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Neuro Resumão

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POTENCIAL DE AÇÃO E POTENCIAL DE REPOUSO 
POTENCIAL DE REPOUSO ou POTENCIAL DE MEMBRANA
Potencial da membrana é o gradiente elétrico existente entre os líquidos extra e intracelular no seu estado estacionário (em repouso)
Toda célula viva tem potencial de membrana em repouso
Na+ Ca ++ e Cl- são mais concentrados no meio extracelular do que no intracelular
K+ é mais concentrado do meio intracelular do que no extracelular
Em repouso membrana celular é mais permeável ao K+ do que ao Na+ ou ao Ca ++
Célula antes de iniciar o PA. -> Quando não está transmitindo nenhum impulso. Esse potencial é marcado por uma eletronegatividade intracelular (o meio extracelular é positivo) - Essa variação forma a Diferença de Potencial Elétrico (DDP) quando a célula está em repouso. 
NEURÔNIOS - Em neurônios, a eletronegatividade intracelular se encontra por volta de -70 mv. 
Esses valores são diferentes entre as diversas células, mas, o meio intracelular é negativo, e o extracelular é positivo. 
Importância dos neurônios
Os neurônios - presentes em células excitáveis, estão relacionados à propagação do impulso nervoso = uma onda de despolarizações e repolarizações que se propaga ao longo da membrana plasmática do neurônio. 
Neurônios de fibras aferentes = sensitivos! Conduzem impulsos nervosos dos órgãos para o sistema nervoso central (SNC).
Neurônios de fibras eferentes = motores! Conduzem os impulsos nervosos do SNC para o Sistema Nervoso Periférico. 
Íons importantes = K+ e Na+ Envolvidos tanto no potencial de ação quanto no potencial de repouso.
K+ = íon que predomina no meio intracelular. Na+ = íon que predomina no meio extracelular.
Gradiente de Concentração e Gradiente Elétrico
Gradiente de concentração = se dá pela diferença de concentração - os íons movimentam-se do local mais concentrado para o local menos concentrado.
Gradiente elétrico: tem como fundamento a variação de negatividade. O meio intracelular é mais negativo, - estimula entrada de íons positivos do meio extracelular. 
K+ (potássio) predomina no potencial de repouso!
Na manutenção do potencial de repouso = Potássio (K+) - íon com maior influência - Possui alta permeabilidade por canais de vazamento que permitem sua livre movimentação entre o meio intra e extracelular. 
Existem dois gradientes que determinam a movimentação: 1) O gradiente de concentração = determina a difusão passiva dos íons – No potencial de repouso, estimula o efluxo/saída dos íons na direção extracelular.
2) O gradiente elétrico. = pode facilitar ou dificultar a difusão - no potencial de repouso promove uma força contrária ao gradiente de concentração.
Íons saindo pelo gradiente de concentração -> meio intracelular cada vez mais negativo -> gradiente elétrico impede a saída de potássio K+ (carga positiva - alta permeabilidade livre movimentação intra e extracelular).
Potencial de Equilíbrio = valor no qual o íon está em equilíbrio eletroquímico. Determinado por K+ - Valor mais próximo do potencial de repouso (– 70 mv) do que o Na+.
POTENCIAL DE AÇÃO
Na+ (sódio) predomina no potencial de repouso!
O potencial de ação é a capacidade das células conduzirem sinais elétricos -> conduzirem informações umas às outras.
No potencial de ação: Há uma INVERSÃO: mudança abrupta e transitória do potencial elétrico de repouso da célula excitável - a célula passa de – 70 mv a + 30 mv -> Gerando uma DESPOLARIZAÇÃO do potencial elétrico da célula. - Causada por estímulos que atinjam o limiar de excitabilidade da célula que ativam transientes iônicos através da membrana.
Potencial de ação = Alta permeabilidade à passagem de sódio -> Abertura dos canais PDC (canais dependentes de voltagem) de sódio -> INFLUXO intracelular -> célula menos negativa (positiva) -> DESPOLARIZAÇÃO -> Gerando P.A 
O potencial de ação é disparado dentro do princípio tudo ou nada. = quando o estímulo é suficiente para atingir o limiar de excitabilidade e gerar despolarização da membrana e propagação do impulso nervoso - se o estímulo não atinge esse limiar, nada ocorre. 
FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO
Potenciais despolarizantes são excitatórios
 Repouso celular
 Estímulo despolarizante
 Abertura de canais iônicos (despolarização)
 Entrada rápida de cátions Na+
 Abertura de canais iônicos (hiperrepolarização)
 Saída lenta de cátions K+ e entrada de ânions Cl- 
 POTENCIAL DE AÇÃO: 3 etapas 
1) DESPOLARIZAÇÃO = célula em repouso (- 70 mv) -> movimentação de íons K+ (potássio) pelos canais de vazamento – canais PDC de Na+ fechados (sem movimentação de íons Na+) – Alteração/perturbação -> Abertura dos canais PDC de Na+ -> influxo de sódio na célula devido aos gradientes de concentração e gradiente elétrico. Mais Na+ no meio extracelular que migra para intracelular menos concentrado + Meio intracelular eletronegativo e Na+ íon de carga positiva migra para meio intracelular negativo -> célula menos negativa -> Quantidade de Na+ suficiente para atingir o limiar de excitabilidade - lei do tudo ou nada – Célula atinge o limiar e DESPOLARIZA. 
Canais PDC de Na+ - passagem rápida Na+ = despolarização rápida.
Ao chegar no pico de + 30 mv - gradiente de concentração e o gradiente elétrico se igualam -> canais PDC de Na+ se inativam (não respondem a outro estímulo elétrico) -> Abertura dos Canais de K+ canais de cinética lenta (demoram para abrir e demoram para fechar). 
2) REPOLARIZAÇÃO – Abertura dos canais de K+ -> processo de REPOLARIZAÇÃO -> volta a negatividade.
3) HIPERPOLARIZAÇÃO – Canais de K+ de cinética lenta/demoram a fechar -> célula HIPERPOLARIZA = torna-se mais negativa do que em seu potencial de repouso -> Canais se fecham -> Começa atuar a bomba de Na+/ / K+ ATPase (bomba que atua contra o gradiente de concentração - transporte ativo - gasto de ATP) faz com que a célula retorne ao potencial de repouso (sua eletronegatividade normal).
Alterações nas concentrações dos íons K+ e Na+
O potencial de ação está relacionado à despolarização da membrana ocasionada pela entrada de sódio na célula 
HIPONATREMIA = redução das concentrações extracelulares de sódio (Na+) -> Dieta pobre em sal, diarreia, ou hidratação excessiva -> dificulta a geração de PA. Sintomas: Letargia, apatia, desorientação e agitação. Hiponatremia (redução de sódio) grave -> quadros de hiporreflexia profunda, convulsões.
HIPERNATREMIA = aumento das concentrações extracelulares de sódio -> maior facilidade em geração de PA -> Sintomas: sede, hiperreflexia, excitação, delírio e coma com espasmos musculares.
Estados de alteração da concentração de potássio também podem ocorrer, principalmente em situações de diarreia, poliúria abundante e persistente.
HIPOCALEMIA = diminuição de potássio extracelular -> hiperpolarização da célula (K+ se desloca pelo gradiente de concentração para o meio menos concentrado) -> Dificuldade geração de PA. Sintomas: astenia intensa (diminuição da força muscular), redução ou ausência de reflexos, extremidades flácidas, e alterações eletrocardiográficas.
HIPERCALEMIA: Diminuição da migração de potássio do meio intra para o extracelular -> Sem gradiente de concentração favorável -> Célula menos negativa e mais excitável -> mais fácil gerar o PA. Sintomas: se inicia com fraqueza muscular, contrações musculares espontâneas e evolui para paralisia muscular. Aumento na frequência de geração de PA -> excesso de excitação -> canais PDC de sódio acabam se inativando - não respondem a estímulos. Pode ser ocasionado por grandes queimaduras, esmagamentos e acidose
Os potenciais de repouso e de ação são essenciais ao correto funcionamento de nosso organismo, e se intercalam o tempo todo. A partir do repouso diversas alteraçõesocorrem mediante um estímulo, e então gera-se o potencial de ação. 
