Buscar

Documento PDF

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 100 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIDADE 1 – CIÊNCIA ECONÔMICA
• INTRODUÇÃO À ECONOMIA 5
UNIDADE 2 – SISTEMA ECONÔMICO
• ECONOMIA DE UM PAÍS 11
• FLUXOS DO SISTEMA ECONÔMICO 13
• CONTABILIDADE SOCIAL 16
• OS PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONÔMICOS 17
• CONSUMO E POUPANÇA 19
UNIDADE 3 – MICROECONOMIA
• ECONOMIA DO CONSUMIDOR, DA EMPRESA E DO MERCADO 21
• TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO 26
• MERCADO: DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE EQUILÍBRIO 28
• CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS 30
UNIDADE 4 – ECONOMIA MONETÁRIA
• A MOEDA 33
• MERCADO MONETÁRIO 35
• INFLAÇÃO: DEFINIÇÃO, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS 37
UNIDADE 5 – SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
• O SISTEMA FINANCEIRO 41
• NOÇÕES DE MERCADOS FINANCEIROS 44
UNIDADE 6 – COMÉRCIO EXTERNO
• SETOR EXTERNO 49
UNIDADE 7 – SETOR PÚBLICO
• FUNÇÕES ECONÔMICAS 53
• CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 55
• POLÍTICAS MACROECONÔMICAS 57
• GLOBALIZAÇÃO E ECONOMIA 60
REFERÊNCIAS 64
6Unidade 1
Ciência Econômica
Unidade 1
Objetivos:
• Conceituar Ciência Econômica.
• Identificar fatores de produção.
INTRODUÇÃO À 
ECONOMIA
Em qualquer estágio da evolução econômica 
de uma sociedade, os indivíduos têm muitas 
necessidades. Algumas são comuns a todos, 
como se alimentar, se vestir ou residir em 
lugares seguros. Essas necessidades vitais são 
consideradas primárias. Com a evolução da 
sociedade e o consequente crescimento das 
cidades, surgem outras necessidades. Para 
satisfazê-las, os indivíduos passam a demandar 
produtos e serviços cada vez mais 
especializados, nas áreas de Educação, 
Saúde, Transporte, Saneamento Básico, 
Comunicação e até mesmo Lazer. Por 
exemplo, o crescimento desordenado das 
cidades e suas consequências sobre o 
equilíbrio ecológico do meio ambiente têm 
motivado demanda por mais espaços com 
áreas verdes, bem como produtos não 
poluentes. E assim, vai-se ampliando a lista de 
produtos e de serviços cada vez mais 
sofisticados para satisfazer a demanda dos 
indivíduos.
Em suma, as necessidades, sejam coletivas ou 
sejam individuais, são satisfeitas com o 
consumo de bens (alimentos, roupas, casa) e 
com o consumo de serviços (segurança, 
serviço médico e todas as outras atividades 
prestadas).
Os fatores de produção
Os bens e os serviços são produzidos e 
oferecidos aos consumidores e, juntos, formam 
a produção econômica, que é obtida da 
combinação de recursos naturais, de 
equipamentos e de trabalho. Tais elementos 
são chamados fatores de produção.
Os fatores de produção estão divididos em 
quatro conjuntos distintos: recursos naturais, 
trabalho, capital e tecnologia.
• Recursos naturais são todos os 
elementos da natureza, tais como terra, 
água, florestas, minerais e outros 
elementos que o homem utiliza na criação 
de bens e de serviços. Esses bens são 
manipulados e processados para atender às 
necessidades humanas.
• Trabalho é a participação do ser humano 
na forma de esforço físico e mental, para 
produzir bens e serviços. Os materiais 
retirados da natureza o são pela força do 
trabalho, tanto por meio de atividades 
físicas quanto empresariais. O trabalho 
humano é responsável pela transformação 
dos produtos.
• Capital é o conjunto de equipamentos, 
máquinas, instalações e quaisquer outros 
bens utilizados no processo produtivo, ou 
seja, que entram na fabricação de outros 
bens destinados ao consumo. O capital não 
satisfaz diretamente as necessidades 
humanas. Como fator de produção, ele 
satisfaz o consumo de forma indireta. Por 
exemplo, um torno mecânico, embora não 
satisfaça as necessidades das pessoas, 
permite que sejam feitos objetos que 
interessam ao consumidor. O capital pode 
também ser expresso como valor 
monetário, pois, além de facilitar, 
remunera o trabalho.
6Unidade 1
• Tecnologia é constituída pelo corpo de 
conhecimentos e de habilidades que uma 
empresa conta para produzir bens e/ou 
serviços. Envolve os conhecimentos sobre as 
fontes de energia, as formas de extração de 
reservas naturais e todo o processo para se 
chegar a um produto final e seu respectivo 
desempenho. Pode ser considerado como o 
elo entre os outros três fatores: capital, força 
de trabalho e recursos naturais.
O problema fundamental da Economia
Por sua própria natureza, o ser humano tem 
ampliado, ao longo do tempo, suas 
necessidades. Dos nossos antepassados, que 
se cobriam com peles ou penas, ao homem 
moderno, elas foram aumentando e variaram 
extraordinariamente, dando origem a uma 
demanda cada vez maior e mais diversificada.
Por outro lado, sabemos que a capacidade 
de produzir é limitada pela disponibilidade de 
fatores de produção. Existe, então, sério 
dilema entre as necessidades que 
gostaríamos de satisfazer e a produção de 
bens e de serviços, sempre aquém do 
desejado. Este é o problema fundamental que 
a economia estuda e para o qual tenta 
apresentar soluções, chamado pelos 
economistas de Lei da Escassez.
Lei da Escassez é a impossibilidade de se 
produzir bens e serviços em quantidades 
ilimitadas para satisfazer as necessidades 
humanas permanentemente ampliadas, 
pois os fatores da produção existem em 
quantidades limitadas.
As afirmações anteriores mostram-nos o 
impasse criado: como conciliar o atendimento 
de todas as ilimitadas necessidades humanas 
com a limitada possibilidade de produção de 
bens e serviços.
As quatro questões econômicas 
fundamentais
Diante da impossibilidade do atendimento 
pleno das necessidades humanas, em virtude 
da escassez de recursos e os limites de tempo, 
quatro questões econômicas básicas são 
levantadas, sendo que suas respostas 
envolvem o problema fundamental da 
economia, isto é, o problema da escassez.
A escassez ocorre porque os limites de tempo 
e de recursos impossibilitam a produção de 
tudo o que desejamos. Podemos ter algumas 
coisas, mas não todas. A escassez força toda a 
sociedade a fazer escolhas na tentativa de 
resolver quatro questões:
• O que e quanto produzir: dada a 
escassez de recursos de produção, a 
sociedade terá de escolher, entre as 
várias alternativas de produção, quais 
bens e serviços serão produzidos e as 
respectivas quantidades a serem 
fabricadas: automóveis X roupas, roupas X 
alimentos, mais lazer X mais saúde.
• Como produzir: a sociedade tem de 
decidir a maneira pela qual o conjunto de 
bens escolhidos será produzido, mediante 
diferentes combinações de recursos e de 
técnicas: safra agrícola – colheita 
(manualmente ou por máquinas).
• Para quem produzir: a sociedade terá 
também de decidir como seus membros 
participarão da distribuição dos resultados 
de sua produção. Como será a distribuição 
de renda gerada pela atividade econômica, 
quais os setores beneficiados. A eficiência 
distributiva deverá ser maximizada para 
atingir o bem-estar social e individual.
A Curva de Possibilidade de Produção (CPP)
Em termos econômicos, a Curva de 
Possibilidade de Produção (CPP) ilustra como a 
escassez de fatores de produção determina 
um limite para a capacidade produtiva de uma 
empresa, um país ou uma sociedade, que 
terão de optar entre as alternativas de 
produção. Representa todas as 
possibilidades de produção que podem ser 
atingidas com os recursos e as tecnologias 
existentes.
Em economias de mercado, descentralizadas, a 
escolha sobre as alternativas de produção fica 
a cargo do mercado. Já em economias 
planificadas, centralizadas, o deslocamento na 
Curva de Possibilidade de Produção (CPP) é 
feito conforme decisão de quem a controla.
Uma economia está situada sobre o limite de 
possibilidades de produção quando todos os 
fatores são utilizados de forma eficiente. Um
7Unidade 1
sistema produtivo é eficiente quando não se 
pode incrementar a produção de um bem (ou 
serviço) sem diminuir a produção de outro.
O conceito de economia
De tudo que falamos anteriormente podemos 
deduzir que:
A economia é o conjunto de atividades que 
combina os fatores de produção para criar 
bens e serviços.
Trata-se de uma definiçãoprática de Economia, 
porque leva em consideração o que acontece 
no dia a dia e nos permite apresentar um novo 
conceito de riqueza. A riqueza de um país, em 
um determinado momento, é constituída por 
todos os fatores de produção disponíveis – 
utilizados ou não – mais todos os bens que 
estão sendo produzidos e os produzidos e que 
ainda não foram consumidos. E mais, se a 
esses bens juntarmos as instalações, tais 
como prédios, casas, pontes, estradas, linhas 
de distribuição de energia, museus, teremos, 
então, o que se chama riqueza nacional.
Vimos, até agora, uma definição de Economia 
baseada nas atividades econômicas. Mas a 
Economia também é considerada ciência e, 
como tal, consegue, a partir da observação da 
realidade, deduzir leis que explicam a produção, 
a circulação, a distribuição e o consumo de 
bens e de serviços. Nesse caso, então, é mais 
adequado chamá-la de Teoria Econômica.
Logo, a Economia tem uma parte prática e é, 
então, uma arte, e tem, também, um lado 
teórico e, então, é uma ciência. Como ciência, a 
definição mais adequada é esta.
Economia é a ciência que estuda a 
produção e a distribuição dos meios aptos 
a satisfazer as necessidades humanas.
O fator trabalho
As pessoas, quando exercem uma atividade 
econômica, são chamadas agentes 
econômicos.
Os principais agentes econômicos são: os 
consumidores, que compram; os empresários, 
que produzem; os trabalhadores, que vendem 
sua força de trabalho, e que, por isso, são 
também fatores de produção.
Vale a pena estudar, com mais atenção, o fator 
trabalho já que ele é composto de pessoas que, 
além de produzirem, são consumidoras.
A população de um país pode ser dividida, do 
ponto de vista econômico, da seguinte 
maneira:
População total = população 
economicamente ativa + população inativa.
