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PILARES DO SISTEMA TOYOTA

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Pilares do Sistema Toyota
APRESENTAÇÃO
Ao longo do tempo, a produção industrial passou por uma série de inovações em seus sistemas 
de produção, resultando em maior produtividade e qualidade em seus produtos finais. Esses 
sistemas foram originados com base na necessidade de produzir mais, de forma mais barata e 
sem desperdícios nas empresas, tentando tornar a produção sistemática e mais eficaz.
Com o fordismo em ascensão nos EUA e no mundo, admiradores do ramo automobilístico e de 
manufatura se concentraram em buscar novos desafios para aprimorar tanto o fordismo quanto 
outros sistemas de produção.
Com essa busca incessante, estava surgindo ao mundo um sistema de produção que inovava de 
forma abundante os conceitos nos campos da engenharia, da administração e das normas 
técnicas de qualidade.
O Sistema Toyota de Produção (STP) combina conceitos técnicos e valores como disciplina, 
persistência e melhoria contínua no estilo japonês. Trata-se de um conglomerado de normas 
técnicas que fez o mundo industrial mudar a forma de produzir em larga escala.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá como se originou o Sistema Toyota de Produção e 
seus princípios fundamentais. Além disso, analisará os pilares que regem esse sistema tão 
fundamental para a indústria mundial.
Bons estudos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explanar a história e a origem do Sistema Toyota de Produção.•
Apontar os princípios fundamentais do Sistema Toyota de Produção.•
Analisar os pilares que regem o Sistema Toyota de Produção.•
DESAFIO
O desenvolvimento do Sistema Toyota de Produção, com seus princípios e pilares, demonstra 
não somente a base de todo o desenvolvimento de uma empresa, mas também a conciliação dos 
valores culturais japoneses com o mundo como um todo.
Os princípios de liderança, colaboração dos funcionários, trabalho com resultados em longo 
prazo, melhoria contínua e reflexão incansável mostram que essa filosofia se destina a pessoas 
com o verdadeiro intuito de crescimento interno e profissional.
Imagine que você é o mais novo gerente de produção de uma empresa cuja diretoria deseja 
implementar os princípios e pilares do Sistema Toyota.
 
Qual das alternativas acima é a mais adequada para ser a primeira ação de implementação da 
metodologia do STP? Para responder, elabore um texto expondo sua decisão e justificando sua 
escolha.
INFOGRÁFICO
Ainda hoje, vemos empresas que trabalham com grande quantidade de estoque, gerando 
desperdício com o passar do tempo pela perda de qualidade dos itens, além de acúmulo de 
capital parado na prateleira, estocado.
Além de a empresa não poder investir esse capital, tal estoque pode acarretar problemas 
maiores, como a parada de equipamentos por peças defeituosas e até a venda de produtos de 
qualidade inferior.
Esse é o caso de uma empresa que não pratica o just in time (JIT), um dos pilares do Sistema 
Toyota de Produção, em sua administração de produção.
Acompanhe no infográfico as vantagens de utilizar o JIT e note como há relação entre todos os 
setores de uma empresa quando se pratica o JIT.
CONTEÚDO DO LIVRO
O surgimento do fordismo inovou a forma como as pessoas trabalhavam desde a revolução 
industrial. O progresso organizacional e a larga escala ampliaram as condições para maior mão 
de obra, preços mais competitivos e escalabilidade da produção de forma geral.
Porém, nos anos 40, começa a surgir um novo sistema de produção que, inspirado pelo 
fordismo, revolucionou não apenas a economia industrial, mas todo um país.
O Sistema Toyota de Produção (STP) não somente inovou a maneira de produzir veículos, 
mas abriu as portas da esperança para uma economia que sofria com restrições 
financeiras e com todas as mazelas de uma guerra mundial que o Japão havia perdido.
Como realizar uma mudança organizacional em uma empresa refém de um país que sofria 
economicamente? Quais foram os princípios que a Toyota implementou para se tornar a maior 
montadora do mundo?