Toda essa dinâmica pode ser alterada, como por alterações iônicas em quadros diarreicos ou êmese intensa = distúrbios hidroeletrolíticos.
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso pode ser dividido em duas seções: 
1) O sistema nervoso central (SNC) é formado pelo cérebro e a medula espinhal. É no SNC que toda análise de informações ocorre. Interneurônios - mais numerosa classe de neurônios - envolvidos no processamento de informação, tanto em simples circuitos reflexos quanto em circuitos cerebrais complexos. Conectam um neurônio a outro - Recebem informação de outros neurônios (neurônios sensoriais ou interneurônios) e transmitem esta informação para outros neurônios (neurônios motores ou interneurônios). Exemplo: Encosta no fogo – sinal dos neurônios sensoriais das pontas dos dedos vai até os interneurônios na medula espinhal - interneurônios enviam sinais para os neurônios motores (que controlam os músculos dos dedos - fazendo com que retire a mão) - Outros interneurônios transmitem o sinal da medula espinhal até o cérebro, onde ele será interpretado como dor.
2) O sistema nervoso periférico (SNP), que consiste nos neurônios e partes dos neurônios encontrados fora do SNC – inclui os neurônios sensoriais e neurônios motores. Neurônios sensoriais trazem sinais para o SNC – Coletam informação sobre o tato, posição, dor e temperatura e levam até o SNC para que ele processe – corpos estão localizados fora do SNC, em aglomerados conhecidos como gânglios. 
Um único processo mielinizado parte do corpo celular e se divide em dois, enviando um ramo para a medula espinhal para comunicar informação e o segundo ramo para receptores sensoriais na periferia para receber informação
Neurônios motores levam os sinais do SNC - recebem informação de outros neurônios para transmitir comandos aos músculos, órgão e glândulas. - Controlam os músculos esqueléticos – Corpo celular no SNC - têm longos axônios que se estendem do SNC até os músculos com os quais se conectam (inervam). Nervos = Feixes de axônios de neurônios periféricos. 
FUNÇÕES BÁSICAS DO NEURONIO a) Receber sinais (informação).
b) Integrar sinais de entrada (para determinar se essa informação deve ser repassada ou não).
c) Comunicar sinais às células alvo (outros neurônios ou músculos ou glândulas).
ANATOMIA DE UM NERONIO 
CELILAS GLIAIS
Existem quatro tipos principais de células gliais SNC: 1) Astrócitos - Regulação do fluxo de sangue, manutenção da composição do fluido que envolve os neurônios e regulação da comunicação entre os neurônios em sinapse. 2) Oligodendrócitos - Produz mielina (substância isolante) que forma uma bainha em torno dos axônios de vários neurônios. Aumentando a velocidade com a qual um potencial de ação percorre o axônio 3) Microglia - Macrófagos do sistema imune - atua para remover células mortas e outros detritos. SNP: 4) Células de Schwann - Produz mielina (substância isolante) que forma uma bainha em torno dos axônios de vários neurônios. Aumentando a velocidade com a qual um potencial de ação percorre o axônio 
SINAPSE COMUNICAÇÃO PELO SISTEMA NERVOSO
Conexões neurônio-a-neurônio realizadas entre dendritos e corpos celulares de outros neurônios. Sinapses são os sítios nos quais a informação é transferida do primeiro neurônio: o neurônio pré-sináptico, para o neurônio-alvo: o neurônio pós-sináptico. Junções neuromusculares: Conexões sinápticas entre neurônios e células musculares esqueléticas. Junções neuroefetoras: Conexões entre neurônios e células musculares lisas ou glândulas.
Na maioria das sinapses e junções a informação é transmitida na forma de mensageiros químicos: Os neurotransmissores. 
