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Diagnóstico dos problemas Pulpares e Perirradiculares A inflamação pode ser causada por agentes etiológicos · Físicos: calor (preparo cavitário, polimento/acabamento), ação mecânica (brocas, exposição pulpar acidental), traumas (fratura, lesões cariosas) · Químicos: ácido ataque ácido materiais restauradores · Biológicos: cárie e microorganismos A resposta pulpar depende da intensidade do estímulo e pode variar entre reparação ou dano. Anamnese da Dor · Natureza: espontânea ou estimulada · Duração: contínua ou intermitente · Sede: localizada ou difusa · Intensidade: leve, moderada ou severa Para se chegar ao diagnóstico, deve-se realizar testes de: Percussão vertical: utiliza-se instrumento de ponta romba e a resposta positiva indica inflamação perirradicular Percussão horizontal: indica inflamação pulpar (caso responda às duas percussões podem indicar inflamação no periodonto lateral) Sondagem: conclusivo quanto à formação de bolsas periodontais Exame radiográfico periapical: serve para, entre outras coisas, rastrear fístulas Tomografia computadorizada: auxilia na detecção de lesões por ser tridimensional Teste de sensibilidade pulpar: a. Térmicos: utiliza-se de gás refrigerante a -30 graus celsius ou bastão de guta-percha aquecido a 75 graus realizar teste de calor apenas se o frio der negativo b. Teste de cavidade: realizar acesso endodôntico antes de anestesiar o paciente. Conclusivo quanto a vitalidade pulpar (realizar apenas se o frio e calor derem negativo) c. Elétrico: corrente elétrica (não utilizar em pacientes com marca-passo) d. Teste de anestesia seletiva: anestesiar dente por dente utilizando técnica supraperiosteal (realizar apenas em dores difusas e em arcada superior) Identificação de fraturas: uso da solução aquosa de azul de metileno (irá pigmentar a área de fratura) Teste fisiométrico: fluxometria com laser doppler. Avalia a vitalidade pulpar Oximetria pulpar: avalia vitalidade pulpar Alterações Pulpares 1. Pulpite Reversível - ocorre no processo carioso inicial Infecção por bactérias que produzem toxinas que causam uma resposta inflamatória de baixa intensidade, com isso há a presença de infiltrado linfoplasmocitário -> hiperemia pulpar (vasodilatação da polpa) e · ausência de dor ou dor provocada e rápida; · dentina exposta infiltração cariosa sem exposição pulpar; · palpação e percussão negativas; · Teste de vitalidade positivo de curta duração - há excitação de fibras delta A, estimuladas pelo frio; · Tratamento: remoção do agente causal. 2. Pulpite Irreversível - contaminação poupar inflamação aguda ou crônica, pode ser: 2.1 - Sintomática – consequência da hiperemia pulpar. Há a estimulação das fibras delta C e normalmente a polpa está exposta ao meio bucal. · Dor espontânea forte e pulsátil incessante que aumenta com o calor e alivia com frio; · não responde a analgésicos; · teste de palpação negativo; · teste de percussão positivo ou negativo; · teste de vitalidade positivo com dor intensa e prolongada; · Tratamento: biopulpectomia. 2.2 - Assintomática - ausência de dor ou dor provocada pela compressão pulpar (exposta) · testes de vitalidade positivos ou pouco efetivos; · Ao exame radiográfico a cárie chegou à cavidade pulpar; · pode apresentar hiperplasia gengival ou pólipo pulpar (sinal patognomônico); · Tratamento: biopulpectomia. 3. Necrose Pulpar - Hipóxia pulpar · ausência de dor; · escurecimento da coroa; · presença de cárie ou restaurações extensas com comprometimento pulpar; · percussão e teste de vitalidade negativos; · palpação negativa; · inflamação restrita à Câmara Pulpar e Canal Radicular; · Tratamento: necropulpectomia. Alterações Perirradiculares Possui os agentes etiológicos: · Físicos: sobreinstrumentação, sobreobturação, traumatismos; · Químicos: irrigantes, MIC, material obturador; · Biológicos: microorganismos, doença periodontal Há compressão das fibras nervosas sensoriais e a resposta pode ser: · Aguda: Periodontite Apical Aguda e Abscesso Perirradicular Agudo · Crônica: Periodontite Apical Crônica e Abscesso Perirradicular Crônico 1. Periodontite Apical Aguda · Origem traumática: polpa viva; sensação de dente crescido; dor localizada, provocada ou espontânea; dor a mastigação e a percussão vertical; aspecto radiográfico normal ou com aumento do espaço do ligamento periodontal. Tratamento: ajuste oclusal. · Origem infecciosa: evolução da necrose pulpar; ocorre também após a necropulpectomia; dor localizada e espontânea; dor à palpação (ocasional) e à percussão vertical; aspecto radiográfico normal ou aumento do espaço do ligamento periodontal ou rarefação óssea periapical. Tratamento: necropulpectomia. Caso ocorra depois do procedimento de pulpectomia, ocorreu falhas e será necessário retratar o dente em questão. 2. Abcesso perirradicular agudo · Inicial: dor espontânea, intensa, pulsátil e localizada; sensação de dente crescido; dor à percussão e palpação; ausência de edema; teste de vitalidade negativo. Tratamento de urgência: drenagem da secreção purulenta via canal. · Em evolução: secreção purulenta em osso, difere dos sintomas da fase inicial que o edema é rígido, semelhante a um tórus. Tratamento: drenagem via canal ou prescrição empírica de bochecha de água morna (estimula a evolução para fase evoluída - mais fácil de tratar). · Evoluído: difere das demais fases que o edema é volumoso, localizado e flutuante. Tratamento: drenagem intraoral + drenagem via canal (se necessário). · A dor é maior na fase inicial; · Fase em evolução não é dolorosa e é mais complicada de tratar, por isso, normalmente aguarda-se a sua evolução para facilitar o tratamento. · Caso acompanhe trismo; pode-se realizar drenagem extraoral (em consultório ou em ambiente hospitalar, a depender do caso) + necropulpectomia. 3. Periodontite apical crônica Todos os testes negativos; mesmo os sinais e sintomas da necrose pulpar, porém, há rarefação óssea em radiografias que pode ser: · Cisto: lesão circunscrita que causa deslocamento dental e edema · Granuloma: lesão difusa · Tratamento: necropulpectomia 4. Abcesso perirradicular crônico Assintomático, presença de fístula é sinal patognomônico; rarefação periapical em radiografia. Tratamento: realizar rastreamento de fístula para drenagem + necropulpectomia. @odontocomkarol Imagens: Google
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