A população economicamente ativa é 
composta de indivíduos entre 15 e 64 anos de 
idade e que estão trabalhando ou procurando 
emprego.
• Aqueles que trabalham e que, pelo trabalho, 
são pagos. Não é necessário que seja um 
trabalhador formal, ou seja, que tenha 
carteira assinada para constar como 
trabalhador ativo.
• Aqueles que estão desempregados, mas 
ainda buscam por emprego.
População inativa = população constituída 
dos seguintes indivíduos.
• A população entre 0-14 anos e acima de 
65 anos.
• Os aposentados.
• Os deficientes físicos impedidos de trabalhar.
• Os indivíduos entre 15 e 64 anos que não 
estão trabalhando, mas também não estão 
à procura de emprego (estudantes, donas de 
casa, pessoas desempregadas que, 
cansadas de procurar emprego e não obtê-
lo, acabam desistindo por determinado 
período de tempo).
A relação entre a População Economicamente 
Ativa (PEA) e a população total é uma das 
variáveis que indicam o estágio de 
desenvolvimento de um país: quanto menor o 
índice obtido, maior o grau de 
desenvolvimento.
Por outro lado, nota-se que, se a relação 
diminui no tempo, certamente, a população 
dependente estará aumentando.
8Unidade 1
população economicamente ativa, agente 
econômico, empresários, trabalhadores, 
ativa, dependente, consumidores
Resumo
• As necessidades, sejam coletivas ou sejam 
individuais, são satisfeitas com o consumo de 
bens e de serviços.
Esses bens e serviços são produzidos e, juntos, 
formam a produção econômica.
• A produção econômica é conseguida a partir da 
combinação de trabalho, capital, tecnologia e 
recursos naturais.
• A combinação dos fatores de produção, para criar 
bens e serviços, forma um conjunto de atividades 
a que damos o nome de Economia.
• A Lei da Escassez ocorre porque os limites de 
tempo e recursos impossibilitam a produção de 
tudo o que desejamos.
• As quatro questões fundamentais da economia são: 
o que e quanto produzir, como produzir e para 
quem.
• A Economia pode ser considerada arte, enquanto 
prática, e, ciência, enquanto teoria.
• Teoria Econômica é a ciência que explica como 
bens e serviços são produzidos, distribuídos e 
consumidos para satisfação das necessidades 
individuais e coletivas.
• Agente econômico é o nome que se dá à pessoa 
que exerce uma atividade econômica, seja 
produzindo ou seja adquirindo um bem.
• A população total de um país pode ser classificada 
em população ativa e população dependente.
• A população economicamente ativa ou PEA é 
constituída de pessoas, entre 15 e 64 anos de 
idade, que trabalham ou estão desempregadas, 
mas procuram trabalho, e que recebem pagamento 
por sua atividade.
• A população não economicamente ativa é formada 
pelas pessoas que exercem alguma atividade sem, 
no entanto, receberem pagamento formal pelo seu 
trabalho.
• Quanto menor for, proporcionalmente, a relação 
PEA/população total, mais desenvolvido será 
considerado o país, pois isso significa que cada 
elemento da PEA poderá sustentar maior número 
de elementos da população dependente.
• Quanto à relação PEA/população total, se diminui 
no tempo, é sinal de que a população dependente 
está aumentando.
Exercícios
I – Responda às questões.
1. O que são necessidades individuais? Cite 
três exemplos.
2. O que são necessidades coletivas?
3. Como 
os bens se diferenciam dos serviços?
4.
O que são fatores de produção? Dê um 
exemplo.
5.
Quais são as quatro perguntas fundamentais 
da Economia?
II– 
Escreva PA para identificar a população ativa e 
PD para população dependente.
1. ( ) Pessoas com idade entre 15 e 64 anos, 
que trabalham e recebem pagamento 
por sua atividade.
2. ( ) População de 0 a 14 anos e acima 
de 65 anos.
3. ( ) Deficientes físicos impedidos de trabalhar.
4. ( ) Pessoas com idade entre 15 e 64 
anos, desempregadas, mas que 
estão procurando emprego.
III– Complete as lacunas com as palavras listadas no 
retângulo.
1. A população total de um país pode ser 
classificada em população e população
 .
7Unidade 1
2. é o nome que se dá à 
pessoa que exerce uma atividade 
econômica.
3. PEA significa 
 .
4. Os principais agentes econômicos são:
os que compram; 
os que produzem;
os que vendem sua 
força de trabalho.
Sistema Econômico
Unidade 2
Objetivo:
• Identificar a estrutura e as funções do 
sistema econômico e suas relações com 
outros mercados.
ECONOMIA DE UM 
PAÍS
O sistema econômico – conceituação
Com o passar dos tempos, os homens foram 
se agregando e se organizando. Houve época 
em que se descobriu que as pessoas deviam 
se especializar em determinadas tarefas porque 
assim tudo caminharia melhor. Criaram-se leis 
e, finalmente, apareceu o conceito de 
sociedade organizada. A sociedade moderna é 
altamente organizada em todos os aspectos, 
sejam eles sociais, jurídicos, administrativos, 
institucionais ou econômicos. Para cada um 
desses aspectos, existe um conjunto de leis ou 
procedimentos que unem os participantes da 
sociedade.
Do ponto de vista econômico, existe, também, 
um sistema – sistema econômico – regido por 
um conjunto de regras para comandar todos os 
fatores que participam da produção de bens e 
de serviços. Entretanto, para que a produção 
ocorra, esses fatores devem estar organizados 
em instituições chamadas de unidades 
produtoras. Fazendas, bancos, fábricas são 
exemplos de unidades produtoras porque lá os 
fatores de produção estão combinados, 
segundo regras definidas para a produção de 
bens e serviços.
A produção econômica pode ser classificada em 
três grandes categorias.
• Bens de capital – não satisfazem 
diretamente as necessidades dos 
consumidores, mas servem para fabricar 
outros bens. Os bens de capital têm como 
principal característica aumentar a 
produtividade do trabalho humano no 
processo produtivo. Exemplos desses bens 
são as máquinas, as estradas, as barragens.
• Bens e serviços intermediários – 
também não satisfazem diretamente as 
necessidades das pessoas porque precisam, 
antes, ser transformados. Exemplos dessa 
categoria são as chapas de aço destinadas à 
fabricação de automóveis,matérias-primas 
que entram na fabricação de vidros, 
borrachas, plásticos etc. e quase todas as 
atividades-meio das unidades produtivas.
• Bens e serviços de consumo – atendem 
diretamente às necessidades dos 
consumidores, tais como remédios, 
alimentos, roupas, serviços de lazer, 
barbearia, saúde, educação, segurança, 
entre outros.
A classificação dos sistemas econômicos
• Sistema capitalista ou economia de 
mercado – regido pelas forças de mercado, 
predominando a livre iniciativa e a 
propriedade privada dos fatores de 
produção.
• Sistema socialista ou economia 
centralizada, ou ainda economia planificada 
– as questões econômicas fundamentais 
são resolvidas por um órgão central de 
planejamento, predominando a 
propriedade pública dos fatores de 
produção.
12Unidade 2
A composição do sistema econômico
Um sistema econômico possui enorme 
variedade de unidades produtoras, cada qual 
dedicada a oferecer um determinado bem ou 
serviço. Para melhor estudá-las, 
classificam-se em três setores básicos.
• Setor primário, constituído por unidades 
produtoras que usam em grande quantidade 
os recursos naturais e não os modificam 
substancialmente. Citamos, como exemplos, 
as atividades agrícolas, pecuárias e 
extrativas.
• Setor secundário, constituído por 
unidades industriais que usam o fator 
capital com grande intensidade. Citamos, 
como exemplo, as indústrias de 
automóvel, de alimentos, de vestuário.
• Setor terciário, que tem como grande 
característica ser constituído de serviços e, 
por isso, não são tangíveis ou concretos. São 
exemplos deste setor os bancos, as escolas, 
as atividades comerciais.
Resumo
• Sistema econômico é um conjunto de regras que 
permite a combinação de fatores de produção 
dentro de unidades de produção.
• Unidade produtora é o lugar onde os fatores de 
produção se encontram para produzir um bem ou 
um serviço.
• Bens e serviços de consumo são aqueles 
destinados a satisfazer as necessidades dos 
consumidores.
• Bens e serviços intermediários são bens e serviços 
que entram na produção dos bens e dos serviços 
de consumo.
• Bens de capital são aqueles bens que aumentam 
a produtividade do trabalho humano e ajudam a 
produzir outros bens.
• Todo sistema econômico possui enorme variedade 
de unidades produtoras, agrupadas em três 
setores básicos:
– setor primário, cujas unidades produtoras 
usam recursos naturais sem modificá-los 
substancialmente;
– setor secundário, cujas unidades industriais 
usam o fator capital com grande intensidade;
– setor terciário, constituído de serviços como 
bancos, escolas e atividades comerciais.
Exercícios
I – Escreva, nos parênteses, ao lado de cada bem ou 
serviço, as letras C, I ou K, conforme sejam de 
consumo, intermediário ou de capital.
1. ( ) Torno mecânico 6. ( ) Estradas
2. ( ) Contabilidade 7. ( ) Minério de ferro
3. ( ) Petróleo 8. ( ) Trigo
4. ( ) Chapas de aço 9. ( ) Aparelho de 
som
5. ( ) Prensas 10. ( ) Táxi
II– Classifique as empresas, a seguir, escrevendo 
nos parênteses as letras: P para setor primário, 
S para setor secundário e T para setor terciário.
1. ( ) Empresa Mineradora
2. ( ) Cinema
3. ( ) Empresa Imobiliária
4. ( ) Fábrica de Eletrodomésticos
5. ( ) Fábrica de Máquinas Pesadas
6. ( ) Fábrica de Roupas
7. ( ) Casa Comercial
8. ( ) Companhia Atacadista
9. ( ) Fazenda Agrícola
10. ( ) Companhia Transportadora
11. ( ) Escritório de Computação
12. ( ) Salão de Beleza
13. ( ) Hospital
14. ( ) Restaurante
15. ( ) Empresa Jornalística
III – Faça a ligação correta entre as colunas, tendo em 
vista a composição do sistema econômico. A – 
Setor Terciário
B – Setor Secundário 
C – Setor Primário
1. ( ) Constituído por unidades produtoras 
que se utilizam dos recursos naturais 
em grande quantidade.
2. ( ) Constituído por tipos de serviços, 
tais como bancos, escolas, comércio 
etc.
3. ( ) Constituído por unidades industriais 
que usam o fator capital com 
grande intensidade.