O potencial de ação percorre o axônio, e alcança o terminal do axônio, desencadeando a liberação de neurotransmissores a partir da célula pré-sináptica. Moléculas de neurotransmissores atravessam a sinapse e ligam-se a receptores na membrana da célula pós-sináptica, transmitindo um sinal excitatório ou inibitório.
Axônio e terminais axônicos.: Comunicar informação para as células-alvo. Um único neurônio pode receber inputs de muitos neurônios pré-sinápticos e pode fazer conexões com vários neurônios pós-sinápticos através de diferentes terminais axônicos. 
DOIS TIPOS DE SINAPSES 
1) SINAPSE ELÉTRICA - Fluxo direto de íons entre as células - Canais iônicos controlados por voltagem transferem um sinal elétrico ou corrente de uma célula para outra por junções comunicantes. Há conexão física direta entre os neurônios pré e pós-sinápticos - essa conexão assume a forma de um canal chamado de junção: permite que uma corrente de íons passe diretamente de uma célula para a outra.
Rápida condução – Importante em reflexos de sobrevivência. Algumas sinapses são tanto químicas quando elétricas - Nessas sinapses, a resposta elétrica ocorre antes da resposta química.
Permitem atividades sincronizadas de grupos de células. Podem carregar correntes em ambas as direções de forma que a despolarização de um neurônio pós-sináptico levará à despolarização de um neurônio pré-sináptico. 
Ao contrário das sinapses químicas, as sinapses elétricas não podem transformar um sinal excitatório de um neurônio em um sinal inibitório em outro. Não possuem a versatilidade, flexibilidade, e capacidade da modulação do sinal das sinapses químicas.
2) SINAPSE QUÍMICA - A transmissão química envolve a liberação de mensageiros químicos os neurotransmissores. Neurotransmissores carregam informação do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico - Sinal elétrico da célula pré sináptica é convertido em sinal químico: neurotransmissor. Um potencial de ação faz com que o neurônio pré-sináptico libere neurotransmissores – suas moléculas ligam-se aos receptores na célula pós-sináptica e a tornam mais ou menos propensa a desencadear um potencial de ação. Dentro do terminal do axônio de uma célula transmissora há muitas vesículas sinápticas. Elas são esferas ligadas a membrana e repletas de moléculas de neurotransmissor. Há um pequeno espaço entre o terminal do axônio do neurônio pré-sináptico e a membrana da célula pós-sináptica, e este espaço é chamado de fenda sináptica
NEURONIOS FORMAM REDES/CIRCUITOS
Os mais simples circuitos neuronais são aqueles que sustentam as respostas de estiramento muscular. Ex: Reflexo patelar – Estimulo com martelo no tendão patelar -> músculo quadríceps da coxa estica – estimula neurônios sensoriais que o enervam que disparam sinais pelos seus axônios até a medula espinhal onde conectam-se a neurônios motores com quem estabelecem conexões (inervam). 
Neurônios sensoriais -> enviam sinal excitatório para neurônios motores que enviam sinais para contração do quadríceps estirando o joelho. 
Arco reflexo patelar: Neurônios sensoriais do músculo quadríceps conectam-se diretamente aos neurônios motores queinervam o mesmo músculo, fazendo-o contrair (após ter sido estirado). Neurônios sensoriais do quadríceps também fazem parte de um circuito que causa o relaxamento do músculo isquiotibial -> antagoniza o quadríceps (oposição). Não faria sentido para os neurônios sensoriais do quadríceps ativar os neurônios motores do isquiotibial, porque isso provocaria a contração do isquiotibial, tornando mais difícil a contração do quadríceps - os neurônios sensoriais do quadríceps conectam indiretamente com os neurônios motores do isquiotibial através de um interneurônio inibitório. A ativação do interneurônio causa a inibição dos neurônios motores que inervam o isquiotibial, fazendo o músculo isquiotibial relaxar.
Os neurônios sensoriais do quadríceps também enviam mensagens ao cérebro possibilitando que ele saiba o que ocorreu e interprete o evento. Podendo emitir uma resposta consciente. O circuito da medula espinhal pode mediar comportamentos muito simples (como o reflexos). A capacidade de perceber os estímulos sensoriais conscientemente – juntamente com todas as funções superiores do sistema nervoso – depende das redes neuronais mais complexas presentes no cérebro. 
