas – ME........................................................................................... 19 2.4 Formação do Preço de Venda ............................................................................. 20 2.5 Margem de Contribuição ..................................................................................... 21 3 METODOLOGIA .................................................................................................... 23 3.1 Tipo, abordagem e classificação da pesquisa ..................................................... 23 3.2 População e Amostra .......................................................................................... 23 3.3 Estrutura do Questionário .................................................................................... 24 3.4 Coleta dos dados................................................................................................. 24 4 ANALISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ............................................................... 25 4.1 Perfil dos Microempresários ................................................................................ 25 4.2 Ferramentas usadas na Gestão de Custos das MEs .......................................... 28 4.3 Se as tomadas de decisões baseadas através da Gestão de Custos estão proporcionando melhores resultados para a Microempresa...................................... 30 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 34 6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 36 APENDICE A – QUESTIONÁRIO ............................................................................. 38 10 1 INTRODUÇÃO No cenário atual as empresas se encontram dentro de um ambiente muito concorrido e as escolhas que elas tomam pode acarretar consequências drásticas, e com os pequenos negócios não é diferente. O número de Microempresas abertas no país tem crescido. Em 2009 o número de Microempresas presentes no Brasil era de 2,65 milhões, e em 2017 passou para 4,14 milhões, ou seja, um crescimento de 64%, e de acordo com as suas projeções tendem a atingir 4,66 milhões, em 2022. (SEBRAE, 2018). Essas empresas apresentam uma estrutura administrativa mais simplificada, muitas vezes quem calcula os custos dos produtos e dos serviços e determina preço de venda são os próprios proprietários, resultando em cálculos simples. Esse grande número pode se dar pelas vantagens oferecidas, entre elas modalidade menos burocrática, e podendo participar de licitações que proporciona vantagens na competitivas sobre as outras, mas em contrapartida há um grande número de empresas que encerram suas atividades. O tempo médio de existência das Microempresários é de apenas 13 anos, diferente das Empresas de Pequeno Porte que possui um tempo de 17 anos, esses resultados mostram que as Microempresas constituem o grupo que tem o menor tempo de existência. (SEBRAE, 2018). Esse fator pode ser atribuído má gestão da administração, muitas vezes com informações ausentes ou incoerentes e assim tomando decisões equivocadas, levando ao encerramento da empresa, e a gestão de custos pode ser uma das alternativas para essas empresas. A gestão de custos é o processo que produz informações para usuários internos, identificando, coletando, mensurando, classificando e expõe as informações que são uteis aos gestores para o custeio, para que essas informações sejam utilizadas no planejamento, controle e tomadas de decisão. Necessitam de uma compreensão mais detalhada sobre a estrutura de custos da empresa, desta forma os gestores devem ser capazes de determinar os custos a longo e a curto prazo, como os custos de produtos, serviços. (HANSEN & MOWEN, 2003). A gestão de custos é um dos principais fatores que determinam a forma como a empresa deve ser administrada, por auxilia a empresa a manter o seu lucro e atingir a estabilidade. A gestão de Custos deve ser voltada de acordo com o seguimento da 11 empresa, para que seja ineficiente e não haja o mau planejamento e também na tomada de decisões erradas, que podem prejudicar o fluxo de caixa, a margem de lucro e o volume de vendas, ou seja, refletindo de forma negativa nos resultados das empresas. comprometendo a dos pequenos negócios. Desta forma, este trabalho de conclusão de curso estrutura-se cinco partes. A primeira refere-se ao introdutório da pesquisa, a segunda é a revisão literária sobre contabilidade de custos, os métodos de custeio, Microempresas, Formação do preço de venda, e a margem de contribuição. Em seguida, a metodologia utilizada para alcançar os objetivos desta pesquisa. E posterior, a análise e discussão dos dados. Por fim, a considerações finais e as referências bibliográficas. 1.1 Problema A taxa de sobrevivência das MEs com até 2 anos que foram abertas em 2012 foi de apenas 55%, esses resultados mostram que as Microempresas constituem o grupo que tem maior peso no fechamento dos Pequenos Negócios. (SEBRAE, 2016). Ou seja 45% das Microempresas fecham dentro do período de 2 anos, é o segmento de empresas com a maior taxa de mortalidade, e esse fator pode ser atribuído má administração. Em um cenário nacional, em que as Microempresas constituem o seguimento com maior fechamento de pequenos negócios, e esse fator pode ser atribuído má administração, temos como problema de pesquisa: Como as MEs da cidade de Cáceres utilizam a gestão de custos no processo decisorial? 1.2 Objetivo Geral O objetivo do presente trabalho consiste em compreender como as MEs da cidade de Cáceres utilizam a gestão de custos no processo decisorial. 1.3 Objetivo Específicos a) Apresentar as ferramentas usadas na Gestão de Custos das MEs. b) Identificar o perfil dos microempresários de Cáceres. http://www.erpflex.com.br/blog/margem-de-lucro http://www.erpflex.com.br/blog/margem-de-lucro 12 c) Analisar se a tomada de decisão baseada através da Gestão de Custos está proporcionando melhores resultados para a empresa. 