IV – Escreva a que bens e serviços se referem as 
seguintes afirmativas, tendo em vista as categorias da 
produção econômica.
1. Têm como principal característica aumentar 
a produtividade do trabalho humano no 
processo produtivo. 
2. Atendem diretamente às necessidades dos 
consumidores. 
3. Não atendem diretamente às necessidades 
das pessoas porque precisam, antes, passar 
por processos de transformação. 
13
FLUXOS DO SISTEMA 
ECONÔMICO
À medida que acontecem as atividades de 
produção, dois fluxos ocorrem 
simultaneamente: o fluxo real ou 
movimentação de bens e de serviços e o 
fluxo monetário, também chamado fluxo 
nominal ou renda.
O fluxo real ou movimentação de bens e de 
serviços é decorrente da produção e 
consequente compra desses bens e serviços 
por parte dos consumidores.
O fluxo monetário, por sua vez, ocorre, 
porque, ao exercerem suas atividades, as 
unidades produtoras remuneram os fatores de 
produção empregados, os juros ao capital 
tomado como empréstimo junto aos bancos, o 
aluguel pelas
instalações que ocupam e distribuem lucros 
a seus proprietários ou acionistas. São essas 
remunerações que permitem aos donos dos 
fatores comprarem os bens e os serviços 
de que necessitam.
Os dois fluxos têm um significado muito 
importante para a Teoria Econômica. O fluxo 
real, formado pelos bens e serviços 
produzidos, constitui a oferta da Economia, 
ou seja, todos os bens os serviços que estão à 
disposição dos consumidores. O fluxo 
monetário, formado pela totalidade da 
remuneração dos fatores produtivos, é a 
demanda ou procura, pois, com dinheiro, os 
consumidores procuram, no mercado, os bens 
e os serviços de que necessitam.
A oferta e a demanda são as funções 
primordiais do sistema econômico. Quando elas 
se encontram, estabelece-se o que se chama 
de mercado, situação em que as pessoas que 
querem comprar se encontram com aquelas 
que querem vender.
É importante notar que o termo “mercado” 
não significa obrigatoriamente lugar físico ou 
contíguo. Sua acepção é mais genérica, e 
significa realização de todas as compras e 
vendas de um bem ou conjunto de bens. O 
mercado imobiliário de uma cidade, por 
exemplo, é constituído de todas as empresas 
imobiliárias e seus vendedores, de todas as 
pessoas que querem vender, das que querem 
comprar e dos imóveis a serem transacionados.
Os fluxos monetário e real e a formação do mercado podem ser vistos no esquema a seguir.
12Unidade 2
A circulação no sistema econômico
Duas entidades econômicas são as principais 
responsáveis pela contínua circulação de 
bens, de serviços e de rendas: o conjunto de 
empresas e o conjunto de fatores produtivos. 
Além dessas, também são importantes o 
Governo e o resto do mundo.
As empresas empregam os fatores de produção 
(terra, trabalho, capital) para a fabricação de 
bens e prestação de serviços que serão 
adquiridos pelas famílias (fluxo real). Com a 
remuneração paga pela venda dos fatores de 
produção (aluguéis, salários, juros e lucros), as 
famílias podem comprar os bens e os serviços 
das empresas. As empresas, por sua vez, com a 
venda dos bens e dos serviços para as famílias, 
capitalizam-se para adquirir novos fatores de 
produção e dar início a mais um ciclo produtivo 
(fluxo monetário).
O Governo é também um importante agente 
econômico e transaciona com as famílias e as 
empresas. Das famílias e das empresas recebe 
os impostos indiretos, quando incidem sobre 
bens e serviços e, diretos, quando incidem 
sobre a renda de pessoas ou de empresas. Com 
esses recursos, o Governo pode transferir 
renda à população ou às empresas. Nesse 
caso, ocorre uma tributação às avessas, são 
os impostos negativos, mais conhecidos como 
subsídios ou incentivos fiscais, porque, ao 
invés de cobrar, o Governo dá recursos às 
empresas para que o custo de produção de 
determinados bens ou serviços seja reduzido.
Por fim, as famílias, as empresas e o Governotransacionam com agentes que estão fora do 
país. Nesse caso, os agentes do país doméstico 
importam bens e serviços do resto do mundo e 
exportam bens e serviços para o resto do 
mundo.
Resumo
• Fluxo real ou produto é o conjunto dos bens 
e dos serviços produzidos pelas empresas e 
constitui a oferta.
• Fluxo monetário, nominal ou renda é o conjunto 
dos pagamentos feitos aos fatores de produção e 
constitui a procura ou demanda.
• Mercado é o ponto de encontro de procura e oferta, 
é onde as compras e as vendas ocorrem.
• A circulação de bens, de serviços e de rendas é da 
responsabilidade de duas entidades econômicas, 
principalmente: o conjunto de empresas e o 
conjunto de fatores produtivos. De acordo com 
a demanda, as empresas pagam pelos produtos 
que vão ser adquiridos pelas famílias, nos 
supermercados. Esse investimento volta para as 
empresas, formando o fluxo nominal ou a renda. 
Ou, então, as empresas colocam no mercado seus 
bens e serviços, que constituem a oferta, formando 
o fluxo real.
Exercícios
I – Ao reproduzir a figura que liga os fluxos 
monetário e real, o desenhista se confundiu. 
Assinale os erros que ele cometeu.
13
II– Estabeleça relação entre as colunas 
escrevendo, nos parênteses, a letra 
correspondente.
A – Oferta
B – Demanda 
C – Mercado
1. ( ) É o ponto de encontro entre oferta 
e demanda.
2. ( ) Bens e serviços que estão à disposição 
dos consumidores.
3. ( ) Totalidade da remuneração dos 
fatores produtivos.
4. ( ) Forma o fluxo nominal.
5. ( ) Forma o fluxo real.
III– Sublinhe, nos parênteses, a palavra que 
completa corretamente o texto.
1. À medida que acontecem as atividades de 
produção, dois fluxos ocorrem 
simultaneamen- te, o fluxo real e o fluxo 
monetário, este último também chamado . 
(de bens e serviços/nominal ou renda)
2. O fluxo ocorre porque, 
ao exercerem suas atividades, as unidades 
produtoras remuneram os fatores de 
produção empregados. (monetário/real)
3.
O fluxo monetário constitui a , 
pois, com dinheiro, os consumidores 
procuram, no mercado, os bens e os serviços 
de que necessitam. (oferta/demanda)
IV– Responda às questões.
1. Quais as funções primordiais do 
sistema econômico?
2. Quando se estabelece o que denominamos
mercado?
3. Que entidades econômicas são as principais 
responsáveis pela contínua circulação de 
bens, serviços e rendas?
12Unidade 2
CONTABILIDADE 
SOCIAL
Contabilidade Social, também conhecida 
como Contabilidade Nacional define-se por um 
instrumento baseado na análise da atividade 
econômica, quantificando os objetos em nível 
político-econômico. Ou seja, permite mensurar 
a totalidade das atividades econômicas, por 
meio do sistema de contas nacionais.
A macroeconomia e a microeconomia são 
os dois grandes ramos do saber econômico e, 
em linhas gerais, podem ser assim analisados: 
a visão macroeconômica estuda o país como 
um todo. Já a visão microeconômica estuda 
seus componentes, ou seja, os átomos da 
economia. Nesse caso, estuda-se, por exemplo, 
a empresa isoladamente, o consumidor 
individual e o mercado onde eles se 
encontram.
A renda e o produto
O grande objetivo da macroeconomia é 
descobrir as razões que determinam a 
quantidade de renda e produto que um 
sistema econômico consegue gerar. Por que 
os economistas se mostram tão interessados 
em descobrir essas causas? Inicialmente, 
basta lembrarmos que o problema 
fundamental da economia é a escassez de 
fatores de produção que devem, por 
conseguinte, ser combinados de tal maneira 
que se consiga o maior número de bens e de 
serviços. Em outras palavras, trata-se de obter 
a máxima eficiência, isto é, o maior produto 
possível com as quantidades de fatores 
disponíveis. Por isso, torna-se necessário 
registrar a atividade econômica para que se 
possa analisar seu desempenho global.
Por outro lado, a história econômica recente, 
com eventos como a crise econômica dos EUA 
de 1929, as guerras mundiais e os períodos 
de recessão, demonstra a necessidade de se 
observar, com mais frequência e cuidado, as 
grandes variáveis econômicas para se prever, 
com razoável antecedência, problemas no 
funcionamento da economia. Com esse 
objetivo, determinou-se que a medida do 
produto e da renda fosse feita em unidades 
monetárias para que se pudesse somar vários bens 
em diversas quantidades. Concordou-se, também, a 
exemplo da contabilidade, que o período de 
mensuração
13
fosse de um ano, começando em janeiro 
e terminando em dezembro.
A atividade econômica, como já foi 
visto anteriormente, pode ser analisada 
e medida sob duas óticas: a ótica do 
produto (fluxo real) e a ótica da renda 
(fluxo monetário).
O produto de uma economia é a soma 
dos valores monetários de todos os bens e 
serviços colocados à disposição dos 
consumidores, no período de um ano. 
Como se obtém o produto de um sistema 
econômico? Tomam-se todos os bens 
que foram vendidos ao consumidor, 
somam-se os estoques e multiplica-se 
pelos respectivos preços. Nessas 
operações é necessário não se levar em 
conta o valor dos bens intermediários para 
evitar dupla contagem. Exemplificando: o 
preço da placa de LCD de uma TV não 
será computado no produto, porque ele já 
está incorporado no preço da TV. Esta é a 
ótica do produto.
A ótica da renda leva em conta que a 
renda de uma economia é a soma de 
todos os pagamentos efetuados a todos 
os fatores de produção. Ao se somar 
salários, aluguéis, juros e lucros, pagos 
durante um ano, ter-se-á a renda global 
naquele mesmo ano.
Então, como o sistema é fechado, 
podemos concluir que, no espaço de um 
ano, o produto global é igual à renda 
global, porque, no fundo, trata-se das 
duas faces de uma mesma moeda.
Se admitirmos que toda a receita das 
empresas é distribuída com os fatores de 
produção e que esses fatores gastam suas 
remunerações na compra de bens e de 
serviços produzidos na economia, está 
então explicada a identidade 
fundamental da teoria macroeconômica: 
produto  renda.
Para que se meçam essas e outras 
variáveis macroeconômicas, surgiu a 
Contabilidade Nacional ou Social, cujos 
procedimentos se assemelham aos da 
contabilidade tradicional.
