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Psicoterapias De Apoio

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A expressão “terapia de apoio” refere-se a um tipo 
de terapia que é menos ambicioso, menos intensivo e 
menos provocador de ansiedade do que as terapias 
designadas psicanalíticas, orientadas ao insight, 
exploratórias ou expressivas. 
Entretanto, esse tipo de terapia fundamenta-se, 
também nas teorias psicanalíticas da personalidade. 
 As psicoterapias de apoio fundamentam-se na 
teoria psicodinâmica do funcionamento mental: nos 
conceitos de 
 Força de ego: noção freudiana clássica de que o 
funcionamento psicológico dos pacientes pode ser 
avaliado de acordo com quão bem ou quão 
insatisfatoriamente eles lidam com o conjunto de 
estressores que os afetam; 
 Mecanismos de defesa (adaptativos e não 
adaptativos): 
I. Sublimação 
(adaptativo): 
canaliza 
sentimentos ou impulsos potencialmente 
desadaptativos para comportamentos 
socialmente aceitáveis; 
II. Projeção (imaturo): atribui falsamente aos 
outros sentimentos, impulsos ou pensamentos 
próprios que para ele são inaceitáveis, por 
exemplo, alguém que afirma que “todos nós 
somos desonestos” está, na realidade a 
projetar nos outros características do próprio; 
III. Negação (imaturo): recusa-se a reconhecer 
alguns aspetos dolorosos da realidade externa 
ou das experiências subjetivas que são 
manifestas para os outros; 
IV. Deslocamento (imaturo): transfere um 
sentimento ou uma resposta de um objeto para 
outro - habitualmente menos ameaçador; 
V. Dissociação (imaturo): alteração temporal 
das funções habitualmente integradas da 
consciência, memória, percepção de si 
próprio/do meio que o rodeia, ou 
comportamentos sensorial/motor; 
VI. Racionalização (imaturo): esconder as 
verdadeiras motivações acerca dos seus 
pensamentos, ações ou sentimentos, 
elaborando explicações que respondem às 
suas necessidades e que os tranquiliza, mas 
incorretas; 
 Terapeuta assumindo temporariamente as funções 
do ego auxiliar e de holding (manter, segurar); 
 E nos mecanismos de identificação introjetiva: 
processo que se inicia com o estabelecimento do ego 
ideal e do ideal de ego e culmina com a resolução do 
complexo de Édipo e o estabelecimento do superego. 
 
A terapia é focal, centrada nos problemas, no 
relato e na discussão das tarefas programadas para os 
intervalos das sessões, assim como no exame de eventuais 
dificuldades do paciente. 
 A estratégia básica da psicoterapia de apoio é 
mapear as principais áreas de dificuldade na vida do 
paciente e melhorá-las da maneira que for possível em vez 
de tentar descobrir suas causas, como seria a preocupação 
da terapia de orientação analítica. 
 Alívio dos sintomas, manutenção ou a restauração e 
uma função, o aumento da autoestima e a melhora da 
adaptação a estresses internos e externos (Ursano; 
Silberman, 2003); 
 Melhora da capacidade de lidar com os estresses 
internos e externos eventualmente por meio do 
afastamento das pressões ambientais ou da adoção de 
medidas que visam o alívio dos sintomas; 
 Diminuição de déficits de funcionamento do ego por 
meio do reforço de defesas consideradas adaptativas; 
 Desenvolvimento de capacidades de lidar com déficits 
provocados por doenças físicas ou suas sequelas; 
 O objetivo mais imediato é o alívio dos sintomas e a 
restauração do nível de funcionamento anterior à crise. 
As psicoterapias de apoio podem ser de longo 
prazo ou breves, também chamadas de intervenções em 
crises ou terapias breves de apoio. 
As terapias de apoio de longo prazo destinam-se a 
pacientes com déficits crônicos de ego, com 
funcionamento geral comprometido, enquanto as 
intervenções breves de apoio destinam-se a pessoas 
psiquiatricamente saudáveis e bem adaptadas que, 
momentaneamente, estão atravessando situações de crise, 
trauma ou desastre natural, e com uma resposta à crise 
abaixo de sua capacidade, ou que não estão utilizando os 
recursos de que dispõem. 
 Déficits crônicos de ego e com o funcionamento 
comprometido; 
 Teste de realidade comprometida: psicoses, 
transtorno bipolar, retardo mental; 
 Controle dos impulsos deficientes: transtornos de 
personalidade bordeline, problemas cerebrais 
orgânicos, TDAH; 
 Relações interpessoais pobres: poucos ou nenhum 
vínculo.

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