1.4 Justificativa O presente trabalho justifica-se pela real necessidade de conhecer e entender como funciona a gestão de custos dentro das empresas, e de que forma esses custos são tratados na hora de tomar as decisões. Estudar e aperfeiçoar os custos é de grande importância por trazer retorno produtivo e econômico para a empresa. As empresas que serão o objeto do estudo são Microempresas por terem faturamento anual consideravelmente alto, de acordo com SEBRAE (2018): A microempresa será a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário, devidamente registrados nos órgãos competentes, que aufira em cada ano calendário, a receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. Por ter um custo maior que nos proporciona dados para o projeto de pesquisa, que busca responder o problema de pesquisa deste trabalho. A partir deste estudo será observado como essas empresas calculam os custos e observar a importância disso na hora de tomar decisões. 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Contabilidade de custos A contabilidade de custos em si é uma técnica que busca identificar, mensurar e informar os custos dos produtos e/ou serviços. Com a função de proporcionar informações precisas e rápidas para a administração, que podem ser usadas na tomada de decisão. E essas informações podem ser usadas para a análise de gastos da entidade no decorrer de suas operações. (CREPALDI, 2018). Uma empresa precisa da Contabilidade de Custos por ser uma técnica que necessita ser bem estrutura, que proporciona a ela o planejamento, classificação, analise, interpretação tanto dos custos dos produtosfabricados e vendidos ou de serviços prestados. Para que se possa atingir seus objetivos e metas em um mercado disputado. Na contabilidade existe diferente termos que acabam compartilhando a mesma ideia e conceitos, como custo e gastos, despesas e custos, entre outros. Ocasionando um erro de entendimento. Tratando disso segue abaixo os conceitos utilizados na contabilidade e Organizações: Quadro 1 - Conceitos utilizados na contabilidade e Organizações Conceitos Autores Martins (2018) Crepaldi (2018) Veiga & Santos (2016) Custos "Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. O Custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço." “Custos são os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços, sejam eles desembolsados ou não. Só são reconhecidos como custos no momento da fabricação de um produto ou execução de um serviço” "Consistem no recurso consumido para a obtenção de bens e serviços" 14 Gastos “Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).” São os encargos financeiros efetuados por uma entidade com vista à obtenção de um produto ou serviço qualquer para a produção de um bem ou para a obtenção de uma receita Despesas "Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas." "São gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas, que provocam redução do patrimônio." "As despesas são gastos realizados para obter receitas. Entendem-se como recurso consumido fora do processo produtivo e/ou de elaboração de serviços para a obtenção de receita. " Perdas "Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária." "São bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária. Trata-se de gastos não intencionais decorrentes de fatores externos, fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa." São considerados perdas os fatos imprevistos e decorrentes de fatores externos, anormais, como inundações e incêndios. Desembolso "Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto." “É o pagamento resultante da aquisição ou produção de um bem, serviço ou despesa. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada.” Investimento "Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s)." “Através da aquisição de um bem que será destinado ao ativo da entidade, o investimento se classifica de acordo com o tempo, entre circulante como os estoques de matéria- "Investimentos são os gastos realizados para a composição da estrutura necessária da atividade-fim do negócio" 15 prima e Mercadorias para revenda. Permanentes como Maquinas, Imóveis, entre outros. “ Fonte: Elaborado pelo autor, com base em MARTINS (2018); CREPALDI (2018); VEIGA E SANTOS (2016) 2.2 Métodos de Custeios Método de custeio é um processo que busca achar o custo total ou unitária dos produtos e serviços prestados de uma empresa, a partir dos custos diretos e indiretos. Os métodos mais conhecidos e utilizados são: Absorção; Direto ou variável, Padrão e ABC. 2.2.1 Custeio Absorção O custeio por absorção é método que tem como característica a apropriação de todos os custos que incidiram no processo de produção, isto é, todos os custos serão apropriados aos produtos acabados ou que estão em processo de elaboração, independentemente de serem diretos, indiretos, fixos ou variáveis. (CREPALDI, 2017) Figura 1 - Custeio Absorção Fonte: Elaborado pelo autor, com base em CREPALDI (2017). Através desse método tem se a separação entre o custo e despesa, com a separação as despesas vão de forma negativa ao resultado do período, e os custos em relação aos produtos não vendidos compõem o estoque. 16 Por outro lado Crepaldi (2017, p. 125) afirma: “Um problema na utilização do método de custeio por absorção está na fixação dos preços sem conhecer a margem real de cada produto vendido e de forma menos eficaz, visando resultado global.” Entretanto, é um sistema rígido e inflexível, consequentemente sua utilização no mercado atual tende a ser menor, mesmo com essa restrição da utilização, para Santos et al. (2015, p.74): “[...]em primeiro lugar, porque o custo tem outras abrangências além do preço de venda. Assim, sob a ótica contábil, por exemplo, o custeio por absorção é um dos sistemas legalmente aceitos.” 