Resumo
• Visão macroeconômica é a noção do país como 
um todo: a renda nacional e o Produto Interno 
Bruto que surgirão a partir do fluxo monetário e 
do fluxo real.
• Visão microeconômica é o estudo da empresa 
isoladamente, do consumidor visto individualmente 
e do mercado onde eles se encontram.
12Unidade 2
Exercícios
I – Responda às questões.
1. O que você entende por visão 
macroeconômica de um país?
2. Como você define microeconomia?
3.
Qual é o grande objetivo da macroeconomia?
II– Escreva F (para falso) e V (para verdadeiro), 
nos parênteses, conforme o conteúdo das 
afirmativas.
1. ( ) As medidas do produto e da renda são 
feitas em unidades monetárias.
2. ( ) O produto de uma economia é a soma 
mensal dos valores dos bens e dos 
serviços cobrados aos 
consumidores.
3. ( ) A renda de uma economia é a soma de 
todos os pagamentos efetuados a 
todos os fatores de produção.
4. ( ) Para que se meçam todas as variáveis 
macroeconômicas, surgiu a 
Contabilidade Nacional ou Social, cujos 
procedimentos se assemelham aos da 
contabilidade tradicional.
13
A partir do fluxo real, aparecerá a 
noção de renda nacional.
O PIB, ou Produto Interno Bruto, é 
obtido a partir do fluxo de bens e de 
serviços ou fluxo real.
OS PRINCIPAIS 
AGREGADOS 
MACROECONÔMICO
S
As partes da macroeconomia são denominadas 
agregados macroeconômicos. São elas que 
possibilitam uma análise do desenvolvimento 
de um país, facilitando a mensuração do nível 
de desenvolvimento e de crescimento 
econômico.
Os principais agregados macroeconômicos são: 
Produto Interno Bruto (PIB), o Produto Interno 
Bruto a preços de mercado, (PIBp.m.), o 
Produto Interno Bruto a custo de fatores 
(PIBc.f.), o Produto Interno Líquidoa custo de 
fatores (PIL) ou Renda Interna Líquida, o 
Produto Nacional Líquido (PNL) ou Renda 
Nacional (RN).
Produto Interno Bruto (PIB) – É definido 
como o valor de mercado de todos os bens 
finais e os serviços produzidos num país num 
dado período de tempo.
• Formação do PIB: fazem parte do PIB todos 
os bens produzidos na economia que podem 
ser legalmente vendidos no mercado.
• O objetivo da macroeconomia é descobrir
as razões que determinam a quantidade de 
renda e de produto que um sistema econômico 
consegue gerar.
5. ( )
6. ( )
• A medida do produto e da renda é feita em unidades 
monetárias e com o período de mensuração 
de um ano.
• A análise da atividade econômica é feita através 
da ótica do produto (fluxo real) e da ótica da 
renda (fluxo monetário).
• Produto é a soma dos valores monetários de todos 
os bens e os serviços colocados à disposição dos 
consumidores, no período de um ano.
• Renda é a soma de todos os pagamentos 
efetuados a todos os fatores de produção, em um 
determinado período de tempo.
• Contabilidade Nacional é uma maneira de medir 
as variáveis da atividade econômica de um 
país, num determinado período de tempo.
12Unidade 2
• Bens finais: o PIB inclui somente bens finais 
que são vendidos para o usuário final. No 
cômputo de um automóvel, por exemplo, 
devem-se extrair os gastos com bens 
intermediários (pneus, vidros, aço etc.).
• Serviços: o PIB inclui bens tangíveis e itens 
intangíveis como serviços médicos, lazer etc. 
Se o indivíduo compra um CD de uma banda 
(bem) ou assiste ao show da mesma banda 
(serviço), em ambos os casos, há elevação 
do PIB.
• Período de produção: não podem ser 
computados no PIB itens que não tenham 
sido efetivamente produzidos no período 
analisado para evitar dupla contagem. Se 
uma casa for construída num ano e vendida 
noutro ano, o valor deve ser computado no 
ano de sua fabricação. Da mesma forma, se 
eu comprar uma casa que já estava 
construída, essa transação não altera o PIB, 
visto que não houve produção de 
mercadoria.
• Abrangência: o PIB mede o valor da 
produção dentro dos limites geográficos de 
um país. É diferente do PNB, que mede a 
produção total dos residentes nacionais.
• Periodicidade: o PIB é medido anual ou 
trimestralmente.
Há duas maneiras de se medir o PIB de uma 
economia.
• Produto Interno Bruto a preços de mercado 
é a soma dos valores monetários dos bens e 
dos serviços produzidos, mais os impostos 
indiretos e menos os subsídios, conhecido 
também como PIBp.m.
• Produto Interno a custo de fatores é a soma 
dos valores monetários dos bens e serviços 
produzidos, menos os impostos indiretos e 
mais os subsídios, também conhecido como 
PIBc.f.
Produto Interno Líquido (PIL) – É o 
PIB decrescido das eventuais 
depreciações que ocorrem.
PIL=PIB – Depreciação
Produto Nacional Bruto (PNB) – É o valor 
monetário total de todos os bens e os serviços 
finais produzidos pelos cidadãos de uma nação, 
mesmo que tenham sido produzidos no 
exterior.
PIB + Rendas Recebidas do Exterior – Rendas 
Enviadas ao Exterior = PNB
13
Produto Nacional Líquido (PNL) ou 
Renda Nacional (RN) – É Produto 
Nacional Bruto (PNB) menos depreciação.
PNB – Depreciação = PNL
Renda Pessoal (RP) – É a renda que as 
pessoas vão dispor, antes do Imposto de 
Renda (imposto direto). Se, da RN, 
subtrairmos os lucros retidos pelas 
empresas, os impostos diretos das 
empresas (imposto de renda sobre os 
lucros), as contribuições feitas à 
Previdência Social e somarmos as 
transferências governamentais 
(despesas com inativos, 
pensionistas, salário-família e outros 
benefícios da Previdência Social) aos 
juros pagos pelo Governo, teremos a 
Renda Pessoal.
Renda Pessoal Disponível (RPD) – É 
a renda que as pessoas dispõem para 
gastar ou poupar. Para tanto, basta que 
da RP se subtraiam os impostos diretos 
pagos.
O nível de bem-estar de uma sociedade 
está diretamente vinculado à maneira 
como o produto é distribuído. Se poucos 
recebem muito e muitos recebem pouco, 
a desigualdade de rendas é significativa.
Distribuição da renda e “Renda Per 
Capita”
Um dos indicadores mais usados para se 
medir o grau de desenvolvimento de um 
país é a “Renda Per Capita”, que é o 
resultado da divisão do PIBc.f. ou Renda 
Interna Bruta pela população. Todavia, 
apesar de ser fácil de se calcular, a 
“Renda Per Capita” esconde dois grandes 
senões. O primeiro, é que não nos informa 
qual o grau de concentração da Renda 
Nacional. O segundo, é que há também 
algumas regiões mais ricas que outras, o 
que a “Renda Per Capita” não consegue 
mostrar.
Resumo
Os principais agregados macroeconômicos são 
estes.
• Produto Interno Bruto (PIB) – resulta da soma 
dos valores monetários dos bens e dos serviços 
finais.
• Produto Interno Bruto a custa de fatores 
(PIBc.f.) – é a soma dos valores monetários dos 
bens e dos serviços finais à qual se subtraem os 
impostos e se somam os subsídios.
• Produto Interno Bruto a preço de mercado 
(PIBp.m.) – é a soma dos valores monetários
12Unidade 2
dos bens e dos serviços finais à qual se somam 
impostos e subtraem os subsídios.
• Produto Interno Líquido (PIL) – é o PIBc.f. 
menos o montante da depreciação.
• Produto Nacional Líquido (PNL) – é o PILc.f. menos 
a renda enviada para o exterior, mais a renda 
recebida do exterior.
• Renda Pessoal (RP) – é o PNL de onde se subtraem 
os lucros retidos pelas empresas, os impostos 
diretos das empresas (IR) e as contribuições 
feitas à Previdência Social, mais as transferências 
governamentais (despesas com inativos, 
pensionistas e outros benefícios da Previdência) 
e, ainda, mais os juros pagos pelo Governo.
• Renda Pessoal Disponível (RPD) – é a renda 
pessoal de onde foram subtraídos os impostos 
diretos pagos pelas pessoas; é o montante de que 
elas dispõem;
• Renda Per Capita (RPC) – é o resultado da 
divisão do PIBc.f. ou Renda Interna Bruta pela 
população.
Exercícios
Escreva, nos parênteses, a letra correspondente à 
definição correta da 2a coluna.
1. ( ) PIBp.m.
2. ( ) PIBc.f.
3. ( ) PIL
4. ( ) PNL
5. ( ) RP
6. ( ) RPD
A – Renda Nacional Líquida menos os lucros 
retidos, os impostos diretos das 
empresas e as contribuições à 
Previdência, mais as transferências do 
Governo.
B – Soma dos valores monetários dos bens e dos 
serviços finais, computando-se os impostos 
indiretos e subtraindo-se os subsídios.
C – Igual ao Produto Bruto a custo de 
fatores menos a parcela de depreciação.
D – Soma dos valores monetários dos bens e dos 
serviços finais, subtraindo-se os impostos 
indiretos e somando-se os subsídios.
E – Renda Pessoal menos os impostos diretos 
pagos pelas pessoas.
F – Produto Interno Líquido menos a renda 
enviada ao exterior, mais a renda recebida do 
exterior.
CONSUMO E 
POUPANÇA
A Renda Pessoal Disponível é o montante que 
as pessoas dispõem. Normalmente, é usada 
para os gastos que satisfazem as 
necessidades dos seres humanos (consumo) e, 
em geral, deduzidos os gastos, sobra uma 
parcela que chamamos de poupança. Quando 
isso ocorre, significa, como já vimos, que parte 
da produção não foi vendida, formando-se 
estoques.
Então, podemos dizer que:
Poupança = Renda – Consumo 
P = R – C e R = C + P
Componentes do consumo
Em qualquer sistema econômico, o consumo de 
um país recebe a influência de vários fatores:
• distribuição individual da renda;
• política fiscal do Governo;
• nível de renda em poder dos consumidores;
• taxa real de juros;
• rentabilidade das aplicações financeiras etc.
Estudos sociais demonstram que a população 
pode ser influenciada pela necessidade de 
demonstrar o nível de sua renda e sua posição 
social, basicamente por meio de seus padrões 
de consumo. Entretanto, estudos estatísticos 
mostram que a renda nacional disponível é um 
dos fatores que mais pesam na decisão de 
consumo (ou poupança) da população.