Um único axônio pode ter várias ramificações, permitindo-lhe fazer sinapses em várias células pós-sinápticas. Da mesma forma, um único neurônio pode receber milhares de entradas sinápticas de muitos neurônios pré-sinápticos — transmissores — diferentes.
Dentro do terminal do axônio de uma célula transmissora há muitas vesículas sinápticas: Esferas ligadas a membrana e repletas de moléculas de neurotransmissor. Há um espaço entre o terminal do axônio do neurônio pré-sináptico e a membrana da célula pós-sináptica: A fenda sináptica.
Quando um potencial de ação (impulso nervoso) chega ao terminal do axônio, ele ativa canais de cálcio voltagem-dependentes na membrana da célula. O Ca2+ - que está presente em uma concentração muito maior fora do neurônio do que dentro - invade a célula e permite que as vesículas sinápticas se fundam com a membrana do axônio terminal, liberando o neurotransmissor dentro da fenda sináptica. 
As moléculas de neurotransmissor se difundem através da fenda sináptica e se ligam às proteínas receptoras na célula pós-sináptica. A ativação de receptores pós-sinápticos leva à abertura ou fechamento de canais iônicos na membrana célula gerando: despolarização (tornando o interior da célula mais positivo) ou hiperpolarização (tornando o interior da célula mais negativo) dependendo dos íons envolvidos.
Em alguns casos, estes efeitos sobre o comportamento do canal são diretos: o receptor é um receptor ionotrópico, 
Em outros casos, o receptor não é um canal iônico em si mas ativa canais iônicos através de uma via de sinalização.
POTENCIAIS PÓS-SINÁPTICOS EXCITATÓRIOS E INIBITÓRIOS
Neurotransmissor se liga ao seu receptor em uma célula receptora = canais iônicos abrem ou fecham – isso pode produzir uma mudança localizada no potencial da membrana (a tensão através da membrana) da célula receptora.
Potencial excitatório pós-sináptico: PEPS: A mudança no potencial de membrana torna a célula alvo mais propensa a disparar seu próprio potencial de ação. Um PEPS é despolarizante: torna o interior da célula mais positivo, trazendo o potencial de membrana mais perto de seu limite para disparar um potencial de ação. Às vezes, um único PEPS não é grande o suficiente para trazer o neurônio ao limite, mas ele pode se somar a outros PEPSs para desencadear um potencial de ação.
Potencial inibitório pós-sináptico, ou PIPS: A mudança no potencial de membrana torna a célula alvo menos propensa a disparar um potencial de ação. Os PIPSs tendem a manter o potencial de membrana do neurônio pós-sináptico abaixo do limiar de disparo de um potencial de ação. PIPSs são importantes porque podem neutralizar, ou anular, o efeito excitatório dos PEPSs. 
SOMATÒRIO ESPACIAL E TEMPORAL 
O neurônio pós-sináptico adiciona, ou integra, todas as entradas excitatórias (PEPS) e inibitórias (PIPS) que ele recebe e "decide" se dispara um potencial de ação.
Somatório Espacial: A integração de potenciais pós-sinápticos que ocorrem em locais diferentes mas ao mesmo tempo;
Somatório Temporal: A integração de potenciais pós-sinápticos que ocorrem no mesmo lugar mas em momentos ligeiramente diferentes.
Se mais de um PEPSs abaixo do limite ocorrerem ao mesmo tempo eles pode, se unir (somar) para trazer o potencial de membrana ao limiar. 
Se um PIPS ocorre juntamente com os dois PEPS, ele pode não deixar que o potencial de membrana alcance o limiar e faz com que o neurônio não dispare um potencial de ação.