2.2.2 Custeio Direto Custeio Direto ou Variável é um sistema que considera como custo de fabricação somente os custos diretos Enquanto os custos indiretos juntamente com as despesas constituem o resultado. Por ser um sistema que considera apenas uma parte dos custos ocorridos na fabricação, e a composição direta dos custos indiretos juntamente com as despesas, a legislação tributária não permite o uso desse método para fins contábeis, por impactando no valor da CSLL e do IRPJ, provocando um lucro líquido acima do ocorrido. Esse método de custeio que é característico pelo fato do lucro se mover no mesmo sentido que as quantidades de vendas, através dos relatórios operacionais, como a demonstração do custo do produto vendido e a demonstração do resultado, são compreendidas com maior rapidez pelos gestores da empresa, informações que são úteis para avaliação do desempenho e no planejamento do lucro como o preço, o custo e a quantidade. É Instrumento de análise e de cálculo. (SANTOS et al., 2015). Por ser um método que proporciona um diferencial na gestão, sua utilização tem aumentado nos últimos anos, com a concorrência do mercado, essa ferramenta é utilizada para planejamento, o controle e nas tomadas de decisões, que busca minimizar os custos e melhorar o resultado a curto prazo. 17 2.2.3 Custeio Padrão Custo padrão é um custo estabelecido antes mesmo de acontecer o processo de fabricação, é um custo que é baseada em produções efetivadas anteriormente. (RIBEIRO, 2015). Com a possível diferença de valores que pode ocorrer, já que os custos são baseados em fatos ocorridos anteriormente, a utilização desse Método é descartado para análise dos estoques e também com relação aos custos dos produtos vendido, pois fere o princípio contábil do registro do valor original fixado na resolução no 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade “ O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.” Mas por outro lado, o item 37 da NPC 2 da IBRACON, diz que Custos-padrão são aceitáveis, mas devem ser revisados e reajustados periodicamente, sempre que ocorrer alterações significantes que possa repercutir as condições correntes, seja ela no processo de fabricação, no salário ou nos custos dos materiais, dos salários, ou no próprio processo de fabricação, de forma a refletir as condições correntes. O custo deve ser ajustado para o real, na data do balanço. O método de custeio-padrão possui importantes características, a prefixação do custo prefixado baseado em custos anteriores e facilidade de apuração do balancete para a contabilidade. 2.2.4 Custeio ABC O Custeio ABC ou conhecido como Custeio Baseado em Atividades é um método que identifica um conjunto de custos para cada transação naorganização, e age como um direcionador de custos. (CREPALDI, 2018). Afirma que os direcionadores de custos são fatores que determinam o custo de uma atividade. Visto que as atividades exigem recursos para serem realizadas, portanto os direcionadores são a verdadeira razão de seus custos. (MARTINS, 2010). Conforme Crepaldi (2018, p. 211): 18 “Os direcionadores de custos são uma transação que determina a quantidade de trabalho necessária para a produção de determinado produto e serviço e têm influência na quantidade de recursos que serão necessários para essa atividade[...]”. É de suma importante distinguir dois tipos de direcionadores, direcionadores de custos de recursos que busca identificar a forma com o que os recursos são consumidos pelas atividades, já Direcionadores de custos de atividades procura identificar a maneira em que as atividades são consumidas pelos produtos ou serviços. (SANTOS et al., 2015). Portanto os direcionadores de custos de recursos servem para demostrar o custos de cada atividade enquanto o direcionadores de custos de atividades demostra o custos de cada produto, pode ser melhor apresentada na figura 2. Figura 2 - Custeio ABC Fonte: Elaborado pelo autor, com base em SANTOS et al. (2015) O Custeio ABC possibilita aos gestores identificar, entre uma quantidade diversificada de produtos ou serviços, os que apresentam maiores custos para fabricação ou prestação de serviço. A utilização do Método de Custeio ABC é de grande importância, por ser uma ferramenta voltada para o lado interno da empresa, pelo fato de proporcionar informações que auxiliam os gestores nos tomadores de decisão, seja na eliminação 19 ou redução de atividades que não agregam valor ao produto final, reduzindo custos, sem prejudicar o valor final do produto ou serviço, gerando maiores capacidades competitivas e maiores lucros. 2.3 Microempresas – ME As Microempresas juntamente com as Empresas de Pequeno Porte no brasil passaram através do Artigo 179 da Constituição Federal de 1.988, receber um tratamento jurídico diferenciado, com o objetivo de incentivá-las, através da simplificação das obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias. Atualmente essas duas modalidades são reguladas pela Lei complementar nº123 de 14 de dezembro de 2006, para que as empresas possam enquadrar-se como Microempresa – ME ou Empresa de Pequeno Porte – EPP, devem atender os requisitos da referida lei, entre elas, o artigo 3º, inciso I e II da lei: I – no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). Ambas as modalidades podem optar pela forma de tributação, Simples Nacional, Lucro Real ou Lucro Presumido. Através dessa modalidade as ME, tendem a ter vantagens sobre as demais, com um regime tributário mais simplificado proporciona a elas processos menos burocráticos e as obrigações ficais mais simplificadas, ocupando menos tempo e artifícios. As MEs não possuem nenhum tipo de restrições dos órgãos reguladores, com relação as áreas de atuação, e podem participar de licitações das instituições públicas, tornando um diferencial competitivo. Essas empresas apresentam uma estrutura administrativa mais simplificada, muitas vezes quem calcula os custos dos produtos e dos serviços e determina preço de venda são o proprietário, resultando em cálculos simples, as vezes baseados no custo direto. 