Leia o capítulo Pilares do Sistema Toyota, da obra Sistemas de Produção, que serve como base 
teórica desta Unidade de Aprendizagem, e conheça a origem do Sistema Toyota de Produção, 
seus princípios e pilares de sustentação.
SISTEMAS DE 
PRODUÇÃO
Jesmael Grams
Sistema Toyota de 
Produção (STP)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Explanar a história e a origem do Sistema Toyota de Produção. 
 � Apontar os princípios fundamentais do Sistema Toyota de Produção. 
 � Analisar os pilares que regem o Sistema Toyota de Produção.
Introdução
Ao longo do tempo, a produção industrial passou por uma série de ino-
vações em seus sistemas de produção, em busca de maior produtividade 
e qualidade no produto final. Esses sistemas partiram da necessidade de 
produzir mais, de forma mais barata e sem desperdício, tentando tornar 
a produção sistemática e mais eficaz. Com o fordismo em ascensão nos 
Estados Unidos e no mundo, admiradores do ramo automobilístico e da 
manufatura se concentraram em buscar novos desafios para aprimorar 
outros sistemas de produção. 
Nesse sentido, um dos mais bem-sucedidos foi o Sistema Toyota de 
Produção, que inovou nos campos da engenharia, da administração e das 
normas técnicas de qualidade. Ele combina conceitos técnicos e valores 
como disciplina, persistência e a melhoria contínua no estilo japonês, e 
nasceu dentro de uma organização que fez o mundo industrial mudar a 
forma de produzir em larga escala.
Neste capítulo, você verá a origem do Sistema Toyota de Produção 
e de seus princípios fundamentais. Além disso, analisará os pilares que 
regem esse sistema tão importante para a indústria mundial.
A origem do Sistema Toyota
O Sistema Toyota de Produção foi elaborado pela Toyota Corporation, fabri-
cante japonês de automóveis, entre os anos de 1948 e 1975. Os precursores 
da sua criação foram Taiichi Ohno, chefe de engenharia da empresa, e Eiji 
Toyoda, membro da família proprietária. Na época, o mundo passava por 
grandes transformações, resultantes de duas guerras mundiais. Segundo Souto 
(2000), em 1945 o Japão estava em situação econômica desfavorável devido 
a uma série de fatores, dentre eles:
 � Restrição de crédito imposta pelos bancos americanos. 
 � Aumento do poder dos sindicatos pelas regras trabalhistas impostas 
pela ocupação americana.
 � Inexistência de imigrantes temporários como decorrência da guerra.
Dessa forma, o objetivo maior era a redução de custos para sobreviver no 
mercado. A Toyota trabalhou firmemente para criar seu sistema de produção 
com base em eliminação de perdas e redução de custos. 
Outros fatores levaram a própria Toyota a pesquisar o assunto com mais 
profundidade.
Figura 1. Planta fabril da Toyota em 1948. 
Fonte: Toyota Corporation
Sistema Toyota de Produção (STP)2
Meta: alcançar os EUA
Como a Toyota investigava os modelos de produção americanos e sua pro-
dutividade, os precursores do Sistema Toyota buscaram dados estatísticos 
relacionados ao tema. Havia rumores na época que um trabalhador alemão 
produzia em média três vezes mais do que um trabalhador japonês. Conforme 
relato de Taiichi Ohno, um trabalhador americano era três vezes mais eficaz 
que um trabalhador alemão. Concluiu-se então que um trabalhador americano 
produzia nove vezes mais que um trabalhador japonês, dado que espantou a 
presidência da Toyota.
Nesse momento, foram levantadas diversas questões: a produtividade 
japonesa aumentou ou diminuiu durante a guerra? Um operário americano 
exerce nove vezes mais esforço físico que um operário japonês? Essas questões 
precisavam ser esclarecidas, e foram esses questionamentos que marcaram o 
início do Sistema Toyota de Produção.
Eiji Toyoda e Taiichi Ohno decidiram então que a meta da empresa seria 
alcançar os Estados Unidos em três anos, ou a indústria automobilística do 
Japão não sobreviveria (TOYODA, 1945apud OHNO, 1997, p.25).