Poupança e investimento
Apoupança pode ser entendida, em termos 
econômicos, como a parcela da renda não 
consumida pela comunidade na satisfação de 
suas necessidades imediatas. Basicamente, é o 
excesso da renda global em relação ao 
consumo agregado da coletividade.
Do lado real, o que ocorre é que os indivíduos 
colocam sua poupança na mão de 
intermediários que vão emprestá-la aos 
empresários, para que eles financiem o estoque 
não vendido e façam ampliações da capacidade 
13
produtiva. Em outras
12Unidade 2
palavras, os empresários 
investem. Logo, podemos afirmar 
que:
Poupança = investimento ou
P = I que é uma igualdade fundamental na 
macroeconomia.
O investimento pode ser definido como o 
acréscimo ao capital real da sociedade; como a 
poupança, ele é resultado de uma abstenção 
do consumo imediato, em relação à renda 
gerada no período.
Influenciam a demanda por investimento: as 
expectativas empresariais – taxa de 
rentabilidade esperada e as taxas de juros do 
mercado.
O mercado de trabalho
O mercado de trabalho constitui um conjunto 
de condições que definem, articulam e 
regulam as atividades profissionais, a oferta de 
trabalho e a procura de trabalhadores em uma 
determinada sociedade.
Esse mercado de trabalho é composto pela 
população economicamente ativa e sofre 
influência de vários fatores para sua 
dinamização ou para sua retração, provocada 
por crises financeiras que aumentam o índice 
de desemprego no País.
Oferta e demanda de emprego
Um dos fatores de dinamização do mercado de 
trabalho é a oferta e a demanda de emprego. A 
oferta de emprego está relacionada à 
necessidade de contratação de pessoas por 
parte das empresas quando há um aumento 
de sua produção. O Governo também 
influencia esse processo já que é um dos 
grandes contratantes de mão de obra. Além do 
papel de empregador, o Governo pode 
funcionar como impulsionador na geração de 
empregos quando desenvolve políticas que 
influenciam o crescimento das atividades nas 
empresas, isto é, quando reduz a tributação, 
quando oportuniza maiores condições de 
crédito, por exemplo.
Quando o Governo desenvolve políticas 
enfocando a melhoria das condições de vida da 
população, está funcionando, também, como 
incentivador para a geração de empregos.
13
Resumo
• Consumo refere-se aos gastos que 
satisfazem as necessidades dos seres 
humanos.
• Poupança é a parcela que resta quando 
são deduzidos os gastos do montante que 
a pessoa dispõe.
• Estoque é a parte da produção que não foi 
vendida.
• Os fatores que influenciam o consumo 
são: distribuição individual da renda; 
política fiscal do Governo; nível de renda 
em poder do consumidor; taxa real de 
juros; rentabilidade das aplicações 
financeiras.
• A poupança, sob a responsabilidade 
de intermediários, é emprestada aos 
empresários, transformando-se em 
investimentos.
• O investimento é um acréscimo ao capital 
real da sociedade e sua demanda sofre a 
influência das expectativas empresariais e 
das taxas de juros do mercado.
• O mercado de trabalho, conjunto de 
condições que regulam as atividades 
profissionais, é composto pela população 
economicamente ativa.
• A oferta e a demanda de emprego 
dinamizam o mercado de trabalho.
• O Governo influencia esse mercado, não só 
como empregador, como também 
impulsionador, por meio de políticas 
voltadas para a melhoria das condições de 
vida da população.
Exercícios
Escreva V (verdadeiro) e F (falso) em relação ao 
conteúdo das afirmações abaixo.
1. ( ) A poupança é um dos fatores 
responsáveis pela formação de 
estoques.
2. ( ) A política fiscal do Governo 
exerce pouca influência na 
decisão de consumo da 
população.
3. ( ) A poupança da população 
transforma-se em investimento 
empresarial, constituindo a 
fórmula macroeconômica P = I.
4. ( ) A oferta e a demanda de 
empregos, envolvendo a 
população economicamente ativa, 
constituem fatores dinamizadores do 
mercado de trabalho.
5. ( ) O Governo exerce papel relevante 
como contratante de mão de obra e 
impulsionador do mercado de 
trabalho.
12Unidade 2
Microeconomia
Unidade 3
Objetivos:
• Conhecer aspectos da microeconomia.
• Conceituar curva de demanda e oferta.
• Distinguir bens complementares de bens 
substitutos.
• Conceituar a Teoria Elementar de 
Produção.
ECONOMIA DO 
CONSUMIDOR, DA 
EMPRESA E DO MERCADO
Microeconomia – A procura
A microeconomia preocupa-se com o 
comportamento dos indivíduos como agentes 
econômicos.
Os agentes econômicos podem ser 
classificados, para fins deste estudo, em: 
consumidores; produtores ou 
empreendedores; e proprietários dos fatores 
de produção.
Os consumidores são aqueles que 
demandam bens e serviços; os 
empreendedores ou produtores são 
aqueles que empregam os fatores de produção 
para a prestação de serviços ou a produção de 
bens; os proprietários dos fatores de 
produção são os detentores dos insumos da 
produção: o trabalhador que vende a sua força 
de trabalho, o locatário que aluga suas terras 
e o capitalista que empresta o seu capital.
A utilidade
Como o consumidor dispõe de sua renda?
A renda do consumidor, seja ela advinda de 
salário (remuneração do fator trabalho), de 
juros e lucros (remuneração do capital) ou de 
aluguéis (remuneração das terras e 
instalações), é gasta com a aquisição de bens 
e, quando possível, ele guarda uma certa 
quantidade, denominada poupança. A isto 
se chama Orçamento do Consumidor.
Como decidir que quantidade dos bens comprar 
e consumir?
O critério de decisão rege-se pela utilidade dos 
bens e dos serviços.
A utilidade é a capacidade dos bens e dos 
serviços satisfazerem as necessidades de um 
consumidor.
É um conceito altamente pessoal porque o que 
é útil para mim, pode ser mais ou menos útil 
para você ou até não ter utilidade alguma.
Mensuração da utilidade
Pense um pouco sobre esta pergunta. A 
utilidade pode ser medida?
Os economistas clássicos achavam que sim. 
Criaram até uma unidade de utilidade que ficou 
conhecida como “utis”. Assim, cada bem ou 
serviço teria sua utilidade medida em “utis”. 
Ademais, as utilidades seriam somadas umas 
às outras. Um bom bife com batatas fritas, por 
exemplo, seria o resultado da soma das “utis” 
do bife e da batata frita.
Esta forma de ver a mensuração da utilidade 
ficou conhecida como Teoria Cardinal da 
Utilidade. Como teoria, ela é até aceitável, mas 
é impossível determinar a utilidade dos bens e 
dos serviços de uma maneira geral e 
impessoal. E mais, a utilidade não parece ter a 
característica de ser
22Unidade 3
aditiva. Um copo de laranjada com açúcar não 
é o resultado da utilidade da laranjada mais a 
utilidade do açúcar.
Para superar as deficiências conceituais da 
Teoria Cardinal da Utilidade, modernamente se 
aceita a Teoria Ordinal da Utilidade. Assim, 
o consumidor prefere um bem a outro e desta 
maneira um bem tem mais utilidade do que o 
outro. Quanto tem a mais de utilidade? Não 
importa, basta que ele consiga ordenar os bens 
de mais úteis a menos úteis. Além disso, é certo 
que o consumo de vários bens, 
simultaneamente, multiplica a utilidade final. A 
este fenômeno se dá o nome de sinergia, ou 
seja, o todo é maior que a soma das partes.
Resumo
• A microeconomia preocupa-se com o 
comportamento dos indivíduos como agentes 
econômicos. Os agentes econômicos são 
classificados em:
– consumidores que necessitam dos bens e dos 
serviços para satisfazer suas necessidades;
– produtores, empresários ou capitalistas que 
produzem os bens e os serviços;
– proprietários dos fatores de produção que 
são: o trabalhador que vende a sua força de 
trabalho, o locatário que aluga suas terras, o 
capitalista que empresta seu capital.
• A utilidade é a capacidade que um bem ou um 
serviço tem de satisfazer necessidades.
• O orçamento é a renda monetária do consumidor, 
que será gasta na aquisição de bens e de serviços.
• A Teoria Cardinalafirmava que a utilidade podia ser 
medida cardinalmente em “utis” e que a utilidade 
de um bem não era influenciada pelo consumo de 
outros bens.
• A Teoria Ordinal considera que a utilidade é 
decorrente do consumo combinado, e não 
individual, dos bens. Além disso, a utilidade não é 
mais medida, mas, sim, ordenada, hierarquizada.
• Sinergia é a teoria que diz que o todo é maior que 
a soma das partes; implica uma ação coordenada, 
cooperativa, de vários fatores.
Exercícios
I – Responda às questões.
1. Por que todos os agentes econômicos 
podem ser reduzidos à categoria de 
consumidores?
2. Qual a relação entre utilidade e orçamento?
3. Que medida foi criada para verificar a utilidade?
II– Ligue corretamente as colunas.
A – Utilidades 
B – 
Orçamento
C – 
Consumidor D – 
Capitalista E – 
Poupança
1. ( ) Renda monetária do consumidor, que 
será gasta na aquisição de bens e de 
serviços.
2. ( ) Quem vive da renda advinda dos juros.
3. ( ) Quantia que o consumidor reserva 
para imprevistos futuros ou para 
render juros.
4. ( ) Capacidade que um bem ou um serviço 
tem de satisfazer necessidades.
5. ( ) É o objeto final de toda a 
atividade econômica.
III– Faça o que se pede.
1. Especifique os três tipos de renda 
que conhecemos.
2. Explique a diferença entre a Teoria 
Cardinal e a Teoria Ordinal.
23
Preço da 
carne A
P
Quantidade
de carne
A Curva da Demanda
Por que uma pessoa procura ou demanda 
somente alguns bens?
Uma primeira razão é que alguns bens têm 
utilidade, outros não. Mas não é só isso. Outros 
fatores influenciam a escolha e a quantidade 
de bens demandados por um consumidor. 
Entre estes fatores, vale citar a renda das 
pessoas, suas preferências, o preço do bem e 
o preço de outros bens.