20 As informações voltadas ao custeamento dos produtos e serviços, são essenciais, pois manter um sistema de custeio atualizados e bem estruturado é essencial para o processo de tomada de decisões. Decisões efetivas, resultam em resultados positivos e mantem a competitividade dessas empresas no mercado globalizado. 2.4 Formação do Preço de Venda Desde o século passado nota-se que a preocupação dos gestores com a formação do preço dos produtos e serviços, este processo se destaca por ter maior relevância no âmbito empresarial pelo seu caráter estratégico. A formação do preço de venda de produtos é uma tarefa técnica e um agente determinante na continuidade da empresa. (CREPALDI, 2018). O preço de um produto acabado quantifica, todos os custos embutidos desde o processo de fabricação até a sua distribuição. Ou seja, conhecer e entender de que forma se deve forma o preço de venda é de extrema necessidade, se errar para maior, poderá perde o espaço no mercado e se errar para menor, comprometerá o negócio. Ocasionando prejuízos e posteriormente a falência da empresa. (RIBEIRO, 2015). Ao processo de fixação do preço de venda de um produto ou a prestação do serviço, é necessário que esse preço cubra tantos os custos quantos as despesas, e a margem de lucro componha esse preço. Conforme ilustra a figura 3: Figura 3 - Formação do Preço de Venda Fonte: Elaborado pelo autor, com base em RIBEIRO (2015) Portanto, para fixação do preço de venda de um produto ou serviço é preciso conhecer os custos de fabricação ou prestação de serviço, as despesas que irão ser geradas pela venda ou a prestação do serviço e a margem de lucro desejada. 21 2.5 Margem de Contribuição A análise da margem de contribuição é um instrumento que os gestores usam na tomada de decisões. Na óptica da análise da margem de contribuição, as despesas são divididas em fixas e variáveis. A análise da margem de contribuição indica como melhorar a utilização da capacidade da empresa, seja na fixação do preço para uma concorrência ou na fixação do preço de venda inferior que a usual. (CREPALDI, 2018). Este instrumento ajuda o gestor a decidir se deva diminuir ou aumentar uma linha de produção, avaliar alternativas oriundas da produção sobre estratégias de preço, serviços ou produtos e avaliação do desempenho. (CREPALDI, 2018). A formula para o cálculo da margem de contribuição total é o resultado encontrado, após diminuir o preço de venda menos os custos variáveis. Conforme ilustra a figura 4: Figura 4 – Margem de Contribuição Total Fonte: Elaborado pelo autor, com base em CREPALDI (2018) E para o cálculo da Margem de Contribuição por Unidade, que é a diferença entre o Preço de Venda Unitário e o Custo Variável Unitário. Conforme ilustrado na figura 5: 22 Figura 5 – Margem de Contribuição Unitária Fonte: Elaborado pelo autor, com base em CREPALDI (2018) Utilizar a análise da margem de contribuição na empresa proporcionará maior capacidade da empresa, seja na fixação do preço para concorrência ou na fixação do preço de venda inferior habitual, ou seja, um preço fora do comum, como possíveis promoções. 23 3 METODOLOGIA A metodologia é dividida em tipologias que podem ser classificadas no que se refere aos objetivos, à natureza da pesquisa, à abordagem e aos procedimentos técnicos adotados. (GIL, 1999). Esta seção apresenta os métodos que foi utilizado para a execução deste trabalho. Foi subdivida em quatro partes: Tipo, abordagem e classificação da pesquisa; População e Amostra; Estrutura do Questionário e a Coleta de Dados. 3.1 Tipo, abordagem e classificação da pesquisa Do ponto de vista aos objetivos classifica-se como pesquisa exploratória, por ser um tipo de pesquisa com objetivo de formular o problema, que ajuda no desenvolvimento de hipóteses, a familiaridade do pesquisador com o fato na realização de pesquisas futura com mais precisas ou que podem explanar alguns conceitos. (LAKATOS & MARCONI, 2003). O estudo na forma de abordagem do problema é uma pesquisa quantitativa, tudo pode ser quantificado, o que significa transpassa números, opiniões e informaçõespara ser classificada e analisadas. Para isso é necessário uso de meios e técnicas estatísticas. (SILVA & MENEZES, 2001). Quanto ao procedimento é classificada em pesquisa de campo no qual afirma Lakatos & Marconi (2003), em que a pesquisa de campo é o tipo de pesquisa que é utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos sobre o problema, do qual se busca resposta. Ou seja, além da pesquisa bibliográfica, se realiza coleta de dados. 3.2 População e Amostra A Associação Comercial de Cáceres – ACEC forneceu documento com todos os empresários cadastrados como microempresários na associação sendo uma lista com 52 empresários MEs, representando a população total. Para a realização da pesquisa de campo, foi selecionado de forma aleatória uma amostra de 30 empresas cadastradas, dos 52 microempresários, que correspondendo a 57,69% de toda a população. 24 3.3 Estrutura do Questionário O questionário formulado foi composto de 12 perguntas, sendo elas questões fechadas e de múltipla escolha que foram elaboradas a partir dos objetivos específicos com o objetivo de responder ao problema central da pesquisa. As perguntas fechadas trabalharam na identificação do perfil do participante, bem como, questões sobre o conhecimento acerca dos custos, utilização da margem de contribuição e o nível de contribuição gerado após a utilização da gestão de custos e o sistema de controle no qual apresentava uma única alternativa a ser escolhida. As perguntas de múltipla escolha tiveram como finalidade a compreensão dos métodos utilizados pelos empreendedores para mensurar os custos, assim como, os fatores considerados para determinar o preço de venda e a utilizado da gestão de custos para tomar quais decisões. 