TÉRMINO DE SINAIS
Uma sinapse só funciona efetivamente se há alguma maneira de "desligar" o sinal uma vez que ele foi enviado. A terminação do sinal deixa que a célula pós-sináptica retorne ao seu potencial de repouso normal, pronta para a chegada de novos potenciais de ação. Do sinal ao final, a fenda sináptica deve ser liberada de neurotransmissores. Há algumas maneiras diferentes de fazer isso: O neurotransmissor pode ser quebrado por uma enzima, reabsorvido pelo neurônio pré-sináptico O neurotransmissor pode somente se difundir. O neurotransmissor pode ser também "limpado" pelas células gliais próximas.
Qualquer coisa que interfira no processo que encerram o sinal sináptico pode ter efeitos fisiológicos significantes. Por exemplo: Inseticidas matam insetos por inibir uma enzima que quebra o neurotransmissor acetilcolina. Em um exemplo mais positivo, drogas que interferem com a recaptação do neurotransmissor serotonina no cérebro humano são usados como antidepressivos (ISRS)
SINAPSES QUÍMICAS SÃO FLEXÍVEIS O potencial de ação é uma resposta ou tudo ou nada.: ou acontece com força total, ou não acontece nada.
A sinalização sináptica é muito mais flexível. Um neurônio transmissor pode regular, para mais ou para menos, a quantidade de neurotransmissor que liberará em resposta à chegada do potencial de ação. Similarmente, uma célula receptora pode alterar o número de receptores que coloca em suas membranas e quão prontamente responderá à ativação desses receptores. Essas mudanças podem fortalecer ou enfraquecer a comunicação em uma sinapse em particular.
Células pré-sinápticas e pós-sinápticas podem mudar dinamicamente seu comportamento de sinalização baseadas em seu estado interno ou nas pistas que recebem de outras células. Essa plasticidade faz da sinapse um local chave para alterar a força de circuitos neuronais e tem um papel no aprendizado e memória. A plasticidade sináptica está também envolvida no vício.
Adicionalmente, diferentes células pré-sinápticas e pós-sinápticas produzem neurotransmissores e receptores de neurotransmissores diferentes, com diferentes interações e diferentes efeitos na célula pós-sináptica.
NEUROTRANSMISSORES CONVENCIONAIS: Mensageiros químicos que compartilham certas características básicas. Eles são armazenados em vesículas sinápticas, são liberados quando Ca2+ entram no terminal axonal em resposta à um potencial de ação, e atuam ligando-se a receptores de membrana da célula pós-sináptica.
Neurotransmissores convencionais: 2 grupos
1) PEQUENAS MOLÉCULAS NEUROTRANSMISSORAS Vários tipos de pequenas moléculas orgânicas. Elas incluem:
a) Aminoácidos neurotransmissores - Todos são aminoácidos (o GABA não é um aminoácido encontrado nas proteínas.). - Têm um grupo amina contendo nitrogênio.
Glutamato GABA (ácido γ-aminobutírico) Glicina.b) As aminas biogênicas - sintetizadas a partir de aminoácidos precursores. Têm um grupo amina contendo nitrogênio mas falta um grupo carboxila(COOH-) 
Dopamina – sintetizada a partir do aminoácido tirosina Norepinefrina - sintetizada a partir do aminoácido tirosina Epinefrina - sintetizada a partir do aminoácido tirosina Serotonina - sintetizada a partir do aminoácido triptofano Histamina - sintetizada a partir do aminoácido histidina 
 
c) Os neurotransmissores purinérgicos - Recebem seu nome das purinas, um grupo de bases nitrogenadas de duplo anel ATP - nucleotídeos - contêm a purina adenina na base adenosina – nucleosídeos - contêm a purina adenina na base
 
 d) A acetilcolina - neurotransmissor fundamental nas junções neuromusculares (onde os nervos se conectam com os músculos) e em outras sinapses. 
2) NEUROPEPTÍDEOS - Os neuropeptídeos são compostos por três ou mais aminoácidos e são maiores que as pequenas moléculas transmissoras. 
Endorfinas + Encefalinas = inibem a dor; A substância P = transporta os sinais da dor; e O neuropeptídeo Y = estimula a fome e pode prevenir convulsões.