Dois aspectos inter-relacionados devem ser 
considerados, em nosso estudo, do 
comportamento do consumidor. O primeiro se 
refere ao fato de que o consumidor sempre 
preferirá consumir a maior quantidade de bens 
dada à disponibilidade orçamentária. Uma 
cesta de mercadorias (conjunto de diversos 
bens e serviços adquiridos com o orçamento 
do consumidor) que contenha mais produtos é 
sempre preferível à que tenha menor 
quantidade de mercadorias. O segundo
é que o consumo de qualquer bem ou serviço é 
altamente influenciado por seu preço.
No entanto, podem existir várias combinações 
com as quais o consumidor alcança a utilidade 
máxima.
Em qualquer das combinações, o consumidor 
estaria atingindo o mesmo nível de utilidade. A 
esse conjunto de combinações possíveis, que 
mantém a utilidade invariável, denomina-se 
Curva de Indiferença ou CI. Isto quer 
dizer que a curva é assim chamada porque o 
consumidor se sente indiferente ou igualmente 
satisfeito com as diversas combinações 
possíveis.
Analisemos, agora, nosso consumidor frente 
a um único bem, enfoque mais operacional e 
prático. Voltemos à nossa pergunta inicial: – O 
que determina o comportamento do 
consumidor frente a um bem?
Fundamentalmente, o preço deste bem, a 
renda do consumidor, o preço de outros bens e 
a utilidade que este bem proporciona. Para fins 
de análise, admitiremos que a renda, o preço 
dos outros bens e a utilidade sejam constantes, 
de tal forma que a demanda seja unicamente 
influenciada pelo preço do bem. Novamente 
temos um conjunto de alternativas ou 
possibilidades: se o preço do bem for muito 
alto, o consumidor vai comprá-lo em pequenas 
quantidades de cada vez.
Existem algumas situações limites em que a 
Curva de Demanda pode ser perfeitamente 
vertical (A) ou perfeitamente horizontal (B). São 
comportamentos extremados, pouco prováveis 
na vida real, mas importantes do ponto de vista 
analítico.
22Unidade 3
P 
(B) 
Demanda perfeitamente elástica
Q 
P 
(A)
Q 
Demanda perfeitamente 
inelástica
Numa Curva de Demanda perfeitamente 
vertical, variações de preços não são 
significativas na decisão do indivíduo de 
consumir o produto. Geralmente envolve 
situações em que o consumo de um bem é 
extremamente necessário ou o consumidor se 
coloca numa situação em que é 
completamente dependente do consumo 
de tal produto.
Numa Curva de Demanda perfeitamente 
horizontal, estaríamos frente a uma demanda 
infinita de uma mercadoria a um preço fixo P.
A inclinação da Curva de Demanda mostra, 
portanto, a sensibilidade das vendas de um 
produto dada a variação de preços. Quanto 
mais inclinada, mais vertical, menor a variação 
das quantidades consumidas a partir de 
variações de preços. Em outras palavras, é 
necessário grandes alterações nos preços para 
se obter mudanças nas quantidades. Por outro 
lado, quanto menos inclinada for a curva de 
demanda (mais horizontal), maior a resposta 
das quantidades consumidas a partir de 
alterações nos preços.
Isto nos leva, então, a enunciar a Lei da 
Procura ou Lei da Demanda: “A procura de 
um bem varia na proporção inversa de seu 
preço: quanto maior o preço, menor a procura 
e vice-versa.”
Como ficaremos sabendo a quantidade que o 
consumidor comprará? Quando colocarmos em 
cena a oferta do bem, com sua curva de oferta.
Resumo
• Curva de Demanda é a representação gráfica 
das diferentes quantidades de um bem que os 
consumidores estão dispostos a comprar aos 
diferentes preços por unidade de tempo.
• A Lei da Demanda expressa a relação inversa 
existente entre a quantidade demandada de um 
bem e seu preço. Indica que, quanto maior for 
o preço de um bem, menor será a quantidade 
demandada desse bem. Também é chamada de 
Lei da Procura.
• O comportamento do consumidor é, basicamente, 
determinado pelos seguintes aspectos:
– o preço do bem a ser adquirido;
– a renda do consumidor;
– o preço dos outros bens;
– a utilidade que o bem proporciona.
Exercícios
I – Responda às questões.
1. O que determina o comportamento de 
um consumidor frente a um bem?
2. Qual o enunciado da Lei da Procura ou da 
Demanda?
3. O que é Curva de Demanda?
II– Marque, com um x nos parênteses, as afirmativas 
corretas.
1. ( ) Alguns bens têm utilidade; outros não.
2. ( ) O consumidor precisa de muitos bens e 
serviços para satisfazer suas 
necessidades.
3. ( ) O consumo de qualquer bem ou 
serviço nunca é influenciado por seu 
preço.
4. ( ) Curva de Indiferença ou C.I. é um 
conjunto de combinações possíveis que 
mantém a utilidade de um bem invariável.
5. ( ) Se o preço do bem for muito alto, o 
consumidor vai comprá-lo em 
pequenas quantidades de cada vez.
23
No caso dos bens substitutos perfeitos, 
sendo estes perfeitamente substituíveis, pode-
se consumir só um desses ou qualquer 
combinação entre eles. Suponha que uma 
criança seja indiferente entre lápis de cor 
verdes e azuis. Para esta criança o que importa 
é a quantidade de lápis que possui e não as 
cores desses lápis. Nesse caso, qualquer 
combinação entre lápis verdes e azuis, desde 
que some a mesma quantidade de lápis, será 
igualmente útil para o consumidor.
Resumo
Bens complementares e bens substitutos
Dois bens são considerados complementares 
entre si, para o consumidor, quando são 
consumidos juntos, para que a satisfação seja 
a máxima possível. É o caso do pão e da 
manteiga, do bife e da batata frita, do café e do 
leite, do arroz e do feijão. Às vezes, esta relação 
de complementaridade depende do hábito das 
pessoas. Arroz e feijão é uma combinação sem 
sentido no Canadá. Outras vezes, não. A porca 
e o parafuso, o pneu e a roda não dependem 
de lugar e de costumes.
Um exemplo na economia que é emblemático 
na caracterização de bens complementares é o 
consumo de veículos automotores e 
combustíveis. Aumento de preço de 
combustíveis desestimula a venda de 
automóveis e vice-versa. Na construção, 
também há o caso da combinação areia e 
cimento. O aumento do preço de um dos 
componentes afeta a demanda pelo outro 
bem.
Existem dois casos especiais que vale a pena 
retratar: os bens complementares perfeitos e 
os bens substitutosperfeitos.
O caso dos bens complementares 
perfeitos envolve a situação em que só existe 
uma única combinação no consumo desses 
bens que proporciona aumentos de 
satisfação. É o mesmo caso dos produtos em 
que se consome aos pares.
Um pé de sapato esquerdo só combina com um 
pé de sapato direito para formar um par de 
sapatos. De nada me adiantaria ter dois pés de 
sapato esquerdos, pois não seria de nenhuma 
serventia. Para cada unidade de pé de sapato 
esquerdo existe só uma combinação de pés 
de sapato direito (1 por 1, neste caso) que 
me proporciona aumento de satisfação.
•
22Unidade 3
Bens complementares são aqueles que precisam 
ser consumidos juntos para gerar a satisfação 
máxima para as pessoas.
• Bens substitutos são aqueles que podem ser 
substituídos no consumo, gerando satisfação 
igual ou semelhante para o consumidor.
Exercícios
I – Complete as lacunas, escolhendo 
convenientemente a palavra que dará sentido a 
cada afirmativa abaixo.
1. Para que dois bens sejam considerados 
complementares, eles precisam ser 
consumidos
 (juntos/separadamente), 
para que o consumidor tenha a 
(máxima/mínima) satisfação.
2. Para que dois bens sejam considerados 
substitutos, eles podem ser 
consumidos
 (juntos/ 
separadamente), proporcionando 
satisfação
 (semelhante/ 
diferente) para o consumidor.
3. Dois bens iguais, mas com marcas diferentes, 
como biscoitos, são bens substitutos. 
Portanto, se o preço do biscoito da marca A 
aumenta,
é de se supor que a demanda pelo biscoito B
 (aumente/diminua).
II– Responda às questões.
1. Quando dois bens são 
considerados complementares?
2. Que são bens substitutos?
23
TEORIA ELEMENTAR DA 
PRODUÇÃO
Para podermos compor o cenário completo de 
um mercado, é necessário conhecermos a 
procura e a oferta. Já vimos a primeira, resta-
nos, então, estudar esta última, com certo 
detalhe, para que nosso conhecimento se 
complete. Vamos verificar como se processa a 
produção de bens e de serviços, ou seja, como 
os produtos se organizam. De início, daremos 
alguns conceitos básicos que nos permitirão 
melhor entender o processo produtivo.
O primeiro conceito é o de firma ou empresa.
Firma ou empresa é uma unidade técnica de 
produção; o local onde se realiza a produção, 
sem a preocupação com aspectos jurídicos ou 
contábeis. Uma firma é um conjunto composto 
de local, trabalhadores e matérias-primas, onde 
se produzem bens ou serviços. Não é 
importante saber se ela é, por exemplo, 
registrada ou se tem uma contabilidade 
organizada.
De acordo com este conceito, tanto a Ford 
como a costureira que faz roupas em casa ou o 
mecânico de fundo de quintal são firmas. Em 
cada uma delas, é possível identificar o 
empresário, aquele que organiza o processo 
produtivo.
O segundo conceito importante é o de fator de 
produção, que compreende trabalho, capital e 
recursos naturais. Por fim, o conceito de 
produção, que é o processo de combinação dos 
fatores de produção pelo empresário, que visa à 
obtenção de bens e serviços que serão 
ofertados no mercado.
As funções de produção
Sabemos que podemos obter bens e serviços 
combinando fatores de produção. Mas quanto
22Unidade 3
obteremos de um bem se utilizarmos 
variadas quantidades de fatores de 
produção? A quantidade produzida 
dependerá do montante utilizado dos 
fatores de produção, combinados de uma 
determinada maneira. As maneiras de se 
combinar os fatores são as diversas 
tecnologias disponíveis. Assim, sempre 
existirão tecnologias que usam muito 
trabalho ou muito capital. Mas, definida a 
tecnologia a ser utilizada, existirão 
combinações possíveis de fatores de 
produção que produzirão quantidades de 
bens e serviços. A esta relação entre 
produção e fatores dá-se o nome de 
função de produção que 
matematicamente pode ser expressa da 
seguinte forma:
Q = f (k, L)
Quantidade produzida (Q) é uma função 
da quantidade utilizada do fator capital 
(K) e da quantidade utilizada do fator 
trabalho (L). Por exemplo, suponhamos 
que a produção de camisas seja 
representada pelo quadro a seguir.