Segundo Martins e Laugeni (2013), o ponto de partida de ambos foi o de-
senvolvimento dos quatro norteadores do Sistema Toyota de Produção, que são:
1. Todo trabalho deve ser minuciosamente especificado em termos de 
sequência, conteúdo, tempo e resultado.
2. Todas as conexões entre clientes e fornecedores devem ser diretas, 
devendo assim existir um caminho evidente de sim ou não para ter 
uma comunicação direta entre ambos.
3. Todos os fluxos dos produtos/serviços devem ser simples e diretos.
4. Toda melhoria precisa ser feita de acordo com o método científico, sob 
a orientação de um professor e no nível hierárquico mais baixo possível 
da organização.
Essas quatro regras demonstram que o segmento de produção deve se 
adequar de forma rápida a fluxos novos, sem perder a qualidade e eficácia do 
trabalho realizado. Vale ressaltar que os valores culturais japoneses tiveram 
inclusão na essência dessas regras, mostrando que a disciplina, a simplicidade 
e a persistência são muito importantes para o povo japonês.
3Sistema Toyota de Produção (STP)
Figura 2. Planta fabril da Toyota nos dias atuais.
Fonte: Toyota (2016).
O Sistema Toyota nasceu no Japão. Muitas palavras no idioma japonês são usadas 
para descrever processos e atitudes, e algumas delas são mencionadas neste capítulo.
Princípios fundamentais do Sistema Toyota
Após várias visitas à fábrica da Ford, Toyoda e Ohno perceberam que a mon-
tadora americana produzia peças intermediárias em larga escala, podendo 
demorar até semanas para as mesmas serem utilizadas na linha de montagem. 
Também viram que essa matéria prima estocada poderia perder qualidade, 
com o decorrer do tempo, ou ter defeitos de fabricação, pela produção em 
grandes lotes.
De acordo com Justa e Barreiros (2009), a Toyota aproveitou a metodologia 
de linha de montagem da Ford, adicionando a ela a redução de desperdício e a 
“produção puxada”, que seguia a necessidade do cliente. Esse foi o primeiro 
passo da Toyota para alinhar seus processos, otimizando o sistema interno e 
fazendo as adaptações necessárias de acordo com a sua realidade.
Sistema Toyota de Produção (STP)4
Conforme a metodologia de trabalho foi sendo aprimorada, a Toyota de-
senvolveu 14 princípios, descritos na obra de Liker (2005). Segue abaixo uma 
breve explicação: 
 � Basear as decisões administrativas em uma filosofia de longo prazo, 
mesmo que em detrimento de metas financeiras de curto prazo. Traba-
lhar, crescer e alinhar toda a organização rumo a um objetivo comum 
é mais importante que ganhar dinheiro. 
 � Criar um fluxo de processo contínuo para trazer os problemas à tona. 
a o estoque zero.
 � Criar um fluxo para mover rapidamente o material e as informações, 
bem como para encadear processos e pessoas de modo que os problemas 
se tornem imediatamente visíveis.
 � Usar sistemas “puxados” para evitar a superprodução.
 � Oferecer aos clientes o que eles desejam, quando desejam e na quanti-
dade que necessitam. O reabastecimento do material adicionado pelo 
consumo é o princípio básico do just-in-time.
 � Nivelar a carga de trabalho.
 � Trabalhar como a tartaruga, não como a lebre. Nivelar os processos 
como alternativa à abordagem para/arranca do trabalho em lotes, típico 
na maioria das empresas.
 � Construir uma cultura de parar e resolver problemas, para obter a qua-
lidade desejada logo na primeira tentativa.
 � Autonomação, ou máquinas com inteligência humana, é a base da 
construção da qualidade. 
 � Tarefas padronizadas são a base da melhoria contínua e da capacitação 
dos funcionários.
 � Tarefas padronizadas, segundo o Sistema Toyota, auxiliam na redução 
de falhas e no aumento da produtividade entre os trabalhadores.
 � Usar o controle visual para que nenhum problema fique oculto.
