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D�ciplina: Prótсe Total Aula: Moldagem e modelo anatômico CONCEITOS: - Moldagem: ato de reproduzir em negativo uma determinada superfície - Molde ou impressão: reprodução negativa resultante da moldagem - Modelo: reprodução positiva a partir do molde MOLDAGEM EM PRÓTESE TOTAL: - Para Hertwell e Rohn, as Moldagens devem atingir cinco objetivos: 1. Preservação do osso alveolar: Uma pressão na moldagem, promove uma pressão na base da prótese e essa pressão causa trauma dos tecidos moles e reabsorção óssea. 2. Suporte: O recobrimento máximo da área chapeável, dentro dos limites de tolerância dos tecidos promovem um melhor suporte para as próteses totais; em relação a área chapeável, Pendleton decidiu em 5 áreas com forma, consistência e função diferentes na ação da prótese total 3. Estabilidade 4. Retenção 5. Estética - O conceito de moldagem em prótese total difere da moldagem dos preparos cavitários, pois os tecidos a serem reproduzidos são passíveis de deformação. (Tamaki, 1970): a moldagem em prótese total é muito mais difícil, porque os dentes são indeformáveis e mantém a forma, já a mucosa, devido a vascularização e líquido intra e extracelular são resilientes e deformáveis mediante a uma carga com limites imprecisos e indefinidas, quando comparadas a moldagem de um preparo de dente MODELO DE ARQUIVO Destina-se à documentação de casos MODELO DE ESTUDO Este modelo complementa e auxilia o exame clínico e é neste modelo que temos informações precisas como por exemplo o espaço protético, condições da área chapeável, auxilia a indicação de cirurgias pré-protéticas MODELO ANATÔMICO É aquele que teve origem na moldagem anatômica da boca desdentada. Nos dá informações da extensão da área chapeável, interferências das inserções musculares, tamanho, forma e altura do rebordo. MODELO FUNCIONAL É aquele que provém da moldagem funcional, é utilizada para a confecção da base de prova, posteriormente serve como matriz de acrilização da P.T. CLASSIFICAÇÃO DAS MOLDAGENS: a. Quanto à extensão: - Sobre estendida: ultrapassa a área chapeável - Delimitada: respeita os limites da área chapeável b. Quanto ao material: - Simples: usa um único material (godiva, alginato, etc.) - Mista ou complexa: dois ou mais materiais (godiva mais pasta zincoenólica, etc.) c. Quanto à pressão: - Sob pressão: não é mais utilizada; - Sob pressão mínima: utiliza-se uma moldagem preliminar em godiva, e sob o modelo anatômico aliviado, é feito uma moldeira individual para moldagem funcional; - Sob pressão aliviada: Indicação principal nos casos de mucosa flácida, é a mais indicada para evitar distorções na mucosa - Sem compressão (mucostáticas) d. Quanto ao tipo: - Moldagem de boca aberta (mais usada) - Moldagem com boca fechada CONSIDERAÇÕES BÁSICAS: 1. Resiliência da fibromucosa: a. Flácida (A) b. Rígida (B) c. Normal (C) 2. Forma do palato: a. Normal b. Profundo c. Raso 3. Relação palato mole X palato duro: a. Horizontal b. Curvo c. Angulado TIPOS DE MOLDAGEM EM PRÓTESE TOTAL: ● Preliminar ou Anatômica ● Secundária ou funcional 1. MOLDAGEM PRELIMINAR OU ANATÔMICA: - É uma moldagem inicial de toda a área chapeável e estruturas anatômicas periféricas, feita com moldeira de estoque para desdentado com uma mínima tensão e deslocamento do tecido - Finalidade: ➔ Conformação geral da área dos tecidos moles ➔ Obtenção do modelo anatômico que irá auxiliar o diagnóstico e sob o qual será confeccionada a moldeira individual ➔ Com essa moldagem obtemos uma delimitação correta da área chapeável, registro da tonicidade das inserções musculares na zona selada periférica, para avaliar se há ou não necessidade de cirurgia pré-protética e confecção da moldagem individual - Objetivos: ➔ Cópia da área chapeável ➔ Registro dos acidentes anatômicos ➔ Afastamento da mucosa móvel ➔ Retenção ➔ Suporte ➔ Estabilidade ➔ Confecção do modelo preliminar - Materiais utilizados: ➔ Requisitos básicos: tempo de trabalho, grau de plasticidade, alteração dimensional, resistência à fratura, inocuidade aos tecidos bucais; GODIVA DE ALTA FUSÃO: Cada vez mais frações poliméricas solidificam e ficam cada vez mais rígidas, ao mesmo tempo que enrijece e esfria, há contração térmica. VANTAGENS DESVANTAGENS INDICAÇÕES CONTRA-INDICAÇÕES Correção Compressão Fibromucosa resiliente ou aderida Fibromucosa flácida Afastamento Escoamento Vertentes paralelas Retentivos Detalhes ALGINATO: A moldagem com alginato é adequada para reprodução de objetos duros, mas não é essencial na reprodução de tecidos moles. Na moldagem para desdentado com alginato não é possível manter uma pressão de moldagem positiva até o material alcançar sua rigidez final. VANTAGENS DESVANTAGENS INDICAÇÕES Detalhes Correção Fibromucosa flácida Escoamento Sinérese e embebição Rebordos retentivos Mucosas hipertrofiadas MOLDAGEM MISTA: Pode ser uma combinação de: godiva + pasta zincoenólica / godiva + alginato / pasta zincoenólica + alginato / silicona pesada + silicona leve INDICAÇÕES Rebordo alveolar com revestimento