3.4 Coleta dos dados Para a coletas dos dados foi aplicado questionário de forma presencial. A aplicação dos questionários ocorreram entre os dias 20 a 24 de maio e dos 30 Microempresários que compõem a amostra, 26 participaram da entrevista. A coleta de dados chegou ao seguinte cenário como mostra a Tabela 1: Tabela 1 - Cenário da participação dos Microempresários na entrevista Fatores Quantidade Pessoas que participaram da Entrevista 26 Pessoas que se recusaram a participar da Entrevista 3 Pessoas que não se enquadrava como ME 1 Total 30 Fonte: Dados da pesquisa As entrevistas foram feitas entre as datas citadas no período vespertino, das 13:00 as 17:00 horas, com uma duração média de três a cinco minutos, desde a identificação pessoal até a entrega do questionário. 25 4 ANALISE E DISCUSSÃO DOS DADOS Este capítulo apresenta os resultados obtidos na pesquisa realizada neste trabalho. Os dados foram descritos e analisados com objetivo de compreender como as MEs da cidade de Cáceres utilizam a gestão de custos no processo decisorial. O Capítulo está estruturado em três partes relacionadas com cada objetivo específico deste trabalho. A primeira parte apresentará o perfil dos microempresários de Cáceres. Na segunda parte será demonstrada as ferramentas usadas na Gestão de Custos das MEs e a terceira parte se as decisões tomadas baseadas na Gestão de Custos estão proporcionando melhores resultados para a empresa. 4.1 Perfil dos Microempresários Com o objetivo de traçar o perfil dos microempresários da cidade de Cáceres, foi inserido, no questionário, quatro perguntas: gênero, idade, escolaridade e nível de conhecimento em Gestão de Custos. Na pesquisa foi identificado uma maior participação de homens. Dentre os 26 microempresários entrevistados, 17 eram homens correspondendo a 65,4%, e 9 eram mulheres que corresponde a 34,6%, conforme pode ser visto na tabela 2. Tabela 2 - Gênero Fatores Frequência Percentual Feminino 9 34,6% Masculino 17 65,4% Total 26 100,0% Fonte: Dados da pesquisa A presença dos homens como grande maioria nas microempresas é notável, resultado similar ao encontrado na pesquisa realizada pelo SEBRAE/SP em 2015, os donos dos pequenos negócios, em sua maioria, eram homens resultando em 68% da pesquisa. 26 A maioria dos MEs de Cáceres tem a idade entre 31 a 41 anos (50,0%). Os adultos com idade superior a 41 anos, representam 34,6% dos Microempresários. O detalhamento do perfil por idade está representado na Tabela 3. Tabela 3 - Faixa etária Fatores Frequência Percentual 18 à 30 anos 4 15,4% Entre 31 a 40 anos 13 50,0% Entre 41 e 50 anos 5 19,2% Acima de 51 anos 4 15,4% Total 26 100,0% Fonte: Dados da pesquisa Destaca-se que a maior frequência de Microempresários está na faixa etária entre 31 a 40 anos, correspondente a 50,0% dos participantes, seguida pela faixa de 41 a 50 anos, equivalente a 19,2% dos respondentes. O resultado demonstrado na Tabela 3, também é similar a pesquisa realizada pelo SEBRAE/SP em 2018. O nível de formação dos MEs de Cáceres é alto, pois a maioria dos entrevistados (61,5%) possuem o nível superior seja ele completo ou incompleto, e 34,6% com ensino médio e 3,8% dos entrevistados possuía pós-graduação. Na tabela 4 está demonstrado o nível de formação dos microempresários da cidade de Cáceres. Tabela 4 - Nível de formação Fatores Frequência Percentual Ensino Fundamental 0 0,0% Ensino Médio 9 34,61% Ensino Superior 16 61,54% Pós-graduação 1 3,85% Total 26 100,0% Fonte: Dados da pesquisa Nota-se que os Microempresários apresentam um nível elevado de formação, ou seja 61,54% dos entrevistados possuem Ensino Superior seja ele completo ou incompleto, seguidos pelo ensino médio que resulta em 34,61% e 3,85% possuíam Pós-graduação. Resultado similar a pesquisa do SEBRAE em 2018, que traçou o Perfil das Microempresa e Empresas de Pequeno porte. 27 Os Microempresários que possuíam ensino médio seja ele incompleto ou completo somados juntos resultou em 33% enquanto o ensino superior 41% e pós- graduação 10%. (SEBRAE, 2018). O nível de conhecimento dos MEs em gestão de custos se deu por maior o nível Mediano que corresponde a 65,4% dos entrevistados, seguido por Muito que correspondeu a 19,2% dos entrevistados. O detalhamento do nível de conhecimento sobre gestão de custos dos Microempresários está representado na Tabela 5. Tabela 5 – Nível de Conhecimento em gestão de custos Fatores Frequência Percentual Nenhum 0 0,0% Pouco 4 15,4% Mediano 17 65,4% Muito 5 19,2% Total 26 100,0% Fonte: Dados da pesquisa Como observado na tabela 5, todos os Microempresários possuem algum nível de conhecimento em gestão de custos, 65,4% deles ou seja a maioria, possuem o nível de conhecimento Mediano, enquanto 19,2% dos entrevistados classificaram seu nível de conhecimento como Muito, enquanto os 15,4% restante classificaram seu nível de conhecimento como pouco. A gestão de custos é o processo que produz informações para usuários internos, identificando, coletando, mensurando, classificando e expõe as informações que são uteis aos gestores para o custeio, para que essas informações sejam utilizadas no planejamento, controle e tomadas de decisão. (HANSEN & MOWEN, 2003). Como abordado anteriormente Hansen & Mowen abordam a importância da gestão de custos para os gestores. Os Microempresários devem possuir o conhecimento em gestão de custos, mesmo que os custos recorrentes em sua empresa sejam usados somente na formação do preço de venda ou serviço é essencial conhecer para auxiliar no planejamento, controle e tomadas de decisão. 