 � Manter o ambiente sempre organizado, prevenindo perdas, acidentes, 
e possíveis erros. A Toyota utiliza o Sistema 5S como molde para o 
princípio. 
 � Usar somente tecnologia confiável e plenamente testada que atenda 
aos processos.
 � A Toyota utiliza tecnologia confiável, podendo até não ser a mais avan-
çada do mercado. O mais importante é que a tecnologia seja aprovada 
em todos os testes da montadora.
5Sistema Toyota de Produção (STP)
 � Desenvolver líderes que compreendam completamente o trabalho, vivam 
a filosofia e ensinem aos outros.
 � A Toyota acredita que é mais importante desenvolver líderes interna-
mente do que buscar capital humano fora da empresa. Para a Toyota, é 
muito importante o funcionário viver a sua filosofia.
 � Desenvolver pessoas e equipes excepcionais que sigam a filosofia da 
empresa.
 � Ter conhecimento sobre os valores culturais da Toyota e tudo sobre 
esse sistema é essencial.
 � Respeitar sua rede de parceiros e de fornecedores, desafiando-os e 
ajudando-os a melhorar.
 � A Toyota trabalha comprometida com seus parceiros e fornecedores. 
Se a colaboração está de acordo com a empresa, a Toyota os auxilia 
nas melhorias internas de seus parceiros.
 � Ver por si mesmo para compreender completamente a situação.
 � Deve-se sempre analisar profundamente a situação para encontrar a 
melhor solução.
 � Tomar decisões lentamente, por consenso, considerando completamente 
todas as opções.
 � Avaliar todas as possibilidades, planejar de forma lenta e gradual para 
assim implementar ações sem erros e problemas futuros.
 � Tornar-se uma organização de aprendizagem pela reflexão incansável 
(hansei) e pela melhoria contínua (kaizen).
 � A filosofia Toyota acredita que nada é imutável e tudo pode ser me-
lhorado, passando isso a seus funcionários. Dessa forma, a empresa 
evolui constantemente, não tem perdas expressivas em seus processos 
e os funcionários adquirem experiência de forma contínua.
Para saber mais sobre a origem do Sistema Toyota e seus princípios, leia: OHNO, T. O 
Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre: Bookman, 
1997.
Sistema Toyota de Produção (STP)6
Pilares do Sistema Toyota
O Sistema Toyota de Produção é representado pela imagem de uma casa (Figura 
3). A sua base representa a estabilidade, resultado dos princípios e valores, 
dois pilares sustentando o teto e o objetivo final: a melhor qualidade, o menor 
custo e o lead time (ciclo) mais curto possível. Abordaremos em seguida sobre 
os dois pilares do Sistema Toyota e seu significado.
Figura 3. Casa Toyota: base e pilares.
Fonte: Liker (2005; p.51).
Melhor qualidade – Menor custo – Menor lead time –
Mais segurança – Moral alto
Pessoas e equipe de trabalho
Melhoria contínua
Automação
Redução das perdas
Just-in-time
Por meio da redução do �uxo de produção pela eliminação das perdas
Peça certa, 
quantidade certa, 
tempo certo
• Planejamento
 takt time
• Fluxo contínuo
• Sistema puxado
• Troca rápida
• Logística 
 integrada
• Seleção
• Metas
 comuns
• Genchi 
 genbutsu
• 5 porquês
Produção nivelada (heijunka)
Processos estáveis e padronizados
Gerenciamento visual
Filosofia do Modelo Toyota
• Ringi de
 decisão
• Treinamento
(Qualidade no setor)
Tornar os problemas
visíveis
• Visão de perdas
• Solução de
 problema
• Paradas automáticas
• Andon
• Separação 
 pessoa-máquina
• Ver�cação do erro
• Controle de qualidade
 no setor
• Solução na origem 
 dos problemas 
 (5 porquês)
7Sistema Toyota de Produção (STP)
Quer visualizar vídeos e textos a respeito do Sistema Toyota de Produção? Acesse 
(TOYOTA, 2017): 
https://goo.gl/SyEct9
Just-in-time 
O primeiro pilar do Sistema Toyota de Produção é o just-in-time. De acordo 
com Ohno (1997), just-in-time (JIT) significa que as peças alcançam a linha de 
fabricação no momento em que serão necessárias e na quantidade necessária, 
visando a eliminação de desperdício com o objetivo de chegar ao estoque 
zero. O JIT é um desafio árduo em muitas áreas, em especial no segmento 
automotivo, pela quantidade de componentes e complexidade do processo. 