O EFEITO DO NEUROTRANSMISSOR DEPENDE DO SEU RECEPTOR – Alguns neurotransmissores são "excitatórios," (provocam a deflagração de um PA no neurônio alvo) e outros são "inibitórios," (dificultam a deflagração do PA no neurônio alvo) - Se o efeito de um neurotransmissor será excitatório ou inibitório na sinapse dependerá de quais de seu(s) receptor(es) estão presentes na célula (alvo) pós-sináptica.
Um mesmo neurotransmissor pode possuir um efeito excitatório ou inibitório, dependendo do contexto - Não existe somente um tipo de receptor para cada neurotransmissor. Um neurotransmissor pode se ligar e ativar múltiplos receptores proteicos diferentes. 
O glutamato é o principal transmissor excitatório do sistema nervoso central.
O GABA é o principal neurotransmissor inibitório do cérebro.
A glicina é o principal neurotransmissor inibitório da medula espinhal.
Exemplo: O neurotransmissor acetilcolina: Possui tipos diferentes de receptores proteicos. Excitatório na junção neuromuscular (no músculo esquelético – provocando contração) - receptores nicotínicos de acetilcolina. Eles são canais iônicos que se abrem em resposta à ligação de acetilcolina, causando despolarização na célula alvo. Inibitório no coração (reduz os batimentos cardíacos) - Receptores muscarínicos de acetilcolina - não são canais iônicos, mas acionam vias de sinalização que inibem o disparo de potenciais de ação.
TIPOS DE RECEPTORES DE NEUROTRANSMISSORES
1) RECEPTORES IONOTROPICOS - Canais iônicos ativados por ligante: Esses receptores são canais iônicos proteicos transmembranares que se abrem diretamente em resposta a ligação do ligante. Passam por uma mudança na forma quando o neurotransmissor se liga, causando a abertura do canal - Pode ser um efeito excitatório ou inibitório, dependendo dos íons que possam passar pelos canais e suas concentrações dentro e fora da célula. Receptores Inotrópicos produzem respostas fisiológicas muito rápidas. A corrente começa a fluir (íons começam a atravessar a membrana) em dez microsegundos após a ligação do neurotransmissor e a corrente para assim que o neurotransmissor não está mais ligado ao receptor. Na maioria dos casos, os neurotransmissores são removidos das sinapses rapidamente por enzimas que quebram a ligação ou células vizinhas que os tomam. 
2) RECEPTORES METABOTROPICOS: Não são canais iônicos. A ligação do neurotransmissor ativa uma via de sinalização, que pode indiretamente abrir ou fechar canais (ou possuem algum outro efeito). A ativação de receptores de neurotransmissores de segunda classe só afeta a abertura e fechamento do canal iônico indiretamente. Nesse caso, a proteína que se liga ao neurotransmissor - o receptor de neurotransmissor - não é um canal iônico indiretamente. Nesse caso, a proteína que se liga ao neurotransmissor - o receptor de neurotransmissor - não é um canal iônico. Sinalização por meio desses receptores metabotrópicos depende da ativação de diversas moléculas dentro da célula e frequentemente envolve uma via de segundos mensageiros. Por envolver mais passos, a sinalização por receptores metabotrópicos é muito mais lenta que aquela feita por canais iônicos ativados por ligantes..
NEUROTRANSMISSORES NÃO CONVENCIONAIS
Recentemente, várias classes de neurotransmissores que foram identificadas não seguem todas as regras usuais. 
Duas classes de transmissores não convencionais são: 1) Os endocanabinoides 2) Os neurotransmissores gasosos (gases solúveis, como óxido nítrico -NO e o monóxido de carbono - CO). 
Estas moléculas são não convencionais, pois não são armazenadas em vesículas sinápticas e talvez possam transmitir mensagens do neurônio pós-sináptico para o neurônio pré-sináptico. Além disso, ao invés de interagir com receptores da membrana plasmática de suas células-alvo, os neurotransmissores gasosos podem atravessar a membrana celular e agir diretamente nas moléculas dentro da célula.

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