28 4.2 Ferramentas usadas na Gestão de Custos das MEs Com o objetivo de conhecer as ferramentas usadas na Gestão de Custos das microempresas da cidade de Cáceres, foi inserido, no questionário, quatro perguntas com o objetivo de identificar essas ferramentas: conhecimento sobre custos na empresa, de que forma são mensurados os custos, fatores que são considerados para determinar o preço de venda e de Custos e se utiliza a margem de contribuição para tomadade decisão. Na pesquisa foi identificado o nível de conhecimento dos microempresários sobre os custos existente em sua empresa, e a maioria dos entrevistados dentre os 26 microempresários entrevistados, 14 (53,8%) consideram muito o seu nível de conhecimento, enquanto 11 (42,3%) consideram mediano, conforme pode ser observado na tabela 6. Tabela 6 - Conhecimento dos MEs sobre os custos em sua empresa Fatores Frequência Percentual Nenhum 0 0,0% Pouco 1 3,8% Mediano 11 42,3% Muito 14 53,8% Total 26 100,0% Fonte: Dados da pesquisa Nota-se que na pesquisa foi identificado o nível de conhecimento dos microempresários sobre os custos existente em sua empresa. Como mostrado na Tabela 6, a maioria dos entrevistados 53,8% consideram muito o seu nível de conhecimento, enquanto 42,3% consideram mediano, e 3,8% consideram pouco o seu conhecimento sobre os custos recorrente em sua empresa. Necessitam de uma compreensão mais detalhada sobre a estrutura de custos da empresa, desta forma os gestores devem ser capazes de determinar os custos a longo e a curto prazo, como os custos de produtos, serviços. (HANSEN & MOWEN, 2003). E de grande importância que esses microempresários entendam os custos recorrente em sua empresa não só para formação do preço, mas conhecer para auxiliar no planejamento, controle e tomadas de decisão. 29 Na pergunta seguinte teve o propósito de identificar de que forma os Microempresários mensuram os custos dentro da empresa, dando a possibilidade de mais de uma alternativa, a maioria dos entrevistados cerca de 53,33%, mensuram os custos através de programa desenvolvido sobre custos em sua empresa. conforme apresentado na Tabela 7. Tabela 7 – Meios de mensurar os custos Fatores Frequência Percentual Caderno com anotações manuais 2 6,67% Livro 6 20,0% Programa desenvolvido sobre custos 16 53,33% Outros 6 20,0% Total 30 100,0% Fonte: Dados da pesquisa É notável que a maioria dos Microempresários utilizam programa desenvolvido sobre custo que corresponde a 53,33% em seguida Livro e Outras formas de Mensurar empatados em 20% e apenas 6,67% utilizam caderno com anotações manuais. Poucos MEs utilizam um método antigo de mensurar através dos cadernos de anotações manuais, passando a utilizar programa que faz a mensuração dos custos e fornece informações que podem ser utilizadas na tomada de decisão. Na pergunta seguinte teve o propósito de identificar quais fatores os Microempresários utilizam para determinar o preço de venda ou serviço, por meio de alternativas múltiplas. Conforme apresenta a Tabela 8. Tabela 8 - Fatores são considerados para determinar o preço de venda ou serviço Fatores Frequência Percentual Custos dos Produtos 21 58,33% Pesquisa de Mercado 8 22,22% Concorrência 3 8,33% Outros 4 11,11% Total 36 100,0% Fonte: Dados da pesquisa É notável que a maioria dos Microempresários utilizam programa desenvolvido sobre custo que corresponde a 53,33% em seguida Livro e Outras formas de Mensurar empatados em 20% e apenas 6,67% utilizam caderno com 30 anotações manuais. Buscou-se saber quantidade de Microempresários que utiliza a margem de contribuição para tomada de e o resultado se encontra na tabela 9. Tabela 9 - Utilização da margem de contribuição para tomada de decisão Fatores Frequência Percentual Sim 20 76,9% Não 6 23,1% Total 26 100,0% Fonte: Dados da pesquisa Dos 26 entrevistados, 20 Microempresários utilizam a margem de contribuição para a tomada de decisão, enquanto 6 não a utilizam. Este instrumento ajuda o gestor a decidir se deve diminuir ou aumentar uma linha de produção, avaliar alternativas oriundas da produção sobre estratégias de preço, serviços ou produtos e avaliação do desempenho. (CREPALDI, 2018). Margem de contribuição é usada por 76,9% dos MEs, como mostrado na Tabela 9. Esse resultado mostra que os MEs tem conhecimento sobre a importância desta ferramenta, importancia essas abordadas por Crepaldi citado anteriormente, podendo melhorar a utilização da capacidade da empresa. 4.3 Se as tomadas de decisões baseadas através da Gestão de Custos estão proporcionando melhores resultados para a Microempresa Com o objetivo de analisar se as tomadas de decisões baseadas através da Gestão de Custos proporcionam melhores resultados para as Microempresa, para atingir esse objetivo foi inserido no questionário quatro perguntas: Utiliza a gestão de custos para tomada de quais decisões, se a utilização da gestão de custos para a tomada de decisão, trouxe alguma melhora no empreendimento, se houve mudança no faturamento da empresa após a implementação de sistema de controle e se a utilização da gestão de custos, houve maior facilidade em compras, vendas ou prestação de serviços. Na pergunta seguinte teve a intenção de verificar quais decisões são tomadas pelos MEs através da gestão de custos, por meio de alternativas múltiplas. Conforme 31 apresenta a Tabela 10. Tabela 10 - Utiliza a gestão de custos para tomada de decisões tais como: Fatores Frequência Percentual Gerencial 19 65,52% Controle Fiscal 10 34,48% Total 29 100,0% Fonte: Dados da pesquisa Na pesquisa foi identificado que 65,52% dos Microempresários utilizam gestão de custos para tomada de decisões gerenciais enquanto outros 34,48% utiliza a gestão de custos para tomada de decisões de controle fiscal. Na pergunta seguinte da pesquisa buscou identificar se utilização da gestão de custos para a tomada de decisão, trouxe alguma melhora no empreendimento, a grande maioria dos entrevistados, cerca de 16 (61,5%) Microempresários consideram que trouxe muita melhora para empresa, conforme pode ser observado na Tabela 11. Tabela 