Ohno explica que, na lógica do JIT, é necessário olhar o fluxo do processo 
do fim para oinício, fazendo com que a demanda inicial produza somente o 
que a demanda final deverá utilizar. Olhando do fim ao início, a sintonia entre 
os extremos (início e fim) é mais compreensível, e o desperdício acumulado 
é muito menor. Para que a comunicação entre os dois extremos da linha seja 
eficaz, a linguagem implementada foi o kanban (cartão).
O kanban é uma metodologia de organização que reúne todas as informa-
ções em um cartão de identificação, possuindo as seguintes funções:
 � Fornecer informações com relação ao componente.
 � Impedir quantidade acumulada e transporte desnecessário.
 � Rastrear defeitos em lotes, não permitindo que o processo prossiga.
O JIT tem a sua ótica focada em alcançar o objetivo final do Sistema Toyota, 
com o aumento do lucro pela eliminação das perdas (GHINATO, 1996, p.177).
Sistema Toyota de Produção (STP)8
Figura 4. Modelo de kanban.
Fonte: Ohno (1997, p. 24).
Autonomação (jidoka)
O segundo pilar da casa Toyota é denominado de jidoka ou autonomação, que 
significa “a máquina dotada de inteligência humana”. Outra definição para 
definir autonomação é “automação com um toque humano”, mostrando a rela-
ção direta entre a máquina e o trabalhador que a opera. Mas, qual é a relação 
entre a máquina e o ser humano definida pelo jidoka? Máquinas são feitas 
justamente para produzir em larga escala, de forma contínua e mais autônoma 
possível. No Sistema Toyota, o mais importante é o cuidado do trabalhador 
com a verificação de possíveis falhas durante o fluxo de produção. Evitar a 
ocorrência de falhas e de perdas no processo produtivo é o mais importante 
para o STP “autonomamente”.
De acordo com Shingo (1996, p.291), os trabalhadores da Toyota são vincu-
lados a mais de uma máquina em andamento. Enquanto ocorre a alimentação de 
uma máquina, as outras trabalham de forma automática, e a verificação sobre 
o funcionamento da máquina é feita de forma constante. A máquina detecta o 
erro, e a correção da anomalia fica por conta do trabalhador. A máquina pode 
avisar o trabalhador sobre a ocorrência de uma anomalia por meio de sons ou 
de forma visual, como alarmes e parada da linha de produção, com o intuito 
básico e fundamental de evitar perdas futuras. 
9Sistema Toyota de Produção (STP)
GHINATO, P. Sistema Toyota de Produção: mais do que simplesmente just-in-time – au-
tonomação e zero defeitos. Caxias do Sul: EDUCS, 1996.
JUSTA, M.A.O.; BARREIROS, N.R. Técnicas de gestão do sistema Toyota de produção. Revista 
Gestão Industrial, Ponta Grossa, v. 5, n. 1, 2009. Disponível em: <https://periodicos.utfpr.
edu.br/revistagi/article/view/207/324>. Acesso em: 13 nov. 2017.
KONDRASOVAS, D. A “casa” do STP – Sistema Toyota de Produção. Blog do David, 
2010. Disponível em: <https://davidkond.wordpress.com/2010/06/28/casastp/>. 
Acesso em: 13 dez. 2017.
LIKER, J.K. O modelo Toyota: 14 princípios de gestão do maior fabricante do mundo. Porto 
Alegre: Bookman, 2005.
MARTINS, P.G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 2013. 
(Série Fácil).
OHNO, T. O sistema Toyota de Produção: além da produção em Larga Escala. Porto 
Alegre: Bookman, 1997.