Q K L
100 80 30
120 90 35
150 100 40
190 110 45
230 120 50
270 130 55
Ou seja, para produzirmos 100 camisas 
temos que utilizar 80 unidades de capital e 
30 de trabalho, e assim por diante.
Resumo
• Firma ou empresa é uma unidade técnica 
que combina os fatores de produção para 
produzir bens e serviços.
• Fatores de produção são os 
elementos transformados durante o 
processo de produção. São classificados em 
três grupos: trabalho, capital e recursos 
naturais.
• Produção é o processo que combina e 
transforma os fatores de produção 
adquiridos pela empresa, visando criar bens 
e serviços que serão ofertados no mercado.
• Função de produção é uma relação técnica que 
associa as diferentes quantidades de fatores de 
produção, empregados no processo produtivo, às 
quantidades produzidas de um bem ou de um 
serviço.
• Empresário é o agente que organiza o processo 
produtivo.
23
Exercícios
I – Responda às questões a seguir.
A função de produção de uma fábrica de 
sabão é dada pela expressão matemática (ou 
função matemática): Q = 100 + 80 K + 35 L
1. Qual será a quantidade produzida se 
empregar 15 uds de K e 10 uds de L?
2. E se forem utilizados 40 K e 50 L?
II– Relacione corretamente as colunas.
A – Empresa
B – Empresário 
C – Produção
1. ( ) Unidade técnica de produção, o local onde 
se realiza a produção.
2. ( ) O agente que organiza o 
processo produtivo.
3. ( ) Processo de combinação dos fatores de 
produção pelo empresário, visando à 
obtenção de bens e de serviços.
III– Escreva F (para falso) e V (para verdadeiro), 
nos parênteses, conforme o conteúdo das 
afirmativas.
1. ( ) Um local, trabalhadores e matérias-
primas não constituem uma empresa.
2. ( ) Toda firma deve ser registrada e ter 
uma contabilidade organizada.
3. ( ) Empresário é aquele que organiza 
o processo que gerará bens e 
serviços.
4. ( ) A quantidade de bens produzidos 
dependerá do montante utilizado dos 
fatores de produção, combinados de 
uma determinada maneira.
5. ( ) A uma unidade técnica de produção dá-se 
o nome de firma ou empresa.
O custo de produção, receita e lucro
O objetivo de uma empresa é, em geral, ganhar 
dinheiro fazendo negócios. Para que ela consiga 
continuar funcionando, é necessário que essa 
empresa tenha lucros para que possam ser 
reinvestidos na produção. O que é o lucro de 
uma empresa? O montante que a empresa 
recebe pela venda de sua produção é denominado 
receita total. A quantia que a empresa gasta 
para adquirir insumos (fatores necessários para 
que haja produção, como matérias-primas e 
trabalho) é chamada custo total. Definimos 
lucro como a receita total da empresa menos 
seus custos totais, ou seja:
L (Lucro) = RT (receita total) – CT (custos 
totais)
Em relação a custos, a distinção entre custos 
explícitos (custos de insumos que exigem um 
desembolso monetário da empresa, como por 
exemplo: ter que pagar os trabalhadores de 
uma fábrica) e custos implícitos (custos de 
insumos que não exigem um desembolso 
monetário da empresa, como, por exemplo o 
fato de uma pessoa poder se ocupar de outra 
atividade que poderia dar-lhe mais renda, ou 
seja, é uma renda que ela abdica de ganhar) é 
importante na hora de contabilizar os lucros.
A Curva de Oferta
Já vimos, anteriormente, que do lado dos 
consumidores existe a Curva da Demanda; falta 
agora conhecermos o lado dos produtores ou 
da oferta. Do ponto de vista do produtor, 
existe uma relação entre quantidade e preços, 
denominada Curva da Oferta ou função oferta, 
que pode ser expressa da seguinte maneira:
QA = F 
(PA)
ou, quantidade ofertada do bem A é uma 
função (ou depende) do preço do bem A.
Analisemos a lógica desta afirmação: é razoável 
supor que qualquer produtor se sinta animado 
a produzir mais se o preço do produto, no 
mercado, foralto ou estiver em ascensão, 
porque seu lucro, nesse caso, estará 
aumentando. Da mesma maneira, ele reduzirá 
a produção se o preço estiver caindo 
sistematicamente. Existe, então, uma relação 
direta entre quantidade ofertada e preço do 
22Unidade 3
bem, ao contrário da demanda, onde a relação é 
inversa. Esse comportamento é conhecido como 
Lei da Oferta.
23
A Curva da Oferta representa o comportamento 
do conjunto de produtores de cada bem e este 
comportamento é específico de bem para bem. 
Sempre que qualquer um dos determinantes 
da oferta (exceto o preço) se alterar, a Curva 
de Oferta se desloca.
Resumo
• Custo de produção é a despesa do empresário com 
a aquisição dos fatores de produção, necessários 
ao desenvolvimento de suas atividades.
• Receita é a quantia que o empresário recebe 
quando vende sua produção.
• Lucro total é a diferença entre a receita do 
empresário e o seu custo de produção.
• Curva da Oferta é a relação entre as quantidades de 
um bem ou um serviço que os empresários estão 
dispostos a ofertar e seus respectivos preços.
• Lei da Oferta é a relação direta que existe entre 
preços de um bem e a quantidade ofertada. 
Assim, quanto maior o preço, maior será a 
quantidade ofertada.
Exercícios
I – Resolva. (Use folha avulsa para os cálculos.)
1. Seja um empresário que produza buzinas e 
usa o fator trabalho ao preço unitário de 
R$120,00, capital ao preço de R$80,00 e 
matérias-primas ao preço unitário de R$50,00. 
Complete a tabela a seguir, calculando CT, RT 
e LT, sabendo que o preço de venda é 
R$40,00.
Q K L MP CT RT LT
1.000 100 80 50
1.500 200 160 100
2.000 290 230 140
2.500 370 290 180
3.000 440 340 220
II– Complete os espaços em branco com as palavras 
listadas abaixo.
horas utilizadas lucro
receita total receita
fatores de produção preços
quantidades utilizadas despesa
horas trabalhadas quantidade
1. Para que a produção ocorra, o empresário 
tem que adquirir os , 
pagando por eles determinado preço.
2.
O fator capital pode ser medido por 
 , o fator trabalho por
 e a matéria-
prima por .
3. Ao vender o seu produto, o empresário 
terá um preço de mercado que, 
multiplicado pela
quantidade, dará a .
4. O é que permite a 
empresa sobreviver, ampliar e fazer frente 
às incertezas do futuro.
5. Do ponto de vista do produtor, existe uma 
relação entre e
 , 
denominada Curva da Oferta.
6. À quantia que o empresário recebe 
quando vende sua produção dá-se o nome 
de
 .
MERCADO: 
DETERMINAÇÃO DO 
PREÇO DE EQUILÍBRIO
O mercado é o local onde se encontram os 
consumidores de bens e de serviços. Envolve 
estruturas físicas (espaço físico apropriado 
onde as transações são realizadas, como por 
exemplo a Bolsa de Valores, o shopping 
center, a feira, o escritório) e as estruturas 
legais (as regras jurídicas) que ditam as 
maneiras pelas quais as transações são 
efetuadas.
É preciso lembrar que as curvas de oferta e 
demanda, que unem preços e quantidades, 
exprimem possibilidades, ou seja, explicitam 
22Unidade 3
quantidades que se ofertariam ou se 
consumiriam a determinados preços. 
Portanto, o conhecimento
23
produtores 
consumidores 
estruturas físicas 
ponto de 
preço de 
equilíbrio mercado 
estruturas legais
e a análise de uma das curvas, sem o 
conhecimento da outra, não permite 
determinar o preço e a quantidade com os 
quais produtores e consumidores estejam de 
acordo, pois o mercado deve estar em 
equilíbrio. Isto quer dizer que estejam 
determinados o preço e a quantidade de 
equilíbrio. É fácil compreender o que dissemos 
com o auxílio do gráfico a seguir.
Ao preço de R$5,00, os consumidores estariam 
dispostos a comprar 12 unidades do bem 
(ponto A), enquanto os produtores estariam 
dispostos a ofertar 18 unidades (ponto B).
Ao preço de R$2,00, a situação inverte-se. A 
oferta restringe-se a 10 unidades, enquanto 
os consumidores estariam dispostos a 
comprar 18. No primeiro caso, haveria excesso 
de oferta e um estoque se formaria, no 
montante de 18 – 12 = 6 unidades. Todavia, os 
ofertadores não querem ter estoques e esta 
é a razão pela qual as transações não se 
realizam. No segundo caso, haveria escassez 
de oferta (e consequente excesso de 
demanda) e falta do bem no montante de 18 
– 10 = 8 unidades. Esta é a razão pela qual as 
transações não ocorreram: o mercado não 
pôde ser satisfeito. Há, todavia, um preço que 
satisfaz a ambas as partes e que não permite 
que haja excesso ou escassez do bem no 
mercado: é o chamado preço de equilíbrio, no 
caso, R$4,00 (ponto E). Aí, demanda e oferta 
cruzam-se e determinam um único preço e uma 
única quantidade. O que ocorre na realidade é 
uma permanente oscilação do preço em 
transações individuais que sempre tende para 
o ponto de equilíbrio.
Resumo
• Mercado é o lugar onde se encontram a procura e 
a oferta de um bem e onde o preço e a 
quantidade pelos quais ele será vendido são 
determinados.
• Preço de equilíbrio ou preço de mercado é aquele 
que iguala a oferta e a procura e pelo qual o bem 
será vendido.
• Produtores são aquelas pessoas que compõem a 
oferta.
• Consumidores são aquelas pessoas que compõem 
a demanda.
• Mecanismos do mercado são as estruturas físicas 
(local, mesa, pregão) e estruturas legais (as 
regras jurídicas), que ditam as maneiras pelas 
quais as transações são efetuadas.
• Ponto de equilíbrio é o ponto em que o preço satisfaz 
ao produtor e ao consumidor e que não permite 
que haja excesso ou escassez do bem no mercado.
Exercícios
I – Complete as lacunas com as palavras listadas no 
retângulo.
1. Ao conjunto de pessoas e mecanismos que 
permitem que oferta e demanda se 
encontrem dá-se o nome de .
2. Os mecanismos do mercado são as
 e as .
3. As pessoas que compõem a demanda são 
chamadas .
4. Àquele preço que iguala a oferta e a 
procura, dá-se o nome de .