11 – Se a utilização da gestão de custos para a tomada de decisão, trouxe alguma melhora no empreendimento Fatores Frequência Percentual Nenhum 1 3,8% Pouco 3 11,5% Mediano 6 23,1% Muito 16 61,5% Total 26 100,0% Fonte: Dados da pesquisa Como pode ser observado na Tabela 11 a maioria dos entrevistados dentre os 26 microempresários entrevistados, cerca de 16 (61,5%) consideram que trouxe e muito melhora para o seu negócio, enquanto 6 (23,1%) consideram mediano, 3 (11,5%) acham que trouxe pouco e apenas 1 (3,8%) dos entrevistados acha que não trouxe nenhuma melhora. Na pesquisa buscou identificar se houve mudança no faturamento da empresa após a implementação de sistema de controle, e a maioria dos Microempresários cerca de 61,5%, acredita que trouxe muita mudança no faturamento da empresa após 32 implementar sistema de controle. Podendo ser observado a seguir, na Tabela 12. Tabela 12 – Se houve mudança no faturamento da empresa após a implementação de sistema de controle Fatores Frequência Percentual Nenhum 1 3,8% Pouco 3 11,5% Mediano 6 23,1% Muito 16 61,5% Total 26 100,0% Fonte: Dados da pesquisa Como pode ser observado na Tabela 12 a maioria dos entrevistados dentre os 26 microempresários entrevistados, cerca de 16 (61,5%) consideram que houve e Muito melhora no faturamento da empresa, enquanto 6 (23,1%) consideram mediano, 3 (11,5%) acham que trouxe pouco e apenas 1 (3,8%) dos entrevistado acha que não trouxe nenhuma melhora. Na última pergunta procurou identificar se com a utilização da gestão de custos, houve maior facilidade sendo na compras, vendas ou prestação de serviços, cerca de 16 (61,5%) Microempresários acredita que trouxe sim e muito facilidade nas compras, vendas ou prestação. Que pode ser observado na Tabela 13. Tabela 13 – Se com a utilização da gestão de custos, houve maior facilidade em compras, vendas ou prestação de serviços Fatores Frequência Percentual Nenhum 0 0,0% Pouco 2 7,7% Mediano 8 30,8% Muito 16 61,5% Total 26 100,0% Fonte: Dados da pesquisa Como pode ser observado na Tabela 13 a maioria dos entrevistados dentre os 26 microempresários entrevistados, cercade 16 (61,5%) consideram que houve muita facilidade seja ela na compra, venda ou prestação de serviço, enquanto 8 (30,8%) consideram mediano, 2 (7,7%) acham que trouxe pouca facilidade seja ela na compra, venda ou prestação de serviço. 33 Foram identificados diversos aspectos interessantes entre eles, o perfil dos Microempresários, mostra-se semelhante a outros encontrados nas pesquisas do SEBRAE. Além disso os microempresários entendem a importância de conhecer os seus custos para tomada de decisões e mensuram os custos através de programas, entende a importância da Margem de contribuição para dentro da sua empresa. Os resultados mostrado na tabela 5 que abordou sobre o nível de conhecimento em gestão de custos dos microempresário, do qual se mostra relacionados com os resultados das tabelas 11, 12 e 13. Já que esse microempresários acreditam que houve muita mudança no faturamento da empresa após a implementação de sistema de controle, trazendo resultados positivos a empresa. E que a utilização da gestão de custos, trouxe maior facilidade seja nas compras, vendas ou prestação de serviços. 34 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa objetivou compreender como as MEs da cidade de Cáceres utilizam a gestão de custos no processo decisorial. Neste estudo identificou-se o perfil dos Microempresários, no qual a Maioria dos MEs da cidade de Cáceres são Homens, com idade entre 31 a 41 anos, com ensino superior. Este perfil, se mostra semelhantes ao encontrado nas pesquisas do SEBRAE. A maioria dos MEs compreende a gestão de custos de forma mediana. Posteriormente, investigou-se as ferramentas usadas na gestão de custos. chegando ao seguinte resultado, a maioria dos microempresários, 53,8%, possuim alto nivel de conhecimento sobre os custos em sua empresa.Os meios usados para mensurar esses custos é através de programas desenvolvidos sobre custos, gerando informações que podem auxiliar no planejamento, controle e nas tomadas de decisão. A maioria do MEs utilizam os custos dos produtos como fator para determinar o preço de venda ou serviço. E 76,9% dos Microempresário utilizam a margem de contribuição para tomada de decisões dentro da empresa, através desse resultado mostra que os MEs tem conhecimento sobre a importância e os beneficios desta ferramenta dentro da sua empresa. E por fim se as tomadas de decisões baseadas através da Gestão de Custos estão proporcionando melhores resultados para a Microempresa, nota-se que 65,52% dos MEs utilizam a gestão de custos nas tomadas de decisões gerenciais. Assim com a maioria diz que a utiliza da gestão de custos para a tomada de decisão trouxe muita melhora no empreendimento. Pode-se observar, que 61,5% dos entrevistado dizem que houve muita mudança no faturamento da empresa após a implementação de sistema de controle, trazendo resultados positivos a empresa. Assim como os mesmo 61,5% concordam que a utilização da gestão de custos, trouxe maior facilidade seja nas compras, vendas ou prestação de serviços. 35 Por fim, os resultados se mostraram positivos, foram identificados diversos aspectos interessantes entre eles o perfil dos Microempresários que se mostra semelhantes a outras encontrados nas pesquisas do SEBRAE. Os microempresários entendem a importância de conhecer os seus custos para tomada de decisões, e mensurar os custos através de programas, que pode gerar informações que podem auxiliar no planejamento, controle e nas tomadas de decisões. E entende a importância e os benefícios da Margem de contribuição para dentro da sua empresa. Esses Microempresários acreditam que houve muita mudança no faturamento da empresa após a implementação de sistema de controle, trazendo resultados positivos a empresa. E concordam que com a utilização da gestão de custos, houve maior facilidade seja nas compras, vendas ou prestação de serviços. O objetivo deste trabalho foi alcançado ao compreender como as MEs da cidade de Cáceres utilizam a gestão de custos no processo decisorial, e os resultados se mostraram favoráveis. Os microempresários entendem a importancia da gestão de custos e os beneficios que proporcionam em sua empresa, decisões corretas e melhores resultados. 