SHINGO, S. O Sistema Toyota de Produção :do ponto de vista da engenharia de produção. 
Porto Alegre: Bookman, 1996.
TOYOTA. A restored machine shop. Toyota, 1948. Disponível em: <http://www.toyota-
-global.com/company/history_of_toyota/75years/text/taking_on_the_automo-
tive_business/chapter2/section6/item2_a.html>. Acesso em: 13 dez. 2017.
TOYOTA. Sistema de Produção Toyota. Vila Nova de Gaia, 2017. Disponível em: <https://
toyota-forklifts.com.pt/porque-a-toyota/sobre-nos/sistema-de-producao-toyota/>. 
Acesso em: 13 dez. 2017.
TOYOTA. Toyota Kaikan: World’s coolest factory tour? CNN travel, Atlanta, 2016. 
Disponível em: <http://edition.cnn.com/travel/article/toyota-kaikan-tour/index.
html?gallery=0>. Acesso em: 13 dez. 2017.
Leitura recomendada
FELTRIN, J. A.; HORITA, R.Y. O Sistema Toyota de Produção e o balanced scorecard. In: 
ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO UNISALESIANO. 5., Lins, 2015. 
Artigos. Lins: UNISALESIANO, 2015. Disponível em: <http://www.unisalesiano.edu.br/
simposio2015/publicado/artigo0185.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2017.
SOUTO, R. S. Aplicação de princípios e conceitos do Sistema Toyota de Produção em 
uma etapa construtiva de uma empresa de construção civil. 221f., 2000. Dissertação 
(Mestrado em Engenharia da Produção) – Universidade Federal do Rio Grande do 
Sul, Porto Alegre, 2000. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/han-
dle/10183/9008/000271458.pdf?sequence=1>. Acesso em: 16 nov. 2017.
Sistema Toyota de Produção (STP)10
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
O sistema toyotista conseguiu fundamentar um método de produção e entrega mais efetivo, com 
menos custos e redução de estoque, o just in time. Com a sua utilização, uma rede de empresas 
toyotista se fortalece no núcleo principal dos seus negócios, gerando maior desempenho e 
participação de outros agentes no fluxo de processo.
Assista ao vídeo da Dica do Professor e conheça mais sobre o Sistema Toyota de Produção e 
seus pilares.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Dentre a opções abaixo, marque a alternativa que contém a função verdadeira do 
kanban.
A) a) Acumular peças e componentes, visando a ter um estoque que supra toda a linha da 
produção do mês.
B) b) Seguir o processo com os lotes de peças, promovendo unicamente a produção em larga 
escala.
C) c) Fornecer informações relacionadas aos componentes.
D) d) Identificar somente problemas no estoque, sem a possibilidade de identificar os itens 
defeituosos.
E) e) Identificar o destino da peça, não tendo mais informações a respeito de sua destinação à 
linha de produção.
2) Sobre o sistema just in time (JIT), assinale a alternativa correta:
A) a) O JIT trabalha somente com o número necessário de informações e com o maior 
estoque possível.
B) b) A metodologia JIT consiste em olhar a linha de produção do início ao fim.
C) c) O JIT visa principalmente à eliminação de desperdícios usando técnicas avançadas de 
gestão.
D) d) O JIT integra a base que sustenta os pilares do STP.
E) e) A metodologia JIT traz entraves à relação com fornecedores, pois se trata de uma 
medida restritiva por parte do comprador.
3) Marque a alternativa correta com relação aos princípios da filosofia Toyota.
A) a) Empresa e clientes devem ter uma relação puramente comercial, pois o importante é a 
venda.
B) b) A Toyota utiliza tecnologia confiável, priorizando a tecnologia mais avançada do 
mercado.
C) c) Caso ocorra alguma anomalia no processo, seja grande ou pequena, o fluxo produtivo 
deve continuar.
D) d) Tarefas padronizadas segundo o Sistema Toyota auxiliam na redução de falhas e no 
aumento da produtividade dos trabalhadores.