mucoso que apresenta compressibilidade muito diferente de um local para outro Rebordo residual de forma estrangulada Rebordo alveolar com cordão fibroso móvel Rebordo residual irregular Quando não conseguimos bons resultados com moldagens simples - Seleção da moldeira de estoque: ➔ Tipos de moldeira: a. Estoque (dentado ou desdentado) e individual b. Perfurada e não-perfurada ➔ Componentes da moldeira: a. Arestas ou bordas (1) b. Recortes para os freios (2) c. Sulco ou bacia (3) OBS: A moldeira usada para moldagem anatômica é a de estoque para desdentados, geralmente feita em aço inox e individualizadas, isto é, alguns procedimentos são realizados para fazer com que elas se adaptem melhor à boca do paciente como por exemplo, se usarmos godiva ou cera. A moldeira individual é confeccionada após a delimitação da área chapeável e alívio das áreas de alívio. MOLDEIRA DESDENTADO MOLDEIRA DENTADO Flancos baixos e lisos Flancos altos Bacia rasa Bacia profunda Extremidades arredondadas Recortes anatômicos normalmente na região de freio labial Recorte anatômico respeitando os freios, língua, lábios e as inserções musculares - Seleção quanto ao tamanho da moldeira: ➔ A seleção deverá ser iniciada sempre pelo tamanho médio para facilitar ➔ Moldeira Superior: deve ser levada a boca e acentada de posterior para anterior, envolvendo toda tuberosidade na região posterior e com folga de 4 a 5 mm na região anterior, se não houver sobra a moldeira estará pequena, e se tiver muita sobra estará grande ➔ Moldeira Inferior: deve ser acentada de anterior para posterior envolvendo a região de papila piriforme com folga de 4 a 5 mm na região anterior. TÉCNICAS DE MOLDAGEM: - Materiais utilizados: ➔ Jogo de moldeiras de estoque ➔ Material de moldagem: godiva de alta fusão e/ou alginato ➔ Espátula Lecron ➔ Lâmpada a álcool de chama horizontal ➔ Plastificador de godiva - Posições do paciente e do operador: MOLDAGEM SUPERIOR OPERADOR PACIENTE Em pé, ereto com o braço refletido, formando um ângulo de 90º, estando por trás do paciente Sentar-se na cadeira estando ligeiramente inclinada para trás com a cabeça encostada na cadeira MOLDAGEM INFERIOR OPERADOR PACIENTE À direita e à frente do paciente Sentado encostado ligeiramente para trás, ficando a eminência mentoniana em nível com o ombro do profissional - Técnica com godiva: 1. Colocar a godiva em placa no plastificador (2 placas para superior e 1 e meia para inferior); 2. Aquecer a moldeira no plastificador; 3. Remover do plastificador e manipular a godiva, fazendo uma bola; se for para moldagem superior, fazer um rolete; se for para moldagem inferior, adapta-se na moldeira ultrapassando um pouco as borda para prevenir ferimento com a moldeira e melhor moldagem da borda. 4. Flamba-se com a chama horizontal para alisar as rugosidades e dobras, leva-se novamente no plastificador, remove-se e leva a boca do paciente, moldeira centralizada de modo que o cabo fique na linha mediana do rosto do paciente;5. Na moldagem, traciona-se lábios e bochechas, a moldeira é apoiada com o dedo indicador e médio de cada mão em ambos os lados sobre o rebordo da moldeira fazendo pressão firme para cima, na superior; e para baixo, na inferior, a fim de obter adaptação a mais perfeita possível, o que é percebido pelo excesso de godiva que escoa pelas bordas da moldeira e pela resistência que a impressão oferece quando adaptada. 6. Na moldagem inferior o paciente deve colocar a língua para fora, para cima e para os lados. 7. Resfriar utilizando jato de água, retirar da boca do paciente e lavar cuidadosamente com água, secando em seguida com jatos de ar, a godiva não deverá estar brilhante; 8. Os excessos de godiva que extravasam das bordas são removidos com faca, se tiver falhas ou rugosidade pode-se corrigir com godiva em bastão aquecida colocada no local, com a lâmpada de Hanau igualar a godiva, levar ao plastificador a moldeira e levar à boca do paciente fazendo movimentos. - Técnica com alginato: ➔ Difere-se da com godiva devido a confecção de um debrum com cera utilidade nas bordas da moldeira para fazer um arredondamento das bordas da moldeira, além de proporcionar melhor cópia do fundo do sulco. ➔ Alguns autores utilizam 3 etapas de cera no interior da moldeira para evitar compressão excessiva e obter uniformidade do alginato em toda extensão. - Defeitos do molde passíveis a correção: ➔ Falta de godiva nas regiões do selado periférico e posterior ➔ Aparecimento de impressões digitais ou pequenas rugosidades superficiais - Defeitos do molde que não podem ser corrigidos: ➔ Molde descentralizado ➔ Molde com instabilidade ➔ Falta de material no sulco e abóbada palatina do molde ➔ Molde com excesso de compressão ➔ Molde com falta de compressão - Desinfecção do molde: ➔ Hipoclorito de sódio a 1% ➔ Glutaraldeído a 2% - Requisitos do modelo preliminar em PT: ➔ Reprodução de todos os detalhes ➔ Ausência de alteração dimensional ➔ Ausência de bolhas e irregularidades ➔ Reprodução integral da área chapeável
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