36 6. REFERÊNCIAS ATKINSON, Anthony A.; KAPLAN, Robert S.; MATSUMURA, Ella Mae; YOUNG, S. Mark. Contabilidade gerencial: Informação para tomada de decisão e execução estratégica – 4. ed. – São Paulo: Atlas, 2012. BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em: 21 nov. 2018 BRASIL, Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. Dispões sobre o estatuto nacional da microempresa e empresa de pequeno porte. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm >. Acesso em: 21 nov. 2018 CREPALDI, Silvio Aparecido; CREPALDI, Guilherme Simões. Contabilidade de custos – 6. ed. – São Paulo: Atlas, 2018. CREPALDI, Silvio Aparecido; CREPALDI, Guilherme Simões. Contabilidade Gerencial - Teoria e Prática - 8. ed. – São Paulo: Atlas, 2017. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. HANSEN, Don R.; MOWEN, Maryanne M. Gestão de custos: contabilidade e controle. Tradução Robert Brian Taylor; revisão técnica Elias Pereira. 1. ed. São Paulo: Pioneira Thomson learning, 2003. IBRACON, NPC 2 - Pronunciamento Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, 1999. Disponível em: < http://www.ibracon.com.br/ibracon/ Portugues/ detPublicacao. php?cod=148 >, acesso em: 21 nov. 2018 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica - 5. ed. - São Paulo: Atlas, 2003. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos - 11. ed. - São Paulo: Atlas, 2018. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. – 4. ed. – São Paulo: Saraiva, 2015. http://www.ibracon.com.br/ibracon/%20Portugues/%20detPublicacao.%20php?cod=148 http://www.ibracon.com.br/ibracon/%20Portugues/%20detPublicacao.%20php?cod=148 37 SANTOS, José Luiz dos et al. Manual de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Entenda as diferenças entre microempresas, pequena empresa e MEI, Sebrae Nacional, 2018. Disponível em: < http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as- diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei,03f5438af1c92410VgnVCM1 00000b272010aRCRD >, acesso em: 21 nov. 2018. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Panorama dos Pequenos Negócios 2018. São Paulo, 2018. Disponível em:< https://m.sebrae. com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/Pesquisas/Panorama_dos_Pequenos_Nego cios_2018_AF.pdf >, acesso em: 29 mai. 2019. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Perfil das Microempresa e Empresas de Pequeno Porte 2018, Rondônia, 2018. Disponível em: ; < http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/RO/ Anexos/ Perfil% 20das%20ME%20e%20EPP%20-%2004%202018.pdf >, acesso em: 21 nov. 2018. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Sobrevivência das Empresas no Brasil, Brasília, 2016. Disponível em: < http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das- empresas-no-brasil-relatorio-2016.pdf >, acesso em: 04 Abr. 2019. SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 2001. VEIGA, Windsor Espenser; Fernando de Almeida Santos. Contabilidade de custos: gestão em serviços, comércio e indústria – 1. ed. – São Paulo: Atlas, 2016. http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei,03f5438af1c92410VgnVCM1%2000000b272010aRCRD http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei,03f5438af1c92410VgnVCM1%2000000b272010aRCRDhttp://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-mei,03f5438af1c92410VgnVCM1%2000000b272010aRCRD http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/RO/%20Anexos/%20Perfil%25%2020das%20ME%20e%20EPP%20-%2004%202018.pdf http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/RO/%20Anexos/%20Perfil%25%2020das%20ME%20e%20EPP%20-%2004%202018.pdf http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil-relatorio-2016.pdf http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil-relatorio-2016.pdf 38 APENDICE A – QUESTIONÁRIO Nome da microempresa: ___________________________________________ 1. Qual seu sexo? ( ) feminino ( ) masculino 2. Em qual faixa etária o Sr. (a) se enquadra? a. ( ) 18 à 30 anos b. ( ) entre 31 à 40 anos c. ( ) entre 41 e 50 anos d. ( ) acima de 51 anos 3. Qual seu nível formação ? a. ( ) Ensino Fundamental b. ( ) Ensino Médio c. ( ) Ensino Superior d. ( ) Pós-graduação 4. Qual o seu nível de conhecimento em Gestão de Custos ? a. ( ) Nenhum b. ( ) Pouco c. ( ) Mediano d. ( ) Muito 5. Sr.(a) tem conhecimento sobre os custos em sua empresa ? a. ( ) Nenhum b. ( ) Pouco c. ( ) Mediano d. ( ) Muito 6.Quais instrumento são utilizados pelo Sr.(a) para mensurar os custos ? a. ( ) Caderno com anotações manuais b. ( ) Livro c. ( ) Programa desenvolvido sobre custos d. ( ) Outros 39 7. Quais fatores são considerados para determinar o preço de venda? a. ( ) Custos dos Produtos b. ( ) Pesquisa de Mercado c. ( ) Concorrência d. ( ) Outros 8. O Sr. (a) utiliza a margem de contribuição para tomada de descisão ? ( ) Sim ( ) Não 9. O Sr. (a) utiliza a gestão de custos para tomada de Decisões tais como: ( ) Gerencial ( ) Controle fiscal 10. A utilização da gestão de custos para a tomada de decisão, trouxe alguma melhora no empreendimento? a. ( ) Nenhum b. ( ) Pouco c. ( ) Mediano d. ( ) Muito 11. Houve mudança no faturamento da empresa após a implementação de sistema de controle ? a. ( ) Nenhum b. ( ) Pouco c. ( ) Mediano d. ( ) Muito 12.Com a utilização da gestão de custos, houve maior facilidade em compras, vendas ou prestação de serviços? a. ( ) Nenhum b. ( ) Pouco c. ( ) Mediano d. ( ) Muito