5. são aquelas pessoas que 
compõem a oferta.
6. O ponto em que o preço satisfaz ao 
produtor e ao consumidor e que não 
permite que haja excesso ou escassez do 
bem no mercado é chamado de .
II– Escreva, nos parênteses, F (para falso) e V 
(para verdadeiro), conforme o conteúdo das 
afirmativas.
1. ( ) Oferta e demanda encontram-se 
no mercado.
2. ( ) Para que se consiga determinar a 
quantidade em que um bem será 
comprado ou vendido e a que preço, 
o mercado deve estar em equilíbrio.
22Unidade 3
3. ( ) Dificilmente produtor e consumidor 
chegam a um ponto em que não haja 
excesso ou escassez do bem no mercado.
4. ( ) As regras jurídicas constituem o único e 
mais importante mecanismo pelo qual 
as transações de mercado são 
efetuadas.
5. ( ) Escassez ou excesso de bens não 
interessam nem ao produtor nem 
ao consumidor.
CLASSIFICAÇÃO DOS 
MERCADOS
Os mercados, dependendo da quantidade de 
empresas que compõem a oferta e de quanto 
os bens sejam parecidos, podem ser 
classificados em quatro tipos.
• Concorrência pura ou perfeita.
• Monopólio puro.
• Oligopólio.
• Concorrência monopolística.
O mercado em concorrência pura ou 
perfeita
apresenta quatro características principais.
• Atomicidade – Nenhum produtor é grande 
o suficiente para, sozinho, conseguir formar 
o preço de mercado de seu produto.
• Homogeneidade – As mercadorias 
produzidas são homogêneas, não há 
diferenciação entre o produto fabricado ou o 
serviço prestado pela firma A ou B. Os 
consumidores são indiferentes ao consumo 
de A ou B, ou seja, A e B são igualmente 
preferíveis.
•
23
Pleno conhecimento tecnológico – 
Todos os empresários do mercado 
conhecem a tecnologia utilizada na 
fabricação de produto dos seus 
concorrentes.
• Plena mobilidade dos fatores – 
Não existem barreiras à entrada na 
produção de qualquer mercadoria. Se 
uma determinada atividade não está 
lucrativa, o empresário pode utilizar 
seus fatores de produção para a 
fabricação de outra mercadoria.
O estudo da concorrência perfeita é 
fundamentalpara se construir um modelo 
de mercado ideal, em que realmente as 
curvas de oferta e demanda se ajustem.
Os mercados que mais se aproximam 
deste modelo são os mercados agrícolas. 
Por exemplo, existem muitos produtores 
de banana-prata e todos oferecem 
praticamente o mesmo produto.
Nesse mercado, oferta e demanda são 
igualmente importantes na 
determinação do preço de equilíbrio.
O monopólio puro é um tipo extremo 
de mercado em que só existe um 
produtor e o bem oferecido não possui 
bens substitutos. A importância da 
empresa é muito grande, a ponto de, se 
ela deixar de existir, a oferta do bem 
desaparece. Monopólios puros, às vezes, 
existem na iniciativa privada durante 
certo tempo, mas tendem a desaparecer 
porque outras empresas surgirão, 
atraídas pelo preço elevado. Na 
realidade, quando existe monopólio, o 
monopolista é quem praticamente 
determina o preço. Os únicos casos de 
monopólio puro permanente são 
encontrados no setor estatal.
O oligopólio é um regime de mercado 
entre o monopólio e a concorrência 
perfeita, pois se caracteriza pela 
existência de alguns produtores que 
oferecem produtos diferenciados e 
bastante substituíveis. Nesse caso, os 
produtores exercem considerável 
influência na determinação do preço mas 
os consumidores detêm certa influência. 
A diferenciação do produto, em geral, ocorre 
em função da marca. Em vários mercados da 
vida real existe o oligopólio: artigos de higiene 
(sabonete, sabão), eletrodomésticos 
(geladeiras, fogões), automóveis etc.
A concorrência monopolística é um 
mercado em que há um número 
suficientemente grande de produtores, de 
modo que cada produtor,
22Unidade 3
individualmente, não é importante, o que é 
uma característica da concorrência perfeita. O 
produto oferecido é bastante semelhante, mas 
é o consumidor quem o acha diferente dos 
demais,
o que é uma característica do oligopólio.
Como exemplo, citamos as fábricas de roupas 
da moda, os produtos têxteis e a prestação de 
serviço em grandes cidades.
De fato, uma roupa da moda (jeans, por 
exemplo) é produzida por um sem-número de 
fábricas, mas
o consumidor as diferencia pela marca.
Nesse mercado, o preço sofre menos influência 
do consumidor e mais, do produtor.
A propaganda
A propaganda tem duas funções básicas para o 
produtor de um bem.
Em mercados oligopolistas e de concorrência 
monopolística, ela tem a função de atrair os 
consumidores para um determinado bem, em 
detrimento dos demais. Este é o caso, no Brasil, 
da indústria das bebidas e, particularmente, o 
ramo da cerveja. Já que o mercado se 
encontra bem desenvolvido, a solução é subtrair 
os consumidores dos outros, em uma guerra 
publicitária.
A outra função da propaganda é ampliar o 
mercado e isto se aplica particularmente aos 
monopólios.
A estrutura do mercado 
de fatores de produção
Até aqui identificamos as estruturas de 
mercados de bens e de serviços. O mercado de 
fatores de produção – mão de obra, capital, terra 
e tecnologia – também apresenta diferentes 
estruturas.
As estruturas no mercado de fatores de 
produção podem ser assim classificadas.
• Concorrência Perfeita no mercado de 
fatores
É um mercado em que existe oferta 
abundante do fator de produção (por 
exemplo mão de obra não especializada), o 
que torna o preço desse fator constante. Os 
ofertantes ou fornecedores, como são em 
grande número, não têm condições de 
obter preços mais elevados por seus 
serviços.
•
23
Monopsônio
Trata-se de uma forma de mercado na qual 
há somente um comprador para muitos 
vendedores dos serviços dos insumos. É o 
caso da empresa que se instala em uma 
determinada cidade do interior e, por ser a 
única, torna-se demandante exclusiva da 
mão de obra local e das cidades próximas, 
tendo para si a totalidade da oferta de mão 
de obra.
• Oligopsônio
É um mercado em que existem poucos 
compradores que dominam o mercado para 
muitos vendedores. Exemplo: indústria de 
laticínios. Em cada cidade existem dois ou 
três laticínios que adquirem a maior parte do 
leite dos inúmeros produtores rurais locais. A 
indústria automobilística, além de 
oligopolista no mercado de bens e de 
serviços, também é oligopsonista na compra 
de autopeças.
• Monopólio bilateral
O monopólio bilateral ocorre quando um 
monopsonista, na compra de um fator de 
produção, defronta-se com um monopolista 
na venda deste fator. Por exemplo, só a 
empresa A compra um tipo de aço que é 
produzido apenas pela siderúrgica B. A 
empresa A é monopsonista, porque só ela 
compra este tipo de aço, e a siderúrgica B é 
monopolista, porque só ela vende este tipo de 
aço. Nesses casos, a determinação dos 
preços de mercado dependerá não só de 
fatores econômicos, mas do poder de 
barganha de ambos: o monopsonista 
tentando pagar o preço mais baixo (usando 
a força de ser o único comprador) e o 
monopolista tentando vender por um preço 
mais elevado (usando o poder de ser o único 
fornecedor).
22Unidade 3
oligopólio monopolística produtores 
propaganda consumidores ampliar os mercado
Resumo
• Os mercados classificam-se em: concorrência 
pura ou perfeita, monopólio puro, oligopólio e 
concorrência monopolística.
• Concorrência pura ou perfeita é o mercado em que 
existe um grande número de empresas oferecendo 
um mesmo produto que é igual, aos olhos dos 
consumidores.
• Monopólio puro é o tipo de mercado em que existe 
apenas uma empresa oferecendo um bem para o 
qual não existem substitutos satisfatórios.
• Oligopólio é o tipo de mercado em que há um 
número de empresas pequeno e suficiente para que 
as ações de uma afetem as outras. Elas produzem 
bens diferenciados, mas substituíveis entre si.
• Concorrência monopolística é o tipo de mercado 
em que há um número razoável de empresas 
produzindo um mesmo bem que, aos olhos do 
consumidor, é diferente de produtor para 
produtor.
• Monopolista é quem determina o preço. Os únicos 
casos de monopólio puro são encontrados no 
setor estatal.
• A propaganda tem duas funções básicas para o 
produtor de um bem:
– atrair consumidores para um determinado bem, 
em detrimento dos demais;
– ampliar os mercados.
• As estruturas no mercado de fatores de produção 
podem ser assim classificadas: concorrência 
perfeita no mercado de fatores, monopsônio, 
oligopsônio e monopólio bilateral.
Exercícios
I – Responda às questões.
1. Quais os tipos em que se classificam os 
mercados?
4. Em que setor são encontrados os únicos casos 
de monopólio puro permanente? Exemplo.
II – Complete as lacunas com as palavras 
listadas no retângulo.
1. A tem duas funções 
básicas para o produtor de um bem.
2. Atrair e 
são as duas funções da propaganda.
3. Roupa da moda, produtos têxteis e 
prestação de serviços são exemplos de 
concorrência
 .
4. Concorrência é aquela em que há 
um número razoável de empresas produzindo 
um mesmo bem que, aos olhos do consumidor, 
é diferente de produtor para produtor.
2. Em que tipo de mercado se encaixam os 
produtos agrícolas?
3. Em que tipo de mercado só existe um produto 
e o bem oferecido não possui bens substitutos?
33
Economia Monetária
Unidade 4
Objetivo:
• Identificar a moeda e suas funções, bem 
como causas e consequências do processo 
inflacionário.
A MOEDA
A origem e o estado atual
Durante muito tempo, o ser humano praticou a 
economia de troca, quer dizer, o pastor trocava 
suas cabras com o agricultor que produzia 
trigo. Esse era um sistema primitivo e muito 
complicado porque, com frequência, o pastor 
desejava uma quantidade de trigo inferior ao 
valor de uma cabra, por exemplo. Ademais, as 
pessoas eram obrigadas a negociar longamente 
cada troca que tinham de fazer. Um dia, 
baseado em sua escassez, um bem começou a 
ser a referência para as trocas. Em Roma, 
onde era raro, o sal passou a ser adotado 
como moeda. Assim, uma ovelha valia uma 
certa quantidade de sal e determinado

Outros materiais