E) e) O Sistema Toyota avalia todas as possibilidades e planeja da forma mais rápida 
possível, pois a produção não pode parar.
4) Em relação à autonomação, é correto afimar que:
A) a) autonomação é sinônimo de automação.
B) b) cada operador trabalha exclusivamente com uma única máquina em operação.
C) c) o cuidado do trabalhador com a verificação de possíveis falhas durante o fluxo de 
produção é o mais importante.
D) d) o mais importante é a máquina produzir, não importando falhas mínimas no processo.
E) e) o operador deve ficar de olho e visualizar minunciosamente as anomalias da máquina.
5) Em relação à origem do Sistema Toyota de Produção, assinale a alternativa correta.
A) a) A Toyota se inspirou no fordismo no quesito de produção em larga escala e 
armazenamento de peças como estoque.
B) b) Embora o Japão estivesse passando pelo período pós-guerra, as empresas estavam 
crescendo de forma incomum e a inovação era constante.
C) c) O Sistema Toyota visava à redução de custos intermediários; porém, os custos com mão 
de obra se mantinham estáveis.
D) d) Eiji Toyoda e Taichii Ohno, criadores do sistema, concluíram que a produtividade do 
trabalhadorjaponês estava muito abaixo da produtividade americana e, então, começaram 
a criar estratégias para que a Toyota se tornasse competitiva no mundo.
E) e) De acordo com o STP, toda melhoria precisa ser feita de acordo com a experiência, sob 
a orientação de um supervisor e no nível hierárquico mais alto possível da organização.
NA PRÁTICA
João é proprietário de uma fábrica de calçados e notou que seu estoque está bastante alto, 
enquanto há pouco lucro e pouco resultado financeiro. Inclusive, está tendo dificuldade para 
manter os funcionários de sua fábrica, cogitando demitir um grande número de pessoas.
Preocupado com os resultados de sua empresa, João contratou um consultor para lhe auxiliar na 
sua gestão. O consultor fez um levantamento dos dados da empresa e indicou que seria 
interessante implantar um sistema baseado na metodologia do Sistema Toyota.
Dessa forma, foram implementados os conceitos que alicerçam o STP: estoque zero, 
eliminação de perdas do processo, redução de custos e aumento da produtividade de forma 
seletiva.
 
Após a implantação da metodologia, o resultado foi satisfatório:
a) João utilizou todo seu estoque de matéria-prima e ficou 90 dias sem efetuar compras de 
fornecedores, resultando em um alívio no caixa da empresa.
b) Devido a maiores custos com o horário noturno, João determinou que a empresa trabalharia 
somente em horário comercial. Com isso, custos com folha salarial e luz elétrica foram 
reduzidos em 25%. O volume de produção diminuiu, mas o percentual do seu lucro aumentou, 
pois as despesas foram reduzidas.
c) João inovou e criou uma linha ecológica de calçados, feitos com matéria-prima reutilizada 
das sobras da produção. João teve um incremento de 15% em seu faturamento, reduziu custos de 
coleta seletiva e utilizou as sobras para fazer novos produtos.
João conseguiu organizar as finanças da sua empresa, a produtividade por funcionário 
aumentou e o fluxo produtivo da empresa passou a ser desempenhado de forma otimizada.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Análise comparativa de ferramentas utilizadas para Kanban 
O sistema kanban (cartão) foi um passo extremamente importante no Sistema Toyota de 
Produção. Com ele, é possível diagnosticar possíveis falhas, implementar o produto e 
visualizar todo o seu trajeto de elaboração. Dessa forma, o kanban contribui para a 
colaboração mútua entre os funcionários, o aumento da produtividade e, principais 
objetivos do Sistema Toyota, a redução de custos e eliminação de perdas. Acesse o artigo e 
conheça mais sobre o sistema kanban.
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O toyotismo e a mercantilização do trabalho na indústria automotiva do Brasil 
Para continuar seus estudos sobre o STP e o toyotismo, principalmente em relação ao 
avanço de conceitos e práticas de gestão do trabalho designados como flexíveis, leia o 
artigo a seguir.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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